Archive for Maio, 2013

O pulsar do campeonato – 10ª jornada

(“O Templário”, 16.05.2013)

Com a disputa da derradeira jornada terminaram os Campeonatos Distritais de Futebol. Na Divisão Principal, numa ronda em que já nada havia a decidir, apenas para cumprir calendário, o já sagrado Campeão Riachense deslocou-se ao terreno do vice-campeão Amiense, para um jogo que seria o da consagração, mas em que a turma de Amiais de Baixo – beneficiando também da natural descompressão do adversário – não esteve com contemplações, vencendo por categórico 3-0. Em Mação, com a equipa da casa a receber o Benavente, não houve golos. Por fim, o Fazendense impôs-se com naturalidade a um já conformado At. Ouriense (3.º classificado, em igualdade pontual com os maçaenses), vencendo por 3-1.

Na série de manutenção, os três primeiros, aproveitando a situação de tranquilidade absoluta de que desfrutavam já, venceram confortavelmente: a U. Abrantina, na Moçarria (2-0); o Coruchense, na Glória do Ribatejo (4-1); enfim, o líder Pontével goleou o União de Tomar por 4-0. Num penoso final de prova – começando pelo inesperado (e porventura determinante) desaire sofrido na Glória do Ribatejo, a turma unionista não evitaria somar quatro derrotas consecutivas, a fechar a época –, com o plantel gradualmente dizimado, e, consequentemente, a equipa cada vez mais limitada, a cada jogo que passava, este desafio final foi já, claramente, um confronto “a mais” (que, aliás, parecia nunca mais acabar).

O União, agora inclusivamente já sem poder contar com alguns dos elementos juniores a que se viu obrigado a recorrer em larga fase da competição, entrou mal na partida, não conseguindo “agarrar no jogo” e, logo aos três minutos, o Pontével ameaçou, com uma bola a ser cabeceada, com estrondo, à trave. Pouco depois, dois tentos sofridos, no espaço de cerca de três minutos, logo em torno da passagem do quarto de hora, definiram a tendência da partida. Que seria irremediavelmente confirmada com a invalidação, pelo árbitro, cerca de dez minutos volvidos, do que seria o golo da formação tomarense, que lhe poderia conferir ainda outro ânimo. Após o terceiro golo, a findar o primeiro tempo, chegou a recear-se que o marcador pudesse continuar a dilatar-se e atingir números demasiado elevados. Mas, na etapa complementar, o desgaste acumulado, agravado pelo forte calor que se fazia sentir, fez com que o jogo se arrastasse lentamente até ao final, apenas tendo havido mais um golo – ainda para o Pontével – a assinalar.

É, portanto, tempo de balanço. Em grandes linhas, o que subsistirá desta temporada: o Riachense conquista pela terceira vez sucessiva, nas suas três últimas participações na prova (2008-09, 2009-10 e 2012-13) o título de Campeão Distrital, garantindo paralelamente a promoção ao futuro Campeonato Nacional de seniores da próxima época; o Glória do Ribatejo e o Moçarriense são despromovidos à futura II Divisão Distrital; o U. Chamusca – que conquistou o título de Campeão da Divisão Secundária – é promovido, conjuntamente com os Emp. Comércio e Assentiz à futura I Divisão Distrital.

Por seu lado, o União de Tomar – vítima de uma conjuntura particularmente adversa, dadas as severas sanções disciplinares de que foi alvo (cinco jogadores suspensos durante oito meses e o Estádio Municipal interditado durante quatro jogos), que condicionaram inevitável e determinantemente o seu desempenho na competição – terá de aguardar o termo do Campeonato Nacional da III Divisão (apenas a 1 de Junho) para saber se se mantém na Divisão Principal (caso o Alcanenense obtenha a promoção ao Campeonato Nacional de Seniores), ou se será despromovido (caso o Alcanenense seja também despromovido ao Distrital, como sucedeu com o Torres Novas e o Cartaxo).

