Archive for Fevereiro, 2013
O pulsar do campeonato – Taça do Ribatejo

(“O Templário”, 14.02.2013)
Como quase sempre sucede nestas ocasiões, nos jogos dos 1/8 de Final da Taça Ribatejo – primeira ronda a eliminar – aconteceu mesmo “Taça”, em particular na Atalaia e em Alpiarça (e não em Santarém…), onde duas equipas da Divisão Secundária, Atalaiense e Empregados do Comércio, afastaram da competição outras duas da Divisão Principal, respectivamente o Pontével e o União de Tomar.
E se o Atalaiense, após o nulo no final do tempo regulamentar, apenas no desempate por via de pontapés da marca de grande penalidade se superiorizou, já o Empregados do Comércio obteve um triunfo por números que não deixam margem a dúvida, batendo a turma unionista por 3-1.
Deste desaire do União de Tomar – algo inesperado, não obstante sabermos que, tradicionalmente, as formações de escalão inferior têm, nestes desafios, uma motivação especial (para além do facto de estarmos em presença de um dos finalistas da prova na edição anterior, o que, só por si, já deveria constituir forte sinal de alerta) – serão necessariamente extraídas ilações (e lições), de forma a procurar evitar que se repitam os erros cometidos, com notórias falhas de concentração: um golo sofrido (na conversão de uma grande penalidade) logo no primeiro minuto (!); e, ainda pior, em termos de definição do desfecho da partida e da eliminatória, depois do tento do empate, dois golos consentidos praticamente de imediato. E o grupo nabantino nem sequer poderá invocar em seu favor a justificação de ter jogado no terreno do adversário, dado que o encontro foi disputado em campo neutro.
Para os 1/4 de Final avança ainda uma terceira formação da Divisão Secundária, no caso, tal como se antevia, o Assentiz, que eliminou um clube da mesma série, o Operário Meiaviense, por clara marca de 3-0.
Os restantes cinco apurados são da Divisão Principal, com destaque para os triunfos do At. Ouriense, na Glória do Ribatejo (2-1); e do Mação, ante o Benavente (3-1). Os grupos do Amiense (não obstante as dificuldades sentidas no terreno do adversário), Fazendense (goleando por 5-0) e Coruchense, impuseram o seu natural favoritismo, perante opositores do escalão secundário, respectivamente Muge, Alferrarede e Vasco da Gama.
Passado este breve interregno, regressa, no próximo fim-de-semana, o Campeonato Distrital, entrando na sua recta final, com a realização da penúltima jornada.
Recuperando o posicionamento actual, temos um primeiro grupo, formado pelo quarteto que se perfila como candidatos à disputa do título, com o par formado por Riachense e Amiense com dois pontos de vantagem face ao At. Ouriense e quatro pontos de avanço em relação ao Amiense.
Segue-se, em posição intermédia, o Fazendense, a sete pontos da turma de Amiais de Baixo; e, mais abaixo, o trio em contenda pela última vaga no grupo dos seis primeiros, com a U. Abrantina (que regista três pontos de atraso face à equipa de Fazendas de Almeirim) a dispor de uma escassa margem de dois pontos a mais que Benavente, e três em relação ao União de Tomar.
Por fim, um outro quarteto, actualmente mais ameaçado face à possibilidade de uma eventual despromoção, liderado pelo Pontével (para já, acima da “linha de água”), já a sete pontos da turma nabantina, mas com quatro pontos de vantagem sobre o Coruchense, seis em relação ao Glória do Ribatejo e oito face ao “lanterna vermelha”, Moçarriense.
Na ronda 21 do campeonato, curiosamente, repete-se o alinhamento de um dos jogos dos 1/8 de Final da Taça Ribatejo, com o Mação a ser novamente visitado pelo Benavente, enquanto o outro guia, Riachense, recebe o União de Tomar, num confronto em que a formação de Riachos terá naturalmente o favoritismo, mas em que a equipa unionista necessitará imperiosamente de pontuar para poder continuar a sonhar com um lugar no grupo dos seis primeiros.
