U. Tomar – Centenário (XXX)
27 Abril, 2014 at 12:00 pm Deixe um comentário
(“O Templário”, 24.04.2014)
Prosseguimos hoje com a recuperação de mais algumas memórias da brilhante conquista do título de Campeão Nacional da II Divisão, da época de 1973-74, na empolgante Final disputada em Coimbra, a 23 de Junho, com o triunfo do União de Tomar sobre o Sporting de Espinho, por 4-3.
«Com grande entusiasmo e da melhor maneira para os tomarenses, principiou esta final, pois na jogada inaugural, conseguiram adiantar-se no marcador, por intermédio de Bolota, depois dum centro primoroso de Pavão. Os espinhenses sem acusarem o infortúnio, organizaram o seu jogo e volvidos apenas 7 minutos, conseguiram igualar a partida, dando-se assim novamente, com as equipas à procura do vencedor desta final.
Adoptaram as duas turmas sistemas diferentes: o Sporting de Espinho tentando, com passes curtos e envolventes, enlear a defesa tomarense, o União de Tomar, com passes longos para os extremos a aproveitar a velocidade destes, preferindo o contra ataque rápido. Deu mais resultado o sistema adoptado pelos tomarenses, pois conseguiram ainda durante os primeiros 45 minutos, a obtenção de mais dois golos. O segundo, na transformação de uma grande penalidade, por João Carlos e o terceiro novamente por Bolota.
Com o resultado em 3-1, favorável aos tomarenses, estes abrandaram o andamento, aproveitaram os espinhenses, ao ponto de, por duas vezes, estarem à beira de marcar. […]
Os espinhenses lançaram-se ao ataque na ânsia de reduzirem a diferença e, deste momento de inspiração espinhense beneficiou a turma tomarense, pois apenas com três minutos decorridos, aumentou a sua vantagem para 4-1. Mais um golo da autoria de Bolota, em tarde bastante inspirada. Com uma diferença de três golos a seu favor, os tomarenses procuraram então a retenção de bola tentando não se deixar surpreender pela organização espinhense. Telé, aos 83 minutos, reduz a diferença, conseguindo ainda este jogador, aos 86 minutos, marcar mais um golo, dando assim, à partida, até final, um verdadeiro clima de emoção e de grande expectativa.
Findo o encontro, foram os vencedores vibrantemente aclamados pela sua falange de apoio que durante o encontro não deixou de os incitar a aplaudir.»(1)
«Com razoável assistência, em que dominava o entusiasmo das falanges de apoio, defrontaram-se duas turmas com futebol de diferente concepção. O União de Tomar, mais maduro, apoiado e objectivo; o Espinho, mais rápido e com base no valor individual das suas unidades, menos prático, por isso, a exigir uma capacidade física que não é possível encontrar ao cabo de tão longo campeonato. […]
A velocidade dos primeiros 45 minutos havia-se perdido, entretanto. Tomar, descansado com a vantagem obtida, limitou-se a segurar as surtidas do adversário, congelando o esférico. […]
Apesar de uma ou duas incursões à área nabantina, não se alterou, porém, o resultado. O União de Tomar acabou por se sagrar campeão. Nele se distinguiram João Carlos, Pavão, Raul Águas, Bolota e Camolas e, no Espinho, Simplício, Meireles, Ferreira da Costa, Augusto, Telé e Malagueta.»(2)
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