Archive for Fevereiro, 2017
Óscares – 2017 – Vencedores
E os vencedores dos Óscares foram:
- Melhor filme – “Moonlight”
- Melhor realizador – Damien Chazelle (“La La Land – Melodia de Amor”)
- Melhor actor – Casey Affleck (“Manchester by the Sea”)
- Melhor actriz – Emma Stone (“La La Land – Melodia de Amor”)
- Melhor actor secundário – Mahershala Ali (“Moonlight”)
- Melhor actriz secundária – Viola Davis (“Vedações” – Fences)
Consultar a lista completa aqui.
O Pulsar do Campeonato – 19ª Jornada
Coruche com vista para o título
(“O Templário”, 23.02.2017)
A conjugação de uma excelente série de sete triunfos consecutivos, face a apenas uma vitória do Riachense nos seis jogos disputados na 2.ª volta do campeonato, culminando com o desaire da turma de Riachos em Fazendas de Almeirim, resultou no ampliar do avanço do líder Coruchense para oito pontos, o que, a sete jornadas do final da prova, aparenta ser já uma barreira intransponível, pelo que a turma do Sorraia poderá começar a pensar em encomendar as faixas de Campeão, sendo previsível que venha a repetir o título alcançado há dois anos.
Destaques – O principal destaque desta 19.ª ronda vai precisamente para a derrota imposta pelo Fazendense ao Riachense (2-1, depois de ter chegado ao intervalo já a vencer por duas bolas), afinal a confirmação de que algo não estará bem com o grupo de Riachos, que, em cerca de quinze dias, se vê afastado da Taça, e, agora, do objectivo principal, que seria a conquista do título e consequente promoção. Poderá, aliás, ter de começar a preocupar-se mais com a manutenção da 2.ª posição, dado ter o Amiense agora a quatro pontos.
De facto, a turma de Amiais de Baixo, recebendo o Torres Novas, não vacilou, impondo segundo desaire sucessivo aos torrejanos, ganhando pela margem mínima (1-0), e beneficiando também do facto de o seu mais directo perseguidor, Samora Correia, não ter conseguido vencer.
Surpresa – A surpresa da jornada corresponde à estreia do U. Almeirim a vencer em terreno alheio, não só pelo triunfo em si, mas, sobretudo, pela improvável marca com que foi consumado, com uma goleada de 4-0, em Ourém, face ao At. Ouriense, que, estranhamente, sofre dez golos em apenas dois jogos, assim dando um passo atrás na recuperação que vinha empreendendo, somando terceira derrota nas últimas quatro jornadas.
Confirmações – Os desfechos dos restantes quatro desafios da ronda seriam mais ou menos expectáveis, mas nem todos eles foram “evidentes”.
Desde logo, o provável futuro Campeão não foi além de um tangencial 1-0 na deslocação ao Pego, uma vitória “quanto baste”, mas a atestar algumas dificuldades sentidas.
Situação idêntica se viveu em Tomar, com o espectro do empate a subsistir até ao minuto 93, altura em que, desta vez, com a tal “pontinha de sorte”, o União conseguiria enfim chegar ao tento do triunfo, frente a um adversário que se tem revelado bastante difícil de ultrapassar para os nabantinos, apesar se não conseguir abandonar o penúltimo classificado, Cartaxo.
Como habitualmente, desde cedo assumindo a iniciativa do jogo, em busca do golo, a verdade é que continua a subsistir a pecha da ineficácia na concretização por parte do União de Tomar, e, tal como sucedera, por exemplo, nos encontros com a U. Abrantina (para a Taça) e com o Pego, em que, inclusivamente, foram os adversários a chegar primeiro ao golo, também neste caso, à medida que o cronómetro ia avançando, e o Cartaxo ia ganhando confiança, ia-se tornando mais ameaçador. O risco assumido pelos unionistas na fase final do jogo, em busca da vitória, nunca deixando de acreditar, acabaria por ser recompensado, o que mantém a equipa na disputa dos lugares da frente da tabela, agora a um ponto do Samora Correia, e a quatro pontos do Amiense.
Na Ribeira de Santarém, os “Caixeiros” deixaram escapar a vitória, concedendo o golo do empate do Samora Correia, também já mesmo ao “cair do pano”, fixando-se o resultado em 1-1.
Por fim, o Mação não teve efectivamente dificuldades para bater o “lanterna vermelha”, Benavente, por 3-0, tendo inclusivamente afrouxado o ritmo depois de chegar a tal marcador.
