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PABLO PICASSO (II)
O seu quadro “Ciência e Caridade” seria distinguido em 1897 com uma Menção de Honra em Madrid.
No final do ano, é admitido na classe de pintura da Real Academia de San Fernando, em Madrid, que abandonaria contudo no ano seguinte, regressando a Barcelona.

Conhece então alguns jovens artistas e intelectuais (entre os quais, o poeta Jaime Sabarté e o pintor Carlos Casagemas) que o introduzem nas modernas correntes de pintura; apresenta em 1900 a sua primeira exposição individual, com cerca de 150 desenhos, no café “Els Quatre Gats” (fundado por Ramón Casas, Santiago Rusiñol, Pere Romeu e Miguel Utrillo), publicando também alguns desenhos na revista “Joventut”.
Ainda no mesmo ano, viaja pela primeira vez para Paris, juntamente com o amigo Carlos Casagemas, tomando então contacto com a obra de Toulouse-Lautrec, Cézanne e Degas.
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PABLO PICASSO (I)
Pablo Diego Jose Santiago Francisco de Paula Juan Nepomuceno Crispin Crispiniano de los Remedios Cipriano de la Santisima Trinidad Ruiz Blasco y Picasso Lopez nasceu em Málaga (Espanha) a 25 de Outubro de 1881, filho de Jose Ruiz Blasco (artista e professor na escola de artes de San Telmo) e Maria Picasso Lopez.
Em 1891, acompanhou a família na mudança para a Corunha, iniciando-se como artista, sob a orientação do pai; com 10 anos, seria aprovado na Escola de Belas Artes.
A família mudar-se-ia novamente, em 1895, desta vez para Barcelona, onde o pai passou a dar aulas (na Real Academia de Artes de La Lonja) e onde Picasso seria admitido, no ano seguinte, na classe de desenho.
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VENEZUELA
País situado na extremidade Norte da América do Sul. Tem uma área de cerca de 912 050 km2 e cerca de 24 655 000 habitantes. Confina a oeste com a Colômbia, a sul com o Brasil, a este com a Guiana e a norte com o mar das Caraíbas. A capital é Caracas. A língua oficial é o espanhol. A maioria da população é católica. A unidade monetária é o bolívar.
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Descoberta por Cristóvão Colombo na sua viagem, em 1498, a colonização, a cargo dos Espanhóis, teve início em 1523. A administração dependeu da Audiência de S. Domingos e, posteriormente, dos vice-reinos do México e de Nova Granada.
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Pátria de Símon Bolívar, a Venezuela proclamou a sua independência em 1811, assegurada por Bolívar em 1821, com a vitória de Carabobo. Até 1830 fez parte da Grande Colômbia.
Na sua história, o país conta com uma guerra civil de 9 anos (1861-1870) e com 27 anos de ditadura pessoal (1908-1935), seguindo-se a democracia.
A extracção de petróleo (descoberto em 1882) alcandorou a Venezuela a um dos países mais poderosos do Terceiro Mundo. Apesar de o Estado ser rico, a grande massa populacional encontra-se em baixo nível de vida em virtude da má repartição da riqueza nacional.
Vivendo nos últimos decénios dependente quase em absoluto da produção petrolífera, a Venezuela procura diversificar as suas fontes de rendimento desenvolvendo a siderurgia e instalando a petroquímica.
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As eleições presidenciais de 1988 foram ganhas por Carlos Andrés Pérez. Em 1989, o aumento dos preços da gasolina e dos transportes desencadeou uma onda de violência e de pilhagem nas principais cidades. O presidente, perante a violência dos distúrbios, decidiu suspender seis artigos da Constituição (referentes à segurança, liberdade de expressão e de reunião) e impôs o recolher obrigatória.
A situação ir-se-ia degradar ao longo da década de 90, com sucessivas revoltas, manifestações de violência e mesmo tentativas de golpe de Estado como o de Hugo Chávez, em 1992.
Em 1993 foi decretado o estado de sítio e Pérez chegou a ser suspenso e até preso.
Em 1994, Rafael Caldera Rodriguez sucede a Velasquez Mujica que tinha ficado a presidir interinamente o país.
Mas, quatro anos depois, é o ex-comandante Hugo Chávez, revolucionário de extrema-esquerda, quem é eleito para presidente. Sucedem-se greves gerais e, à agitação social, juntam-se diversas catástrofes naturais.
