Archive for Junho, 2022
Liga das Nações da UEFA – 2022/23 – 4.ª Jornada
LIGA A
Grupo 1 – Dinamarca-Aústria – 2-0 / França-Croácia – 0-1
1º Dinamarca, 9; 2º Croácia, 7; 3º Áustria, 4; 4º França, 2
Grupo 2 – Espanha-R. Checa – 2-0 / Suíça-Portugal – 1-0
1º Espanha, 8; 2º Portugal, 7; 3º R. Checa, 4; 4º Suíça, 3
Grupo 3 – Inglaterra-Hungria – 0-4 / Alemanha-Itália – 5-2
1º Hungria, 7; 2º Alemanha, 6; 3º Itália, 5; 4º Inglaterra, 2
Grupo 4 – Países Baixos-País Gales – 3-2 / Polónia-Bélgica – 0-1
1º Países Baixos, 10; 2º Bélgica, 7; 3º Polónia, 4; 4º País Gales, 1
Os vencedores de cada um dos grupos disputarão a fase final (“final four”) desta competição da UEFA, prevista realizar em Junho de 2023. O último classificado de cada grupo será despromovido à Liga B (edição de 2024/25).
A Liga das Nações apenas será retomada, para disputa das duas últimas rondas da fase de grupos, a partir do próximo dia 22 de Setembro.
Suíça – Portugal (Liga das Nações – 4.ª Jornada)
Suíça – Jonas Omlin, Silvan Widmer (45m – Renato Steffen), Manuel Akanji, Nico Elvedi, Ricardo Rodríguez (79m – Leonidas Stergiou), Remo Freuler, Granit Xhaka, Djibril Sow (79m – Michel Aebischer), Xherdan Shaqiri (21m – Noah Okafor), Breel Embolo (65m – Steven Zuber) e Haris Seferović
Portugal – Rui Patrício, João Cancelo, Pepe, Danilo Pereira, Nuno Mendes, Bruno Fernandes (74m – Mattheus Nunes), Rúben Neves (82m – Ricardo Horta), Otávio (45m – Gonçalo Guedes), Rafael Leão (62m – Diogo Jota), Vitinha (62m – Bernardo Silva) e André Silva
1-0 – Haris Seferović – 1m
Cartões amarelos – Silvan Widmer (34m) e Jonas Omlin (80m); Danilo Pereira (13m) e João Cancelo (59m)
Árbitro – Fran Jović (Croácia)
Bastou um golo de Seferović, ainda antes de completado o minuto inicial da partida, para a configuração do grupo de Portugal ter mudado bastante, com a Espanha a assumir a liderança, o que deverá ditar a necessidade de a equipa portuguesa derrotar os espanhóis, na derradeira ronda desta fase de apuramento, para poder qualificar-se para a “Final Four”.
Entrando a perder, a selecção nacional não conseguiria, durante toda a primeira parte, assentar o jogo, de forma a poder impor a sua superioridade técnica. Na segunda metade, perante uma já inofensiva equipa da Suíça, Portugal insistiu bastante na tentativa de ataque à baliza contrária, mas acabaria por se impor a segurança defensiva, em especial com o guardião Omlin a negar uma “mão cheia” de oportunidades de golo aos avançados portugueses, também desinspirados na finalização.
O desfecho – que vem complicar bastante as contas – acaba por ser um castigo pesado para a inoperância atacante da turma portuguesa, em contraponto à grande eficácia suíça. A Liga das Nações apenas será retomada em Setembro, com Portugal a passar a necessitar, agora, de empatar na R. Checa e ganhar à Espanha, em casa.
Liga das Nações da UEFA – 2022/23 – 3.ª Jornada
LIGA A
Grupo 1 – Aústria-França – 1-1 / Dinamarca-Croácia – 0-1
1º Dinamarca, 6; 2º Áustria e Croácia, 4; 4º França, 2
Grupo 2 – Portugal-R. Checa – 2-0 / Suíça-Espanha – 0-1
1º Portugal, 7; 2º Espanha, 5; 3º R. Checa, 4; 4º Suíça, 0
Grupo 3 – Inglaterra-Itália – 0-0 / Hungria-Alemanha – 1-1
1º Itália, 5; 2º Hungria, 4; 3º Alemanha, 3; 4º Inglaterra, 2
Grupo 4 – Países Baixos-Polónia – 2-2 / País Gales-Bélgica – 1-1
1º Países Baixos, 7; 2º Bélgica e Polónia, 4; 4º País Gales, 1
Os vencedores de cada um dos grupos disputarão a fase final (“final four”) desta competição da UEFA, prevista realizar em Junho de 2023. O último classificado de cada grupo será despromovido à Liga B (edição de 2024/25).