Temos agora um “pelotão” constituído por seis clubes, entre o 3.º e o 8.º lugares, separados por apenas seis pontos, com o Torres Novas em posição intermédia face à zona de perigo, três pontos mais abaixo em relação a tal grupo. Na parte baixa, com o Benavente já “condenado”, quatro pontos separam os Empregados do Comércio do Cartaxo, intervalados pelo At. Ouriense e Pego, sendo que sairá deste quarteto o outro clube a despromover ao escalão secundário.
II Divisão Distrital – Na série A, o principal destaque vai para o empate entre Rio Maior e Caxarias (1-1), um resultado que não foi o ideal para nenhuma das equipas, agora, respectivamente a três e a quatro pontos do 3.º classificado, U.Abrantina (3-0 ao Espinheirense), com o duo Ferreira do Zêzere (que folgou) e U. Atalaiense (2-0 ao Tramagal) a partilhar a liderança, com um ponto a mais que os abrantinos.
Na série B, Moçarriense (ganhando 2-0 na Barrosa) e U. Santarém (1-0 no terreno do Vale da Pedra) confirmaram desde já, ainda com três jornadas por disputar, o apuramento para a fase final, com a terceira vaga a decidir entre Benfica do Ribatejo (3-1 ao Forense) e Marinhais (surpreendido no “derby”, ante o Glória do Ribatejo, perdendo por 0-1), curiosamente dois clubes que disputarão como que uma “final” na derradeira ronda desta primeira fase.
Campeonato de Portugal – Na 2.ª jornada, na série de promoção, o Fátima obteve um resultado positivo, um nulo em Torres Vedras, partilhando a liderança com o Sacavenense e o Farense. Na série de disputa da manutenção, o Alcanenense, derrotado em V. Franca de Xira, mantém, não obstante, os cinco pontos de vantagem em relação à “linha de água”.
Antevisão – Na próxima ronda da I Divisão, destaque para os seguintes confrontos, envolvendo quatro dos seis primeiros da tabela: Riachense-Mação e Samora Correia-Amiense. Realce ainda para o “derby” U. Almeirim-Fazendense. Por seu lado, o guia, Coruchense, recebe o Cartaxo, enquanto o U. Tomar visita a Ribeira de Santarém, onde defrontará os “Caixeiros”.
Na II Divisão, a Norte, um desafio que deverá ser decisivo nas contas finais, com o Caxarias a receber a U. Abrantina, com o Ferreira do Zêzere com difícil saída, para jogar com o Aldeiense. A Sul, o destaque vai para o U. Santarém-Marinhais, com os visitantes a necessitar pontuar.
No Campeonato de Portugal, o Fátima tem nova saída, a Massamá, defrontando o Real; o Alcanenense recebe o Carapinheirense, na expectativa do triunfo que o afaste da zona de risco.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 23 de Fevereiro de 2017)
Liga Europa – Sorteio dos 1/8 de Final
Celta de Vigo – Krasnodar
APOEL – Anderlecht
Schalke 04 – B. Mönchengladbach
Lyon – Roma
Rostov – Manchester United
Olympiakos – Beşiktaş
Gent – Genk
København – Ajax
Os jogos da primeira mão serão disputados a 8 de Março de 2017, estando a segunda mão agendada para 15 de Março.
Destacam-se, em especial, a particularidade dos confrontos entre as duas formações alemãs ainda em prova, assim como de dois dos clubes belgas, para além do Lyon-Roma e do Olympiakos-Beşiktaş (opondo os portugueses Paulo Bento e Ricardo Quaresma).
Liga Europa – 1/16 Final (2ª mão)
2ª mão 1ª mão Total APOEL - Athletic Bilbao 2-0 2-3 4-3 Ajax - Legia Warsaw 1-0 0-0 1-0 Zenit - Anderlecht 3-1 0-2 3-3 Genk - Astra Giurgiu 1-0 2-2 3-2 St.-Étienne - Manchester United 0-1 0-3 0-4 Roma - Villarreal 0-1 4-0 4-1 København - Ludogorets 0-0 2-1 2-1 Shakhtar Donetsk - Celta de Vigo 0-2 (a.p.) 1-0 1-2 Osmanlıspor - Olympiakos 0-3 0-0 0-3 Tottenham - Gent 2-2 0-1 2-3 Sparta Praha - Rostov 1-1 0-4 1-5 Fenerbahçe - Krasnodar 1-1 0-1 1-2 Fiorentina - B. Mönchengladbach 2-4 1-0 3-4 Lyon - AZ Alkmaar 7-1 4-1 11-2 Beşiktaş - Hapoel Beer-Sheva 2-1 3-1 5-2 Schalke 04 - PAOK 1-1 3-0 4-1
As grandes surpresas desta eliminatória foram as eliminações do Athletic Bilbao, Zenit e Tottenham, superados pelo APOEL, Anderlecht e Gent, destacando-se ainda a sensacional reviravolta obtida pelo B. Mönchengladbach em Florença, onde chegou a estar a perder por 2-0 (portanto, nessa altura, com desvantagem global de três golos). Realce igualmente para a(s) goleada(s) aplicada(s) pelo Lyon ao AZ Alkmaar.