Em 2000, o populismo de Chávez leva-o à reeleição sem que a turbulência política, social e económica tenha parado de agitar a Venezuela.
“A Enciclopédia”, edição Editorial Verbo, SA / Público, 2004
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URUGUAI
Estado do Sudeste da América do Sul. Tem 175 016 km2 e cerca de 3 350 000 habitantes. Confina a norte e nordeste com o Brasil, a oeste com a Argentina, a sul com o estuário do Rio da Prata e a sudeste é banhado pelo oceano Atlântico. A capital é Montevideu. A língua oficial é o espanhol. A maioria da população é católica. A unidade monetária é o peso uruguaio.
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A primeira exploração em território uruguaio fê-la Juan Diaz de Solís, em 1515, mas a colonização só teve início em 1624. Em 1680 os Portugueses avançaram até às margens do rio da Prata fundando a colónia do Sacramento, que, por tratado de 1777, entregaram aos Espanhóis. Estes, em 1776, tinham fundado Montevideu.
O Uruguai proclamou a sua independência em 1815. Em 1821, o Brasil ocupou o território uruguaio, dando-lhe o nome de Província Cisplatina.
Pela força das armas (1825-1827) e graças à ajuda da Argentina e à intervenção da Inglaterra, o Brasil concordou, em 1828, com a criação do Estado do Uruguai.
De 1933 a 1942 o país é governado pelo regime ditatorial de Manuel Terra. Em 1984 é restabelecido o poder civil, alternando-se na presidência liberais e conservadores.
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Em 1990, Luís Alberto Lacalle sucedeu a Sanguinetti, que tornou a ser eleito para o cargo em 1994, sendo substituído em 2000 por Jorge Batlle.
“A Enciclopédia”, edição Editorial Verbo, SA / Público, 2004
[2284]
SURINAME
Estado da América do Sul (antiga Guiana Holandesa). Tem uma superfície de 163 265 km2 e uma população aproximada de 436 500 habitantes.
Confina com a Guiana Francesa a este, com a Guiana a oeste, com o Brasil a sul e a norte é banhada pelo Oceano Atlântico. A capital é Paramaribo. A língua oficial é o neerlandês. O culto religioso é repartido pelo hinduísmo, pelo cristianismo, protestantes e muçulmanos. A unidade monetária é o florim.
O território foi descoberto em 1498 por espanhóis. Colonizada pelos ingleses desde 1650, foi pouco depois cedida aos Países Baixos, voltando posteriormente à mão dos britânicos.
Holandesa desde 1816, é denominada Guiana Holandesa, adquiriu a autonomia em 1954 e a independência em 1975, passando nesta data a chamar-se Suriname.
A partir de 1980, uma constante instabilidade política afectou o país. Um golpe de Estado instalou no poder um novo regime chefiado por Henk Chin A Sen. Sucederam-se os golpes e contra-golpes, ascendendo ao poder o chefe da Junta Militar, Désiré Bouterse.
Em 1986, o Suriname requereu a convocação do Conselho de Segurança da ONU, alegando o apoio da França ao movimento rebelde de Ronnie Brunswijk. Em 1987, é aprovada, por referendo, a Lei Fundamental. Em 1988, Ramsewak Shankar é eleito presidente, mas demite-se no final de 1990.
Em 1992, o Suriname recuperou, através de um tratado, a importante cooperação dos Países Baixos e, em 2000, o presidente eleito Ronald Venetiaan impôs um regime de austeridade marcado pela contenção da despesa, com vista à recuperação da economia.
“A Enciclopédia”, edição Editorial Verbo, SA / Público, 2004
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PERU
República da América do Sul. Tem uma superfície de 1 285 216 km2 e estimam-se cerca de 26 milhões de habitantes. Confina a norte com a Colômbia e com o Equador, a este com o Brasil, a sudeste com a Bolívia, a sul com o Chile e a oeste é banhado pelo oceano Pacífico. A capital é Lima. Espanhol e, localmente, quéchua e aimará são as línguas oficiais. O catolicismo é praticado pela maioria da população. A unidade monetária é o novo sol.
O período pré-colombiano do Peru está documentado pelos antigos e admiráveis vestígios das civilizações Chavin, Tiahuanaco e Inca (nos Andes), Mochica, Chimu, Nasca e Ica, no litoral.