O Pulsar do Campeonato – Final da Taça do Ribatejo
(“O Templário”, 09.06.2022)
O Fazendense sagrou-se vencedor da “Prova Rainha” da Associação de Futebol de Santarém, a Taça do Ribatejo, ao superar (no desempate da marca de grande penalidade) na Final o Abrantes e Benfica, conquistando o seu quinto troféu – quarto nas últimas dez edições –, destacando-se ainda mais como clube com maior número de triunfos nesta competição.
Destaque – Tendo concluído o campeonato num assertivo 3.º lugar – impondo ao novo Campeão (Rio Maior) a única derrota sofrida em toda a temporada, ganhando igualmente, no seu reduto, ao vice-campeão (U. Tomar) – o Fazendense perfilava-se como favorito para esta final, perante uma formação do Abrantes e Benfica que, aquém das expectativas, se quedara por modesta 9.ª posição no Distrital.
No Domingo, outra vez em horário matinal (início do desafio pelas 11 horas), em Santarém, no Campo Chã das Padeiras, estavam decorridos apenas os dez minutos iniciais quando os abrantinos se colocaram em vantagem no marcador. Mas os homens das Fazendas ripostaram de pronto, restabelecendo a igualdade somente mais um quarto de hora volvido.
Num jogo repartido, com alternância de momentos de superioridade de cada uma das equipas, o desfecho podia ter pendido para um ou outro lado, mas o “placard” acabaria por não se alterar até final da segunda parte, ainda assim com o Fazendense a parecer mais satisfeito com o resultado.
Não estando prevista no regulamento a realização de prolongamento, avançou-se de imediato para o desempate da marca de grande penalidade: ambas as formações falharam a respectiva segunda tentativa, permitindo a defesa aos jovens guardiões Ricardo Canais e João Sardinha, tendo, portanto, a primeira série de cinco remates terminado com um empate a 4-4. No sexto pontapé do Abrantes e Benfica, Sardinha conseguiu nova defesa, com a bola a ressaltar para o poste, dando início à festa dos homens das Fazendas, que assim consumavam a vitória (5-4).
Ausente da final desde 2016, o Fazendense – que, para chegar a esta partida decisiva, eliminara o Porto Alto e o Benavente (em ambos os casos ganhando por 2-1, em terreno alheio), assim como, nos quartos-de-final, o vencedor do campeonato, Rio Maior (também no desempate da marca de grande penalidade), e, nas meias-finais, o Amiense – repete as conquistas de 2012, 2014 e 2016 (a que soma ainda a vitória alcançada na edição de 2006).
No palmarés da competição, após as 44 edições entretanto concluídas, o emblema das Fazendas de Almeirim soma agora, pois, cinco títulos conquistados, seguido por um quarteto (constituído por Tramagal, Riachense, Amiense e Coruchense), cada um com três troféus, e um pequeno “pelotão” de sete clubes, cada qual com duas vitórias na Taça do Ribatejo.
O Fazendense acompanhará assim o U. Tomar (para além de U. Santarém, Coruchense e Rio Maior – clubes que disputarão o Campeonato de Portugal) na próxima edição da Taça de Portugal, formando o contingente em representação do Distrito.
Campeonato de Portugal – Numa Final, disputada no sábado no Estádio do Jamor, bastante mais desequilibrada do que seria expectável, o Paredes sagrou-se Campeão, goleando o Fontinhas (vencedor da Zona Sul) por categórico 4-0, tirando partido de, praticamente, ter entrado a ganhar, inaugurando o marcador longo nos segundos iniciais – vindo a ampliar a marca com mais três tentos averbados no segundo tempo (o último deles, aliás, já em período de compensação).