Para os 1/8 de final avançam os seguintes contingentes principais: Bélgica (3), Alemanha (2) e Rússia (2), na mais aberta das edições da prova, com 12 países representados, entre os quais não consta Portugal…
Das equipas que transitaram da Liga dos Campeões subsistem em prova o Beşiktaş, B. Mönchengladbach, København, Lyon e Rostov. Por seu lado, de entre os 12 vencedores de grupo na fase anterior, avançam na competição apenas o Ajax, APOEL, Genk e Schalke 04.
De entre os treinadores portugueses que disputaram a eliminatória, somente José Mourinho (Manchester United) e Paulo Bento (Olympiakos) garantiram a continuidade na prova. Paulo Sousa (Fiorentina) e Paulo Fonseca (Shathar Donetsk) ficaram pelo caminho, este eliminado no prolongamento pelo agora único representante espanhol, Celta de Vigo (depois das eliminações de Athletic Bilbao e Villarreal).
Liga dos Campeões – 1/8 de Final (1.ª mão)
21.02.2017 – Manchester City – Monaco – 5-3
15.02.2017 – Real Madrid – Napoli – 3-1
14.02.2017 – Benfica – B. Dortmund – 1-0
15.02.2017 – Bayern – Arsenal – 5-1
22.02.2017 – FC Porto – Juventus – 0-2
21.02.2017 – B. Leverkusen – At. Madrid – 2-4
14.02.2017 – Paris St.-Germain – Barcelona – 4-0
22.02.2017 – Sevilla – Leicester – 2-1
O Pulsar do Campeonato – 18ª Jornada
(“O Templário”, 16.02.2017)
Como que a confirmar que a lógica do futebol é, muitas vezes, ilógica, o Riachense, que acabara de ser eliminado da Taça do Ribatejo, no seu próprio reduto, pelo Torres Novas, desforrou-se no At. Ouriense, com uma soberba (e inesperada) goleada; enquanto, ao invés, os torrejanos viam quebrar-se o magnífico ciclo de invencibilidade que mantinham há já 14 jogos (incluindo três na Taça), surpreendentemente batidos, no seu terreno, pelos “Caixeiros”.
Destaques – A nível das equipas do topo da tabela, o principal destaque desta 18.ª ronda vai para a goleada imposta pelo Riachense na recepção ao At. Ouriense, ganhando por 6-1, assim colocando termo a uma série de quatro jogos sem vencer no campeonato, mantendo portanto a distância face ao líder, em cinco pontos.
E isto porque o Coruchense, recebendo um difícil adversário, Mação, se impôs por tangencial 2-1, somando assim o sexto triunfo consecutivo no campeonato. Aliás, tem sido o seu desempenho na 2.ª volta da prova que lhe permitiu distanciar-se na liderança, dado que, face aos 15 pontos obtidos em cinco jornadas, se regista a particularidade de nada menos de dez clubes concorrentes (todos os classificados entre o 2.º e o 11.º lugares!) terem somado apenas sete ou oito pontos no mesmo período, num curiosíssimo equilíbrio.
Por fim, é de realçar o retorno do Samora Correia às vitórias, a expensas do União de Tomar, vencendo por 3-1, uma marca excessivamente pesada face à exibição de ambas as equipas, mas em que se sobrepôs a grande eficácia dos samorenses, em contraponto a um União perdulário, que, não tendo entrado bem no jogo, reagiu de forma muito assertiva ao tento sofrido ainda antes da passagem do quarto de hora, podendo também ter marcado igual número de golos, assim tivesse tido mais concentração, eficácia e uma pontinha de sorte. Um desfecho que deixa os unionistas ligeiramente mais longe do pódio (agora a quatro pontos do 3.º classificado), integrando um compacto lote de cinco perseguidores, entre a 5.ª e a 9.ª posições, separados por apenas dois pontos.
Surpresa – A grande surpresa da jornada foi o desaire caseiro do Torres Novas, desta vez falho de argumentos para superar a barreira defensiva dos Empregados do Comércio, acabando mesmo por ser surpreendido por um golo dos “Caixeiros”, que lhes proporcionou um tão inesperado quão saboroso triunfo, que, não obstante, ainda não lhes permite respirar com grande tranquilidade, dado disporem apenas de três pontos de vantagem sobre a “linha de água”.
