Archive for 22 Maio, 2022
Taça de Portugal – Palmarés
Vencedor Finalista Épocas (Vencedor / Finalista) Benfica 26 12 1939-40; 1942-43; 1943-44; 1948-49; 1950-51; 1951-52; 1952-53; 1954-55; 1956-57; 1958-59; 1961-62; 1963-64; 1968-69; 1969-70; 1971-72; 1979-80; 1980-81; 1982-83; 1984-85; 1985-86; 1986-87; 1992-93; 1995-96; 2003-04; 2013-14; 2016-17 1938-39; 1957-58; 1964-65; 1970-71; 1973-74; 1974-75; 1988-89; 1996-97; 2004-05; 2012-13; 2019-20; 2020-21 FC Porto 18 14 1955-56; 1957-58; 1967-68; 1976-77; 1983-84; 1987-88; 1990-91; 1993-94; 1997-98; 1999-00; 2000-01; 2002-03; 2005-06; 2008-09; 2009-10; 2010-11; 2019-20; 2021-22 1952-53; 1958-59; 1960-61; 1963-64; 1977-78; 1979-80; 1980-81; 1982-83; 1984-85; 1991-92; 2003-04; 2007-08; 2015-16; 2018-19 Sporting 17 12 1940-41; 1944-45; 1945-46; 1947-48; 1953-54; 1962-63; 1970-71; 1972-73; 1973-74; 1977-78; 1981-82; 1994-95; 2001-02; 2006-07; 2007-08; 2014-15; 2018-19 1951-52; 1954-55; 1959-60; 1969-70; 1971-72; 1978-79; 1986-87; 1993-94; 1995-96; 1999-00; 2011-12; 2017-18 Boavista 5 1 1974-75; 1975-76; 1978-79; 1991-92; 1996-97/ 1992-93 V. Setúbal 3 7 1964-65; 1966-67; 2004-05 1942-43; 1953-54; 1961-62; 1965-66 1967-68; 1972-73; 2005-06 Belenenses 3 5 1941-42; 1959-60; 1988-89/ 1939-40 1940-41; 1947-48; 1985-86; 2006-07 Sp. Braga 3 4 1965-66; 2015-16; 2020-21 1976-77; 1981-82; 1997-98; 2014-15 Académica 2 3 1938-39; 2011-12 1950-51; 1966-67; 1968-69 V. Guimarães 1 6 2012-13/ 1941-42; 1962-63; 1975-76; 1987-88; 2010-11; 2016-17 Leixões 1 1 1960-61/ 2001-02 Beira-Mar 1 1 1998-99/ 1990-91 E. Amadora 1 - 1989-90 D. Aves 1 - 2017-18 Atlético - 2 1945-46; 1948-49 Marítimo - 2 1994-95; 2000-01 Rio Ave - 2 1983-84; 2013-14 Estoril - 1 1943-44 Olhanense - 1 1944-45 Torreense - 1 1955-56 Covilhã - 1 1956-57 Farense - 1 1989-90 Campomaiorense - 1 1998-99 U. Leiria - 1 2002-03 Paços Ferreira - 1 2008-09 Chaves - 1 2009-10 Tondela - 1 2021-22
Finais da Taça de Portugal
Edição Época Vencedor Finalista LXXXII 2021-22 FC Porto Tondela 3-1 LXXXI 2020-21 Sp. Braga Benfica 2-0 LXXX 2019-20 FC Porto Benfica 2-1 LXXIX 2018-19 Sporting FC Porto 2-2 (5-4 g.p.) LXXVIII 2017-18 D. Aves Sporting 2-1 LXXVII 2016-17 Benfica V. Guimarães 2-1 LXXVI 2015-16 Sp. Braga FC Porto 2-2 (4-2 g.p.) LXXV 2014-15 Sporting Sp. Braga 2-2 (3-1 g.p.) LXXIV 2013-14 Benfica Rio Ave 1-0 LXXIII 2012-13 V. Guimarães Benfica 2-1 LXXII 2011-12 Académica Sporting 1-0 LXXI 2010-11 FC Porto V. Guimarães 6-2 LXX 2009-10 FC Porto Chaves 2-1 LXIX 2008-09 FC Porto Paços Ferreira 1-0 LXVIII 2007-08 Sporting FC Porto 2-0 (a.p.) LXVII 2006-07 Sporting Belenenses 1-0 LXVI 2005-06 FC Porto Setúbal 1-0 LXV 2004-05 Setúbal Benfica 2-1 LXIV 2003-04 Benfica FC Porto 2-1 (a.p.) LXIII 2002-03 FC Porto U. Leiria 1-0 LXII 2001-02 Sporting Leixões 1-0 LXI 2000-01 