Do trio que disputa ainda essa última vaga de acesso, resta referir a U. Abrantina, também com uma difícil deslocação a Ourém (não obstante, ou até, talvez, sobretudo, devido aos três desaires averbados pelo At. Ouriense nas últimas quatro jornadas).
O tranquilo Fazendense (que não perde há seis jogos) perfila-se também como favorito, na visita à Moçarria (perante uma equipa do Moçarriense, última classificada, que regista uma série de quatro derrotas sucessivas, a última das quais, em casa, pelo penoso marcador de 0-8); assim como o Amiense (após um empate na jornada anterior, a colocar termo a uma sucessão de seis triunfos), de longada até Pontével, onde será, não obstante, expectável que possa encontrar maiores dificuldades, inclusivamente em função das reduzidas dimensões do campo.
Finalmente, num verdadeiro “jogo de aflitos”, a turma da Glória do Ribatejo (oito vezes desfeiteada em nove encontros disputados na segunda volta) recebe a formação do Coruchense (que regressou aos triunfos na ronda anterior – a que somou agora também o apuramento na Taça do Ribatejo –, depois de cinco derrotas consecutivas).
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 14 de Fevereiro de 2013)
Liga Europa – 1/16 Final (1ª mão)
BATE Borisov – Fenerbahce – 0-0
Inter – CFR Cluj – 2-0
Levante – Olympiakos – 3-0
Zenit – Liverpool – 2-0
D. Kyiv – Bordeaux – 1-1
Bayer Leverkusen – Benfica – 0-1
Newcastle – Metalist Kharkiv – 0-0
Stuttgart – Genk – 1-1
At. Madrid – Rubin Kazan – 0-2
Ajax – Steaua – 2-0
Basel – Dnipro – 2-0
Anzhi – Hannover – 3-1
Sparta Praha – Chelsea – 0-1
B. Monchengladbach – Lazio – 3-3
Tottenham – Lyon – 2-1
Napoli – Viktoria Plzen – 0-3
Liga Europa – 1/16 Final (1ª mão) – Bayer Leverkusen – Benfica
Bayer Leverkusen – Bernd Leno, Hajime Hosogai (82m – Sebastian Boenisch), Philipp Wollscheid, Daniel Schwaab, Michal Kadlec, Lars Bender, Simon Rolfes, Jens Hegeler, Gonzalo Castro (70m – Arkadiusz Milik), André Schürrle (45m – Sidney Sam) e Stefan Kiessling
Benfica – Artur Moraes, André Almeida, Luisão, Garay, Melgarejo, Urretavizcaya (57m – Eduardo Salvio), Nico Gaitán, Nemanja Matić, André Gomes (42m – Enzo Pérez), Ola John e Óscar Cardozo (72m – Lima)
0-1 – Óscar Cardozo – 61m
Cartões amarelos – Bender (53m), Kiessling (76m) e Milik (81m); Melgarejo (45m) e Nico Gaitán (73m)
Árbitro – Antonio Mateu Lahoz (Espanha)
Num terreno sob a suave queda de neve, bastante apoiado pelos seus adeptos, o Benfica obteve, nesta primeira mão dos 1/16 Final da Liga Europa, uma excelente vitória (a segunda da sua história, em território germânico), que lhe pode abrir o caminho para a fase seguinte, assim a equipa consiga confirmar a boa atitude e desempenho hoje alcançados.
Numa primeira parte repartida, sem notórias oportunidades de golo para nenhum dos contendores, a primeira ocasião de golo surgiria logo a abrir o segundo tempo, com Kadlec a não conseguir aproveitar da melhor forma uma falha da defesa benfiquista.
Já depois de a equipa portuguesa ter ameaçado, por Urretavizcaya, na sequência de um livre, o Benfica chegaria mesmo ao golo, numa excelente execução técnica de Cardozo, a dar a melhor sequência a uma boa abertura de André Almeida, como que “picando” ligeiramente a bola sobre o guardião adversário, isto depois de já ter deixado fora do lance um defesa contrário.
Em situação de desvantagem, a equipa alemã procuraria intensificar as iniciativas atacantes, mas, em duas ocasiões em que foi chamado a intervir, Artur Moraes mostraria concentração. E, por outro lado, seria ainda Ola John a dispor de oportunidade para ampliar o marcador.
