Portugal – Holanda – Liga das Nações da UEFA – Final
9 Junho, 2019 at 9:33 pm Deixe um comentário
Portugal – Rui Patrício, Nélson Semedo, Rúben Dias, José Fonte, Raphaël Guerreiro, Danilo Pereira, William Carvalho (90m – Rúben Neves), Bruno Fernandes (81m – João Moutinho), Bernardo Silva, Gonçalo Guedes (75m – Rafa Silva) e Cristiano Ronaldo
Holanda – Jasper Cillessen, Denzel Dumfries, Matthijs de Ligt, Virgil van Dijk, Daley Blind, Marten de Roon (81m – Luuk de Jong), Frenkie de Jong, Georginio Wijnaldum, Steven Bergwijn (60m – Donny van de Beek), Ryan Babel (45m – Quincy Promes) e Memphis Depay
1-0 – Gonçalo Guedes – 60m
Cartões amarelos – Denzel Dumfries (88m) e Virgil van Dijk (90m)
Árbitro – Alberto Undiano Mallenco (Espanha)
Estádio do Dragão, Porto
(Foto via Twitter)
Portugal conquistou a edição inaugural da nova “Liga das Nações da UEFA” – troféu que junta ao título de Campeão Europeu -, ao vencer na Final da prova a selecção da Holanda.
Dando a aparência de ter entrado em campo algo retraída, começando por conceder a iniciativa de jogo ao adversário, a equipa portuguesa conseguiu “soltar-se” a partir do quarto de hora, dominando, até final, em praticamente todas as vertentes (pese embora o maior tempo de posse de bola por parte dos holandeses), tendo chegado ao intervalo com uma dúzia de remates e seis cantos, contra apenas um remate e um canto a favor do seu opositor.
No primeiro tempo, esteve em evidência Bruno Fernandes, pela espontaneidade de remate, porém sem conseguir materializar as várias tentativas em golo, com Cilessen a mostrar-se concentrado. Perante uma posse de bola inconsequente por parte da Holanda, Portugal, com um futebol mais vertical, em transições rápidas, beneficiou da liberdade concedida por Fernando Santos a Bernardo Silva, grande desequilibrador desta Final.
Na segunda metade, com os holandeses sem profundidade no seu futebol, não conseguindo penetrar na área portuguesa, com Rúben Dias a destacar-se no comando da defensiva portuguesa, bem apoiada, na zona intermediária, pela dupla Danilo Pereira e William Carvalho, a turma portuguesa aproveitou para imprimir mais intensidade no jogo, frente a um adversário que começava a denotar o efeito de menos 24 horas de recuperação (e um prolongamento jogado, na meia-final).
À passagem da hora de jogo, dando sequência a uma excelente triangulação com Bernardo Silva, Gonçalo Guedes, de primeira, sem preparação, rematou forte e colocado, batendo inapelavelmente Cilessen, que, estirando-se, ainda tocaria na bola, mas impotente para travar a sua marcha para as redes da baliza.
A equipa nacional, que dominara a partida durante a maior parte do tempo, tendo criado oportunidades para alcançar marca mais tranquilizadora, acabaria, na parte final, por, algo instintivamente, ir recuando, na defesa da preciosa vantagem, tendo, então, a Holanda, com espaço para progredir no terreno, chegado ainda a assustar, em especial por Depay e van de Beek, com Rui Patrício a negar o golo.
A formação “laranja”, já em fase de desespero, terminaria o encontro com os centrais de Ligt e van Dijk, quais “ponta-de-lança”, mas sem conseguir criar outras situações de perigo, tendo Portugal sustido esse ímpeto final.
Com inteiro mérito – mercê de uma substancial melhoria exibicional, da meia-final para a Final – e justiça, Portugal repete a glória da conquista de um título europeu, numa competição que, pese embora a novidade, foi encarada com grande seriedade e ambição pelos quatro semi-finalistas, também louváveis vencedores dos respectivos grupos de qualificação, depois de terem deixado para trás selecções como a da França (actual Campeã do Mundo), Alemanha, Espanha, Itália, Croácia ou Bélgica.
Aureolada com os últimos dois troféus disputados a nível europeu, a selecção lusa – a atravessar a fase mais exuberante da sua história – afirma-se, assim, definitivamente, como “grande”, entre as “maiores” da Europa.
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