Archive for 12 Maio, 2019
Benfica – 3.000 Jogos em provas de âmbito nacional
Competição | Pres. | J | V | E | D | GM | GS |
I Liga / I Divisão | 85 | 2.397 | 1.639 | 449 | 309 | 5.806 | 2.112 |
Taça de Portugal | 79 | 442 | 337 | 36 | 69 | 1.431 | 417 |
Campeonato de Portugal | 12 | 72 | 48 | 8 | 16 | 201 | 100 |
Taça da Liga | 12 | 53 | 39 | 11 | 3 | 110 | 40 |
Supertaça Cândido Oliveira | 19 | 36 | 11 | 9 | 16 | 31 | 42 |
Total (provas nacionais) | 3.000 | 2.074 | 513 | 413 | 7.579 | 2.711 |
O Benfica disputou hoje o jogo n.º 3.000 da sua história a contar para competições de âmbito nacional, com o balanço global acima indicado.
A propósito, clicando na imagem abaixo poderá aceder ao quadro interactivo que preparei, actualizado com todos os resultados do Benfica ao longo do seu historial, nos 3.852 jogos oficiais já disputados pelo clube (incluindo também 436 jogos em provas internacionais e 416 no Campeonato de Lisboa):
- 2.397 – Campeonatos Nacionais – I Liga / I Divisão
- 442 – Taça de Portugal
- 36 – Supertaça Cândido de Oliveira
- 53 – Taça da Liga
- 72 – Campeonato de Portugal (até 1938)
- 416 – Campeonato de Lisboa (épocas de 1906-07 a 1945-46)
- 252 – Liga dos Campeões / Taça dos Campeões Europeus
- 126 – Liga Europa / Taça UEFA
- 42 – Taça dos Vencedores de Taças
- 4 – Taça das Cidades com Feiras
- 7 – Taça Latina; e
- 5 – Taça Intercontinental
Os dados podem ser filtrados com base em múltiplas combinações dos seguintes parâmetros:
- Por “Época”
- Por “Prova”
- Por “Ronda”
- Por jogos em “Casa”, “Fora” ou em campo “Neutro”
- Por Vitórias, Empates ou Derrotas
- Por “Adversário”
- Por “Treinador”
- Por “Árbitro”
- Por “GM” (Golos Marcados) e “GS” (Golos Sofridos).
Na parte inferior do grafismo, são listados todos os jogos que correspondem a cada uma das modalidades de filtros seleccionados (por exemplo: por época, por prova, por adversário, por treinador, ou, até, por resultado), em sequência cronológica, do mais recente para o mais antigo (deslizar o cursor na barra lateral do lado direito para aceder à lista completa).
Passando o cursor sobre cada resultado (GM – GS), no lado direito dessa lista detalhada (da parte inferior do grafismo), surge a indicação, em “janela”, de um conjunto de dados relativos a cada jogo, nomeadamente a época a que respeita, a prova, a ronda, os marcadores de todos os golos do Benfica (com indicação do correspondente n.º de golo de cada jogador), o treinador e o árbitro do desafio.
Adicionalmente, clicando na imagem de Eusébio, José Águas e Nené, poderá visualizar quadro com a lista dos 50 melhores marcadores da história do Benfica – no qual é possível ordenar por coluna (“Total”, ou por cada uma das competições, clicando no símbolo à direita da designação de cada coluna) e, seleccionando no filtro por “Marcador”, podem ainda consultar-se os valores detalhados, época a época, para cada jogador que for seleccionado nesse filtro.
Por fim, clicando na imagem dos logotipos da Liga dos Campeões e da Liga Europa, será reencaminhado para página específica com as fichas detalhadas de todos os jogos do Benfica em competições europeias.
O Pulsar do Campeonato – 26ª Jornada
(“O Templário”, 09.05.2019)
No longo historial do futebol distrital era, até à data, caso único a acumulação, em dois anos sucessivos, dos títulos de Campeão Distrital da II Divisão e da I Divisão: o Clube Desportivo “Os Águias” de Alpiarça fora vencedor de tais competições nas temporadas de 1983-84 (escalão secundário) e de 1984-85 (divisão principal).