A finalizar deixo ainda breves números, a ilustrar o que foi a carreira dos diversos concorrentes, com a indicação, a título de curiosidade, dos pontos obtidos em cada uma das fases da prova – tendo os da 1.ª fase sido posteriormente reduzidos a metade –, por ordem da respectiva classificação final: Riachense (49+20); Amiense (45+19); At. Ouriense (47+11); Mação (49+10); Fazendense (35+15); Benavente (30+6); Pontével (22+22); Coruchense (16+20); U. Abrantina (29+13); U. Tomar (26+9); Glória do Ribatejo (14+9); Moçarriense (11+10).

Com o alargamento da I Divisão Distrital, na próxima temporada, a 14 clubes, são já conhecidos 13 dos participantes apurados: Torres Novas, Cartaxo, Amiense, At. Ouriense, Mação, Fazendense, Benavente, Pontével, Coruchense, U. Abrantina, U. Chamusca, Emp. Comércio e Assentiz. O 14.º participante será, ou o União de Tomar, ou o Alcanenense…

No que promete ser um permanente carrossel de emoções, para alcanenenses… e tomarenses, essa será uma questão a definir apenas mais tarde. Para já, o Alcanenense, tendo empatado (“in-extremis”) nesta ronda (7.ª) mantém-se – a três jornadas do final – em posição de promoção (3.º lugar); porém, está agora em igualdade pontual com o 4.º classificado, sendo que, dos três jogos que lhe resta disputar, os próximos dois serão em terreno alheio (frente, respectivamente, aos actuais 1.º e 5.º classificados), apenas jogando em casa na derradeira ronda (defrontando o actual 2.º classificado). Uma tarefa árdua, que se espera possa vir a ser coroada de êxito.

Concluída que foi a época futebolística a nível Distrital, esta coluna entra agora também, naturalmente, em período de “defeso”… Assim, aproveito a oportunidade para agradecer publicamente o amável convite da Directora de “O Templário”, Isabel Miliciano, assim como endereçar o meu Obrigado aos leitores que se possam ter interessado por estes textos, que escrevi com grande prazer, e que, com grata satisfação pessoal, aqui foram sendo publicados ao longo das últimas 28 semanas.

(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 16 de Maio de 2013)

19 Maio, 2013 at 10:30 am Deixe um comentário

Barclay James Harvest

IMG-20130518-00019
Regresso a 1982-83…

18 Maio, 2013 at 11:59 pm Deixe um comentário

«Dor»

Eu prometo que vou ficar bom. Não se preocupem com os meus suspiros, com os meus silêncios, com a minha falta de sentido de humor. Perdoem-me se demorar mais do que o costume a responder, a falar. Não achem estranho que o meu olhar agora se perca tantas vezes. Por favor, não me digam que isto é só futebol, porque Shankly já explicou que o futebol não é uma questão de vida ou morte, é muito mais do que isso. Sempre me fascinou a tristeza poética que terá trespassado o coração dos adeptos do Bayern quando o Manchester United virou aquela final da Champions. Sempre imaginei que tivesse faltado uma batida ao coração de todo o Brasil quando o Uruguai lhes tirou um campeonato do mundo em casa. Agora essa tristeza é toda minha e dos meus. Como em todos os desgostos amorosos, o segredo é o tempo. Passará esta dor toda, e, com o tempo, recuperarei o sentido de humor e o prazer de ler no metro. Mas, até lá, dêem-me um bocadinho de tempo e um bocadinho de espaço. Preciso de tempo. Cá dentro só há estilhaços, como se tivesse explodido uma granada. Se o Benfica fosse uma mulher, ia para os copos com os amigos. Mas é o meu clube, e tenho de lá estar na Luz no domingo, mesmo todo moído por dentro.

Dói-me tudo.

