Archive for Maio, 2022
Benfica vence “Liga Europeia” de Andebol
O Benfica sagrou-se hoje vencedor da “Liga Europeia” de Andebol, a mais importante conquista do Andebol português, a nível de clubes.
Na Final, disputada na “Altice Arena”, em Lisboa, frente à equipa alemã do Magdeburg (anterior detentor do título e que, já nesta edição da prova, tinha afastado, pela margem mínima, o Sporting, nos 1/8 de final), registava-se um empate 32-32 no final dos 60 minutos, acabando o Benfica por se impor no prolongamento, vencendo por 40-39.
Ontem, na partida das meias-finais, o Benfica tinha já suplantado a equipa polaca do Wisla Plock, ganhando por 26-19.
Antes disso, o Benfica tinha afastado os eslovenos do Gorenje Velenje, ganhando em Lisboa por 36-29, tendo empatado na Eslovénia por 27-27. Nos 1/8 de final a equipa benfiquista tinha eliminado o Toulouse Handball, revertendo em Lisboa (vitória por 36-30) a desvantagem que registara na 1.ª mão (34-38). O Benfica concluíra a fase de grupos no 2.º lugar, em igualdade pontual com o GOG Håndbold (Dinamarca).
Depois dos triunfos do Sporting (2009-10 e 2016-17) e do ABC (2015-16), na “Challenge Cup” (prova de que o Benfica fora também finalista, em 2010-11 e 2015-16), este é o 4.º troféu europeu conquistado por equipas portuguesas, sendo o mais importante deles – anotando-se que o ABC fora vice-campeão europeu na temporada de 1993-94.
O Pulsar do Campeonato – 29ª Jornada
(“O Templário”, 26.05.2022)
Faltando ainda disputar a última ronda do Distrital da I Divisão da presente época, ficou já completo o ordenamento dos cinco primeiros classificados, em função dos triunfos do Fazendense em Mação, e do Samora Correia, em casa, ante o Ferreira do Zêzere. Quanto ao Rio Maior festejou a conquista do título de forma exuberante, com uma copiosa goleada em Benavente. Por seu lado o U. Tomar viu interrompida a sua senda goleadora, não tendo desfeito o nulo em Abrantes.
Destaques – Já em final de estação, e no primeiro compromisso após a consagração como novo Campeão Distrital, o Rio Maior não quis “ficar atrás” do União, indo golear a Benavente – equipa que, ao longo de praticamente toda a época, se notabilizara precisamente pelo bom desempenho no seu reduto (onde perdera apenas em três ocasiões) – por retumbante marca de 7-0!
À semelhança do sucedido no U. Tomar-Cartaxo, os riomaiorenses entraram a ganhar, inaugurando o marcador ao quarto minuto, tendo chegado ao intervalo em vantagem por 2-0. Na etapa complementar a formação da casa claudicou, com mais três golos sofridos entre os 55 e os 67 minutos, vindo, já no último quarto de hora, a consentir ainda mais dois tentos. Um registo que proporcionou ao Rio Maior reduzir para apenas dois a diferença no total de golos marcados.
Em destaque esteve igualmente o Fazendense, que não vacilou, tendo ido vencer a Mação por 2-1, retirando assim aos maçaenses qualquer eventual veleidade que pudessem acalentar de chegar ainda ao 3.º lugar. Com esta vitória o emblema das Fazendas não só confirmou definitivamente tal posição, como apresenta credenciais para a Final da Taça do Ribatejo que se avizinha.
Nesse derradeiro desafio da temporada, o outro finalista será o Abrantes e Benfica, turma que, actuando no passado Domingo no seu terreno, fez também um bom “ensaio geral”, face ao U. Tomar, num encontro bastante equilibrado, o qual se saldou pela repartição de pontos.
A um bom jogo de futebol – com ascendente unionista na primeira metade (todavia, não materializado), tendo os abrantinos estado mais activos no segundo tempo –, faltaram apenas os golos… com os tomarenses a necessitar, pois, de, dois tentos no último dia para poderem, pelo menos, igualar o seu “record” de (85) golos marcados em campeonatos (máximo averbado em 1987-88, no Distrital, e em 1973-74, na II Divisão Nacional, neste caso em 38 rondas).