As equipas do Paredes, Länk Vilaverdense, Fontinhas e Moncarapachense (dois primeiros de cada uma das séries da fase final) garantiram a promoção à Liga 3, para a próxima época, de 2022-23 – subsistindo ainda pendente a confirmação da atribuição de uma eventual quinta vaga de subida ao Belenenses (3.º classificado da Zona Sul), por presumível impedimento de inscrição do Cova da Piedade em provas de âmbito nacional.
Antevisão – Para concluir a temporada a nível distrital restam apenas por disputar – para além da Supertaça Dr. Alves Vieira (que é retomada, após dois anos de interrupção), agendada já para o feriado, de dia 10 de Junho, colocando frente-a-frente o Campeão, Rio Maior, e o vencedor da Taça, Fazendense – as três últimas rondas da fase final do campeonato da II Divisão, agendadas para os próximos dias 12, 16 e 19 de Junho.
Com o Águias de Alpiarça isolado na liderança, dispondo de vantagem de três pontos sobre o Entroncamento AC, e de uma importante margem, já de cinco pontos, em relação a Moçarriense e Fátima, são, pois, ainda quatro os candidatos, em acesa disputa pelas três vagas disponíveis de promoção ao escalão principal.
Os alpiarcenses, sob o comando técnico de Jorge Peralta, poderão até, desde já, carimbar a subida à I Divisão Distrital (campeonato de que estão arredados há quinze épocas) no próximo fim-de-semana, caso confirmem o favoritismo que lhes é creditado, na recepção ao Espinheirense, e venham a somar os três pontos em jogo.
Por seu lado Moçarriense e Entroncamento AC terão um embate de crucial importância na definição do posicionamento final, enquanto o Fátima procurará manter-se também na discussão, para o que será importante ganhar no terreno do Forense.
Nas duas derradeiras jornadas sobressaem ainda os seguintes três confrontos, entre candidatos, nos quais tudo se deverá decidir: Fátima-Moçarriense, Entroncamento AC-Águias de Alpiarça (9.ª ronda) e, a fechar esta fase de apuramento de Campeão, o Águias de Alpiarça-Fátima.
Quanto ao “Pulsar do Campeonato”, após um total de 300 artigos publicados, ao longo de quase dez anos (desde Novembro de 2012), entrará agora em período de “férias”…
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 9 de Junho de 2022)
Portugal – R. Checa (Liga das Nações – 3.ª Jornada)
Portugal – Diogo Costa, João Cancelo, Pepe, Danilo Pereira, Raphaël Guerreiro, Gonçalo Guedes (88m – João Palhinha), William Carvalho (68m – Bruno Fernandes), Rúben Neves (88m – João Moutinho), Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva (68m – Vitinha) e Diogo Jota (80m – Rafael Leão)
R. Checa – Jindřich Staněk, David Zima, Jakub Brabec, Aleš Matějů (80m – Alex Král), Vladimír Coufal, Tomáš Souček, Michal Sadílek, Milan Havel (45m – Václav Jemelka), Ondřej Lingr (45m – Jakub Pešek), Adam Hložek (73m – Adam Vlkanova) e Jan Kuchta (45m – Václav Jurečka)
1-0 – João Cancelo – 33m
2-0 – Gonçalo Guedes – 38m
Cartões amarelos – William Carvalho (3m), Cristiano Ronaldo (52m), Rafael Leão (87m) e João Cancelo (90m); Tomáš Souček (24m) e Aleš Matějů (35m)
Árbitro – Matej Jug (Eslovénia)
Noutro bom jogo da selecção portuguesa – mesmo que sem a consistência exibicional do desafio anterior ante a Suíça – ficam, em especial, na retina, as excelentes assistências de Bernardo Silva, a combinar na perfeição com João Cancelo, primeiro, e Gonçalo Guedes, depois. Dois momentos de grande perfume do futebol de Bernardo, hoje por hoje, um dos melhores futebolistas do Mundo.
De resto, os dois golos de Portugal foram marcados, em termos de tempo decorrido, praticamente a “papel químico” do que sucedera com a Suíça (nesse caso, os dois tentos de Cristiano Ronaldo, segundo e terceiro da equipa nacional), desta vez com um intervalo de cinco minutos, ditando, praticamente, o que viria a ser o desfecho da partida.