Por outro lado, também de alguma forma surpreendente terá sido o desfecho do Cartaxo-Pego, com os cartaxeiros a não conseguirem suplantar um opositor directo, que parecia vir em progressiva queda de rendimento, com quatro derrotas sucessivas e sem conseguir ganhar há oito jogos. O empate registado (1-1) mantém ambos os grupos em posição bastante comprometedora, subsistindo o Cartaxo abaixo da “linha de água”, a um ponto do seu opositor do passado fim-de-semana, face ao qual, em caso de igualdade pontual, ficará em desvantagem.
Confirmações – Nas restantes duas partidas, confirmou-se a inexorável tendência de queda no “abismo” do Benavente, agora com um terrível ciclo de oito desaires consecutivos, já a praticamente insuperáveis 12 pontos de atraso da “linha de água”, a oito jornadas do final, isto depois de ter sido derrotado em casa pelo Fazendense, por tangencial 0-1.
Em Almeirim, num desafio de grande interesse, o União local viu também interrompida a sua excelente série de vitórias caseiras, tendo acabado por ceder uma igualdade (também a um golo) na recepção ao Amiense, que mantém o 3.º posto da pauta classificativa, pese embora agora já a sete pontos do Riachense… e a 12 do Coruchense.
II Divisão Distrital – Na série A, o principal destaque vai para o inesperado desaire caseiro do Caxarias, batido por 0-3 por um rival directo na disputa do acesso à fase de apuramento do Campeão, U. Atalaiense. Um passo atrás, numa caminhada que, não obstante faltarem somente quatro jornadas, tem ainda praticamente tudo por decidir, dado o equilíbrio pontual entre 2.º e 5.º classificado (agora, precisamente, a turma da Atalaia e o Caxarias, respectivamente), separados por três pontos, intercalados por U. Abrantina e Rio Maior, ainda com vários desafios envolvendo estes competidores, e com U. Abrantina e Caxarias a beneficiarem de terem um jogo a menos que os restantes. Mais tranquilo está o líder Ferreira do Zêzere, vencedor frente ao Alferrarede (3-1), agora já com uma margem de segurança de cinco pontos face ao 4.º lugar.
Na série B, Moçarriense (ganhando 1-0 ao Marinhais) e U. Santarém (2-0 na recepção ao Benfica do Ribatejo) ficaram muito bem encaminhados para o apuramento para a fase final (respectivamente com sete e seis pontos de vantagem sobre os “benfiquistas”), com a terceira vaga a decidir entre Marinhais e Benfica do Ribatejo, actualmente separados por dois pontos.
Campeonato de Portugal – As duas equipas representativas do Distrito entraram com o “pé direito” na segunda fase da competição. Na série de promoção, o Fátima ganhou ao Operário de Lagoa por 2-0, partilhando desde já a liderança com Sacavenense e Farense, todos com 3 pontos. Na série de disputa da manutenção, o Alcanenense, ganhando ao Mafra por 2-1, reparte também o comando com o Caldas e os mafrenses, todos com 10 pontos, agora com cinco pontos de vantagem em relação à “linha de água”, traçada entre V. Sernache e Carapinheirense.
Antevisão – Na próxima jornada da I Divisão, destaque para o “jogo grande” entre Fazendense e Riachense, com a turma de Riachos, na perseguição ao líder, com mais uma missão de grande dificuldade. Por seu lado, o Coruchense desloca-se ao Pego, onde não deverá também esperar facilidades, mas em que se apresenta como favorito. De interesse será também o Amiense-Torres Novas, enquanto o U. Tomar visa regressar rapidamente aos triunfos, ante o Cartaxo.
Na II Divisão, a Norte, realce para o Rio Maior-Caxarias, partida pela qual poderá passar alguma da definição do futuro desta série; a Sul, nota especial para o “derby” Marinhais-Glória.
No Campeonato de Portugal, o Fátima desloca-se a Torres Vedras, enquanto o Alcanenense visita Vila Franca de Xira, actual 5.º classificado, apenas um ponto acima da “linha de água”..