Já em período de compensação, o golo esteve iminente na baliza benfiquista, com Melgarejo, em esforço, a conseguir evitar – sobre a linha de golo, em arrojado golpe de cabeça, impelindo a bola por cima da barra – que o Bayer Leverkusen chegasse à igualdade, depois de o guarda-redes do Benfica se ter deixado antecipar.
A renúncia do Papa Bento XVI nas primeiras páginas dos jornais
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500 anos da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra
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Papa Bento XVI renuncia ao Pontificado

Caríssimos Irmãos,
convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.
Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.
Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.
BENEDICTUS PP. XVI
(via L’Osservatore Romano)
O pulsar do campeonato – 20ª jornada

(“O Templário”, 07.02.2013)
Os resultados da 20.ª e antepenúltima jornada da primeira fase do Campeonato da Divisão Principal não contribuíram para clarificar as posições entre o quarteto da frente, com as equipas candidatas ao título de Campeão e consequente promoção ao Campeonato Nacional a denotarem algumas hesitações, à excepção, claro, da rotunda goleada (8-0) infligida pelo Mação frente ao “lanterna vermelha” Moçarriense.
De facto, com o Riachense e Amiense a não irem além do empate (respectivamente em Abrantes, cedido na fase derradeira do encontro, quando a turma de Riachos jogava em inferioridade numérica; e perante o Fazendense, a dois golos, em partida antecipada para a passada sexta-feira), e com o At. Ouriense a ser derrotado (pela margem mínima) em Benavente, este mini-pelotão mantém-se compacto, com quatro pontos a separarem o duo que reparte agora a liderança (Riachense e Mação) do Amiense, com a formação de Ourém em posição intermédia.
A nota de equilíbrio perdura portanto como dominante, com o trio de equipas do topo da tabela a somar, cada uma, 13 vitórias nos 20 desafios disputados, contando o Amiense apenas um triunfo a menos. Em termos de derrotas, os dois líderes cederam três vezes cada, enquanto os restantes dois desse quarteto somam já cinco desaires.
O Fazendense continua a sua “corrida por fora”, mantendo-se a 11 pontos dos guias, diferença que, a subsistir nas duas rondas finais, seria reduzida a seis pontos, para a segunda fase. Poderá a turma de Fazendas de Almeirim vir ainda a intrometer-se na disputa pelos primeiros lugares? Parece pouco provável, mas não será difícil antecipar que venha a exercer um papel de “arbitragem” entre os candidatos ao título, em função dos resultados que venha a registar frente a cada um deles.
O empate alcançado pela U. Abrantina, a par do triunfo do Benavente sobre o At. Ouriense, ofuscaram de alguma forma o regozijo por mais uma vitória do União de Tomar, frente à animosa equipa da Glória do Ribatejo (2-0). Foi a quinta partida que a turma unionista venceu na segunda volta, aumentando para 17 pontos o seu pecúlio nesta metade da prova (ainda com duas jornadas por disputar) – contra apenas nove na primeira volta –, somente menos um ponto que os obtidos pelo At. Ouriense e Fazendense e menos dois que os alcançados por Riachense, Mação e Amiense, nesse mesmo período.
A formação nabantina reduziu assim para três pontos a distância que a separa do ambicionado 6.º lugar, mantendo-se a um escasso ponto do Benavente; porém, restando apenas duas rondas, a tarefa não se apresenta menos árdua: o União necessitaria, no mínimo, de pontuar em Riachos e de vencer, na última jornada, em casa, o At. Ouriense, esperando que a U. Abrantina possa perder os dois encontros finais (deslocação a Ourém e recepção ao Mação). Isto, claro, sem esquecer que o grupo benaventense também é parte interessada nesta disputa (visita Mação e recebe o Moçarriense).
Por fim, na jornada do passado fim-de-semana, referência para o regresso às vitórias do Coruchense, frente ao Pontével (4-2), colocando termo a uma série de cinco derrotas consecutivas, e reduzindo para quatro pontos a distância que o separa da “linha de água”, posição actualmente ocupada precisamente pelo adversário que defrontou nesta ronda, assim “reentrando” na luta pela manutenção.