(Lá em casa mando eu)

16 Maio, 2013 at 11:10 pm Deixe um comentário

Liga Europa – Final – Benfica – Chelsea

Amsterdam Arena, Amesterdão – Holanda

BenficaBenfica –Artur Moraes, André Almeida, Luisão, Ezequiel Garay (78m – Jardel), Melgarejo (66m – Ola John), Nemanja Matić, Eduardo Salvio, Enzo Peréz, Nico Gaitán,  Rodrigo (66m – Lima) e Óscar Cardozo

ChelseaChelsea – Petr Čech, César Azpilicueta, Branislav Ivanović, Gary Cahill, Ashley Cole, Ramires, David Luiz, Frank Lampard, Oscar, Juan Mata e Fernando Torres

0-1 – Fernando Torres – 60m
1-1 – Óscar Cardozo (pen.) – 68m
1-2 – Branislav Ivanović – 90m

Cartões amarelos – Oscar (14m); Ezequiel Garay (45m) e Luisão (61m)

Árbitro – Björn Kuipers (Holanda)

Contrariando o favoritismo atribuído ao ainda Campeão Europeu em título, Chelsea, o Benfica entrou melhor nesta Final, com uma dinâmica ofensiva apreciável: logo aos dez minutos, só a excessiva cerimónia de Melgarejo – que, frente a Petr Čech, hesitou no remate, acabando  por soltar para Cardozo, o qual não conseguiria também alvejar a baliza – evitou a possibilidade de concretização de uma boa oportunidade de golo; no minuto imediato, nova jogada de ataque benfiquista, a ameaçar a baliza da equipa inglesa, mas com Gaitán a rematar por alto; aos 15 minutos, um lance muito confuso na área do Chelsea, com vários ressaltos de bola… que não quis levar a direcção certa…

A partir do quarto de hora, o Chelsea começaria a equilibrar, passando o controlo do jogo a ser repartido, sem que uma das equipas se superiorizasse à outra em termos de domínio. Só próximo da meia hora o Benfica voltaria a acercar-se da baliza do Chelsea, mas sem perigo. Aos 33 minutos, em mais uma boa iniciativa do ataque do Benfica, Gaitán ensaiaria um remate em habilidade, mas a bola sairia ligeiramente ao lado.

Até que, aos 38 minutos, de forma inesperada, num contra-ataque rápido, com um remate traiçoeiro de Lampard, o Chelsea obrigou Artur a defesa apertada, no lance mais perigoso da partida até então. Aos 42 minutos, num bom cruzamento para a área, Cardozo surgiu a tentar rematar de cabeça, mas a deixar-se antecipar pela defesa contrária.

Num balanço sintético da primeira metade do encontro, o Chelsea não denotou nunca capacidade de “pegar no jogo”, cuja iniciativa concedeu, praticamente na íntegra, à equipa portuguesa; curiosamente, por seu lado, o Benfica parecia não acreditar na facilidade como se conseguiu superiorizar ao adversário, sempre muito receoso de rematar à baliza, e com uma flagrante falta de objectividade. Excelente nota artística, mas com o pejo da falta de tradução dessa qualidade de jogo em algo de tangível.

No segundo tempo, o Benfica surgiu, de entrada, com o mesmo espírito e atitude, assumindo o controlo do jogo e a iniciativa do ataque. Logo ao quinto minuto, um lance perigoso, com Rodrigo com oportunidade de criar perigo junto à baliza adversária, mas a deixar-se antecipar pela defesa adversária. De imediato, na sequência do canto, a bola seria mesmo introduzida na baliza do Chelsea por Cardozo, mas o lance estava já interrompido, por posição de fora-de-jogo.

Porém, a partir dos dez minutos, subitamente, o Chelsea – que até aí parecia ter estado “ausente” da Final – começou finalmente a jogar, imprimindo velocidade, aumentando significativamente o ritmo e desequilibrando a estrutura defensiva do Benfica, que até aí com tanta tranquilidade controlara o jogo.

E bastaram cinco minutos de alguma desorientação benfiquista, enquanto tentava acertar novamente as marcações, para o Chelsea, num lance de futebol directo (lançamento em profundidade do guarda-redes), com Fernando Torres a surgir isolado frente a Artur e, com muita frieza, a conseguir tirá-lo do lance, inaugurar o marcador.

Jorge Jesus compreendeu que era necessário mexer na equipa, procurando a reacção ao tento adversário, e trocou Rodrigo por Lima, fazendo entrar também Ola John para o lugar de Melgarejo. E o Benfica seria então feliz, arrancando, apenas dois minutos volvidos, uma grande penalidade, por mão na bola, oportunidade que Cardozo, seguro, não desperdiçaria, empatando esta empolgante Final.

