Archive for Junho, 2019
Belenenses Campeão Distrital da I Divisão da Associação de Futebol de Lisboa
O Belenenses tomou – de acordo com a vontade maioritariamente expressa pelos seus sócios – a corajosa decisão de recomeçar a constituir direitos desportivos, a partir do escalão mais baixo do futebol português.
Esta tarde, culminando a primeira época desta longa mas briosa caminhada – por curiosidade, no ano do centenário do clube – o Belenenses sagrou-se Campeão da I Divisão Distrital da Associação de Futebol de Lisboa (6.º escalão), ao vencer na final, disputada no Estádio 1.º de Maio, em Lisboa, perante uma bem preenchida bancada, a equipa da Associação Cultural e Desportiva do Bocal – Mafra, por 3-2, após prolongamento, depois de um empate a dois golos no termo do tempo regulamentar.
Uma palavra de apreço para a forma como se exibiu o seu adversário, dignificando esta final, começando por inaugurar o marcador, logo ao segundo minuto, com o Belenenses a empatar aos oito minutos; tendo inclusivamente a formação do Bocal estado novamente em vantagem (desde o oitavo minuto da segunda parte) até três minutos antes dos noventa, altura em que o clube do Restelo restabeleceu a igualdade, na conversão de uma grande penalidade. No prolongamento, os “azuis” chegaram enfim ao tento da vitória, a pouco mais de dez minutos do fim.






Europeu 2020 – Qualificação – 4ª Jornada
GRUPO B Jg V E D G Pt 1º Ucrânia 4 3 1 - 8 - 1 10 2º Luxemburgo 4 1 1 2 4 - 5 4 3º Sérvia 3 1 1 1 5 - 7 4 4º Portugal 2 - 2 - 1 - 1 2 5º Lituânia 3 - 1 2 3 - 7 1
4ª jornada
10.06.2019 – Sérvia – Lituânia – 4-1
10.06.2019 – Ucrânia – Luxemburgo – 1-0
(mais…)
Portugal – Holanda – Liga das Nações da UEFA – Final
Portugal – Rui Patrício, Nélson Semedo, Rúben Dias, José Fonte, Raphaël Guerreiro, Danilo Pereira, William Carvalho (90m – Rúben Neves), Bruno Fernandes (81m – João Moutinho), Bernardo Silva, Gonçalo Guedes (75m – Rafa Silva) e Cristiano Ronaldo
Holanda – Jasper Cillessen, Denzel Dumfries, Matthijs de Ligt, Virgil van Dijk, Daley Blind, Marten de Roon (81m – Luuk de Jong), Frenkie de Jong, Georginio Wijnaldum, Steven Bergwijn (60m – Donny van de Beek), Ryan Babel (45m – Quincy Promes) e Memphis Depay
1-0 – Gonçalo Guedes – 60m
Cartões amarelos – Denzel Dumfries (88m) e Virgil van Dijk (90m)
Árbitro – Alberto Undiano Mallenco (Espanha)
Estádio do Dragão, Porto
(Foto via Twitter)
Portugal conquistou a edição inaugural da nova “Liga das Nações da UEFA” – troféu que junta ao título de Campeão Europeu -, ao vencer na Final da prova a selecção da Holanda.
Dando a aparência de ter entrado em campo algo retraída, começando por conceder a iniciativa de jogo ao adversário, a equipa portuguesa conseguiu “soltar-se” a partir do quarto de hora, dominando, até final, em praticamente todas as vertentes (pese embora o maior tempo de posse de bola por parte dos holandeses), tendo chegado ao intervalo com uma dúzia de remates e seis cantos, contra apenas um remate e um canto a favor do seu opositor.
No primeiro tempo, esteve em evidência Bruno Fernandes, pela espontaneidade de remate, porém sem conseguir materializar as várias tentativas em golo, com Cilessen a mostrar-se concentrado. Perante uma posse de bola inconsequente por parte da Holanda, Portugal, com um futebol mais vertical, em transições rápidas, beneficiou da liberdade concedida por Fernando Santos a Bernardo Silva, grande desequilibrador desta Final.