No passado fim-de-semana o U. Santarém reeditou tal proeza; após ter conquistado o título da II Divisão na época passada, sagrou-se agora Campeão da I Divisão Distrital, uma estreia na sua cinquentenária história (apenas na sua 9.ª participação neste escalão, e depois de ter suspenso a competição de 2008 a 2013 e de ter militado entretanto quatro anos na divisão secundária).
De facto, a União Desportiva de Santarém, fundada em Agosto de 1969 – decorrendo da junção do Sport Grupo União Operária e do Sport Grupo Scalabitano “Os Leões”, clubes com grandes pergaminhos, ostentando no seu palmarés, respectivamente 8 e 5 títulos de Campeão Distrital, conquistados sobretudo nas décadas de 20 e 30 do século passado –, registara, ao longo de 32 anos (de 1969 a 2001) presença ininterrupta nos Nacionais (13 participações na II Divisão e 19 na III Divisão), a que retornará agora, no actualmente denominado Campeonato de Portugal.
Destaques – A derradeira e decisiva jornada, no que respeita à disputa do título e à luta pela manutenção, acabou por ser bem mais “tranquila” do que se poderia esperar, se atendermos a que praticamente tudo ficou “definido” logo nos minutos iniciais dos desafios.
Em Almeirim, o União local, já sem nada a ganhar ou a perder, dignificando a 3.ª posição obtida, cedo inaugurou o marcador, na recepção ao líder Coruchense, que, com o avançar dos ponteiros do relógio, ia denotando incapacidade de reagir, não tendo o marcador sofrido qualquer outra alteração até final. A tangencial derrota sofrida (0-1) custaria à turma do Sorraia nova ultrapassagem “in extremis”, outra vez suplantada pelo U. Santarém, tal como sucedera no final da primeira volta (igualmente em função de desaire caseiro ante os almeirinenses…), deixando assim escapar o que poderia ter sido o seu terceiro título nas três últimas participações.
Por seu lado, o U. Santarém, recebendo o Torres Novas, asseguraria a sua parte na tarefa (afinal, até o empate lhe teria bastado), tendo-se colocado igualmente em vantagem ainda na fase inicial da partida. O tento da tranquilidade demoraria ainda, mas, no final, o marcador de 3-0 a favor dos escalabitanos espelhava a superioridade que, de forma mais lata, se pode aplicar também à globalidade do campeonato – com os homens da capital do Distrito a registarem o ataque mais concretizador (62 golos) e a defesa menos batida (22 golos), tendo consentido uma única derrota (nas Fazendas de Almeirim, logo à 9.ª ronda), nunca tendo abdicado da perseguição ao grupo que liderou durante praticamente toda a temporada, apresentando em geral exibições mais convincentes que o rival, sendo de justiça reconhecer-lhes o mérito na conquista deste título.
Em Alcanena, o Marinhais entrou “a todo o gás”, alcançando vantagem substancial (de três golos) logo nos minutos iniciais, praticamente selando a sua vitória, que era imprescindível para que pudesse acalentar ainda a esperança na manutenção. O desfecho saldar-se-ia num 5-3 a favor dos visitantes, que, não obstante, acompanharão o Alcanenense na descida à II Divisão.
Isto porque, na Glória do Ribatejo, a turma da casa – com a vantagem de depender apenas de si própria e de lhe bastar o empate –, recebendo o U. Tomar, porfiando de início a fim, lutou, pelo menos, pela preservação do nulo, começando por suster o ímpeto ofensivo inicial dos tomarenses, gradualmente ganhando confiança, perante um adversário também compreensivelmente menos disponível física e animicamente à medida que o tempo ia avançando, tendo o 0-0 final servido na perfeição os objectivos dos donos da casa, ao contrário dos unionistas que, deste modo, ficaram “a um golo” da meta do 6.º lugar, numa época pautada por múltiplas condicionantes, com ponto alto na notável série invicta frente aos cinco primeiros na recta final da prova (depois de outros resultados bastante meritórios na primeira metade da temporada, em especial os empates averbados em Santarém, frente ao Campeão, e no Cartaxo).