Antes da realização das duas jornadas finais, é entretanto ocasião para nova pausa no campeonato distrital, abrindo caminho à disputa, neste fim-de-semana, dos 1/8 Final da Taça Ribatejo, competição em que estão envolvidas nove equipas da Divisão Principal e sete da Divisão Secundária.
Nos confrontos entre equipas da principal divisão, teremos Glória do Ribatejo-At. Ouriense e Mação-Benavente, com favoritismo a pender para as equipas de Ourém e de Mação.
Por seu lado, nos desafios em que intervêm equipas dos dois escalões, os primodivisionários terão de se aplicar para confirmar a sua teórica superioridade, principalmente nos três últimos confrontos, em que terão a dificuldade acrescida de se deslocarem aos terrenos dos respectivos adversários: Coruchense-Vasco da Gama, Fazendense-Alferrarede, Muge-Amiense, Empregados do Comércio-União Tomar e Atalaiense-Pontével. Será com naturalidade que poderemos aguardar alguma surpresa – os geralmente apelidados de “tomba-gigantes”, à escala distrital –, esperando que tal não suceda em Santarém, dadas as aspirações unionistas nesta competição, que o União nunca conseguiu vencer.
Finalmente é já garantido que teremos, nos 1/4 Final da prova, pelo menos uma equipa representante da Divisão Secundária, dado que se enfrentam Assentiz e Meiaviense, com aparente supremacia da equipa da casa, que lidera a sua série do campeonato.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 7 de Fevereiro de 2013)
A pequena Europa
Na verdade, os países contribuintes líquidos recebem muito mais do que dão para o orçamento, através do simples funcionamento do mercado interno e da existência da moeda única. Hoje, se a política estivesse à altura dos desafios que a Europa enfrenta, não estaríamos a assistir à redução de um orçamento comum, já de si ridículo. Estaríamos a discutir a necessidade de aumentar substancialmente o orçamento europeu, para permitir que ele alimentasse políticas de desenvolvimento comum, em contraciclo com a austeridade reinante nos orçamentos nacionais. E estaríamos a tornar o orçamento mais transparente para os cidadãos, criando uma taxa universal comum do IRS e do IRC, para acabar de vez com a chantagem dos “contribuintes líquidos”. Mas os pequenos políticos que nos governam insistem em construir uma Europa pequena, à sua altura. Por este caminho, ela será tão pequena que até eles não caberão nela.
O pulsar do campeonato – 19ª jornada

(“O Templário”, 31.01.2013)
A três jornadas do termo da primeira fase da Divisão Principal, o campeonato está ao rubro! Efectivamente, depois dos resultados do fim-de-semana – e desconhecendo ainda o desfecho do Riachense-Benavente, interrompido no domingo, devido à chuva, e reagendado para ontem, quarta-feira – os quatro primeiros surgem agora separados, entre si, por um ponto cada.
Ao At. Ouriense, no regresso aos triunfos (frente ao último classificado, Moçarriense), bastou um solitário tento para, aproveitando o empate do Mação na difícil deslocação a Fazendas de Almeirim, voltar a assumir – pelo menos provisoriamente, à condição, dependendo do resultado do jogo de Riachos – a liderança, com um ponto de vantagem sobre a equipa maçaense, com o Riachense a dois, e o Amiense (prosseguindo uma excelente recuperação, somando a sexta vitória consecutiva, na recepção ao Coruchense), a apenas três pontos.
Também o União de Tomar – com uma importante vitória, beneficiando de duas indiscutíveis e não discutidas grandes penalidades, no acanhado terreno de Pontével, em que se revela difícil jogar, dado o constante contacto físico e sucessivas interrupções de jogo, para marcação de faltas, ou para reposição de bola pela linha lateral, condições agravadas pelo mau tempo que se fez sentir, com bastante chuva – tem vindo a protagonizar uma boa segunda volta da prova, acumulando 14 pontos nas últimas sete partidas, em que apenas consentiu um desaire (somente At. Ouriense e Amiense fizeram melhor).
