O Pulsar do Campeonato – Taça do Ribatejo – 3ª Jornada
29 Janeiro, 2017 at 11:00 am Deixe um comentário
(“O Templário”, 26.01.2017)
Em mais uma breve interrupção nos campeonatos distritais, disputou-se no passado fim-de-semana a 3.ª e última jornada da fase de grupos da Taça do Ribatejo, em função do que foram preenchidas as oito vagas que restavam na qualificação para os 1/8 de final da prova. Assim, as equipas do Amiense, Mação, At. Ouriense, Riachense, Torres Novas, Benavente, U. Santarém e Fazendense, juntam-se aos clubes já anteriormente apurados: U. Tomar, Pego, U. Abrantina, U. Almeirim, Glória do Ribatejo, Cartaxo, Moçarriense e Coruchense.
Destaques – O primeiro destaque desta jornada vai para outra estrondosa goleada, desta feita imposta pelo Riachense – replicando a marca com que o At. Ouriense “brindara” anteriormente o Alferrarede –, ganhando, na recepção ao histórico Tramagal, por 10-0!
Nos três confrontos entre equipas da I Divisão, o empate a uma bola entre Mação e At. Ouriense possibilitou aos oureenses acompanhar o seu adversário, avançando ambos na competição; por seu lado, no Cartaxo-Benavente, a equipa “lanterna vermelha” do campeonato, mesmo tendo sido derrotada por 1-0, alcançou também o objectivo da qualificação (beneficiando da igualdade, 1-1, entre os Empregados do Comércio e o Marinhais); por fim, em Fazendas de Almeirim, o Fazendense conseguiu a proeza de derrotar o líder do campeonato, Coruchense (cujo último desaire datava já de 30 de Outubro do ano passado, no desafio em que recebera o U. Tomar), vencendo por 2-0, garantindo assim igualmente o apuramento para a fase a eliminar.
Por seu lado, nos encontros entre conjuntos da II Divisão, realce para o triunfo do U. Santarém sobre o Vale da Pedra (3-1), como que numa espécie de “final” entre ambos, possibilitando aos escalabitanos confirmar o 2.º lugar na sua série e consequente qualificação.
Surpresas – Tendo os favoritos seguido em frente, num lote de 16 apurados, integrando apenas quatro clubes do escalão secundário – qualificados na série 7 (Moçarriense e U. Santarém), em que todos os quatro concorrentes militam na II Divisão; e nas séries 3 (U. Abrantina) e 5 (Glória do Ribatejo), que integravam três equipas desta divisão –, pelo que apenas foram eliminadas duas turmas da I Divisão (Empregados do Comércio, na série 6, e Samora Correia, na série 8, ambas compostas por 3 clubes do principal escalão), há, não obstante, algumas surpresas a assinalar.
Desde logo, precisamente, o empate do Samora Correia frente ao Barrosense, também por 1-1; assim como a já antes referida igualdade entre “Caixeiros” e Marinhais, pela mesma marca; ou, ainda a um golo, outro empate, entre Rio Maior e Pego, resultado que, não obstante, ditou o afastamento dos “donos da casa” (em favor do Amiense); e, por fim, igualmente a uma bola, a igualdade, em Tomar, numa partida entre duas formações já apuradas, com a disputa do 1.º lugar no grupo a ficar definida apenas do desempate por pontapés da marca de grande penalidade (fórmula em que os tomarenses viriam a sair vencedores).
Os nabantinos, com um “onze” bastante remodelado, fazendo “rodar” alguns jogadores habitualmente menos utilizados, entraram com boa atitude, assumindo desde cedo a iniciativa e o controlo do jogo, mas, com o decorrer do tempo, não tendo conseguido inaugurar o marcador, viriam a permitir aos abrantinos começar a libertar-se mais da sua zona defensiva, ensaiando alguns lances de contra-ataque, tendo conseguido mesmo colocar-se em vantagem. No segundo tempo, continuando a porfiar, os visitados acabariam por chegar ao tento da igualdade.
Também inesperada, sobretudo pela expressão do marcador (3-0), seria a vitória do Alferrarede sobre a U. Atalaiense, o que custou aos visitantes a possibilidade de apuramento.
Confirmações – Nos restantes desafios entre equipas de escalão diferente, os conjuntos da I Divisão confirmaram o seu favoritismo, de forma mais vincada no caso do Torres Novas, com uma goleada (6-0, face ao Espinheirense), com o Amiense a ganhar fora de casa, ao Aldeiense (2-0), tendo o U. Almeirim vencido o jogo ante o Glória do Ribatejo por tangencial 1-0.
Por fim, nos jogos entre conjuntos da II Divisão Distrital, o Caxarias bateu o Ferreira do Zêzere por 2-0 (ambas as equipas estavam já afastadas da possibilidade de apuramento), tendo o Moçarriense (já qualificado) ido ganhar por 2-1 ao terreno do Forense, enquanto Porto Alto e Benfica do Ribatejo (ambos também já virtualmente eliminados) empataram a duas bolas.
Campeonato de Portugal – Na penúltima jornada da primeira fase da prova, o Fátima, empatando (também 2-2) em Cernache do Bonjardim, garantiu a conquista do 1.º lugar na sua série; por seu lado, o Alcanenense confirmou o favoritismo, ganhando em Gáfete por 1-0, isolando-se no 4.º posto, agora já com confortável margem de 13 pontos face à “linha de água”.
Antevisão – No próximo fim-de-semana, regressam os campeonatos distritais, com a curiosidade de uma imediata “reedição” do confronto entre Fazendense e Coruchense, certamente com o líder da I Divisão a procurar rectificar a desfeita sofrida na Taça. Mas, se o guia não terá tarefa fácil, menos difícil não deverá ser a deslocação do 2.º classificado, Riachense, a Amiais de Baixo, ao terreno do 3.º classificado, Amiense. Dois jogos de grande aliciante em perspectiva. Quanto ao União de Tomar, recebe o Pego, que vem de três desaires sucessivos para o campeonato, esperando-se que possa confirmar o seu favoritismo.
Na II Divisão, realce para os seguintes encontros: U. Abrantina-Ferreira do Zêzere e Rio Maior-Aldeiense, a Norte; e Forense-U. Santarém e Benfica do Ribatejo-Glória, na série mais a Sul.
O Campeonato de Portugal atinge a sua derradeira ronda desta fase, com o Fátima, já vencedor da série, a receber, em jogo vital para a qualificação para a série de disputa da promoção, o Sertanense, que deverá necessitar imperiosamente de vencer, para evitar ser ultrapassado, sobre a “linha de meta”, pelos seus mais imediatos perseguidores. O Alcanenense recebe o Caldas, estando directamente em jogo a disputa da 4.ª posição final na respectiva série.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 26 de Janeiro de 2017)
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