O Império dos Incas (que parecem ter pertencido a uma tribo dos altos planaltos, ao longo do rio Urubamba) desenvolveu-se a partir do ano 1000. Desde o norte do Equador, englobando todo o Peru e a Bolívia, estendeu-se progressivamente à Colômbia, Chile e Argentina.
Por altura da chegada de Pizarro, uma luta sangrenta opunha Huascar, inca legítimo, ao seu meio-irmão Atahualpa. A morte dramática de ambos facilitou a conquista do Império por um punhado de espanhóis.
O Peru foi o mais rico e poderoso vice-reino de Espanha durante a colonização, como o provam os magníficos e numerosos monumentos barrocos (igrejas e palácios). Foi também o último a alcançar a independência, estimulada em 1780 pela revolta do cacique índio Tupac Amaru II, e depois garantida, entre 1820 e 1824, pelos libertadores José de San Martin, Simão Bolívar e Sucre (batalhas de Junin e Ayacucho).
A vida da jovem república foi a princípio muito perturbada por rebeliões dos índios e pela chamada «guerra do Pacífico» – de 1879 a 1884 -, envolvendo, de um lado, o Peru e a Bolívia e, do outro, o Chile, com resultados desastrosos para os aliados. Terminada a guerra, procuraram os presidentes reconstruír o país, adoptando medidas no sentido de favorecer o desenvolvimento dos recursos naturais.
Em 1920 assinava o presidente Augusto Leguía a reforma da Constituição de 1860. Em 1930 era deposto do cargo. Nesse ano foi aprovada a décima Constituição do Peru. Em 1941 questões fronteiriças levaram a uma guerra contra o Equador e à assinatura, em 1942, de um protocolo.
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Em 1969, o Peru, a Bolívia, o Chile, a Colômbia e o Equador assinam o Pacto Andino.
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Entretanto, a actuação do movimento guerrilheiro maoísta Sendero Luminoso, fundado em 1970 por Carlos Abimael Guzmán (capturado em 1992 e condenado a prisão perpétua), leva à declaração do estado de sítio, em 1982, e, mais tarde, ao reforço do poder do exército.
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Após uma trégua de três meses, o Movimento Revolucionário Tupac Amaru, fundado por Victor Polay Campos em 1983, retoma a sua actividade, atacando a embaixada americana em Lima.
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Em 1990 Alberto Fujimori ganha as presidenciais. Em 1991, quase meia centena de mortos resultam dos confrontos entre o exército e o Movimento Revolucionário Tupac Amaru, o qual fará, em 1996, cerca de 600 reféns na Embaixada do Japão.
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Em 2000, Alberto Fujimori foi reeleito presidente da República, cargo de que se demitiu seis meses depois, na sequência da revelação de crimes ligados ao seu regime. Em 2001, Alejandro Toledo sucede-lhe na chefia do Estado […]
“A Enciclopédia”, edição Editorial Verbo, SA / Público, 2004
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PARAGUAI
República da América do Sul. Tem uma superfície de 406 752 km2 e estima-se cerca de 5 800 000 habitantes (2002). Confina a norte e nordeste com a Bolívia, a este com o Brasil, a sul e oeste com a Argentina. A capital é Assunção. As línguas oficiais são o espanhol e o guarani. A população é católica. a unidade monetária é o guarani.
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O Paraguai foi colonizado pelos Espanhóis e pertenceu, assim como a Argentina, à vice-realeza do Peru. A história do Paraguai confunde-se, durante aproximadamente 100 anos, com a dos Jesuítas. Missões ou reduciones (missões nos povoados indígenas), fortificadas e dirigidas pelos padres da companhia, constituíam um autêntico império teocrático, onde foram pacificados cento e cinquenta mil guerreiros guaranis. Mas a prosperidade dessas missões indispôs Carlos III de Espanha, que decretou a sua expulsão da América do Sul em 1768.
Anunciada pela revolução dos Comuneros, a independência foi proclamada em 1813. A jovem república foi ensanguentada por conflitos com os vizinhos, principalmente a terrível guerra territorial contra a Argentina, Brasil e o Uruguai, de 1865 a 1870, e que provocou a morte de três quartos da população do Paraguai.
Em 1928, 1929 e de 1932 a 1935, a Guerra do Chaco contra a Bolívia agitou de novo o país, que conheceu depois numerosos golpes de Estado.
É membro da ONU desde 1945 e faz parte da OEA.