Confirmações – Com os lugares do pódio ocupados por Rio Maior, U. Tomar e Fazendense, o Samora Correia confirmou também um muito bom 4.º lugar final, tendo somado a nona vitória consecutiva, numa fantástica série que mantém em curso, goleando o agora já descansado (e em descompressão) Ferreira do Zêzere, por 4-1 – relegando, assim, o Mação para a 5.ª posição.
Também o Alcanenense cumpriu a sua missão, indo ganhar (2-1) ao terreno da Glória do Ribatejo, o que lhe proporcionou voltar a ascender ao 6.º posto, ultrapassando o Benavente, agora com um ponto à maior, um notável desempenho de um jovem grupo.
Depois de um ciclo de quatro desaires sucessivos o Torres Novas teve a capacidade de reagir da melhor forma, tendo somado, agora, quarto triunfo consecutivo, ganhando por 3-1 no Cartaxo, equipa ainda a procurar restabelecer-se do desaire sofrido em Tomar. Os torrejanos firmam-se num já muito razoável 8.º lugar, podendo inclusivamente aspirar a melhorar ainda essa posição.
Beneficiando do factor casa o Amiense impôs-se por tangencial 1-0 frente ao At. Ouriense, o qual, deste modo, viu colocado um limite à sua progressão na tabela (não poderá fazer já melhor que o 11.º posto que presentemente ocupa) – quanto à turma de Amiais de Baixo, que reparte o 9.º lugar com o Abrantes e Benfica, poderá ainda vir a superar esse rival nas contas finais.
Num jogo entre duas formações que, já há bastante tempo, aparentam estar de alguma forma “desligadas” da competição, o Salvaterrense foi a Almeirim, bater o União local, por 3-2 – colocando, assim, termo a uma sucessão de seis desaires, enquanto o já despromovido histórico emblema almeirinense somou quinta derrota consecutiva.
II Divisão Distrital – Na viragem para a segunda volta, o Águias de Alpiarça continua a ganhar (2-1 nos Foros de Salvaterra – com reviravolta no marcador, consumada mesmo ao “cair do pano”), beneficiando dos “tropeções” alheios para ir adquirindo já importante vantagem.
Desta feita foi o Fátima (com margem de erro bastante estreita) a derrotar o Entroncamento, por tangencial 1-0, o suficiente para subsistir na acesa luta pela promoção, mantendo o 4.º posto, mas somente dois pontos abaixo da turma da cidade ferroviária (pese embora a cinco pontos do guia).
O Moçarriense voltou a golear (5-2) o Espinheirense, isolando-se no 3.º lugar, apenas um ponto acima da formação do Entroncamento – faltando disputar ainda quatro jornadas.
Liga 3 – O Alverca, vencedor do “play-off” entre os 2.º classificados das duas séries da Liga 3, não conseguiu, por agora, ir além do 0-0, na recepção ao 16.º classificado da II Liga, Sp. Covilhã, em partida da 1.ª mão do decisivo confronto que ditará o clube que adquirirá o direito a ocupar a última vaga no segundo escalão nacional.
Campeonato de Portugal – O Fontinhas (da Praia da Vitória) foi a primeira equipa a garantir matematicamente a promoção à Liga 3, em função do empate caseiro (0-0) consentido pelo Moncarapachense no “derby” de Olhão, ante o Olhanense – o que o conjunto açoriano assegurara ainda antes de entrar em campo, na Sertã, onde acabaria derrotado por 1-3, pelo Sertanense.
À entrada para o derradeiro fim-de-semana da prova tudo está ainda por decidir na Zona Norte: duas vagas de subida em disputa entre um trio, composto por Paredes, Länk Vilaverdense e Leça – separados apenas por um ponto, a favor dos paredenses.
A Sul, teremos como que uma “final”, no Estádio do Restelo, entre Belenenses e Moncarapachense, bastando aos azuis da “Cruz de Cristo” o empate (isto, sem entrar em consideração com o preenchimento da vaga aberta pela não aceitação de inscrição do Cova da Piedade na próxima edição da Liga 3, possivelmente a atribuir ao melhor dos 3.º classificados).
Antevisão – Na 30.ª e última ronda do Distrital da I Divisão, já sem decisões de relevância por estabelecer, teremos, ainda assim, alguns desafios de interesse, em especial o Fazendense-Samora Correia (3.º e 4.º classificados) e o Torres Novas-Abrantes e Benfica. O Campeão, Rio Maior, recebe o último classificado, Glória do Ribatejo; tendo o U. Tomar a visita do Amiense.