FC Porto Marítimo 2-0 LX 1999-00 FC Porto Sporting 1-1 2-0 LIX 1998-99 Beira-Mar Campomaiorense 1-0 LVIII 1997-98 FC Porto Sp. Braga 3-1 LVII 1996-97 Boavista Benfica 3-2 LVI 1995-96 Benfica Sporting 3-1 LV 1994-95 Sporting Marítimo 2-0 LIV 1993-94 FC Porto Sporting 0-0 2-1 (a.p.) LIII 1992-93 Benfica Boavista 5-2 LII 1991-92 Boavista FC Porto 2-1 LI 1990-91 FC Porto Beira-Mar 3-1 (a.p.) L 1989-90 E. Amadora Farense 1-1 2-0 XLIX 1988-89 Belenenses Benfica 2-1 XLVIII 1987-88 FC Porto V. Guimarães 1-0 XLVII 1986-87 Benfica Sporting 2-1 XLVI 1985-86 Benfica Belenenses 2-0 XLV 1984-85 Benfica FC Porto 3-1 XLIV 1983-84 FC Porto Rio Ave 4-1 XLIII 1982-83 Benfica FC Porto 1-0 XLII 1981-82 Sporting Sp. Braga 4-0 XLI 1980-81 Benfica FC Porto 3-1 XL 1979-80 Benfica FC Porto 1-0 XXXIX 1978-79 Boavista Sporting 1-1 1-0 XXXVIII 1977-78 Sporting FC Porto 1-1 2-1 XXXVII 1976-77 FC Porto Sp. Braga 1-0 XXXVI 1975-76 Boavista V. Guimarães 2-1 XXXV 1974-75 Boavista Benfica 2-1 XXXIV 1973-74 Sporting Benfica 2-1 (a.p.) XXXIII 1972-73 Sporting V. Setúbal 3-2 XXXII 1971-72 Benfica Sporting 3-2 (a.p.) XXXI 1970-71 Sporting Benfica 4-1 XXX 1969-70 Benfica Sporting 3-1 XXIX 1968-69 Benfica Académica 2-1 XXVIII 1967-68 FC Porto V. Setúbal 2-1 XXVII 1966-67 V. Setúbal Académica 3-2 (a.p.) XXVI 1965-66 Sp. Braga V. Setúbal 1-0 XXV 1964-65 V. Setúbal Benfica 3-1 XXIV 1963-64 Benfica FC Porto 6-2 XXIII 1962-63 Sporting V. Guimarães 4-0 XXII 1961-62 Benfica V. Setúbal 3-0 XXI 1960-61 Leixões FC Porto 2-0 XX 1959-60 Belenenses Sporting 2-1 XIX 1958-59 Benfica FC Porto 1-0 XVIII 1957-58 FC Porto Benfica 1-0 XVII 1956-57 Benfica Sp. Covilhã 3-1 XVI 1955-56 FC Porto Torreense 2-0 XV 1954-55 Benfica Sporting 2-1 XIV 1953-54 Sporting V. Setúbal 3-2 XIII 1952-53 Benfica FC Porto 5-0 XII 1951-52 Benfica Sporting 5-4 XI 1950-51 Benfica Académica 5-1 X 1948-49 Benfica Atlético 2-1 IX 1947-48 Sporting Belenenses 3-1 VIII 1945-46 Sporting Atlético 4-2 VII 1944-45 Sporting Olhanense 1-0 VI 1943-44 Benfica Estoril 8-0 V 1942-43 Benfica V. Setúbal 5-1 IV 1941-42 Belenenses V. Guimarães 2-0 III 1940-41 Sporting Belenenses 4-1 II 1939-40 Benfica Belenenses 3-1 I 1938-39 Académica Benfica 4-3
O Pulsar do Campeonato – 28ª Jornada
(“O Templário”, 19.05.2022)
Numa ronda caracterizada por uma “chuva” de golos (um total de 39, resultando numa incrível média de praticamente 5 golos/jogo, um “record” nesta edição da prova), tudo ficou já matematicamente decidido, ainda com duas jornadas por disputar: o Rio Maior sagrou-se Campeão Distrital da I Divisão, assegurando a correspondente promoção ao Campeonato de Portugal; enquanto o U. Almeirim e o Glória do Ribatejo serão despromovidos à II Divisão Distrital. O União de Tomar garantiu o apuramento para a próxima edição da Taça de Portugal.