Aos 81 minutos, Óscar Cardozo rematou de meia distância, obrigando Petr Čech a difícil estirada, para socar a bola por cima da trave, para canto, do qual não resultaria maior perigo. Perdia-se uma boa oportunidade para ganhar a Final.

O Benfica voltaria a ter felicidade quando, aos 88 minutos, Lampard, com um potente remate, acertou com estrondo na trave da baliza de Artur.

Só que, tal como há quatro dias no Estádio do Dragão, acabaria por ser extremamente infeliz, aos 92 minutos, na sequência de um canto, com Ivanović a antecipar-se de cabeça a toda a defesa benfiquista, e a bater inapelavelmente o guardião brasileiro. Incrivelmente, haveria ainda tempo para nova infelicidade do Benfica, ao minuto 93, quando Cardozo, na pequena área do Chelsea, bastante apertado, não conseguiu desviar a bola para o golo… que teria permitido restabelecer de novo a igualdade.

O Benfica perdia, de forma injusta, esta sua nona Final europeia, de que sai de cabeça bem erguida, numa partida em que foi sempre, praticamente, a única equipa a procurar a vitória.

15 Maio, 2013 at 8:43 pm Deixe um comentário

Festa Templária – Tomar

Festa Templaria

14 Maio, 2013 at 9:58 am Deixe um comentário

O pulsar do campeonato – 9ª jornada

Templario - 09-05-2013

(“O Templário”, 09.05.2013)

Ainda com uma ronda por disputar (quase) tudo ficou já decidido!

Efectivamente, na sequência dos resultados da penúltima jornada, o Riachense sagrou-se Campeão Distrital da Divisão Principal, proeza que alcança pela terceira vez sucessiva, nas suas últimas três participações na competição, em 2008-09, 2009-10 e, agora, 2012-13; Coruchense e U. Abrantina asseguraram matematicamente a manutenção; Glória do Ribatejo e Moçarriense são as equipas despromovidas à II Divisão Distrital; U. Chamusca, Emp. Comércio e Assentiz garantiram a promoção à I Divisão Distrital da próxima época (resta apurar, na ronda derradeira, o Campeão da Divisão Secundária); o União de Tomar terá de ficar no limbo provavelmente ainda durante algumas semanas, dependente da classificação que o Alcanenense vier a obter no Campeonato Nacional da III Divisão.

Num fim-de-semana assinalado pelo 99.º aniversário do União de Tomar, celebrado no passado sábado, 4 de Maio, primeiro dia do ano do centenário do clube, houve motivos de festa no feriado de 1.º de Maio, com a conquista, pela equipa de juniores dos unionistas, da Taça Ribatejo, vencendo no Entroncamento, no termo de uma empolgante Final, a favorita formação do Alcanenense, por 3-2. Os jovens de Alcanena adiantaram-se no marcador logo aos sete minutos, para, também no início (aos oito minutos) do segundo tempo, ampliarem a marca para 2-0; depois, num fantástico período de cerca de um quarto de hora, denotando uma extraordinária capacidade de reacção, o União, marcando dois golos num minuto, começou por chegar ao empate, desperdiçou ainda uma grande penalidade, para acabar por fixar o resultado em 3-2 (golos de Vinicius, Daniel Bento e Vítor Félix). Um triunfo justo e efusivamente festejado; um belo e merecido presente de anos.

Porém, o dia seguinte ao aniversário traria um amargo de boca aos nabantinos, com o surpreendente desaire caseiro, no escalão de seniores, frente ao Moçarriense, perdendo por 1-2. Numa partida em que, uma vez mais, o União, não obstante se ter colocado em vantagem no marcador ainda relativamente cedo, começou por não ter aquela pontinha de sorte (duas bolas na trave, mais três potentes remates de meia distância, a obrigar o concentrado guardião contrário a defesas de recurso, mas de plena eficácia); depois, na fase final do encontro, já com as forças muito depauperadas, arriscando tudo em busca do triunfo – de que imperiosamente necessitava para acalentar ainda esperanças de poder vir a garantir a manutenção –, acabou por vir a sofrer o segundo golo, num contra-golpe do adversário, no último dos quatro minutos de tempo de compensação…