Na II Divisão Distrital, a 7.ª jornada inclui um aliciante embate entre os actuais dois primeiros da tabela – Águias de Alpiarça e Moçarriense –, enquanto o Entroncamento e o Fátima são favoritos, nos encontros, respectivamente ante Forense e Espinheirense (o qual recebe os fatimenses).
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 26 de Maio de 2022)
Liga dos Campeões – Final – Liverpool – Real Madrid
Liverpool – Alisson Becker, Trent Alexander-Arnold, Ibrahima Konaté, Virgil van Dijk, Andrew Robertson, Jordan Henderson (77m – Naby Keïta), Fábio Tavares “Fabinho”, Thiago Alcântara (77m – Roberto Firmino), Mohamed Salah, Sadio Mané e Luis Díaz (65m – Diogo José “Jota”)
Real Madrid – Thibaut Courtois, Daniel “Dani” Carvajal, Éder Militão, David Alaba, Ferland Mendy, Luka Modrić (90m – Daniel “Dani” Ceballos), Carlos Casimiro “Casemiro”, Toni Kroos, Federico “Fede” Valverde (86m – Eduardo Camavinga), Karim Benzema e Vinícius Júnior (90m – Rodrygo Goes)
0-1 – Vinícius Júnior – 59m
Cartões amarelos – Fábio Tavares “Fabinho” (62m)
Árbitro – Clément Turpin (França)
Stade de France – Saint-Denis – Paris – França
É relativamente fácil a síntese desta Final: o Real Madrid a ser Real Madrid e a conquistar o seu 14.º troféu de Campeão Europeu!
A equipa espanhola fez dois remates à baliza… e marcou por duas vezes (na primeira delas, praticamente a fechar a metade inicial do jogo, tendo o golo sido, possivelmente, mal invalidado pelo “VAR”, assinalando um controverso fora-de-jogo, numa interpretação dúbia sobre a intencionalidade do último toque – de um jogador do Liverpool – antes da bola chegar aos pés de Benzema).
Por seu lado, o Liverpool, que dominou durante a maior parte do tempo, “ensaiou” 24 remates (contra apenas quatro do adversário), tendo nove deles tido a direcção da baliza, acabou por ficar “em branco”.
A formação inglesa assumiu sempre a iniciativa do jogo, buscando incessantemente o golo, negado um punhado de vezes por uma soberba actuação do guardião Thibaut Courtois. Após o tento sofrido, o Liverpool viria a denotar, na meia hora que lhe restava, alguma dificuldade em serenar, sobretudo à medida que o tempo corria veloz para o termo da partida. Mas não deixou, ainda assim, de criar ocasiões mais do que suficientes para poder ter marcado.
Sobre a justiça de mais esta conquista do Real Madrid, é difícil questioná-la, quando, para tal, teve de afastar, sucessivamente, o Paris Saint-Germain, o anterior Campeão, Chelsea, e o Manchester City – em todas as situações com épicas reviravoltas, já mesmo na fase derradeira dos desafios, depois de ter chegado a registar desvantagens de dois ou mais golos (no jogo ou na eliminatória), nos dois últimos casos apenas após prolongamento –, para, na Final, acabar por superar o Liverpool!
A lista de vencedores, nas 67 edições já disputadas da competição (sob as designações de Taça dos Campeões Europeus e, desde 1992-93, Liga dos Campeões), passou a ser assim ordenada:
- Real Madrid – 14 (1955-56, 1956-57, 1957-58, 1958-59, 1959-60, 1965-66, 1997-98, 1999-00, 2001-02, 2013-14, 2015-16, 2016-17, 2017-18 e 2021-22)
- AC Milan – 7 (1962-63, 1968-69, 1988-89, 1989-90, 1993-94, 2002-03 e 2006-07)
- Liverpool – 6 (1976-77, 1977-78, 1980-81, 1983-84, 2004-05 e 2018-19)
- Bayern München – 6 (1973-74, 1974-75, 1975-76, 2000-01, 2012-13 e 2019-20)
- Barcelona – 5 (1991-92, 2005-06, 2008-09, 2010-11 e 2014-15)
- Ajax – 4 (1970-71, 1971-72, 1972-73 e 1994-95)
- Inter – 3 (1963-64, 1964-65 e 2009-10)
- Manchester United – 3 (1967-68, 1998-99 e 2007-08)
- Benfica – 2 (1960-61 e 1961-62)
- Nottingham Forest – 2 (1978-79 e 1979-80)
- Juventus – 2 (1984-85 e 1995-96)
- FC Porto – 2 (1986-87 e 2003-04)
- Chelsea – 2 (2011-12 e 2020-21)
- Celtic (1966-67); Feyenoord (1969-70); Aston Villa (1981-82); Hamburg (1982-83); Steaua București (1985-86); PSV Eindhoven (1987-88); Crvena Zvezda (1990-91); Marseille (1992-93); e Borussia Dortmund (1996-97).