Finda a primeira volta do torneio, Portugal encontra-se em posição privilegiada, destacado na liderança, e tendo defrontado já a Espanha em terreno alheio. Mas, claro, a margem é ainda estreita, continuando também os espanhóis a depender de si próprios – sendo que, para além de receber a Espanha, caberá à formação portuguesa deslocar-se, na segunda volta, à Suíça e à R. Checa.
Liga das Nações da UEFA – 2022/23 – 2.ª Jornada
LIGA A
Grupo 1 – Aústria-Dinamarca – 1-2 / Croácia-França – 1-1
1º Dinamarca, 6; 2º Áustria, 3; 3º França e Croácia, 1
Grupo 2 – R. Checa-Espanha – 2-2 / Portugal-Suíça – 4-0
1º Portugal e R. Checa, 4; 2º Espanha, 2; 4º Suíça, 0
Grupo 3 – Alemanha-Inglaterra – 1-1 / Itália-Hungria – 2-1
1º Itália, 4; 2º Hungria, 3; 3º Alemanha, 2; 4º Inglaterra, 1
Grupo 4 – Bélgica-Polónia – 6-1 / País Gales-Países Baixos – 1-2
1º Países Baixos, 6; 2º Bélgica e Polónia, 3; 4º País Gales, 0
Os vencedores de cada um dos grupos disputarão a fase final (“final four”) desta competição da UEFA, prevista realizar em Junho de 2023. O último classificado de cada grupo será despromovido à Liga B (edição de 2024/25).
Portugal – Suíça (Liga das Nações – 2.ª Jornada)
Portugal – Rui Patrício, João Cancelo, Pepe, Danilo Pereira, Nuno Mendes, Otávio (77m – Rafael Leão), William Carvalho (84m – Mattheus Nunes), Rúben Neves (77m – João Palhinha), Cristiano Ronaldo, Diogo Jota (67m – Ricardo Horta) e Bruno Fernandes (67m – Bernardo Silva)
Suíça – Gregor Kobel, Kevin Mbabu, Fabian Schär, Fabian Frei, Ricardo Rodríguez (62m – Noah Okafor), Djibril Sow (81m – Mario Gavranović), Granit Xhaka, Renato Steffen (69m – Mattia Bottani), Xherdan Shaqiri (69m – Remo Freuler), Jordan Lotomba e Haris Seferović (62m – Breel Embolo)
1-0 – William Carvalho – 15m
2-0 – Cristiano Ronaldo – 35m
3-0 – Cristiano Ronaldo – 39m
4-0 – João Cancelo – 68m
Cartões amarelos – Bruno Fernandes (32m); Fabian Schär (14m), Renato Steffen (49m) e Breel Embolo (80m)
Árbitro – Orel Grinfeeld (Israel)
A equipa portuguesa entrou mal no jogo, parecendo como que perdida dentro de campo, a correr atrás da bola, nos dez minutos iniciais, tendo começado mesmo por sofrer um susto, estavam apenas decorridos cinco minutos, quando Seferović introduziu a bola na baliza de Rui Patrício; porém, o golo não seria validado, por contacto com a mão de um jogador suíço, antes da finalização do avançado do Benfica.
O golo de William Carvalho – muito oportuno, a fazer a recarga a um livre apontado por Cristiano Ronaldo, com um remate potente, que, com a bola a passar pela barreira, o guarda-redes defendera com dificuldade, deixando-a, contudo, escapar para a sua frente –, à passagem do quarto de hora, viria transfigurar tudo.
A partir daí a formação nacional ganhou confiança, em contraponto a um conjunto helvético, que, algo descompensado, ia abrindo espaços. Os dois golos de Cristiano Ronaldo, obtidos em menos de cinco minutos, foram apenas uma pequena parte das inúmeras oportunidades de que Portugal beneficiou, para poder ter alcançado um resultado (ainda mais) histórico.
Na segunda parte o rumo da partida não se alteraria, sempre com a selecção portuguesa mais perto de ampliar a vantagem, do que a suíça de chegar ao golo e, por essa via, poder esboçar uma tentativa de reentrar no jogo.
Mas, naturalmente, o ritmo baixaria, a intensidade seria menor, com o resultado a fixar-se num 4-0, que é, ainda assim, notável, frente a um adversário cuja característica distintiva é precisamente a consistência defensiva – coroando uma das melhores exibições da equipa nacional em anos recentes.