Porém, se tal permitiu à turma unionista, nessas sete jornadas, a obtenção de mais dez pontos relativamente ao mais imediato perseguidor, Pontével, e onze pontos face a cada um dos clubes que constitui o trio da retaguarda – assim cavando um fosso de, respectivamente, dez, onze e doze pontos, em relação a Glória do Ribatejo, Coruchense e Moçarriense, o qual se poderá vir a revelar decisivo para a ordenação final –, não obstou a que a aspiração de poder vir a chegar ainda aos seis primeiros lugares praticamente se tenha esfumado.
Para tal foi determinante o resultado obtido pela U. Abrantina na Glória do Ribatejo, com um dilatado triunfo de 4-1, que lhe permite manter a distância de cinco pontos face à equipa tomarense e, para já, ampliar para quatro pontos a vantagem sobre o Benavente. Ao União de Tomar resta “continuar a sonhar”, mas com os pés bem assentes na terra… necessitará de vencer os dois encontros que lhe restam em casa (frente à formação da Glória do Ribatejo, e ao actual guia da classificação, At. Ouriense), esperando que a turma de Abrantes – com um difícil encadeamento de calendário, defrontando, nas três rondas finais, os três primeiros classificados – possa ser derrotada nesses desafios.
Confirmando o que aqui tenho vindo a antever, o Fazendense vai fazendo um “campeonato à parte”, livre de preocupações, com um lugar nos seis primeiros já praticamente garantido (o que, nesta altura, foi já confirmado pelo quarteto da frente). Em relação à sexta e última vaga de acesso a esse grupo que, na segunda fase, disputará o título e consequente promoção ao novo Campeonato de Seniores da Federação Portuguesa de Futebol, nesta altura ainda por atribuir, as coisas poderão ter ficado bastante mais clarificadas; porém, União de Tomar, e, por maioria de razão, Benavente, terão ainda uma palavra a dizer, embora naturalmente dependentes do que a U. Abrantina possa vir a fazer nesta recta final da primeira fase.
Ao trio que se encontra em zona teoricamente de despromoção – e assim parece confirmar-se dado que, à medida que o Campeonato Nacional da III Divisão avança, Alcanenense, Torres Novas e Cartaxo vão vendo consolidada também a tendência de despromoção ao Distrital (pese embora a recuperação que a equipa torrejana vem encetando) –, com bastante mau desempenho na segunda volta (Glória do Ribatejo e Coruchense, cada um com apenas uma vitória e sete derrotas, sendo que no caso da equipa de Coruche soma já cinco desaires consecutivos; Moçarriense com seis pontos, mas apenas três obtidos nas últimas sete jornadas), resta esperar por melhores dias… e pela divisão de pontos para a segunda fase, que lhes permitirão atenuar distâncias.
Para essa fase decisiva, o União de Tomar transporta já (tal como o Benavente) 12 pontos, enquanto o Pontével acumula 10 pontos, o Glória do Ribatejo, 7, contando Coruchense e Moçarriense ambos com apenas 6 pontos angariados para a segunda parte da competição.
Na antepenúltima ronda desta fase inicial, o trio da liderança terá difíceis deslocações, com o At. Ouriense a visitar Benavente, o Mação, a deslocar-se à Moçarria, e o Riachense a ir até Abrantes. O quarto classificado, Amiense, embora jogando no seu terreno, não deverá enfrentar menos dificuldades, na recepção ao tranquilo, mas bastante competitivo grupo do Fazendense.
Por seu lado, o U. Tomar recebe a visita da turma de Glória do Ribatejo, sendo fundamental continuar a somar pontos – de preferência a vitória… – tendo em mira a tal ambição “sonhada” de poder ainda chegar aos seis primeiros, e, em qualquer caso, o reforço da vantagem sobre o trio da cauda da tabela, o qual é liderado precisamente pelo opositor da próxima jornada. Por fim, o Coruchense, recebendo o Pontével, poderá ensaiar uma quebra da série negativa que atravessa; ou, ao invés, afundar-se ainda mais, caso permita o dilatar da distância que os separa.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 31 de Janeiro de 2013)





