Archive for Junho, 2016
EURO 2016 – Grupo D – 3ª jornada – Croácia – Espanha

2-1
Danijel Subašić, Darijo Srna, Vedran Ćorluka, Tin Jedvaj, Šime Vrsaljko, Ivan Perišić (90m – Andrej Kramarić)), Marko Rog (82m – Mateo Kovačić), Milan Badelj, Marko Pjaca (90m – Duje Čop), Ivan Rakitić e Nikola Kalinić
David de Gea, Juanfran, Gerard Piqué, Sergio Ramos, Jordi Alba, Cesc Fàbregas (84m – Thiago Alcántara), Sergio Busquets, Andrés Iniesta, David Silva, Nolito (60m – Bruno Soriano) e Álvaro Morata (67m – Aritz Aduriz)
0-1 – Álvaro Morata – 7m
1-1 – Nikola Kalinić – 45m
2-1 – Ivan Perišić – 87m
“Melhor em campo” – Ivan Perišić
Amarelos – Marko Rog (29m), Šime Vrsaljko (70m), Darijo Srna (70m) e Ivan Perišić (88m)
Árbitro – Björn Kuipers (Holanda)
Stade de Bordeaux – Bordeaux (20h00)
Tendo os dois contendores garantido já antecipadamente a qualificação (no caso da Croácia, em virtude da derrota da I. Norte ante a Alemanha, esta tarde) – mas ainda com muito em jogo, nomeadamente o vencedor do Grupo e inerentes reflexos em termos de emparelhamentos nos 1/8 de final -, esta seria uma partida repleta de cambiantes, na qual a Espanha entraria praticamente a ganhar, mercê do golo obtido logo aos 7 minutos (o terceiro de Morata, a igualar Bale na lista dos melhores marcadores).
Já em vantagem na classificação, a Espanha ficou então com “a faca e o queijo na mão” (bastava-lhe o empate para confirmar o 1.º lugar); tal não significa que a Croácia tenha “desistido”, continuando a disputar o jogo pelo jogo – beneficiando também, paralelamente, de alguma quebra de ritmo dos espanhóis -, tendo chegado, com justiça, ao tento da igualdade, mesmo a findar o primeiro tempo.
Na segunda parte, perante uma Espanha algo apática, falha de intensidade e concentração, a iniciativa continuou a ser assumida pelos croatas, em crescendo, reclamando uma grande penalidade, não assinalada pelo árbitro, antes de, aos 72 minutos, virem a ser sancionados com um “mais que duvidoso” penalty, que Sergio Ramos desperdiçaria, permitindo a defesa ao guardião contrário, Subašić.
Este lance terá resultado ainda num maior incentivo para a Croácia, que, sem nada a perder, porfiou em busca do golo que lhe proporcionasse a vitória. E, num “golpe de teatro”, o golo acabaria mesmo por chegar, a três minutos do final, provocando como que uma “revolução” neste Europeu.
Efectivamente – derrotada nesta competição ao fim de 12 anos (após o desaire com Portugal no “EURO 2004”, a 20 de Junho de 2004) -, relegada para o 2.º lugar do Grupo, a bi-campeã Espanha é também “empurrada” para a parte baixa do quadro da fase a eliminar (de que faziam já parte, também, a Alemanha, a Itália, a França e a Inglaterra); mais, o desafio dos 1/8 de final, que colocará frente a frente a Espanha e a Itália será como que a “reedição” da Final da precedente edição da prova, em 2012.
Uma (teoricamente) muito má operação da Espanha, que, na sequência – ao invés de ter o “caminho livre” (caso tivesse vencido o Grupo e ficasse integrada na parte superior do quadro) -, poderá vir a ter de defrontar, nos 1/4 de final, possivelmente a Alemanha, e, nas 1/2 finais, eventualmente a França ou Inglaterra.
Quanto a Portugal, começa a ver mais definido o seu futuro na prova – caso se venha a qualificar -, defrontando a Bélgica, Suécia ou Irlanda se vencer o Grupo; a Inglaterra, se terminar no 2.º lugar; ou a Croácia, se se quedar no 3.º posto.