Liga Conferência Europa – Final – Roma – Feyenoord
A Roma conquistou a edição inaugural da nova competição europeia promovida pela UEFA, a “Liga Conferência Europa”, ao bater na final, disputada em Tirana, na Albânia, o Feyenoord, por 1-0, mercê de um golo apontado por Nicolo Zaniolo, pouco depois da meia hora de jogo.
Após o triunfo na Taça das Cidades com Feiras de 1960-61 (prova não reconhecida pela UEFA), a equipa italiana volta a ganhar um troféu europeu, sob o comando técnico de José Mourinho, o qual, por seu lado, vence a sua quinta final (depois da Liga dos Campeões de 2004, pelo FC Porto, e de 2010, pelo Inter, e da Taça UEFA de 2003, também pelo Porto, e da Liga Europa de 2017, ao serviço do Manchester United) – títulos a que junta ainda a Taça dos Vencedores de Taças de 1996-97, enquanto treinador-adjunto do Barcelona.
Integram também a equipa da Roma, tendo jogado esta final, o guarda-redes Rui Patrício, e Sérgio Oliveira (entrou a substituir o lesionado Henrikh Mkhitaryan, logo aos 17 minutos).
No seu percurso até à final, a Roma começara por afastar, no play-off, o agora novo Campeão da Turquia, Trabzonspor, tendo depois vencido o seu Grupo (de que faziam parte também o Bodø/Glimt, Zorya Luhansk e CSKA Sofia). Na fase eliminar a Roma superou o Vitesse (nos 1/8 de final), de novo o Bodø/Glimt (1/4) e, por fim, o Leicester City, nas meias-finais.
Taça de Portugal – Palmarés
Vencedor Finalista Épocas (Vencedor / Finalista) Benfica 26 12 1939-40; 1942-43; 1943-44; 1948-49; 1950-51; 1951-52; 1952-53; 1954-55; 1956-57; 1958-59; 1961-62; 1963-64; 1968-69; 1969-70; 1971-72; 1979-80; 1980-81; 1982-83; 1984-85; 1985-86; 1986-87; 1992-93; 1995-96; 2003-04; 2013-14; 2016-17 1938-39; 1957-58; 1964-65; 1970-71; 1973-74; 1974-75; 1988-89; 1996-97; 2004-05; 2012-13; 2019-20; 2020-21 FC Porto 18 14 1955-56; 1957-58; 1967-68; 1976-77; 1983-84; 1987-88; 1990-91; 1993-94; 1997-98; 1999-00; 2000-01; 2002-03; 2005-06; 2008-09; 2009-10; 2010-11; 2019-20; 2021-22 1952-53; 1958-59; 1960-61; 1963-64; 1977-78; 1979-80; 1980-81; 1982-83; 1984-85; 1991-92; 2003-04; 2007-08; 2015-16; 2018-19 Sporting 17 12 1940-41; 1944-45; 1945-46; 1947-48; 1953-54; 1962-63; 1970-71; 1972-73; 1973-74; 1977-78; 1981-82; 1994-95; 2001-02; 2006-07; 2007-08; 2014-15; 2018-19 1951-52; 1954-55; 1959-60; 1969-70; 1971-72; 1978-79; 1986-87; 1993-94; 1995-96; 1999-00; 2011-12; 2017-18 Boavista 5 1 1974-75; 1975-76; 1978-79; 1991-92; 1996-97/ 1992-93 V. Setúbal 3 7 1964-65; 1966-67; 2004-05 1942-43; 1953-54; 1961-62; 1965-66 1967-68; 1972-73; 2005-06 Belenenses 3 5 1941-42; 1959-60; 1988-89/ 1939-40 1940-41; 1947-48; 1985-86; 2006-07 Sp. Braga 3 4 1965-66; 2015-16; 2020-21 1976-77; 1981-82; 1997-98; 2014-15 Académica 2 3 1938-39; 2011-12 1950-51; 1966-67; 1968-69 V. Guimarães 1 6 2012-13/ 1941-42; 