Archive for 1 Junho, 2019
Liga dos Campeões – Final – Tottenham-Liverpool
Tottenham – Hugo Lloris, Kieran Trippier, Toby Alderweireld, Jan Vertonghen, Danny Rose, Dele Alli (81m – Fernando Llorente), Moussa Sissoko (74m – Eric Dier), Harry Winks (66m – Lucas Moura), Heung-Min Son, Christian Eriksen e Harry Kane
Liverpool – Alisson Becker, Trent Alexander-Arnold, Joël Matip, Virgil Van Dijk, Andy Robertson, Jordan Henderson, Fabinho, Georginio Wijnaldum (62m – James Milner), Mohamed Salah, Roberto Firmino (58m – Divock Origi) e Sadio Mané (90m – Joe Gomez)
0-1 – Mohamed Salah (pen.) – 2m
0-2 – Divock Origi – 87m
Cartões amarelos – Não houve
Árbitro – Damir Skomina (Eslovénia)
Com um golo logo a abrir (na sequência da grande penalidade “mais rápida” de toda a história da Liga dos Campeões – assinalada logo aos 23 segundos de jogo! -, a sancionar um contacto da bola com a zona do peito, axila, braço) e outro praticamente a fechar, o Liverpool conquistou esta noite, em Madrid, no “Wanda Metropolitano”, a sua segunda Liga dos Campeões, sagrando-se Campeão Europeu pela sexta vez no seu historial.
Num jogo bastante mais “cinzento” do que seria a expectativa, entrando praticamente a ganhar – e, porventura, não deixando de ter na mente a Final perdida na época passada -, o Liverpool privilegiaria, durante praticamente toda a partida, a contenção, evitando correr riscos desnecessários, concedendo a iniciativa ao Tottenham, que, contudo, foi impotente para superar uma defesa superiormente comandada pelo holandês Virgil Van Dijk, e que teve em Alisson Becker uma barreira intransponível.
O marcador final é algo pesado para a equipa do Tottenham, pelo que trabalhou durante os noventa minutos, premiando a maior frieza e eficácia do Liverpool, beneficiando da sua maior experiência a este nível, deixando enfim para trás quase década e meia sem qualquer título de relevo, na maior conquista da carreira de Jürgen Klopp (o qual, a nível pessoal, após seis finais consecutivas perdidas – incluindo as Finais da Liga dos Campeões de 2013 e 2018, assim como a Final da Liga Europa de 2016 -, conquistou a “sexta” para o seu clube).
A lista de vencedores, nas 64 edições já disputadas da competição (sob as designações de Taça dos Campeões Europeus e, desde 1992-93, Liga dos Campeões), passou a ser assim ordenada:
- Real Madrid, 13 (1955-56, 1956-57, 1957-58, 1958-59, 1959-60, 1965-66, 1997-98, 1999-00, 2001-02, 2013-14, 2015-16, 2016-17 e 2017-18)
- AC Milan, 7 (1962-63, 1968-69, 1988-89, 1989-90, 1993-94, 2002-03 e 2006-07)
- Liverpool, 6 (1976-77, 1977-78, 1980-81, 1983-84, 2004-05 e 2018-19)
- Bayern München, 5 (1973-74, 1974-75, 1975-76, 2000-01 e 2012-13)
- Barcelona, 5 (1991-92, 2005-06, 2008-09, 2010-11 e 2014-15)
- Ajax, 4 (1970-71, 1971-72, 1972-73 e 1994-95)
- Inter, 3 (1963-64, 1964-65 e 2009-10)
- Manchester United, 3 (1967-68, 1998-99 e 2007-08)
- Benfica, 2 (1960-61 e 1961-62)
- Nottingham Forest, 2 (1978-79 e 1979-80)
- Juventus, 2 (1984-85 e 1995-96)
- FC Porto, 2 (1986-87 e 2003-04)
- Celtic (1966-67); Feyenoord (1969-70); Aston Villa (1981-82); Hamburg (1982-83); Steaua București (1985-86); PSV Eindhoven (1987-88); Crvena Zvezda (1990-91); Marseille (1992-93); Borussia Dortmund (1996-97); e Chelsea (2011-12).