No “jogo do título”, o Riachense não desperdiçou a oportunidade que se lhe deparava: somando a sua quinta vitória consecutiva, frente ao Mação (2-1), assegurou matematicamente a reconquista do título, assim evitando correr riscos na derradeira jornada, em que se desloca ao terreno do Amiense, até esta ronda o último candidato resistente, convertendo assim tal desafio em jogo de consagração. De facto, o empate entre At. Ouriense e Amiense (1-1) – segundo em outros tantos prélios entre estes contendores, no período de cinco dias – permitiu à turma de Riachos ampliar para inatingíveis seis pontos o seu avanço. No outro prélio da jornada, o tranquilo Fazendense, vencendo por 3-0 em Benavente, cota-se como a terceira equipa mais pontuada nesta série de promoção, na segunda fase da prova, apenas superada pelos dois primeiros.

Ao Amiense resta a consolação de – para além da posição de vice-campeão – ter conquistado também a Taça Ribatejo, em Final igualmente disputada no Entroncamento (em paralelo com a Final da prova de juniores), precisamente ante o At. Ouriense, tendo vencido no desempate da marca de grande penalidade, após o nulo registado no termo do período regulamentar.

Na série de disputa da manutenção, com a vitória do Coruchense sobre o Pontével (2-1), bastou à U. Abrantina o empate a zero com o Glória do Ribatejo para, conjugado, com o resultado do União de Tomar, assegurar a tranquilidade para as formações de Coruche e de Abrantes.

Quanto aos nabantinos, que terminarão a prova no 4.º lugar desta série – apenas acima dos despromovidos Glória do Ribatejo e Moçarriense –, resta a esperança e a confiança no desempenho do Alcanenense na III Divisão, de forma a poder ainda manter-se na I Divisão Distrital. Faltando ainda quatro jornadas para o termo do campeonato, o grupo de Alcanena ocupa, nesta altura, o terceiro lugar da sua série, com uma pontuação que lhe conferiria o direito à promoção ao futuro Campeonato Nacional de Seniores; mais: os três primeiros (Sourense, V. Sernache e Alcanenense) somam já quatro vitórias cada um (em seis jornadas disputadas nesta fase final), face a apenas um triunfo obtido por cada um dos três restantes concorrentes, o que poderá constituir um bom indício para o que resta disputar. Porém, a margem de que a formação de Alcanena dispõe é ainda bastante escassa: apenas dois pontos de vantagem sobre o Caldas (onde foi vencer nesta jornada), e três pontos de avanço em relação ao Oliv. Hospital. Pelo que deverá vir a ser necessário sofrer até ao fim (última ronda agendada apenas para 1 de Junho)…

A derradeira jornada dos campeonatos distritais pouco mais servirá do que para cumprir calendário, com o Campeão Riachense a visitar o vice-campeão Amiense, enquanto o Fazendense recebe o At. Ouriense, e o Mação defronta o Benavente. O União concluirá a sua participação na prova em deslocação a Pontével, com o Moçarriense a receber a U. Abrantina e o Glória do Ribatejo a ser visitado pelo Coruchense.

(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 9 de Maio de 2013)

12 Maio, 2013 at 10:30 am Deixe um comentário

Vogais e consoantes politicamente incorrectas do acordo ortográfico

14957747_1CYWI

11 Maio, 2013 at 10:21 am 2 comentários

O pulsar do campeonato – 7ª e 8ª jornada

Templario - 02-05-2013

(“O Templário”, 02.05.2013)

E, num ápice, bastaram três dias para (quase) decidir toda uma época. Com a disputa da 7.ª (no feriado, de 25 de Abril) e da 8.ª jornada (no Domingo), começaram já as primeiras definições:

  • At. Ouriense e Mação – clubes que, no feriado, começaram por se “empatar” mutuamente, para, no fim-de-semana, serem ambos derrotados (e que, durante os trinta jogos até agora já realizados nesta temporada, haviam feito figura de candidatos, sendo que os maçaenses haviam concluído a primeira volta, há apenas duas semanas, em igualdade com o Riachense, no comando da prova) – ficaram desde já arredados da possibilidade de alcançar o título de Campeão e consequente promoção ao futuro Campeonato Nacional de Seniores da próxima época;
  • Glória do Ribatejo (não obstante o triunfo alcançado ante o U. Tomar, no feriado) e Moçarriense (somando duas derrotas) confirmaram já a despromoção à II Divisão Distrital da próxima temporada;
  • Ao invés, o Pontével, acumulando mais dois triunfos, numa excelente segunda fase de prova, garantiu já a permanência na I Divisão Distrital.