1962-63; 1975-76; 1987-88; 2010-11; 2016-17 Leixões 1 1 1960-61/ 2001-02 Beira-Mar 1 1 1998-99/ 1990-91 E. Amadora 1 - 1989-90 D. Aves 1 - 2017-18 Atlético - 2 1945-46; 1948-49 Marítimo - 2 1994-95; 2000-01 Rio Ave - 2 1983-84; 2013-14 Estoril - 1 1943-44 Olhanense - 1 1944-45 Torreense - 1 1955-56 Covilhã - 1 1956-57 Farense - 1 1989-90 Campomaiorense - 1 1998-99 U. Leiria - 1 2002-03 Paços Ferreira - 1 2008-09 Chaves - 1 2009-10 Tondela - 1 2021-22
Finais da Taça de Portugal
Edição Época Vencedor Finalista LXXXII 2021-22 FC Porto Tondela 3-1 LXXXI 2020-21 Sp. Braga Benfica 2-0 LXXX 2019-20 FC Porto Benfica 2-1 LXXIX 2018-19 Sporting FC Porto 2-2 (5-4 g.p.) LXXVIII 2017-18 D. Aves Sporting 2-1 LXXVII 2016-17 Benfica V. Guimarães 2-1 LXXVI 2015-16 Sp. Braga FC Porto 2-2 (4-2 g.p.) LXXV 2014-15 Sporting Sp. Braga 2-2 (3-1 g.p.) LXXIV 2013-14 Benfica Rio Ave 1-0 LXXIII 2012-13 V. Guimarães Benfica 2-1 LXXII 2011-12 Académica Sporting 1-0 LXXI 2010-11 FC Porto V. Guimarães 6-2 LXX 2009-10 FC Porto Chaves 2-1 LXIX 2008-09 FC Porto Paços Ferreira 1-0 LXVIII 2007-08 Sporting FC Porto 2-0 (a.p.) LXVII 2006-07 Sporting Belenenses 1-0 LXVI 2005-06 FC Porto Setúbal 1-0 LXV 2004-05 Setúbal Benfica 2-1 LXIV 2003-04 Benfica FC Porto 2-1 (a.p.) LXIII 2002-03 FC Porto U. Leiria 1-0 LXII 2001-02 Sporting Leixões 1-0 LXI 2000-01 FC Porto Marítimo 2-0 LX 1999-00 FC Porto Sporting 1-1 2-0 LIX 1998-99 Beira-Mar Campomaiorense 1-0 LVIII 1997-98 FC Porto Sp. Braga 3-1 LVII 1996-97 Boavista Benfica 3-2 LVI 1995-96 Benfica Sporting 3-1 LV 1994-95 Sporting Marítimo 2-0 LIV 1993-94 FC Porto Sporting 0-0 2-1 (a.p.) LIII 1992-93 Benfica Boavista 5-2 LII 1991-92 Boavista FC Porto 2-1 LI 1990-91 FC Porto Beira-Mar 3-1 (a.p.) L 1989-90 E. Amadora Farense 1-1 2-0 XLIX 1988-89 Belenenses Benfica 2-1 XLVIII 1987-88 FC Porto V. Guimarães 1-0 XLVII 1986-87 Benfica Sporting 2-1 XLVI 1985-86 Benfica Belenenses 2-0 XLV 1984-85 Benfica FC Porto 3-1 XLIV 1983-84 FC Porto Rio Ave 4-1 XLIII 1982-83 Benfica FC Porto 1-0 XLII 1981-82 Sporting Sp. Braga 4-0 XLI 1980-81 Benfica FC Porto 3-1 XL 1979-80 Benfica FC Porto 1-0 XXXIX 1978-79 Boavista Sporting 1-1 1-0 XXXVIII 1977-78 Sporting FC Porto 1-1 2-1 XXXVII 1976-77 FC Porto Sp. Braga 1-0 XXXVI 1975-76 Boavista V. Guimarães 2-1 XXXV 1974-75 Boavista Benfica 2-1 XXXIV 1973-74 Sporting Benfica 2-1 (a.p.) XXXIII 1972-73 Sporting V. Setúbal 3-2 XXXII 1971-72 Benfica Sporting 3-2 (a.p.) XXXI 1970-71 Sporting Benfica 4-1 XXX 1969-70 Benfica Sporting 3-1 XXIX 1968-69 Benfica Académica 2-1 XXVIII 1967-68 FC Porto V. Setúbal 2-1 XXVII 1966-67 V. Setúbal Académica 3-2 (a.p.) XXVI 1965-66 Sp. Braga V. Setúbal 1-0 XXV 1964-65 V. Setúbal Benfica 3-1 XXIV 1963-64 Benfica FC Porto 6-2 XXIII 1962-63 Sporting V. Guimarães 4-0 XXII 1961-62 Benfica V. Setúbal 3-0 XXI 