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 16 de Fevereiro de 2017)
Liga Europa – 1/16 de Final (1.ª mão)
Athletic Bilbao – APOEL – 3-2
Legia Warsaw – Ajax – 0-0
Anderlecht – Zenit – 2-0
Astra Giurgiu – Genk – 2-2
Manchester United – St.-Étienne – 3-0
Villarreal – Roma – 0-4
Ludogorets – København – 1-2
Celta de Vigo – Shakhtar Donetsk – 0-1
Olympiakos – Osmanlıspor – 0-0
Gent – Tottenham – 1-0
Rostov – Sparta Praha – 4-0
Krasnodar – Fenerbahçe – 1-0
B. Mönchengladbach – Fiorentina – 0-1
AZ Alkmaar – Lyon – 1-4
Hapoel Beer-Sheva – Beşiktaş – 1-3
PAOK – Schalke 04 – 0-3
Liga dos Campeões – 1/8 final (1.ª mão) – Benfica – B. Dortmund
Benfica – Ederson Moraes, Nélson Semedo, Luisão, Victor Lindelöf, Eliseu, Eduardo Salvio, Pizzi, Ljubomir Fejsa, André Carrillo (45m – Filipe Augusto), Rafa Silva (67m – Franco Cervi) e Kostas Mitroglou (75m – Raúl Jiménez)
B. Dortmund – Roman Bürki, Łukasz Piszczek, Sokratis Papastathopoulos, Marc Bartra, Marcel Schmelzer, Erik Durm, Ousmane Dembélé, Julian Weigl, Raphaël Guerreiro (82m – Gonzalo Castro), Marco Reus (82m – Christian Pulišić) e Pierre-Emerick Aubameyang (62m – André Schürrle)
1-0 – Kostas Mitroglou – 48m
Cartões amarelos – Ljubomir Fejsa (63m); Marcel Schmelzer (74m), Christian Pulišić (85m) e Marc Bartra (90m)
Árbitro – Nicola Rizzoli (Itália)
Foi uma vitória (muito) feliz a do Benfica…
Assim o dizem, friamente, os números: 35%/65% em termos de posse de bola, 4-14 em remates, 1(!)-4 em remates à baliza, 3-10 em cantos; todos os dados em favor da formação germânica.
Mas, para além da absoluta eficácia concretizadora do Benfica, marcando o golo no seu único remate enquadrado com a baliza, fica também o registo do extraordinário desperdício do Borussia, que dispôs de diversas oportunidades de perigo / ocasiões de golo, de que se destacam:
- aos 11 minutos (na primeira de quatro perdidas de Aubameyang, isolado frente a Ederson, a rematar por cima);
- aos 24 minutos, com Lindelöf, “in-extremis”, a bloquear um remate de Dembélé;
- aos 39 minutos, novamente Aubameyang, a chegar atrasado a um passe de Raphaël Guerreiro, já com Ederson fora da baliza;
- já no segundo tempo, e depois do golo benfiquista, num período de extrema pressão alemã, aos 52, 54 (outra vez Aubameyang, na cara de Ederson, de novo por cima), 56 e 58 minutos (com Aubameyang a permitir a Ederson a defesa de uma grande penalidade, na sequência de um remate para o centro da baliza);
- aos 84 minutos, mais uma fantástica intervenção do guardião benfiquista, com magníficos reflexos, a negar o golo a Pulišić, após traiçoeiro desvio da bola em Raúl Jiménez.
No jogo n.º 500 de Luisão, a defesa do Benfica teve de evidenciar grande solidariedade, mas, acima, de tudo, contar com uma inspiradíssima exibição do guarda-redes brasileiro, para manter a sua baliza inviolada.
Com um Benfica excessivamente cauteloso e a denotar bastante passividade, acantonado no seu meio-campo, concedendo a iniciativa ao adversário, a primeira parte fora já de intenso sufoco, dada a dinâmica e intensidade de jogo do Borussia Dortmund, com Rui Vitória a ansiar pelo intervalo, como que um “time-out”, para rever posicionamentos e a organização táctica, dada a incapacidade revelada pela sua equipa em, sequer, sair para o contra-ataque.
Para a segunda metade, a troca de André Carrillo por Filipe Augusto, permitiria reforçar o segmento defensivo da equipa, com o brasileiro a apoiar Fejsa, possibilitando paralelamente alguma libertação a Pizzi, do que resultariam, ainda nessa fase inicial, dois cantos, após combinação com Salvio. No segundo deles, logo ao terceiro minuto, ao cruzamento de Pizzi, surgiria Luisão a desviar a bola de cabeça, com Mitroglou, em esforço, a conseguir fazer anichar o esférico nas malhas da baliza alemã.
Vendo-se em desvantagem, o Borussia intensificaria então ainda mais o seu “pressing”, encostando, nos dez minutos seguintes, o Benfica “às cordas”. Não obstante, após a sucessão de oportunidades desperdiçadas, culminando com a falha da grande penalidade, a moral benfiquista cresceu, enquanto, em paralelo, e à medida que o tempo ia correndo, os alemães começariam a descrer e, inevitavelmente, a baixar o ritmo.
A saída de Aubameyang era o reconhecimento de uma noite de incapacidade total, mas as substituições operadas pelo técnico alemão, Thomas Tuchel, acabariam mesmo por não resultar.