Confirmações – Numa jornada sem especiais surpresas a assinalar, o Amiense fechou da melhor forma a muito boa campanha realizada, ganhando ao Fazendense por 3-2, confirmando um assinalável 4.º lugar na tabela final – não obstante em igualdade pontual com o 5.º classificado, Cartaxo (vencedor em Ferreira do Zêzere por 3-1), cujo desempenho geral não deixa de consubstanciar-se na maior decepção da prova, que, perante o significativo investimento realizado, iniciara com assumida ambição de candidatura ao título. A conquista, pelo segundo ano sucessivo, do troféu de melhor marcador do campeonato, por parte de Wemerson Silva (19 golos, depois dos 22 apontados na edição anterior, ao serviço do U. Tomar), será parco lenitivo ante tal desapontamento do conjunto cartaxeiro a nível colectivo.
Em Samora Correia, em encontro realizado no Sábado, a igualdade a um golo averbada pelo visitante At. Ouriense, proporcionou-lhe um porventura inesperado 6.º posto, primeiro de entre os “não candidatos”, pese embora a significativa distância de dez pontos face à 5.ª posição.
II Divisão Distrital – Após a disputa da primeira volta da fase final, o Abrantes e Benfica (tendo goleado por 6-2 na deslocação ao terreno do Forense) prossegue a sua carreira 100% vitoriosa, com a promoção já “segura” por uma vantagem de nove pontos em relação ao 4.º e 5.º classificados, e o título de Campeão igualmente “prometido”, dado o avanço de sete pontos em relação ao mais directo perseguidor, agora o Moçarriense (vencedor na recepção ao Riachense, por 2-1). Talvez algo inesperada (pela expressão do marcador) a goleada (5-1) imposta pelo Rio Maior ao Pego, agora com quatro clubes “embrulhados” num intervalo de apenas dois pontos.
Campeonato de Portugal – O Fátima terá de sofrer até ao fim para poder alcançar o objectivo “mínimo” da manutenção no Nacional: tendo perdido por 1-2 em Oliveira do Hospital, viu o Sertanense ir ganhar a Loures (3-2), pelo que a sua vantagem se reduziu, à entrada para a derradeira ronda, a dois pontos, que, todavia, não lhe permitem qualquer “margem de erro”.
Não obstante dependam de si próprios (bastar-lhes-á vencer na recepção ao já despromovido Alcains), qualquer outro resultado implicará a necessidade de recorrer à “calculadora”, numa situação também deveras ensarilhada, podendo dar-se mesmo o caso de se verificar, no final, uma igualdade entre nada menos de quatro clubes (em caso de empate do Fátima, vitória do Sertanense ante o Peniche e derrota do Loures e Nogueirense) – os fatimenses evitarão a descida em qualquer combinação de empate pontual… excepto num único cenário, a de igualdade exclusivamente com o Sertanense, em que teriam desvantagem na diferença global de golos.
Por seu lado, o Mação – que se despedirá do Nacional em Sintra, com o Sintrense –, sofreu mais um desaire caseiro (0-1), permitindo ao Caldas ficar desde já liberto de qualquer preocupação.
Antevisão – No Domingo os principais protagonistas do Distrital, U. Santarém e Coruchense, respectivamente Campeão e vice-campeão, enfrentam-se no primeiro de dois “rounds”, na disputa directa de outros dois troféus: primeiro, a Taça do Ribatejo; de seguida, a Supertaça. No imediato, os escalabitanos, com o ânimo em alta, aparentam dispor de teórico favoritismo…
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 9 de Maio de 2019)