1960-61 Leixões FC Porto 2-0 XX 1959-60 Belenenses Sporting 2-1 XIX 1958-59 Benfica FC Porto 1-0 XVIII 1957-58 FC Porto Benfica 1-0 XVII 1956-57 Benfica Sp. Covilhã 3-1 XVI 1955-56 FC Porto Torreense 2-0 XV 1954-55 Benfica Sporting 2-1 XIV 1953-54 Sporting V. Setúbal 3-2 XIII 1952-53 Benfica FC Porto 5-0 XII 1951-52 Benfica Sporting 5-4 XI 1950-51 Benfica Académica 5-1 X 1948-49 Benfica Atlético 2-1 IX 1947-48 Sporting Belenenses 3-1 VIII 1945-46 Sporting Atlético 4-2 VII 1944-45 Sporting Olhanense 1-0 VI 1943-44 Benfica Estoril 8-0 V 1942-43 Benfica V. Setúbal 5-1 IV 1941-42 Belenenses V. Guimarães 2-0 III 1940-41 Sporting Belenenses 4-1 II 1939-40 Benfica Belenenses 3-1 I 1938-39 Académica Benfica 4-3
O Pulsar do Campeonato – 28ª Jornada
(“O Templário”, 19.05.2022)
Numa ronda caracterizada por uma “chuva” de golos (um total de 39, resultando numa incrível média de praticamente 5 golos/jogo, um “record” nesta edição da prova), tudo ficou já matematicamente decidido, ainda com duas jornadas por disputar: o Rio Maior sagrou-se Campeão Distrital da I Divisão, assegurando a correspondente promoção ao Campeonato de Portugal; enquanto o U. Almeirim e o Glória do Ribatejo serão despromovidos à II Divisão Distrital. O União de Tomar garantiu o apuramento para a próxima edição da Taça de Portugal.
Os riomaiorenses conseguiram culminar com pleno êxito a “contagem regressiva” na rota do título – que mantinham desde que, à 22.ª jornada, estabeleceram uma “margem de segurança” de seis pontos para o mais directo perseguidor –, ampliando para dez o número de triunfos consecutivos; portanto sem sofrer qualquer deslize, como que neutralizando o efeito das seis vitórias também sucessivamente averbadas por uma equipa do U. Tomar que nunca abdicou da luta, mas que mais não lhe possibilitaram que consolidar, de forma claramente destacada, a 2.ª posição na tabela.
Destaques – Justamente, o maior destaque da 28.ª jornada terá de ser creditado aos tomarenses, com a estrondosa goleada aplicada ao Cartaxo, ganhando por números “esmagadores”: 10-0!
Em 2.300 jogos oficiais disputados ao longo do seu centenário historial, esta foi a segunda vitória por margem mais dilatada obtida pelo União, igualando os 10-0 registados em 1965, frente ao Vitória de Lisboa, um desfecho crucial, nessa ocasião, para uma ansiada subida à II Divisão Nacional, no percurso que conduziria à conquista do título de Campeão Nacional da III Divisão. Antes disso, o máximo histórico do clube tinha-se fixado já nos 13-1, face ao Alcanenense, no Distrital de 1942-43 (temporada em que ressalta também o 10-2 ante o Sporting de Tomar).
Nas últimas quatro partidas o U. Tomar acumula um fantástico total de 24 golos marcados. Desde a estreia do novo treinador, Marco Marques, contam-se três triunfos, com um saldo de 19-2!