Mundial 2022 – Play-off (Zona Europeia) – “Finais” (act.)
País de Gales – Ucrânia – 1-0 (05.06.2022)
Polónia – Suécia – 2-0
Portugal – Macedónia do Norte – 2-0
Estão apuradas 30 das selecções que marcarão presença na Fase Final do Campeonato do Mundo:
- Europa (13) – Alemanha, Bélgica, Croácia, Dinamarca, Espanha, França, Inglaterra, País de Gales, Países Baixos, Polónia, Portugal, Sérvia e Suíça
- África (5) – Camarões, Ghana, Marrocos, Senegal e Tunísia
- Ásia (5) – Qatar, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Irão e Japão
- América do Sul (4) – Argentina, Brasil, Equador e Uruguai
- América do Norte (3) – Canadá, EUA e México
Falta, agora, apenas definir os vencedores dos dois play-offs intercontinentais (a disputar ainda em Junho): (i) Emiratos Árabes Unidos/Austrália – Peru; e (ii) Costa Rica – N. Zelândia.
Actualização a 01.06.2022 – Tendo vencido na Escócia (3-1) a Ucrânia apurou-se para a final do “play-off”, ante o País de Gales.
Actualização a 05.06.2022 – O País de Gales ganhou à Ucrânia por 1-0, garantindo o apuramento para a fase final do Mundial.
O Pulsar do Campeonato – 30ª Jornada
(“O Templário”, 02.06.2022)
Chegou ao seu termo o Campeonato Distrital da I Divisão da Associação de Futebol de Santarém, após uma maratona de mais de oito meses, com a consagração do Rio Maior SC como Campeão Distrital, sendo, consequentemente, promovido ao Campeonato de Portugal. Por seu lado, o U. Tomar, tendo disputado a par e passo o 1.º lugar, termina a prova estabelecendo um “record”, com um novo máximo histórico de golos marcados (87) em campeonatos pelo clube!
Destaques – Numa ronda final (30.ª) em que se volta a registar um significativo número de golos (total de 36, correspondente a uma média de 4,5 golos / jogo), a melhor operação foi a realizada pelo Torres Novas, que, batendo o Abrantes e Benfica por 3-2, fechando o campeonato com cinco vitórias sucessivas – e beneficiando de favorável conjugação de resultados dos seus rivais directos (Alcanenense e Benavente, ambos derrotados) – ascendeu a um bastante positivo 6.º lugar.
Entre os torrejanos o destaque maior tem, necessariamente, de ir para Miguel Miguel, melhor marcador da competição, com um excelente total de 32 golos apontados (mesmo tendo estado ausente, por impedimento, em alguns dos jogos da sua equipa).
O U. Tomar voltou a golear (pela quinta vez nas seis últimas jornadas), impondo-se ao Amiense por categórico 4-0, com o treinador Marco Marques a somar, em cinco jogos disputados sob a sua responsabilidade, quatro triunfos e um empate, com um fantástico “score” agregado de 23-2!
Os unionistas completam uma notável campanha, com 23 vitórias e 2 empates, e o referido total de 87 golos marcados – superando assim o anterior registo mais elevado na história do clube (85 golos – em 1973-74, na II Divisão Nacional, em 38 jornadas; e em 1987-88, no Distrital).
A nível de vitórias em campeonatos só por duas vezes os tomarenses tinham conseguido número superior ao desta época (23), nessas mesmas temporadas (respectivamente, 26 e 24), tendo, pois, suplantado a marca de 22 triunfos obtida aquando da conquista do último título de Campeão Distrital, em 1997-98, assim como foi, agora, igualmente superado o total de pontos (71, face aos 70 então averbados). A pontuação deste ano é, também, o máximo absoluto do União, com a ressalva de que, em 1973-74 e 1987-88 as vitórias apenas valiam dois pontos, equivalendo, no sistema actual de pontuação, respectivamente, a 85 pontos (em 38 jogos) e 76 pontos (30 jogos).