Ranking histórico – Liga dos Campeões
(clicar na imagem para ampliar)
Na era da “Liga dos Campeões” (desde a temporada de 1992-93) é o FC Porto que predomina entre os clubes portugueses, registando uma muito boa 7.ª posição no “ranking” global da prova, sob esta denominação, contando com um total de 23 participações em 27 edições – apenas tendo falhado a presença nas épocas de 1994-95, 2000-01 (única vez, em seis ocasiões, em que não conseguiu superar as pré-eliminatórias, perante o Anderlecht), 2002-03 e 2010-11.
É, pois, a par do Real Madrid e do Barcelona, um dos clubes com maior número de participações na competição, superando o Bayern e o Manchester United (que contam 22 presenças).
Acresce ainda que o FC Porto viu já coroada de êxito uma dessas participações, sagrando-se Campeão Europeu em 2003-04, tendo vencido na Final o Monaco, glória que junta ao título conquistado na época de 1986-87, então ainda sob a égide da Taça dos Campeões Europeus. A equipa portista atingiu ainda os 1/4 de final da Liga dos Campeões noutras cinco épocas.
Por seu lado, o Benfica, embora registe apenas 14 participações (tendo falhado o acesso via “play-off” nas temporadas de 2003-04 e 2004-05, afastado, respectivamente, pela Lazio e pelo… Anderlecht – apurando-se nas outras cinco vezes em que foi submetido a eliminatórias prévias) ocupa a 20.ª posição do “ranking”, precisamente com 100 jogos disputados (nas fases de grupos ou eliminatórias posteriores), com uma média pontual ligeiramente abaixo da unidade.
Como melhor desempenho, o Benfica regista quatro presenças em 1/4 de final: 1994-95 (afastado pelo AC Milan), 2005-06 (Barcelona), 2011-12 (Chelsea) e 2015-16 (Bayern).
Em relação ao Sporting, conseguiu marcar presença na fase de grupos da prova por oito vezes (tendo sido afastado nas pré-eliminatórias em quatro das seis ocasiões em que teve de enfrentar essa fase – superou o Beitar de Jerusalém em 1997-98 e o FCSB-Steaua em 2017-18, tendo sido eliminado pelo Inter em 2002-03, pela Udinese em 2005-06, pela Fiorentina em 2009-10 e pelo CSKA de Moscovo em 2015-16), totalizando 50 jogos (48 dos quais na fase de grupos), apenas uma vez tendo atingido os 1/8 de final (em 2008-09, numa muito “penosa” eliminatória com o Bayern).
Tal como na Taça dos Campeões Europeus, o maior destaque vai para o Real Madrid, já com 7 títulos conquistados (tendo vencido nos três últimos anos, somando quatro troféus nas cinco temporadas mais recentes). O Barcelona segue-se com 4 títulos e o AC Milan com 3.
À excepção da edição inaugural (vencida pelo Olympique de Marseille) e dos triunfos do Ajax (em 1994-95) e do FC Porto (2003-04), todos os restantes 24 vencedores provêm de Espanha (11 vezes), Inglaterra (5), Itália (5) ou Alemanha (3).
Daqui a pouco, Liverpool e Tottenham decidirão qual dos clubes será o vencedor do 5.º troféu (acima já computado) para a Inglaterra: se for o Liverpool (11.º neste “ranking” específico, em termos pontuais) será o seu segundo triunfo (6.ª vez que se sagraria Campeão Europeu); no caso de ser o Tottenham – por agora, nesta sua 4.ª participação na prova, ocupando apenas a 41.ª posição do “ranking” – a triunfar nesta Final, tal constituiria uma estreia absoluta no seu palmarés, a nível da principal competição de clubes da Europa (conta, no seu palmarés, com uma Taça das Taças e duas Taças UEFA).
Ainda uma curiosidade extra: no “campeonato” das eliminatórias prévias à fase de Grupos (cujos jogos não são considerados para efeitos do quadro acima apresentado), são “campeões” os seguintes clubes: D. Zagreb (18 participações, 107 pontos); D. Kiev (21 participações, 82 pontos); Celtic (15 participações, 82 pontos); BATE Borisov (14 participações, 82 pontos); FCSB-Steaua (16 participações, 75 pontos); e Rosenborg (17 participações, 75 pontos).
Actualização – Quadro já actualizado, em função do resultado da Final da Liga dos Campeões, na qual o Liverpool, vencendo o Tottenham por 2-0, conquistou a Liga dos Campeões pela segunda vez, sagrando-se assim Campeão Europeu pela sexta vez no seu historial.