Na segunda metade, com os holandeses sem profundidade no seu futebol, não conseguindo penetrar na área portuguesa, com Rúben Dias a destacar-se no comando da defensiva portuguesa, bem apoiada, na zona intermediária, pela dupla Danilo Pereira e William Carvalho, a turma portuguesa aproveitou para imprimir mais intensidade no jogo, frente a um adversário que começava a denotar o efeito de menos 24 horas de recuperação (e um prolongamento jogado, na meia-final).
À passagem da hora de jogo, dando sequência a uma excelente triangulação com Bernardo Silva, Gonçalo Guedes, de primeira, sem preparação, rematou forte e colocado, batendo inapelavelmente Cilessen, que, estirando-se, ainda tocaria na bola, mas impotente para travar a sua marcha para as redes da baliza.
A equipa nacional, que dominara a partida durante a maior parte do tempo, tendo criado oportunidades para alcançar marca mais tranquilizadora, acabaria, na parte final, por, algo instintivamente, ir recuando, na defesa da preciosa vantagem, tendo, então, a Holanda, com espaço para progredir no terreno, chegado ainda a assustar, em especial por Depay e van de Beek, com Rui Patrício a negar o golo.
A formação “laranja”, já em fase de desespero, terminaria o encontro com os centrais de Ligt e van Dijk, quais “ponta-de-lança”, mas sem conseguir criar outras situações de perigo, tendo Portugal sustido esse ímpeto final.
Com inteiro mérito – mercê de uma substancial melhoria exibicional, da meia-final para a Final – e justiça, Portugal repete a glória da conquista de um título europeu, numa competição que, pese embora a novidade, foi encarada com grande seriedade e ambição pelos quatro semi-finalistas, também louváveis vencedores dos respectivos grupos de qualificação, depois de terem deixado para trás selecções como a da França (actual Campeã do Mundo), Alemanha, Espanha, Itália, Croácia ou Bélgica.
Aureolada com os últimos dois troféus disputados a nível europeu, a selecção lusa – a atravessar a fase mais exuberante da sua história – afirma-se, assim, definitivamente, como “grande”, entre as “maiores” da Europa.
Suíça – Inglaterra – Liga das Nações da UEFA – 3.º/4.º lugar
Suíça – Yann Sommer, Fabian Schär, Manuel Akanji, Nico Elvedi, Kevin Mbabu, Granit Xhaka, Remo Freuler, Ricardo Rodríguez (87m – Josip Drmić), Xherdan Shaqiri (65m – Steven Zuber), Edimilson Fernandes (61m – Denis Zakaria) e Haris Seferović (113m – Noah Okafor)
Inglaterra – Jordan Pickford, Trent Alexander-Arnold, Joe Gomez, Harry Maguire, Danny Rose (70m – Kyle Walker), Eric Dier, Dele Alli, Fabian Delph (106m – Ross Barkley), Jesse Lingard (106m – Jadon Sancho), Raheem Sterling e Harry Kane (75m – Callum Wilson)
Desempate da marca de grande penalidade:
0-1 – Harry Maguire
1-1 – Steven Zuber
1-2 – Ross Barkley
2-2 – Granit Xhaka
2-3 – Jadon Sancho
3-3 – Manuel Akanji
3-4 – Raheem Sterling
4-4 – Kevin Mbabu
4-5 – Jordan Pickford
5-5 – Fabian Schär
5-6 – Eric Dier
Josip Drmić permitiu a defesa a Jordan Pickford
Cartões amarelos – Granit Xhaka (116m); Danny Rose (23m) e Jesse Lingard (27m)
Árbitro – Ovidiu Haţegan (Roménia)
Estádio D. Afonso Henriques (Guimarães)
Europeu 2020 – Qualificação – 3ª Jornada
GRUPO B Jg V E D G Pt 1º Ucrânia 3 2 1 - 7 - 1 7 2º Luxemburgo 3 1 1 1 4 - 4 4 3º Portugal 2 - 2 - 1 - 1 2 4º Lituânia 2 - 1 1 2 - 3 1 5º Sérvia 2 - 1 1 1 - 6 1
3ª jornada
07.06.2019 – Lituânia – Luxemburgo – 1-1
07.06.2019 – Ucrânia – Sérvia – 5-0
(mais…)
Holanda – Inglaterra – Liga das Nações da UEFA – 1/2 finais