EURO 2016 – Grupo C – 3ª jornada – Ucrânia – Polónia

0-1
Andriy Pyatov, Artem Fedetskiy, Yevhen Khacheridi, Olexandr Kucher, Bohdan Butko, Andriy Yarmolenko, Ruslan Rotan, Taras Stepanenko, Yevhen Konoplyanka, Olexandr Zinchenko (73m – Viktor Kovalenko) e Roman Zozulya (90m – Anatoliy Tymoshchuk)
Łukasz Fabiański, Thiago Cionek, Kamil Glik, Michał Pazdan, Artur Jędrzejczyk, Piotr Zieliński (45m – Jakub Błaszczykowski), Tomasz Jodłowiec, Grzegorz Krychowiak, Bartosz Kapustka (71m – Kamil Grosicki), Arkadiusz Milik (90m – Filip Starzyński) e Robert Lewandowski
0-1 – Jakub Błaszczykowsk – 54m
“Melhor em campo” – Ruslan Rotan
Amarelos – Ruslan Rotan (25m) e Olexandr Kucher (38m); Bartosz Kapustka (60m)
Árbitro – Svein Oddvar Moen (Noruega)
Stade Vélodrome – Marseille (17h00)
Em função dos resultados desta tarde, mantendo-se as posições, portanto com a Polónia a finalizar esta fase de grupos no 2.º lugar, é já conhecido o primeiro confronto dos 1/8 de final: Suíça-Polónia.
Quanto à Ucrânia, é, por agora, a selecção com o pior desempenho neste Europeu, a par da Turquia as únicas que não conseguiram pontuar (sendo que os turcos têm ainda um jogo por disputar).
EURO 2016 – Grupo C – 3ª jornada – I. Norte – Alemanha

0-1
Michael McGovern, Aaron Hughes, Gareth McAuley, Craig Cathcart, Jonny Evans, Jamie Ward (70m – Josh Magennis), Corry Evans (84m – Niall McGinn), Steven Davis, Oliver Norwood, Stuart Dallas e Conor Washington (59m – Kyle Lafferty)
Manuel Neuer, Joshua Kimmich, Jérôme Boateng (76m – Benedikt Höwedes), Mats Hummels, Jonas Hector, Mesut Özil, Sami Kedhira (69m – Bastian Schweinsteiger), Toni Kroos, Mario Götze (55m – André Schürrle), Thomas Müller e Mario Gomez
0-1 – Mario Gomez – 30m
“Melhor em campo” – Mesut Özil
Amarelos – Não houve
Árbitro – Clément Turpin (França)
Parc des Princes – Paris (17h00)
A tangencial vitória de uma também muito perdulária Alemanha foi suficiente, não só para os alemães garantirem o 1.º lugar no grupo – o que, paralelamente, os remete para a parte baixa do quadro dos 1/8 de final, juntamente com Itália, França e Inglaterra… -, como também para que a Eslováquia, Croácia e Hungria tenham também já a certeza do apuramento para os 1/8 de final.
Não bastou contudo para que Portugal possa enfrentar o seu derradeiro encontro desta fase a necessitar apenas do empate, independentemente do número de golos: em função da diferença geral de golos da I. Norte (2-2, ou seja um saldo nulo), por agora Portugal só poderia qualificar-se como um dos melhores 3.º classificados com um empate com pelo menos um golo (em caso de empate 1-1, o desempate entre Portugal e I. Norte far-se-ia em função do número de cartões amarelos, que, para já, favorece Portugal, que apenas foi sancionado com dois, enquanto a I. Norte teve quatro nos três jogos que realizou).
EURO 2016 – Grupo B – 3ª jornada – Eslováquia – Inglaterra

0-0
Matúš Kozáčik, Peter Pekarík, Martin Škrtel, Ján Ďurica, Tomáš Hubočan, Róbert Mak, Juraj Kucka, Viktor Pečovský (67m – Norbert Gyömber), Marek Hamšík, Vladimír Weiss (78m – Milan Škriniar) e Ondrej Duda (57m – Dušan Švento)
Joe Hart, Nathaniel Clyne, Gary Cahill, Chris Smalling, Ryan Bertrand, Jordan Henderson, Eric Dier, Jack Wilshere (56m – Wayne Rooney), Adam Lallana (61m – Dele Alli), Daniel Sturridge (76m – Harry Kane) e Jamie Vardy
“Melhor em campo” – Matúš Kozáčik
Amarelos – Viktor Pečovský (24m); Ryan Bertrand (52m)
Árbitro – Carlos Velasco Carballo (Espanha)
Stade Geoffroy Guichard – Saint-Étienne (20h00)
Esta era a primeira hipótese de Portugal poder “dispensar” a necessidade de vitória frente à Hungria, e, ainda assim (empatando), garantir o apuramento para os 1/8 de final. Assim teria sucedido se a Inglaterra tivesse ganho… (Há ainda várias possibilidades nesse sentido, nomeadamente: derrota da I. Norte com a Alemanha, por 2 ou mais golos; empate no R.Checa-Turquia, ou vitória da Turquia até 3 golos de diferença; ou, ainda, se a Suécia e Irlanda não ganharem os seus desafios, respectivamente frente à Bélgica e Itália – mas com estes dois últimos jogos, do Grupo E, a serem disputados apenas após o Portugal-Hungria…).