É bem evidente que o resultado não traduz, “com justiça”, o que se passou em campo durante os 90 minutos, nesta que foi a 400.ª partida disputada pelo Benfica em competições europeias (tendo em conta que, na época de 1987-88, foi suspenso o jogo da 2.ª mão ante o Partizan de Tirana) – e que a vitória resulta da conjugação de uma grande felicidade, com uma soberba actuação de Ederson, e, sobretudo, com a extrema ineficácia alemã -, mas, perante o notório desnível de argumentos entre ambas as equipas, poderia o Benfica ter tido sucesso com outro tipo de abordagem ao jogo?
O jogo da 2.ª mão terá decerto outra história, mas, entrando no Westfalenstadion em vantagem, sem ter sofrido golos no seu reduto, o Benfica poderá, com uma exibição muito concentrada e com o reforço dos níveis de confiança, e algum necessário atrevimento, que lhe possa proporcionar marcar em terreno alheio, sonhar com o “milagre”…
O Pulsar do Campeonato – Taça do Ribatejo – 1/8 de final
(“O Templário”, 09.02.2017)
Logo na primeira ronda a eliminar da Taça do Ribatejo (1/8 de final), ficaram pelo caminho os dois finalistas da temporada anterior (incluindo portanto o actual detentor do troféu, Fazendense), assim como – uma vez mais infeliz nesta competição, que nunca conseguiu conquistar –, o União de Tomar, caídos, respectivamente, às mãos de Amiense, Torres Novas e Cartaxo.
Destaques – Efectivamente, o grande destaque desta eliminatória vai para o triunfo do Torres Novas no “derby”, nos Riachos, batendo o Riachense, finalista da época passada, mercê de um solitário tento, devolvendo assim (precisamente por igual marca) a derrota que sofrera na fase de grupos desta mesma competição, em mais uma cabal demonstração de que não há dois jogos iguais. Os torrejanos, com uma campanha sensacional, depois de um arranque de pesadelo, ampliaram agora já para 14 o número de jogos sem derrota, mantendo a invencibilidade desde o passado dia 16 de Outubro, perfilando-se como um dos favoritos à conquista da taça.
Outra nota de realce vai para a categórica marca com que o Amiense, recebeu e bateu o detentor do troféu, Fazendense, ganhando por 3-0, apresentando-se portanto também como sério candidato à vitória final na prova, ainda a par do Coruchense,
Surpresas – A principal surpresa veio de Benavente, onde o “lanterna vermelha” da I Divisão, a confirmar a sua péssima temporada, agora já completamente desmobilizado de qualquer objectivo, que não o da salvaguarda da dignidade, foi goleado (0-3) pelo U. Santarém, único clube do escalão secundário a seguir em frente na prova, avançando já para os 1/4 de final. Um caso em que será maior a surpresa pelos números alcançados pelos escalabitanos que, propriamente, pela turma vitoriosa, dado estarmos perante duas formações com trajectórias de sentido inverso, que, possivelmente, trocarão de divisão na próxima época.
A outra surpresa foi a eliminação do União de Tomar, uma vez mais a experimentar grandes dificuldades na deslocação ao Cartaxo, onde raramente foi feliz – a última vitória aí alcançada pelos unionistas data já de Março de 2010 –, permitindo aos cartaxeiros adiantarem-se, por duas vezes, com os tomarenses sempre a correr “atrás do prejuízo”, acabando por conseguir ainda fixar o empate a duas bolas, já próximo do final do tempo regulamentar, numa partida em que, contudo, ficaram a dever a si próprios um resultado mais positivo.
Depois, no ingrato e inglório desempate da marca de grande penalidade, as coisas até começaram bem, com o guardião unionista (João Pedro Lopes) a defender o primeiro remate, mas os unionistas acabariam por desperdiçar os dois últimos pontapés (perdendo por 3-4), assim se vendo prematuramente afastados de uma prova na qual tinham legítimas aspirações. Afinal, o reverso do que sucedera na época passada, em que, defrontando este mesmo oponente, mas, nessa ocasião, com um plantel bastante mais forte do que o deste ano, fora então o União de Tomar a ser mais feliz na marca de grande penalidade.
Confirmações – Nos restantes desafios, o líder da I Divisão Distrital goleou o Pego por inequívoca marca de 6-2, depois de ter passado por uma fase de algum “adormecimento”, em que chegou a permitir ao adversário chegar à desvantagem mínima de 3-2; por seu lado, nos três outros encontros entre equipas de escalão diferente, os conjuntos da I Divisão confirmaram o seu natural favoritismo, também com o At. Ouriense a golear o Glória do Ribatejo (6-1) – com os oureenses, com um impressionante “score” de 18 golos marcados em quatro jogos na prova –, enquanto o U. Almeirim voltou a vencer fora do seu reduto, impondo-se por 2-0 na deslocação a Abrantes, frente à U. Abrantina; por fim, o Mação recebendo o líder da II Divisão, Moçarriense, terá passado por mais dificuldades que o expectável, ganhando por tangencial 1-0.