O encontro perante o Cartaxo praticamente “não teve história”: os unionistas entraram a ganhar, inaugurando o marcador aos cinco minutos, ampliando para 2-0 ainda no quarto de hora inicial, estabelecendo o 3-0 pouco antes do intervalo. Na segunda metade, novo golo logo no minuto inicial, continuando a contagem a aumentar com naturalidade, até aos 6-0 aos 62 minutos. No derradeiro quarto de hora, mais quatro tentos, aliás, em menos de dez minutos, entre os 78 e 87…
Bastante maior foi o “suspense” – e, inevitavelmente, alguma dose de ansiedade – que se viveu em Rio Maior: num desafio que se antecipava já como sendo, provavelmente, da consagração do novo Campeão, os visitados abriram o activo aos 15 minutos, começando a preparar-se a festa… A qual, contudo, se faria ainda esperar longamente; o Amiense empatou aos 37 minutos e “vendeu cara” a derrota, com o “libertador” golo do título a chegar somente em cima do minuto 90.
Num campeonato com duas equipas manifestamente superiores à concorrência, o Rio Maior, com excelente campanha, fez meritório jus ao título, alicerçado numa defesa de grande solidez (apenas 14 golos sofridos, à média de 0,5/jogo), com um ataque também com registo muito bom (74 golos) – ainda que, nesse aspecto, agora algo aquém da fabulosa marca de 83 tentos do União (para já, terceira melhor marca da história do clube, apenas atrás dos 85 golos de 1973-74 e de 1987-88).
O Samora Correia prossegue a sua senda triunfal, tendo vencido pela oitava jornada sucessiva, batendo o Mação por 4-2, ultrapassando assim esse rival na disputa pelo 4.º lugar.
Confirmando o mau momento atravessado por U. Almeirim (quarto desaire sucessivo; sétimo em oito jogos, nos quais somou um único ponto, tendo visto confirmada a segunda despromoção em duas épocas) e Salvaterrense – equipa que angariara atempadamente os pontos necessários para garantir a manutenção, atravessando de forma bastante tranquila toda a época, tendo perdido, mais recentemente, todos os seus seis últimos jogos –, o Torres Novas e o Ferreira do Zêzere (este, em terreno alheio, em Salvaterra de Magos) impuseram-se com naturalidade: os torrejanos, goleando também, por 5-0, um triunfo que lhes proporcionou ascender ao 8.º posto; os ferreirenses, ganhando por 2-0, selando a permanência no escalão principal.
Confirmações – Confirmaram-se igualmente os expectáveis triunfos do Fazendense (outra goleada, por 4-0, ante o “lanterna vermelha”, Glória do Ribatejo, cimentando a 3.ª posição dos homens das Fazendas de Almeirim); do Alcanenense, face ao Benavente, por 4-2, fazendo prevalecer o factor casa, com a turma da Alcanena a agarrar-se ao 7.º lugar, estando agora somente dois pontos abaixo do adversário desta jornada; e do At. Ouriense, na recepção ao Abrantes e Benfica, ganhando por tangencial 2-1, o suficiente para escalar até ao 11.º posto (fruto de quatro vitórias e um empate nos cinco desafios mais recentes), deixando para trás Cartaxo e Salvaterrense, e apenas a um ponto do Amiense… e a três dos abrantinos.
II Divisão Distrital – A completar a primeira volta da fase de apuramento de Campeão e de promoção, o Águias de Alpiarça foi a Fátima arrancar um precioso triunfo (com o tento da vitória ao “cair do pano”), um desfecho que poderá vir a revelar-se de importância fulcral nas contas finais. Os alpiarcenses continuam a partilhar a liderança com o Entroncamento, que não teve dificuldades, goleando por 5-0 o Espinheirense (o qual conta por derrotas todos os cinco jogos).
Por seu lado o Moçarriense isolou-se no 3.º lugar, tendo ido vencer 3-0 aos Foros de Salvaterra.
Liga 3 – Depois do empate (1-1) registado na 1.ª mão em Alverca, os ribatejanos foram mais eficazes, indo ganhar (2-1) a Leiria, ante o União local, apurando-se para o “play-off” decisivo com o 16.º classificado da II Liga, Sp. Covilhã, para disputa da última vaga neste escalão.
Em paralelo o Torreense sagrou-se Campeão da edição inaugural desta nova competição, ao impor-se, no desempate da marca de grande penalidade, à Oliveirense (após 1-1 nos 120 minutos).
Campeonato de Portugal – Subsistem ainda em prova apenas os doze clubes que se apuraram para a fase de apuramento de Campeão e de promoção, nesta altura – faltando disputar duas rondas – com Leça, Paredes, Fontinhas e Moncarapachense instalados nos lugares de subida.