O que significa que, tendo estas cinco equipas já o seu destino traçado – e considerando também que Fazendense e Benavente fizeram toda a segunda fase do campeonato de forma tranquila, sem preocupações nem maiores ambições –, apenas as restantes cinco mantêm posições competitivas em aberto, a definir nas duas derradeiras jornadas da competição.

Na luta pelo título, o Riachense, tendo conseguido encadear uma série de quatro vitórias consecutivas (o que aqui referira há poucas semanas dever ser a “chave” para a decisão do campeonato), está muito próximo de conquistar – pela terceira vez sucessiva, nas suas três últimas participações na prova – o título de Campeão, dispondo, a duas rondas do fim, de quatro pontos de vantagem sobre o Amiense (que, por seu lado, soma também três triunfos consecutivos), curiosamente (dado que fez toda a época “à distância”) agora já o único pretendente ainda com aspirações a poder contrariar o favoritismo da turma de Riachos.

As outras três formações ainda envolvidas em cerrada compita, na batalha pela manutenção, são a da U. Abrantina (que, depois de uma primeira volta sem vitórias, obteve, nos três últimos jogos, dois triunfos e um empate), dispondo agora de dois pontos de vantagem; do Coruchense (com uma série de quatro jogos sem derrota, com duas vitórias e dois empates) e do… União de Tomar, que, com dois desaires nestes três dias, viu complicar-se bastante a sua tarefa e comprometidos os seus objectivos, uma vez que deixou de depender de si próprio, dado ter desvantagem no desempate face à turma de Coruche.

Com uma equipa “esticada” até ao limite – após os pesados castigos com que se viu infligido o plantel, vê-se também fustigado por lesões, que têm obrigado a soluções de recurso, já não apenas o repetido recorrer aos elementos da equipa de juniores, mas também a necessidade de “improvisar” posições no terreno, com jogadores não rotinados em tais posições –, o União de Tomar viu-se impotente para, apesar de, em ambas as partidas (na Glória do Ribatejo e em Abrantes), ter chegado ao intervalo em situação de igualdade (1-1), evitar duas penalizadoras derrotas, pela mesma marca, de 1-3.

Se, no jogo do dia 25 de Abril, o União teve oportunidade flagrante para, ainda no primeiro tempo, ter marcado um segundo golo – tendo aí alguma dose de infelicidade –, acabando por perder devido a falhas próprias; em Abrantes, ao contrário, a intensa pressão a que a equipa se viu submetida, cedo fez perceber que, não obstante ter inaugurado o marcador logo aos sete minutos, dificilmente seria possível resistir, apenas tendo adiado durante algum tempo (até cerca dos 65 minutos)… o inadiável.

De forma algo irónica, no dia em que, matematicamente, garantiu que não ficaria nos dois últimos lugares (os que implicam, obrigatoriamente, a despromoção automática), ficou, em paralelo, em boa medida, com o seu destino entregue “nas mãos” do Alcanenense (de cujo desempenho no Nacional da III Divisão e do seu próprio destino – promoção… ou despromoção ao Distrital – dependerá a despromoção de duas ou três equipas à II Divisão Distrital). E, também aqui, neste fim-de-semana, as notícias não foram boas: o grupo de Alcanena, derrotado nesta ronda, desceu ao 4.º lugar, portanto abaixo do que necessitará atingir no final.

