Archive for 5 Junho, 2019
Portugal – Suíça – Liga das Nações da UEFA – 1/2 finais
Portugal – Rui Patrício, Nélson Semedo, Pepe (63m – José Fonte), Rúben Dias, Raphaël Guerreiro, Bruno Fernandes (90m – João Moutinho), Rúben Neves, William Carvalho, Bernardo Silva, João Félix (70m – Gonçalo Guedes) e Cristiano Ronaldo
Suíça – Yann Sommer, Kevin Mbabu, Fabian Schär, Manuel Akanji, Ricardo Rodríguez, Denis Zakaria (71m – Edimilson Fernandes), Granit Xhaka, Remo Freuler (89m – Josip Drmić), Steven Zuber (83m – Renato Steffen), Xherdan Shaqiri e Haris Seferović
1-0 – Cristiano Ronaldo – 25m
1-1 – Ricardo Rodríguez (pen.) – 57m
2-1 – Cristiano Ronaldo – 88m
3-1 – Cristiano Ronaldo – 90m
Cartões amarelos – Granit Xhaka (66m), Fabian Schär (68m) e Xherdan Shaqiri (85m)
Árbitro – Felix Brych (Alemanha)
Estádio do Dragão, Porto
Tudo parecia indicar que a selecção de Portugal ia, mais uma vez, empatar o jogo, como tem sido praticamente regra no consulado de Fernando Santos, em fases finais de provas internacionais, quando Cristiano Ronaldo tirou, não um, mas dois “coelhos da cartola”, dando a estocada final numa bastante sólida equipa da Suíça.
Actuando “em casa”, apoiada pelo seu público, com a perspectiva de poder atingir a terceira final de uma grande competição (depois do “EURO 2004” e do “EURO 2016”), frente a um adversário bem conhecido – com o qual disputámos, “palmo a palmo”, a fase de qualificação para o Mundial de 2018 -, a equipa portuguesa tencionaria procurar assumir a iniciativa.
Porém, com uma exibição a denotar alguma descoordenação a nível colectivo, com algumas das suas principais figuras (em especial, Bruno Fernandes ou João Félix, este em estreia absoluta) falhas de inspiração, ou a actuar fora da posição ou do sistema em que poderão render mais, a selecção nacional teve grande dificuldade em controlar a posse de bola, com a Suíça a impor-se, mas com a pecha da falta de eficácia na concretização, com Seferović também a não conseguir aproveitar as oportunidades de que dispôs.
A primeira ocasião de “frisson” chegaria logo aos três minutos, com Shaqiri a obrigar Rui Patrício a mostrar a sua concentração. Pouco depois dos dez minutos, Cristiano Ronaldo beneficiou de uma falha da defesa contrária para criar perigo, mas sem sucesso.
A Suíça voltaria a assustar por mais duas vezes antes de, logo aos 25 minutos, com um lance de excelente execução de Cristiano Ronaldo, na conversão de um livre directo, com um “míssil teleguiado”, a sobrevoar a barreira, sem hipótese de defesa para Sommer, Portugal inaugurar o marcador, colocando-se – algo “contra a corrente” do jogo – em vantagem.
O conjunto helvético não deu mostras de acusar o tento sofrido, tendo Seferović rematado à barra, ainda no primeiro tempo.
Na segunda metade, a Suíça continuou a ser mais equipa, vindo a empatar, ainda bastante cedo, na sequência de uma grande penalidade, que, mesmo após revisão pelo “VAR”, não ficou evidente.
Nos minutos imediatos, a turma portuguesa manteria a dificuldade em procurar reverter a tendência do jogo, até que, chegada a fase de substituições, a partir dos 70 minutos, o ritmo de jogo cairia bastante, parecendo ter ambas as formações praticamente abdicado de correr riscos nos derradeiros dez minutos.