Perante estes números muito bons do emblema nabantino, só um “estratosférico” Rio Maior se conseguiu sobrepor, com 25 vitórias e 4 empates – apenas tendo sofrido uma única derrota, nas Fazendas de Almeirim –, totalizando a sensacional marca de 79 pontos (também um “record” histórico, igualando o desempenho do Abrantes FC na época de 2002-03). Em termos relativos apenas o Fátima registou melhor média, com 24 vitórias e 2 empates (nas 26 rondas de 2015-16).
Os riomaiorenses concluíram a prova com 86 golos marcados – após os 5-0 aplicados ao Glória do Ribatejo, na derradeira ronda –, mas a “chave do sucesso” terá estado, sobretudo, na robustez da sua defesa, tendo consentido apenas 14 golos (menos de “meio golo” por jogo) – números apenas superados pelos abrantinos, na temporada referida (91-12 em golos marcados e sofridos).
Na última jornada realce ainda para o triunfo do Fazendense, derrotando o Samora Correia por 3-0 – num embate entre o 3.º e 4.º classificados –, com os homens das Fazendas a “puxar pelos galões”, interrompendo uma excelente série de nove vitórias consecutivas dos samorenses.
Também o 5.º classificado, Mação, se impôs no reduto do Alcanena, vencendo por 3-2 (tendo chegado inclusivamente a dispor de vantagem de três golos), o que resultou na ultrapassagem do Alcanenense pelo Torres Novas, baixando, assim, o grupo do Alviela, ao 7.º posto.
Confirmações – Numa ronda sem grandes surpresas, confirmaram-se também, nos restantes três encontros, as expectativas, com triunfos do At. Ouriense ante o Benavente (que caiu para o 8.º lugar), por 3-0; do Salvaterrense frente ao Cartaxo (5-3), ocupando estes dois clubes a 12.ª e 13.ª posições; e do Ferreira do Zêzere, batendo por tangencial 2-1 o U. Almeirim, respectivamente 14.º e 15.º classificados, mas separados por significativa diferença de 13 pontos – culminando na manutenção dos ferreirenses e, ao invés, na segunda despromoção sucessiva dos almeirinenses.
II Divisão Distrital – Passo a passo, quase “sem se dar por ela”, a equipa do Águias de Alpiarça está cada vez mais perto de concretizar o objectivo da subida de escalão.
Desta feita, um convincente triunfo (3-1) frente ao “invencível” Moçarriense da primeira fase (o qual somou, agora, segunda derrota), mantendo cinco pontos de vantagem sobre o 4.º classificado, faltando 3 jornadas (sendo que 3.º e 4.º, Moçarriense e Fátima, terão ainda de se defrontar).
Por seu lado, as formações do Entroncamento AC e do Fátima cumpriram também as suas missões na 7.ª ronda, derrotando, respectivamente, o Forense (2-0) e o Espinheirense (2-1, no Espinheiro).
Liga 3 – Derrotado por 2-0 na Covilhã (depois do nulo registado em casa), o Alverca não conseguiu ter êxito no “play-off” final de acesso à II Liga, pelo que subsistirá, na próxima temporada, na Liga 3. Apenas os vencedores de cada uma das duas séries, Torreense e Oliveirense, garantiram a promoção, por troca com os despromovidos Varzim e Académica.
Campeonato de Portugal – No derradeiro dia da fase final, a nota mais marcante foi o desaire sofrido pelo Belenenses, em pleno Estádio do Restelo, perdendo por 0-1 ante o Moncarapachense. A turma algarvia assegurou, assim, a subida directa à Liga 3, acompanhando o Fontinhas.
Quanto ao Belenenses (3.º classificado da Zona Sul – tendo somado mais pontos que o 3.º classificado da Zona Norte, Leça), estará dependente da conclusão / confirmação do processo relativo à não-aceitação da inscrição do Cova da Piedade, cuja SAD, em diferendo com o clube, falhou o processo de certificação dos escalões de formação, não estando licenciada para competir em provas nacionais, abrindo, nesse caso, uma vaga adicional de promoção à Liga 3.
A Norte, a vitória (1-0) do Paredes ante o São Martinho foi o suficiente para garantir o 1.º lugar, perante os nulos registados nas outras duas partidas, com o Länk Vilaverdense a acompanhar os paredenses na subida de divisão. Neste Domingo, no Estádio do Jamor, Paredes e Fontinhas disputarão a Final, para apuramento do Campeão.