Holanda – Jasper Cillessen, Denzel Dumfries, Matthijs de Ligt, Virgil van Dijk, Daley Blind, Marten de Roon (68m – Donny van de Beek), Frenkie de Jong (114m – Kevin Srootman), Georginio Wijnaldum, Steven Bergwijn (90m – Davy Pröpper), Ryan Babel (68m – Quincy Promes) e Memphis Depay
Inglaterra – Jordan Pickford, Kyle Walker, John Stones, Harry Maguire, Ben Chilwell, Declan Rice (106m – Dele Alli), Fabian Delph (77m – Jordan Henderson), Ross Barkley, Jadon Sancho (61m – Jesse Lingard), Raheem Sterling e Marcus Rashford (45m – Harry Kane)
0-1 – Marcus Rashford (pen.) – 32m
1-1 – Matthijs de Ligt – 73m
2-1 – Kyle Walker (p.b.) – 97m
3-1 – Quincy Promes – 114m
Cartões amarelos – Matthijs de Ligt (30m), Denzel Dumfries (45m) e Donny van de Beek (106m); Harry Kane (70m)
Árbitro – Clément Turpin (França)
Estádio D. Afonso Henriques (Guimarães)
Sob o apoio dominante de público afecto à Inglaterra, a Holanda foi, não obstante, a equipa que, em termos gerais, assumiu o controlo do jogo, dispondo de maior tempo de posse de bola, embora sem criar oportunidades de golo no decurso da meia hora inicial.
Seriam aliás os ingleses, beneficiando de uma falha de Matthijs de Ligt, que se viu forçado a fazer falta na área, a inaugurar o marcador, na conversão de uma grande penalidade. A Inglaterra poderia, entretanto, ter ampliado a contagem, ainda antes do final do primeiro tempo, tendo disposto ainda de outra ocasião de perigo logo no início da segunda metade.
A pressão holandesa intensificar-se-ia a partir da hora de jogo, vindo a ser premiada com o tento da igualdade, com de Ligt a redimir-se, marcando de cabeça, na sequência de um canto.
Com uma boa reacção, a Inglaterra chegaria mesmo a introduzir novamente a bola na baliza contrária, mas o golo não seria validado, por um “fora-de-jogo” arrancado “in-extremis”.
Até final, ambas as equipas procurariam ainda evitar o prolongamento, mas o resultado não se alteraria.
Só já no período complementar os golos surgiriam e – não obstante a boa entrada da selecção de Inglaterra – a favor da Holanda, decorrendo de erros da defensiva inglesa: primeiro, com John Stones a perder a bola, e, depois de um remate defeituoso de Quincy Promes, a bola a tabelar em Kyle Walker e a anichar-se na sua própria baliza; depois, outra perda de bola, de Ross Barkley, desta feita concretizada em golo directamente por Promes.
Portugal – Suíça – Liga das Nações da UEFA – 1/2 finais
Portugal – Rui Patrício, Nélson Semedo, Pepe (63m – José Fonte), Rúben Dias, Raphaël Guerreiro, Bruno Fernandes (90m – João Moutinho), Rúben Neves, William Carvalho, Bernardo Silva, João Félix (70m – Gonçalo Guedes) e Cristiano Ronaldo
Suíça – Yann Sommer, Kevin Mbabu, Fabian Schär, Manuel Akanji, Ricardo Rodríguez, Denis Zakaria (71m – Edimilson Fernandes), Granit Xhaka, Remo Freuler (89m – Josip Drmić), Steven Zuber (83m – Renato Steffen), Xherdan Shaqiri e Haris Seferović
1-0 – Cristiano Ronaldo – 25m
1-1 – Ricardo Rodríguez (pen.) – 57m
2-1 – Cristiano Ronaldo – 88m
3-1 – Cristiano Ronaldo – 90m
Cartões amarelos – Granit Xhaka (66m), Fabian Schär (68m) e Xherdan Shaqiri (85m)
Árbitro – Felix Brych (Alemanha)
Estádio do Dragão, Porto
Tudo parecia indicar que a selecção de Portugal ia, mais uma vez, empatar o jogo, como tem sido praticamente regra no consulado de Fernando Santos, em fases finais de provas internacionais, quando Cristiano Ronaldo tirou, não um, mas dois “coelhos da cartola”, dando a estocada final numa bastante sólida equipa da Suíça.