Não adiantará agora fazer grandes contas; para o União – a celebrar o seu 99.º aniversário no Sábado, dia 4 de Maio –, o melhor será, para já, pensar apenas e exclusivamente no seu próximo jogo, tentar vencê-lo (repetindo o triunfo ainda há pouco tempo obtido na Moçarria), esperando que Coruchense e/ou U. Abrantina possam ter um “deslize”. Depois, em função disso, na última jornada se verá o que poderá acontecer. Subsistindo o risco de poder ter de ficar numa situação indefinida, aguardando até ao dia 1 de Junho, em que se concluirá o campeonato da III Divisão.

A finalizar, com o Riachense a receber o Mação, e o Amiense a deslocar-se a Ourém, se não ficar desde já definido o 1.º lugar neste fim-de-semana, teremos um empolgante Amiense-Riachense para fechar com “chave de ouro” o campeonato: um verdadeiro jogo do título (em qualquer caso, da consagração)!

(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 2 de Maio de 2013)

5 Maio, 2013 at 10:30 am Deixe um comentário

Liga Europa – 1/2 Finais (2ª mão)

                                  2ª mão    1ª mão     Total
Benfica - Fenerbahçe                3-1       0-1       3-2
Chelsea - Basel                     3-1       2-1       5-2

Apesar de o Basel ter começado por inaugurar o marcador em Londres, o Chelsea acabaria, com naturalidade, por vencer o jogo, confirmando o triunfo da 1.ª mão, e o apuramento dos Campeões Europeus em título para a Final de uma prova europeia, em que marcam presença pelo segundo ano consecutivo.

Por seu lado, o Benfica conseguiu operar a reviravolta na eliminatória, garantindo também o apuramento para a Final da Liga Europa, a disputar em Amesterdão já no próximo dia 15 de Maio, no que constituirá a nona presença benfiquista em finais das competições europeias, 23 anos depois da sua última participação.

2 Maio, 2013 at 9:01 pm Deixe um comentário

Liga Europa – 1/2 Finais (2ª mão) – Benfica – Fenerbahçe

BenficaBenfica – Artur Moraes, Maxi Pereira, Luisão, Ezequiel Garay, André Almeida, Nemanja Matić, Enzo Peréz, Eduardo Salvio, Nico Gaitán (90m – Roderick),  Lima e Óscar Cardozo (87m – Urretavizcaya)

Fenerbahçe – Volkan Demirel, Gökhan Gönül (61m – Bekir İrtegün), Joseph Yobo (75m – Miroslav Stoch), Egemen Korkmaz, Reto Ziegler, Selçuk Şahin (45m  – Mehmet Topuz), Caner Erkin, Cristian Baroni, Dirk Kuyt, Salih Uçan e Moussa Sow

1-0 – Nico Gaitán – 9m
1-1 – Dirk Kuyt (pen.) – 23m
2-1 – Óscar Cardozo – 35m
3-1 – Óscar Cardozo – 66m

Cartões amarelos – Maxi Pereira (29m) e Enzo Peréz (33m); Cristian Baroni (31m) e Caner Erkin (85m)

Árbitro – Stéphane Lannoy (França)

Com grande tranquilidade e, de alguma forma, surpreendente naturalidade, o Benfica garantiu hoje o apuramento para a nona Final das competições europeias do seu historial, 23 anos depois da última presença, regressando assim a Amesterdão, precisamente no dia em que se completam 51 anos sobre a conquista da sua segunda Taça dos Campeões Europeus, obtida nesta cidade holandesa ante o Real Madrid.

Esta foi uma noite (quase) perfeita, com os três (diria mesmo os quatro…) golos a surgirem nos momentos ideais: a abertura do marcador logo aos 9 minutos; o tento do empate do Fenerbahçe, disponibilizando ainda cerca de 70 minutos para a recuperação benfiquista (o que não deixa de ser de crucial importância para a evolução do jogo e da eliminatória, quando necessitava, adicionalmente, de marcar dois golos); o segundo golo do Benfica menos de um quarto de hora decorrido; e, depois de uma intensa primeira parte, quando as coisas pareciam começar a arrefecer e se podia temer algum eventual esmorecimento, o terceiro golo benfiquista, ainda antes da metade do segundo tempo, a colocar a equipa portuguesa, pela primeira vez, em vantagem na eliminatória.