De alguma forma emulando a selecção portuguesa, um “remodelado onze” da Inglaterra exerceu esta noite grande pressão sobre uma cada vez mais defensiva Eslováquia, à medida que o tempo ia decorrendo, a agarrar-se progressivamente de forma mais obstinada ao 0-0, o que lhe garantia o “pontinho” que, certamente, lhe proporcionará o apuramento, na condição de um dos quatro melhores 3.º classificados.
Na fase final da partida, os ingleses remeteram a equipa adversária para a sua extrema defesa, mas não tiveram arte nem engenho para desfazer o nulo, assim vendo escapar o 1.º lugar do grupo, em desfavor dos rivais galeses – o que, paralelamente, faz com que tenhamos, na metade inferior do quadro da fase a eliminar, Itália, França e Inglaterra, e, eventualmente, a Alemanha (se ganhar o seu grupo).
A selecção inglesa poderá, por outro lado, vir a ser o adversário de Portugal nos 1/8 de final, no caso de a equipa portuguesa finalizar também na segunda posição do seu grupo. Caso Portugal vença a Hungria, assim terminando como vencedor do Grupo, defrontaria a Bélgica ou a Suécia; na hipótese de se apurar como 3.º classificado, muito possivelmente o adversário seria a Espanha ou a Croácia (quem, dos dois, vencer o grupo).
EURO 2016 – Grupo B – 3ª jornada – Rússia – País de Gales

0-3
Igor Akinfeev, Igor Smolnikov, Vasili Berezutski (45m – Aleksei Berezutski), Sergei Ignashevich, Dmitri Kombarov, Fedor Smolov (70m – Aleksandr Samedov), Pavel Mamaev, Denis Glushakov, Roman Shirokov (52m – Aleksandr Golovin), Aleksandr Kokorin e Artem Dzyuba
Wayne Hennessey, Chris Gunter, James Chester, Ashley Williams, Ben Davies, Neil Taylor, Joe Allen (74m – David Edwards), Joe Ledley (76m – Andy King), Aaron Ramsey, Gareth Bale (83m – Simon Church) e Sam Vokes
0-1 – Aaron Ramsey – 11m
0-2 – Neil Taylor – 20m
0-3 – Gareth Bale – 67m
“Melhor em campo” – Aaron Ramsey
Amarelos – Pavel Mamaev (64m); Sam Vokes (16m)
Árbitro – Jonas Eriksson (Suécia)
Stadium de Toulouse, Toulouse (20h00)
Defrontando a maior decepção deste Europeu (a Rússia), o surpreendente estreante País de Gales não só venceu, como inclusivamente goleou, finalizando esta fase como vencedor do seu Grupo, e, para já, contando com o ataque mais concretizador (um total de 6 golos, metade dos quais apontados por Gareth Bale, que marcou em todos os jogos!).
Quanto à Rússia, com uma campanha “para esquecer” (ou não, se quiser fazer figura no “seu” Mundial, em 2018), regressa prematuramente a casa, para já, seguindo os passos da Ucrânia e Roménia.