Actuando “em casa”, apoiada pelo seu público, com a perspectiva de poder atingir a terceira final de uma grande competição (depois do “EURO 2004” e do “EURO 2016”), frente a um adversário bem conhecido – com o qual disputámos, “palmo a palmo”, a fase de qualificação para o Mundial de 2018 -, a equipa portuguesa tencionaria procurar assumir a iniciativa.
Porém, com uma exibição a denotar alguma descoordenação a nível colectivo, com algumas das suas principais figuras (em especial, Bruno Fernandes ou João Félix, este em estreia absoluta) falhas de inspiração, ou a actuar fora da posição ou do sistema em que poderão render mais, a selecção nacional teve grande dificuldade em controlar a posse de bola, com a Suíça a impor-se, mas com a pecha da falta de eficácia na concretização, com Seferović também a não conseguir aproveitar as oportunidades de que dispôs.
A primeira ocasião de “frisson” chegaria logo aos três minutos, com Shaqiri a obrigar Rui Patrício a mostrar a sua concentração. Pouco depois dos dez minutos, Cristiano Ronaldo beneficiou de uma falha da defesa contrária para criar perigo, mas sem sucesso.
A Suíça voltaria a assustar por mais duas vezes antes de, logo aos 25 minutos, com um lance de excelente execução de Cristiano Ronaldo, na conversão de um livre directo, com um “míssil teleguiado”, a sobrevoar a barreira, sem hipótese de defesa para Sommer, Portugal inaugurar o marcador, colocando-se – algo “contra a corrente” do jogo – em vantagem.
O conjunto helvético não deu mostras de acusar o tento sofrido, tendo Seferović rematado à barra, ainda no primeiro tempo.
Na segunda metade, a Suíça continuou a ser mais equipa, vindo a empatar, ainda bastante cedo, na sequência de uma grande penalidade, que, mesmo após revisão pelo “VAR”, não ficou evidente.
Nos minutos imediatos, a turma portuguesa manteria a dificuldade em procurar reverter a tendência do jogo, até que, chegada a fase de substituições, a partir dos 70 minutos, o ritmo de jogo cairia bastante, parecendo ter ambas as formações praticamente abdicado de correr riscos nos derradeiros dez minutos.
Não obstante, quando já se aguardava o prolongamento, começando numa boa abertura de Rúben Neves, com um lançamento em profundidade para Bernardo Silva, este, com um passe atrasado, fez a assistência que permitiu a Cristiano Ronaldo, antecipando-se à defesa, com um remate bem colocado, de primeira, bisar. Já em período de compensação, então com a Suíça, “em desespero”, à procura de um lance que lhe pudesse proporcionar o restabelecer da igualdade, o mesmo Cristiano conseguiu isolar-se sobre a esquerda, tirando ainda um adversário do caminho, antes de finalizar com um remate cruzado, com a bola a fugir do alcance do guardião contrário.
A partida chegava ao termo, com um resultado bem melhor que a exibição, com uma extremamente invulgar eficácia da equipa de Portugal, com três golos em outros tantos remates à baliza!
Uma penalização severa para a Suíça que, pelo menos, fez por merecer o prolongamento, mas que acabaria derrotada pela conjugação da sua inoperância ofensiva com o talento de um génio do futebol, que apontou o seu 7.º “hat-trick” ao serviço da selecção portuguesa, passando a somar um total de 88 golos, sendo o melhor marcador de sempre a nível de selecções europeias, depois de ter superado já o lendário Ferenc Puskás.