Na 7.ª ronda assinala-se a igualdade (3-3) imposta pelo Sertanense no Restelo (tendo, aliás, o Belenenses empatado já no final do tempo de compensação), sendo que o histórico clube de Belém, agora no 3.º lugar, poderá ainda eventualmente beneficiar – caso venha a terminar nesse posto –, da vaga aberta pela despromoção administrativa da Liga 3 aplicada ao Cova da Piedade.
Antevisão – Definidas que estão as posições mais relevantes do Distrital da I Divisão, realça-se o embate Mação-Fazendense, mesmo que os maçaenses pareçam já arredados da possibilidade de chegar ao 3.º lugar; o Rio Maior desloca-se a Benavente, cabendo ao U. Tomar visitar Abrantes.
No escalão secundário, na viragem para a segunda volta, teremos um desafio crucial, entre Fátima e Entroncamento (com os fatimenses a verem estreitar-se a margem de erro), sendo Águias de Alpiarça e Moçarriense favoritos, respectivamente ante o Forense e o Espinheirense.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 19 de Maio de 2022)
Liga Europa – Final – Eintracht Frankfurt – Rangers
Num jogo muito repartido, apenas no desempate da marca de grande penalidade foi possível apurar o vencedor da edição desta temporada da Liga Europa (aliás, justamente como tinha sucedido na final da época anterior, entre o Villarreal e o Manchester United): depois do empate a um golo no final do tempo regulamentar, e após prolongamento, o Eintracht Frankfurt foi mais eficaz naquela fórmula de desempate, ganhando por 5-4, conquistando o seu segundo troféu europeu, depois da vitória na Taça UEFA em 1980.
Foi o desfecho perfeito para uma excelente campanha da equipa alemã, em que manteve a invencibilidade nos 13 jogos disputados (tendo somado 7 vitórias e 6 empates) – depois de ter superado o Olympiakos, Fenerbahçe e Antwerp, tendo vencido o seu grupo de apuramento, o Eintracht deixou para trás, sucessivamente, na fase a eliminar, o Betis, Barcelona e West Ham, antes de chegar à Final de Sevilha, ante o Rangers.
No Palmarés da prova, após as 13 edições já disputadas sob o formato de “Liga Europa”, é a seguinte a lista de vencedores: Sevilla (2014, 2015, 2016 e 2020), At. Madrid (2010, 2012 e 2018), Chelsea (2013 e 2019), FC Porto (2011), Manchester United (2017), Villarreal (2021) e Eintracht Frankfurt (2022).
Nas 38 edições anteriores (nas temporadas de 1971-72 a 2008-09), com a denominação da Taça UEFA, sagraram-se vencedores: Juventus (1977, 1990 e 1993), Inter (1991, 1994 e 1998) e Liverpool (1973, 1976 e 2001), com três títulos cada; Borussia Mönchengladbach (1975 e 1979), Tottenham (1972 e 1984), Real Madrid (1985 e 1986), Göteborg (1982 e 1987), Parma (1995 e 1999), Feyenoord (1974 e 2002) e Sevilla (2006 e 2007), cada um com dois troféus; PSV Eindhoven (1978), Eintracht Frankfurt (1980), Ipswich Town (1981), Anderlecht (1983), Bayer Leverkusen (1988), Napoli (1989), Ajax (1992), Bayern München (1996), Schalke 04 (1997), Galatasaray (2000), FC Porto (2003), Valencia (2004), CSKA Moscovo (2005), Zenit St. Petersburg (2008) e Shakhtar Donetsk (2009).
Antes disso, criada em 1955, a par com a Taça dos Campeões Europeus, disputou-se, até à época de 1970-71, em 13 edições, a designada Taça das Cidades com Feiras, prova que seria precursora da Taça UEFA, apesar de não ser reconhecida a nível oficial pela UEFA, que teve por vencedores: Barcelona (1958, 1960 e 1966); Valencia (1962 e 1963) e Leeds United (1968 e 1971); Roma (1961), Zaragoza (1964), Ferencvaros (1965), D. Zagreb (1967), Newcastle (1969) e Arsenal (1970).
Num exercício de “consolidação” dos vencedores da competição nas suas três fórmulas/designações, temos os seguintes clubes que conquistaram mais do que um troféu: Sevilla (6); Barcelona, Juventus, Inter, Liverpool, Valencia e At. Madrid (3 cada); Leeds United, Borussia Mönchengladbach, Tottenham, Real Madrid, Göteborg, Parma, Feyenoord, FC Porto, Chelsea e Eintracht Frankfurt (2 cada).