Cimeira de Copenhaga
7 Dezembro, 2009 at 12:37 pm Deixe um comentário

(imagem El País)
A União Europeia prepara-se para assumir o fracasso da “Cimeira do Clima”, a realizar em Copenhaga, de 7 a 18 de Dezembro, sob o patrocínio da ONU, imputando tal desfecho aos EUA, em primeira análise, e à China.
Afigura-se irrealista a obtenção de um acordo vinculativo sobre a redução de emissões entre 2012 e 2020 – visando substituir o protocolo de Quioto –, com Obama a reiterar que não poderá assinar qualquer acordo internacional sem que o Senado aprove a lei de redução de emissões de dióxido de carbono.
Os dois países com maiores emissões, os EUA e a China não chegaram a um entendimento, sendo secundados por Indonésia, Japão, Índia e Brasil. Assim, um projecto de resolução dos países da zona Ásia-Pacífico, que previa um compromisso de redução dos gases com efeito de estufa em 50 % até ao ano 2050, acabou por capitular.
Deverá ser portanto necessário mais um compasso de espera, e uma abordagem faseada, por etapas, começando pelas estratégias para a tecnologia, financiamento e adaptação legislativa; apenas numa fase subsequente se passaria aos objectivos quantitativos em termos de reduções de emissões.
A Cimeira de Copenhaga mais não deverá resultar que numa mera declaração de intenções – um “pré-acordo” entre 191 países, preferencialmente estabelecendo objectivos ambiciosos e inclusivamente alguns procedimentos para os atingir, adiando contudo compromissos mais efectivos para data posterior, ainda indeterminada.
Para saber mais, consultar aqui diversos artigos sobre esta temática, publicados no último mês.
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