Não obstante, quando já se aguardava o prolongamento, começando numa boa abertura de Rúben Neves, com um lançamento em profundidade para Bernardo Silva, este, com um passe atrasado, fez a assistência que permitiu a Cristiano Ronaldo, antecipando-se à defesa, com um remate bem colocado, de primeira, bisar. Já em período de compensação, então com a Suíça, “em desespero”, à procura de um lance que lhe pudesse proporcionar o restabelecer da igualdade, o mesmo Cristiano conseguiu isolar-se sobre a esquerda, tirando ainda um adversário do caminho, antes de finalizar com um remate cruzado, com a bola a fugir do alcance do guardião contrário.
A partida chegava ao termo, com um resultado bem melhor que a exibição, com uma extremamente invulgar eficácia da equipa de Portugal, com três golos em outros tantos remates à baliza!
Uma penalização severa para a Suíça que, pelo menos, fez por merecer o prolongamento, mas que acabaria derrotada pela conjugação da sua inoperância ofensiva com o talento de um génio do futebol, que apontou o seu 7.º “hat-trick” ao serviço da selecção portuguesa, passando a somar um total de 88 golos, sendo o melhor marcador de sempre a nível de selecções europeias, depois de ter superado já o lendário Ferenc Puskás.
Clubes portugueses nas Competições Europeias – Total global
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Adicionando, às presenças nas provas tuteladas pela UEFA, os jogos realizados no âmbito da Taça das Cidades com Feiras, no total foram 1.149 as equipas que disputaram partidas das competições europeias (sendo que, em alguns casos, o mesmo clube adoptou, ao longo do tempo, duas, ou até mesmo três denominações distintas).
Os representantes de Portugal em tais provas foram 25 clubes – com a particularidade, já antes referida, de o Barreirense apenas ter participado na Taça das Cidades com Feiras da época de 1970-71, não tendo, pois, disputado qualquer das provas reconhecidas a nível oficial pela UEFA.
Considerando também a referida Taça – para além de o Sporting igualar o Benfica em número de anos (58) com participação em competições europeias -, o V. Setúbal passa a registar um total de 15 temporadas em que marcou presença nessas competições.
Em termos globais, em 299 participações, os clubes portugueses somaram 710 vitórias “europeias”, tendo perdido em 609 ocasiões, ascendendo a 2.441 o número de golos marcados, face a 2.061 golos sofridos.
Podem consultar-se aqui todos os rankings relativos às competições europeias, que fui apresentando ao longo da última semana.
Clubes portugueses nas Competições Europeias – Provas da UEFA
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Das 1.115 equipas que, em alguma ocasião, disputaram as provas da UEFA, nas suas 64 temporadas, desde a época de 1955-56, 24 são portuguesas (assinala-se que o Barreirense apenas participou na Taça das Cidades com Feiras, competição não oficialmente reconhecida pela UEFA), tendo participado num total de 1.612 jogos (na Liga Europa de 2010-11, o Sp. Braga defrontou o Benfica nas meias-finais, a duas mãos, tendo disputado a Final com o FC Porto).
Anota-se a particularidade de apenas o E. Amadora não ter disputado nunca a Taça UEFA e/ou Liga Europa, uma vez que, tendo vencido a Taça de Portugal em 1989-90, participou na Taça dos Vencedores de Taças da temporada de 1990-91.
Tendo Benfica, FC Porto e Sporting superado já a marca das 50 temporadas com participação em provas da UEFA, o Sp. Braga atingiu as 20 épocas de presença em tais competições – integrando este quarteto o “Top 100” dos principais clubes da Europa -, destacando-se assim os bracarenses do Boavista (19 temporadas), ausente desde 2002-03, tendo o último dos 100 desafios europeus dos boavisteiros (nos quais averbaram 100 pontos) sido nas meias-finais da Liga Europa, ante o Celtic.
O V. Guimarães é o quinto clube com maior “assiduidade” nas provas organizadas pela UEFA, nas quais participou em 16 épocas.
Num balanço global, os clubes portugueses conquistaram 8 troféus europeus, primeiro com o Benfica a sagrar-se bi-Campeão Europeu para, mais recentemente, o FC Porto ter bisado as conquistas na Taça dos Campeões / Liga dos Campeões e na Taça UEFA / Liga Europa, para além de ter vencido ainda uma edição da Supertaça Europeia; por seu lado, o Sporting conquistou a Taça das Taças uma vez.