Tudo isto como corolário lógico da clara superioridade evidenciada pelo Benfica ao longo de todo o encontro, não apenas controlando, mas também dominando sempre o jogo, em todas as suas vertentes, apenas tendo sido surpreendido por um lance fortuito, que originou uma grande penalidade.

Uma exibição segura, de uma equipa confiante nas suas capacidades, que sabe que, em condições normais, marca golos – numa noite em que ultrapassou os 600 golos nas provas europeias -, que, entrando em campo com um forte ritmo, não revelou nunca ansiedade, nem se perturbou, mesmo com o golo sofrido. Que, depois do 2-1, confiou que o terceiro golo acabaria por surgir, mais tarde ou mais cedo, como viria a acontecer, mesmo que tivesse havido uma natural baixa de intensidade.

E, depois de se ter colocado em posição de vantagem na eliminatória, conseguindo um bom equilíbrio entre a procura do golo – que, compreensivelmente, viria a refrear à medida que o tempo ia avançando – e a necessidade de manter a segurança defensiva, sem que a equipa turca, objectivamente, tenha beneficiado de qualquer ocasião de perigo, junto da baliza benfiquista.

O Fenerbahçe apenas se poderá queixar de algum infortúnio a nível de lesões e sanções disciplinares, que haviam já retirado desta 2.ª mão três elementos (Raul Meireles, Mehmet Topal e Pierre Webó); tendo hoje, adicionalmente, perdido, também por lesão, Selçuk Şahin e Gökhan Gönül.

Consequência ou não destas faltas de alguns elementos-chave no seu conjunto, a verdade é que a equipa turca se apresentou esta noite a larga distância da formação ofensiva que se exibira na partida disputada em casa, sempre algo tolhida de movimentos, parecendo nunca ter efectivamente acreditado na possibilidade de apuramento.

E isso terá também de ser creditado à forma assertiva como o Benfica “pegou no jogo”, afirmando categoricamente a sua superioridade, sublimada pelo excelente golo de Gaitán, em mais uma “obra de arte”, com Cardozo, que desde início revelara grandes “ganas”, a marcar dois golos decisivos, que permitem o regresso do Benfica aos maiores palcos do futebol europeu, para defrontar o Campeão Europeu em título, Chelsea, numa possibilidade de “desforra” relativamente à eliminatória da temporada anterior.

2 Maio, 2013 at 9:00 pm Deixe um comentário

Older Posts Newer Posts


Autor – Contacto

Destaques


Literatura de Viagens e os Descobrimentos Tomar - História e Actualidade
União de Tomar - Recolha de dados históricosSporting de Tomar - Recolha de dados históricos

Calendário

Maio 2013
S T Q Q S S D
 12345
6789101112
13141516171819
20212223242526
2728293031  

Arquivos

Pulsar dos Diários Virtuais

O Pulsar dos Diários Virtuais em Portugal

O que é a memória?

Memória - TagCloud

Jogos Olímpicos

Categorias

Notas importantes

1. Este “blogue" tem por objectivo prioritário a divulgação do que de melhor vai acontecendo em Portugal e no mundo, compreendendo nomeadamente a apresentação de algumas imagens, textos, compilações / resumos com origem ou preparados com base em diversas fontes, em particular páginas na Internet e motores de busca, publicações literárias ou de órgãos de comunicação social, que nem sempre será viável citar ou referenciar.

Convicto da compreensão da inexistência de intenção de prejudicar terceiros, não obstante, agradeço antecipadamente a qualquer entidade que se sinta lesada pela apresentação de algum conteúdo o favor de me contactar via e-mail (ver no topo desta coluna), na sequência do que procederei à sua imediata remoção.

2. Os comentários expressos neste "blogue" vinculam exclusivamente os seus autores, não reflectindo necessariamente a opinião nem a concordância face aos mesmos do autor deste "blogue", pelo que publicamente aqui declino qualquer responsabilidade sobre o respectivo conteúdo.

Reservo-me também o direito de eliminar comentários que possa considerar difamatórios, ofensivos, caluniosos ou prejudiciais a terceiros; textos de carácter promocional poderão ser também excluídos.