Antevisão – No próximo fim-de-semana, regressam os campeonatos distritais, com a 18.ª ronda na I Divisão, entrando-se portanto no último terço da prova, na qual sobressai, em especial, o confronto entre Samora Correia e União de Tomar, dois clubes que repartem actualmente o 4.º posto, e com a mira ainda apontada a um lugar no pódio. Isto, porque, por outro lado, o 3.º classificado, Amiense, terá uma difícil deslocação a Almeirim, para defrontar o União local.
Quanto aos dois primeiros classificados, actuam nos respectivos terrenos, sendo favoritos, mas devendo estar de pré-aviso, perante adversários que não lhes facilitarão a tarefa: o comandante, Coruchense, recebe o Mação (6.º classificado, mas apenas um ponto abaixo de samorenses e unionistas); enquanto o Riachense terá a visita de um motivado At. Ouriense. A surpresa poderá estar à espreita, numa ronda em que a turma de Riachos procura pôr cobro a uma série de quatro jogos sem ganhar para o campeonato, e superar o trauma da eliminação caseira na Taça. Caso contrário, a formação do Sorraia, ganhando, poderia começar a encomendar as faixas…
Determinante para outras contas poderá ser o Cartaxo-Pego, em que, a haver uma equipa derrotada, ficará certamente em má condição, não apenas pontual, mas, sobretudo, anímica.
Na II Divisão, a Norte, o destaque vai, por inteiro, para o Caxarias-U. Atalaiense, dois clubes que repartem o 2.º lugar, e em que, na eventualidade de novo triunfo do Caxarias, tal poderá traduzir um decisivo passo em frente para o apuramento para a segunda fase; a Sul, realce para os embates Moçarriense-Marinhais e U. Santarém-Benfica do Ribatejo, de maior responsabilidade para este último que, em caso de derrota, pode ver escapar as suas aspirações.
O Campeonato de Portugal dá início à sua segunda fase, com os dois clubes representantes do Distrito em patamares distintos: o Fátima, a disputar a série de apuramento de promoção (e de acesso à Final, para definição do Campeão), recebe precisamente o Operário de Lagoa (2.º classificado da sua série, na fase inicial); por seu lado, o Alcanenense, integrado na série de disputa da manutenção, jogando também no seu terreno, terá uma difícil visita, do Mafra.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 9 de Fevereiro de 2017)
O Pulsar do Campeonato – 17ª Jornada
(“O Templário”, 02.02.2017)
Prosseguindo a sua curiosa série de empates – quarto em quatro jogos da segunda volta do campeonato –, o Riachense vai deixando escapar o líder Coruchense, que, em perfeito contraste, repetiu o ciclo de quatro vitórias que obtivera já, igualmente, no arranque da prova, em função do que ampliou para cinco pontos a distância entre os dois primeiros.
Destaques – O principal destaque da 17.ª jornada vai, necessariamente, para o categórico triunfo averbado pela formação do Sorraia na repetição da visita a Fazendas de Almeirim (onde fora derrotada na semana passada por 0-2, então em partida da Taça do Ribatejo), impondo-se, desta feita, por 3-1, numa clara demonstração de que não há dois jogos iguais, ainda para mais quando as competições e as circunstâncias são distintas.
O outro realce da ronda vai para a vitória do Torres Novas em Samora Correia, por 1-0, somando o sétimo resultado favorável nos últimos 11 jogos (tendo empatado os outros quatro), numa excelente fase, apenas tangencialmente superada pelo líder (com o Coruchense a somar um ponto mais que os torrejanos em igual período); apenas o Riachense mantém série invicta de maior extensão (desde a 2.ª jornada). Ao invés, os samorenses parecem, gradualmente, ir “perdendo gás” (três derrotas nas últimas cinco jornadas, em que apenas venceram por uma única vez), começando a baixar paulatinamente na pauta classificativa, repartindo agora o 4.º posto com o União de Tomar.
Por fim, noutro jogo grande do passado fim-de-semana, referência ao tal empate (1-1) entre 3.º e 2.º classificados, em Amiais de Baixo, que, para além de ter afastado ainda mais o Riachense do comando, distanciou também o Amiense, agora já com um irremediável atraso de dez pontos face ao Coruchense, mantendo-se cinco pontos abaixo do seu oponente.