EURO 2016 – Grupo A – 3ª jornada – Roménia – Albânia

0-1
Ciprian Tătăruşanu, Cristian Săpunaru, Dragoş Grigore, Vlad Chiricheş, Alexandru Măţel, Adrian Popa (68m – Florin Andone), Andrei Prepeliţă (45m – Lucian Sânmărtean), Nicolae Stanciu, Ovidiu Hoban, Bogdan Stancu e Denis Alibec (57m – Gabriel Torje)
Etrit Berisha, Elseid Hysaj, Arlind Ajeti, Mërgim Mavraj, Ansi Agolli, Andi Lila, Amir Abrashi, Migjen Basha (83m – Lorik Cana), Ledian Memushaj, Ermir Lenjani (77m – Odise Roshi) e Armando Sadiku (59m – Bekim Balaj)
0-1 – Armando Sadiku – 43m
“Melhor em campo” – Arlind Ajeti
Amarelos – Alexandru Măţel (54m), Cristian Săpunaru (85m) e Gabriel Torje (90m); Migjen Basha (6m), Ledian Memushaj (85m) e Elseid Hysaj (90m)
Árbitro – Pavel Královec (R. Checa)
Stade de Lyon – Lyon (20h00)
Protagonizando a maior surpresa deste Europeu até ao momento, a Albânia – que, recorde-se, começou a sua campanha na fase de qualificação ganhando em Portugal -, vencendo a Roménia, termina a fase de grupos no 3.º lugar, ficando na expectativa de, com os três pontos assim alcançados, poder ser um dos quatro melhores 3.º classificados, o que lhe proporcionaria um sensacional apuramento para os 1/8 de final.
EURO 2016 – Grupo A – 3ª jornada – Suíça – França

0-0
Yann Sommer, Stephan Lichtsteiner, Fabian Schär, Johan Djourou, Ricardo Rodriguez, Xherdan Shaqiri (79m – Gelson Fernandes), Valon Behrami, Blerim Džemaili, Granit Xhaka, Admir Mehmedi (86m – Michael Lang) e Breel Embolo (74m – Haris Seferović)
Hugo Lloris, Bacary Sagna, Adil Rami, Laurent Koscielny, Patrice Evra, Kingsley Coman (63m – Dimitri Payet), Moussa Sissoko, Yohan Cabaye, Paul Pogba, Antoine Griezmann (77m – Blaise Matuidi) e André-Pierre Gignac
“Melhor em campo” – Yann Sommer
Amarelos – Adil Rami (25m) e Laurent Koscielny (83m)
Árbitro – Damir Skomina (Eslovénia)
Stade Pierre Mauroy – Lille (20h00)
Não tendo desfeito o nulo, França e Suíça confirmaram o apuramento, ocupando, respectivamente, o 1.º e o 2.º lugares do Grupo.
EURO 2016 – Classificações – 2.ª jornada
Grupo A J V E D GM GS P 1º França2 2 - - 4 - 1 6 2º Suíça
2 1 1 - 2 - 1 4 3º Roménia
2 - 1 1 2 - 3 1 4º Albânia
2 - - 2 0 - 3 -
Grupo B J V E D GM GS P 1º Inglaterra2 1 1 - 3 - 2 4 2º P. Gales
2 1 - 1 3 - 3 3 3º Eslováquia
2 1 - 1 3 - 3 3 4º Rússia
2 - 1 1 2 - 3 1
Grupo C J V E D GM GS P 1º Alemanha2 1 1 - 2 - 0 4 2º Polónia
2 1 1 - 1 - 0 4 3º I. Norte
2 1 - 1 2 - 1 3 4º Ucrânia
2 - - 2 0 - 4 -
Grupo D J V E D GM GS P 1º Espanha2 2 - - 4 - 0 6 2º Croácia
2 1 1 - 3 - 2 4 3º R. Checa
2 - 1 1 2 - 3 1 4º Turquia
2 - - 2 0 - 4 -
Grupo E J V E D GM GS P 1º Itália2 2 - - 3 - 0 6 2º Bélgica
2 1 - 1 3 - 2 3 3º Suécia
2 - 1 1 1 - 2 1 4º Irlanda
2 - 1 1 1 - 4 1
Grupo F J V E D GM GS P 1º Hungria2 1 1 - 3 - 1 4 2º Islândia
2 - 2 - 2 - 2 2 3º Portugal
2 - 2 - 1 - 1 2 4º Áustria
2 - 1 1 0 - 2 1
EURO 2016 – Grupo F – 2ª jornada – Portugal – Áustria

0-0
Rui Patrício, Vieirinha, Pepe, Ricardo Carvalho, Raphaël Guerreiro, Ricardo Quaresma (71m – João Mário), William Carvalho, João Moutinho, André Gomes (83m – Éder), Nani (89m – Rafa Silva) e Cristiano Ronaldo
Robert Almer, Florian Klein, Sebastian Prödl, Martin Hinteregger, Christian Fuchs, Martin Harnik, Stefan Ilsanker (87m – Kevin Wimmer), David Alaba (65m – Alessandro Schöpf), Julian Baumgartlinger, Marko Arnautović e Marcel Sabitzer (85m – Lukas Hinterseer)
“Melhor em campo” – João Moutinho
Amarelos – Ricardo Quaresma (31m) e Pepe (40m); Martin Harnik (47m), Christian Fuchs (60m), Martin Hinteregger (78m) e Alessandro Schöpf (86m)
Árbitro – Nicola Rizzoli (Itália)
Parc des Princes – Paris (20h00)
23-3 em remates; 6-1 em remates à baliza; 10-0 em cantos; 59-41% em posse de bola… A selecção de Portugal não pode ser tão ineficaz!