Desde 1954 o Paraguai foi governado pelo general Alfredo Stroessner, sucessivamente reeleito, sob uma permanente situação de «estado de sítio». As organizações clandestinas multiplicaram as acções de guerrilha.
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Em 1987 foi levantado o estado de sítio que durava havia 40 anos. Em 1988, o general Andrés Rodríguez-Pedotti encabeçou um golpe de Estado de que resultou a deposição de Stroessner, entretanto refugiado no Brasil. Andrés Rodriguez anunciou o propósito de restabelecer a democracia e o respeito pelos direitos humanos. Em 1989 realizaram-se eleições legislativas e presidenciais. Andrés Rodriguez foi eleito presidente da República, enquanto nas legislativas venceu o Partido Colorado.
Em 1993 é eleito presidente Juan Wasmosy. Em 1996 uma revolta militar eclode, mas acaba por ser sufocada. Raul Cubas Grau, eleito presidente em 1998, demite-se no ano seguinte, depois do assassínio do seu vice-presidente e de vários motins, exilando-se no Brasil.
Em 1999, as novas eleições dão a vitória a Gonzalez Macchi, que logo em 2000, teve de enfrentar novo golpe de Estado, chefiado pelo general Oviedo. Em 2003, Macchi é destituído da presidência pelo Senado, acusado de corrupção. O seu lugar é ocupado por Oscar Frutos.
“A Enciclopédia”, edição Editorial Verbo, SA / Público, 2004
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GUIANA FRANCESA
Departamento ultramarino francês do nordeste da América do Sul. Tem uma área de 86 504 km2 e uma população de cerca de 178 000 habitantes. Confina a oeste com o Suriname, a sul e este com o Brasil e a norte é banhada pelo oceano Atlântico. A capital é Caiena.
[…] Adquiriu uma sinistra reputação como território de deportação política (1794-1805) e colónia penal (até 1945) O primeiro contacto dos franceses com a Guiana Francesa, deu-se em 1604, através da expedição de La Ravardière. Depois de várias tentativas de colonização, só o holandês Spranger conseguiu fixar-se no território. Com o Tratado de Breda de 1667, o território passou para os Holandeses. O almirante Jean d’Estrées conseguiu recuperá-lo nesse mesmo ano.
Em 1700, houve um conflito de fronteiras com o Brasil, cujos limites os franceses pretendiam fixar no Amazonas, o que foi aceite. Todavia o Tratado de Utreque de 1713 deu razão a Portugal, fazendo-o recuar para Norte. Em 1809, a Guiana Francesa foi conquistada pelos portugueses. Em 1814, voltou à posse da França, e, em 1817, os limites foram definitivamente assentes. Em 1848, a escravatura é abolida, com consequente abandono das plantações.
No início da segunda metade do século XIX, entram na Guiana Francesa muitos emigrantes de origem africana e indiana.
Em 1946, torna-se um departamento francês e assume o estatuto de região desde 1975. Na década de 90 têm-se animado as facções independentistas.
“A Enciclopédia”, edição Editorial Verbo, SA / Público, 2004
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GUIANA
Estado do Nordeste da América do Sul. Com uma superfície de 215 083 km2 e uma população de cerca de 699 000 habitantes. Confina a noroeste e a oeste com a Venezuela; a sudoeste e a sul com o Brasil, a sudoeste e a este com o Suriname e a nordeste com o oceano Atlântico. A capital é Georgetown. A língua oficial é o inglês e a maioria da população é cristã. A unidade monetária é o dólar da Guiana.
[…] A Guiana foi descoberta por portugueses e espanhóis, que nunca se chegaram a fixar no território. Nos finais do século XVI era uma colónia Holandesa. Aí fundaram a cidade de Stabrock, denominada mais tarde Georgetown. Foi activamente explorada pela Companhia das Índias Ocidentais, de 1621 a 1791, através das plantações de açúcar e de algodão. Em 1796, o território é ocupado pelos Ingleses e, em 1814, torna-se colónia britânica. Em 1928, o Governo britânico concedeu à Guiana britânica uma constituição própria, depois modificada em 1961. Em 1966, obteve a independência, com o nome de República Cooperativa da Guiana. A história recente da Guiana tem sido marcada por alguns sobressaltos políticos. Uma nova Constituição é promulgada em 1978, e uma outra em 1980. É membro da Commonwealth e desde 1999 Bharat Jagdeo é o presidente da Guiana.
“A Enciclopédia”, edição Editorial Verbo, SA / Público, 2004
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