Confirmações – Numa jornada em que acabou por não haver surpresas a assinalar, confirmaram-se as expectativas nos restantes desafios, desde logo com a goleada do U. Tomar sobre o Pego (4-1), grupo que somou a quarta derrota em outros tantos jogos nesta segunda volta, pese embora, uma vez mais – tal como sucedera ante a U. Abrantina – os unionistas até tenham começado por se ver em desvantagem, consentindo o tento inaugural ao adversário, mas reagindo bem, com dois golos a findar a primeira metade, para sentenciar o desfecho da partida com outros dois tentos no culminar do jogo.
Também o Mação venceu, na recepção ao Cartaxo, apesar do tangencial desfecho (2-1), agravando ainda mais os sintomas de crise nos cartaxeiros (que sofreram o sétimo desaire nos últimos nove jogos na prova), tendo a equipa vice-campeã da época anterior voltado a cair numa tão inesperada quão delicada posição, novamente abaixo da “linha de água”, carecendo urgentemente de pontos para a acesa disputa que se antecipa, entre quatro clubes (com o At. Ouriense, Empregados do Comércio e Pego), para procurar evitar um lugar de despromoção (a outra “vaga” parece, cada vez mais em definitivo, estar já reservada para o Benavente).
Precisamente, nessa luta, o At. Ouriense, ganhando por igual marca (2-1) ao Benavente, parece pretender começar a afastar-se da zona perigosa, dispondo agora de uma vantagem já de quatro pontos em relação ao Cartaxo.
Por seu lado, os “Caixeiros”, também a jogar em casa, não foram além do nulo frente ao U. Almeirim, o que, de qualquer forma, lhes proporcionou descolar ligeiramente do Cartaxo, ao mesmo tempo que igualavam o Pego na pontuação, com a aparente vantagem de virem em trajectórias de sentido inverso: os escalabitanos com um único desaire nas seis rondas mais recentes, contrariamente aos pegachos, que não conseguem ganhar desde a 9.ª jornada.
II Divisão Distrital – Na série A, a grande sensação foi a goleada imposta pela U. Abrantina (que, não obstante, se mantém no 4.º lugar), batendo o líder Ferreira do Zêzere por categórico 4-0. O mesmo marcador se registou no Rio Maior-Aldeiense, o que deve ter afastado os visitantes de eventuais aspirações que pudessem acalentar no apuramento para a fase de disputa do título e da promoção à I Divisão Distrital, agora com cinco candidatos para três vagas: Ferreira do Zêzere, ainda com três pontos de vantagem sobre Caxarias e U. Atalaiense, com a U. Abrantina um ponto atrás, e o Rio Maior, ainda outro ponto mais abaixo.
Na série B, para além dos triunfos do Moçarriense no terreno do Vale da Pedra (3-1) e do U. Santarém no campo do Forense (2-0), que lhes permitem manter os dois lugares da frente, o destaque vai para o empate (1-1) consentido por outro candidato, Benfica do Ribatejo, na recepção ao Glória do Ribatejo, a atrasar-se, agora a dois pontos do Marinhais (isto, contando que será atribuída a vitória ao clube do município de Salvaterra de Magos, numa partida que foi interrompida a escassos minutos do final, quando ganhava por 1-0 ao Porto Alto).
Campeonato de Portugal – Terminou a 1.ª fase da prova, com o Fátima, que confirmara já o 1.º lugar da sua série na ronda anterior, a ganhar, na derradeira jornada, ao Sertanense (2-1), assim afastando os sertaginenses da disputa da promoção, em prol do Operário de Lagoa (Açores). Por seu lado, o Alcanenense, empatando a zero na recepção ao Caldas, garantiu o 4.º lugar da sua série (na qual se apuraram para a fase de disputa da promoção, o Praiense e o Torreense); contudo, em função da nova regulamentação da prova, partirá para a 2.ª fase com uma margem de apenas quatro pontos em relação à “linha de água” (dado serem agora retidos somente 25% dos pontos que somara no decurso da 1.ª fase).
Antevisão – Os campeonatos distritais voltam a sofrer nova interrupção, para disputa dos 1/8 de final da Taça do Ribatejo, em que se destacam os seguintes desafios: como “cabeça de cartaz”, o “derby” Riachense-Torres Novas (um reencontro, depois de se terem defrontado já na ronda inaugural da fase de grupos, então com triunfo da turma de Riachos por 1-0); de imediato, o Amiense-Fazendense, entre dois tradicionais candidatos à presença na final; e, ainda, o Cartaxo-U. Tomar (que se defrontaram na mesma fase da competição, na época passada, em Tomar).
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 2 de Fevereiro de 2017)