Antevisão – A nível distrital – e findo o campeonato principal – este fim-de-semana está reservado à disputa da Final da Taça do Ribatejo (também no Domingo, em Santarém, no Campo Chã das Padeiras), colocando frente-a-frente o Fazendense (clube mais titulado na competição, já com quatro troféus conquistados – em 2006, 2012, 2014 e 2016) e o Abrantes e Benfica, que se estreia no jogo decisivo, o qual, por natureza, se apresenta de prognóstico “em aberto”.
O Distrital da II Divisão apenas será retomado a 12 de Junho (com a realização da 8.ª e antepenúltima jornada), com as duas rondas finais agendadas para os dias 16 e 19 seguintes.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 2 de Junho de 2022)
100 anos de competições nacionais de futebol
A 4 de Junho de 1922, no Campo da Constituição, no Porto, tinha início a história centenária das competições nacionais de futebol em Portugal, com a disputa do jogo inaugural da edição pioneira do “Campeonato de Portugal”, opondo os vencedores dos campeonatos regionais das Associações de Futebol de Lisboa e do Porto, respectivamente, o Sporting Clube de Portugal e o Futebol Clube do Porto (não tendo participado os campeões das Associações do Algarve, Évora e da Madeira, respectivamente o Olhanense, o Lusitano de Évora e o Marítimo).
O primeiro “Campeonato de Portugal” teve apenas a participação dos campeões de Lisboa e do Porto, sendo a Final disputada em duas mãos: o FC Porto ganhou, nesse dia inaugural, por 2-1; para, no Domingo seguinte, a 11 de Junho, no Campo Grande, ser o Sporting a vencer, por 2-0. Não prevendo as regras então aplicáveis o desempate em função do número de golos marcados (apenas contando as vitórias), teve de ser disputada uma “finalíssima”, no Campo do Bessa.
1.ª mão – FC Porto – Sporting – 2-1
04.06.1922, Porto (Campo da Constituição)
Árbitro: Merick Barley (Inglaterra)
FC Porto – Lino Moreira; Júlio Cardoso e Artur Augusto; José Mota, Velez Carneiro e Floreano Pereira; João Brito (c.), Balbino Silva, Tavares Bastos, João Nunes e Alexandre Cal
Sporting – Amadeu Cruz; Joaquim Ferreira e Jorge Vieira; João Francisco, José Filipe e Henrique Portela; Torres Pereira, Francisco Marques, Francisco Stromp (c.), Emílio Ramos e José Leandro
Golos: 0-1 – Emílio Ramos (9m); 1-1 – Tavares Bastos (25m); 2-1 – Tavares Bastos (86m)
***
2.ª mão – Sporting – FC Porto – 2-0
11.06.1922, Lisboa (Campo Grande)
Árbitro: Montero (Espanha)
Sporting – Amadeu Cruz; Joaquim Ferreira e Jorge Vieira; João Francisco, José Filipe e Henrique Portela; Torres Pereira, Jaime Gonçalves, Francisco Stromp (c.), Emílio Ramos e José Leandro
FC Porto – Lino Moreira; Júlio Cardoso e Artur Augusto; José Mota, Velez Carneiro e Floreano Pereira; João Brito (c.), Balbino Silva, Tavares Bastos, João Nunes e Alexandre Cal
Golos: 1-0 – Henrique Portela; 2-0 – José Leandro
***
Finalíssima – FC Porto – Sporting – 3-1 (a.p.)
18.06.1922, Porto (Campo do Bessa )
Árbitro: Neves Eugénio (Académico do Porto)
FC Porto – Lino Moreira; Júlio Cardoso e Artur Augusto; José Mota, Velez Carneiro e Floreano Pereira; João Brito (c.), Balbino Silva, Tavares Bastos, João Nunes e Alexandre Cal
Sporting – Amadeu Cruz; Joaquim Ferreira e Jorge Vieira; João Francisco, Filipe dos Santos e Henrique Portela; Torres Pereira, Jaime Gonçalves, Francisco Stromp (c.), Emílio Ramos e José Leandro
Golos: 1-0 – Balbino Silva (51m); 1-1 – Emílio Ramos (70m); 2-1 – João Nunes (100m); 3-1 – João Brito (102m)