Os riomaiorenses conseguiram culminar com pleno êxito a “contagem regressiva” na rota do título – que mantinham desde que, à 22.ª jornada, estabeleceram uma “margem de segurança” de seis pontos para o mais directo perseguidor –, ampliando para dez o número de triunfos consecutivos; portanto sem sofrer qualquer deslize, como que neutralizando o efeito das seis vitórias também sucessivamente averbadas por uma equipa do U. Tomar que nunca abdicou da luta, mas que mais não lhe possibilitaram que consolidar, de forma claramente destacada, a 2.ª posição na tabela.
Destaques – Justamente, o maior destaque da 28.ª jornada terá de ser creditado aos tomarenses, com a estrondosa goleada aplicada ao Cartaxo, ganhando por números “esmagadores”: 10-0!
Em 2.300 jogos oficiais disputados ao longo do seu centenário historial, esta foi a segunda vitória por margem mais dilatada obtida pelo União, igualando os 10-0 registados em 1965, frente ao Vitória de Lisboa, um desfecho crucial, nessa ocasião, para uma ansiada subida à II Divisão Nacional, no percurso que conduziria à conquista do título de Campeão Nacional da III Divisão. Antes disso, o máximo histórico do clube tinha-se fixado já nos 13-1, face ao Alcanenense, no Distrital de 1942-43 (temporada em que ressalta também o 10-2 ante o Sporting de Tomar).
Nas últimas quatro partidas o U. Tomar acumula um fantástico total de 24 golos marcados. Desde a estreia do novo treinador, Marco Marques, contam-se três triunfos, com um saldo de 19-2!
O encontro perante o Cartaxo praticamente “não teve história”: os unionistas entraram a ganhar, inaugurando o marcador aos cinco minutos, ampliando para 2-0 ainda no quarto de hora inicial, estabelecendo o 3-0 pouco antes do intervalo. Na segunda metade, novo golo logo no minuto inicial, continuando a contagem a aumentar com naturalidade, até aos 6-0 aos 62 minutos. No derradeiro quarto de hora, mais quatro tentos, aliás, em menos de dez minutos, entre os 78 e 87…
Bastante maior foi o “suspense” – e, inevitavelmente, alguma dose de ansiedade – que se viveu em Rio Maior: num desafio que se antecipava já como sendo, provavelmente, da consagração do novo Campeão, os visitados abriram o activo aos 15 minutos, começando a preparar-se a festa… A qual, contudo, se faria ainda esperar longamente; o Amiense empatou aos 37 minutos e “vendeu cara” a derrota, com o “libertador” golo do título a chegar somente em cima do minuto 90.
Num campeonato com duas equipas manifestamente superiores à concorrência, o Rio Maior, com excelente campanha, fez meritório jus ao título, alicerçado numa defesa de grande solidez (apenas 14 golos sofridos, à média de 0,5/jogo), com um ataque também com registo muito bom (74 golos) – ainda que, nesse aspecto, agora algo aquém da fabulosa marca de 83 tentos do União (para já, terceira melhor marca da história do clube, apenas atrás dos 85 golos de 1973-74 e de 1987-88).
O Samora Correia prossegue a sua senda triunfal, tendo vencido pela oitava jornada sucessiva, batendo o Mação por 4-2, ultrapassando assim esse rival na disputa pelo 4.º lugar.
Confirmando o mau momento atravessado por U. Almeirim (quarto desaire sucessivo; sétimo em oito jogos, nos quais somou um único ponto, tendo visto confirmada a segunda despromoção em duas épocas) e Salvaterrense – equipa que angariara atempadamente os pontos necessários para garantir a manutenção, atravessando de forma bastante tranquila toda a época, tendo perdido, mais recentemente, todos os seus seis últimos jogos –, o Torres Novas e o Ferreira do Zêzere (este, em terreno alheio, em Salvaterra de Magos) impuseram-se com naturalidade: os torrejanos, goleando também, por 5-0, um triunfo que lhes proporcionou ascender ao 8.º posto; os ferreirenses, ganhando por 2-0, selando a permanência no escalão principal.
Confirmações – Confirmaram-se igualmente os expectáveis triunfos do Fazendense (outra goleada, por 4-0, ante o “lanterna vermelha”, Glória do Ribatejo, cimentando a 3.ª posição dos homens das Fazendas de Almeirim); do Alcanenense, face ao Benavente, por 4-2, fazendo prevalecer o factor casa, com a turma da Alcanena a agarrar-se ao 7.º lugar, estando agora somente dois pontos abaixo do adversário desta jornada; e do At. Ouriense, na recepção ao Abrantes e Benfica, ganhando por tangencial 2-1, o suficiente para escalar até ao 11.º posto (fruto de quatro vitórias e um empate nos cinco desafios mais recentes), deixando para trás Cartaxo e Salvaterrense, e apenas a um ponto do Amiense… e a três dos abrantinos.
II Divisão Distrital – A completar a primeira volta da fase de apuramento de Campeão e de promoção, o Águias de Alpiarça foi a Fátima arrancar um precioso triunfo (com o tento da vitória ao “cair do pano”), um desfecho que poderá vir a revelar-se de importância fulcral nas contas finais. Os alpiarcenses continuam a partilhar a liderança com o Entroncamento, que não teve dificuldades, goleando por 5-0 o Espinheirense (o qual conta por derrotas todos os cinco jogos).
Por seu lado o Moçarriense isolou-se no 3.º lugar, tendo ido vencer 3-0 aos Foros de Salvaterra.
Liga 3 – Depois do empate (1-1) registado na 1.ª mão em Alverca, os ribatejanos foram mais eficazes, indo ganhar (2-1) a Leiria, ante o União local, apurando-se para o “play-off” decisivo com o 16.º classificado da II Liga, Sp. Covilhã, para disputa da última vaga neste escalão.
Em paralelo o Torreense sagrou-se Campeão da edição inaugural desta nova competição, ao impor-se, no desempate da marca de grande penalidade, à Oliveirense (após 1-1 nos 120 minutos).
Campeonato de Portugal – Subsistem ainda em prova apenas os doze clubes que se apuraram para a fase de apuramento de Campeão e de promoção, nesta altura – faltando disputar duas rondas – com Leça, Paredes, Fontinhas e Moncarapachense instalados nos lugares de subida.
Na 7.ª ronda assinala-se a igualdade (3-3) imposta pelo Sertanense no Restelo (tendo, aliás, o Belenenses empatado já no final do tempo de compensação), sendo que o histórico clube de Belém, agora no 3.º lugar, poderá ainda eventualmente beneficiar – caso venha a terminar nesse posto –, da vaga aberta pela despromoção administrativa da Liga 3 aplicada ao Cova da Piedade.
Antevisão – Definidas que estão as posições mais relevantes do Distrital da I Divisão, realça-se o embate Mação-Fazendense, mesmo que os maçaenses pareçam já arredados da possibilidade de chegar ao 3.º lugar; o Rio Maior desloca-se a Benavente, cabendo ao U. Tomar visitar Abrantes.
No escalão secundário, na viragem para a segunda volta, teremos um desafio crucial, entre Fátima e Entroncamento (com os fatimenses a verem estreitar-se a margem de erro), sendo Águias de Alpiarça e Moçarriense favoritos, respectivamente ante o Forense e o Espinheirense.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 19 de Maio de 2022)