Ou seja, o domínio do jogo, do primeiro ao último minuto, foi ainda mais acentuado do que tinha sido na partida frente à Islândia – e isto frente a um adversário que, tendo perdido na ronda inicial, estava “obrigado” a ir em busca dos pontos – sendo incrível que se desperdice assim uma vitória, que deveria ter sido nossa.
Em resposta à curiosidade de ver como reagiria o grupo ao inesperado desfecho do primeiro desafio, a sensação que inevitavelmente transparece é a de que a equipa joga “sobre brasas”, com uma estranha pulsão auto-destrutiva, actuando de forma extremamente perdulária, como que um bloqueio que a impede de materializar em golos as inúmeras jogadas de ataque que cria e desenvolve.
Assumindo uma opção ainda mais ofensiva, correndo riscos acrescidos – o primeiro, mas, paralelamente, um dos raros “avisos” da Áustria, surgiria logo aos 3 minutos -, trocando Danilo Pereira por William Carvalho, e João Mário por Ricardo Quaresma, o sinal de perigo seria dado, desde cedo, quer por Nani (a cabecear por cima, logo aos 6 minutos, e, surgindo isolado face ao guardião, aos 12 minutos, a não evitar a “mancha” de Almer), quer por Cristiano Ronaldo (a rematar ao lado, aos 22 minutos).
À aproximação da meia hora surgiria a melhor oportunidade de golo, com Nani a cabecear fora do alcance do guarda-redes, mas a bola a acertar no poste, tendo João Moutinho falhado a recarga. Ainda antes do intervalo seria Cristiano a desperdiçar também uma outra oportunidade, cabeceando para defesa do guardião austríaco.
Por seu lado a Áustria só voltaria a ter um lance de golo iminente, quando um cabeceamento de Harnik foi salvo, in-extremis, em cima da linha de baliza, por Vieirinha, já a findar o primeiro tempo.
Na segunda metade, seria novamente Almer a negar o golo a Ronaldo por mais de uma ocasião (só no minuto 10, por duas vezes, primeiro com uma defesa apertada, a opor-se a um potente remate, e, de, imediato, após o respectivo pontapé de canto, e, de novo, aos 65 minutos, num livre, com a bola a sair por cima da trave), até que, a onze minutos do final, o mesmo Cristiano, na conversão de uma grande penalidade, rematou igualmente… ao poste!
Quando, pouco depois, Cristiano Ronaldo – na sequência de um livre, em que, com um bom cabeceamento, finalmente conseguiu bater o guarda-redes adversário – viu o lance ser invalidado, por fora-de-jogo, a imagem que ressaltou foi a de que poderíamos ficar toda a noite a jogar, que não conseguiríamos marcar…
No final, tal como os islandeses no primeiro jogo, seriam os austríacos, efusivamente, a “fazer a festa”, pelo empate alcançado… com Portugal a quedar-se com uma deprimente sensação de impotência, perante equipas notoriamente inferiores.
Sobra muito trabalho para Fernando Santos (que, outra vez, pecou pela demora nas substituições, deixando muito pouco tempo útil disponível aos substitutos, com a situação limite de Rafa, a entrar apenas no derradeiro minuto), em ordem a “limpar a cabeça” aos jogadores – os quais, uma vez mais, se empenharam, agora ainda com maior afinco, procurando contrariar a adversidade, lutando até ao fim – e conseguir que o grupo se mantenha unido e com níveis mínimos de confiança para enfrentar o – agora sim – decisivo terceiro jogo da fase de grupos, em que só a vitória garantirá o apuramento, sem ficar na dependência de terceiros.
EURO 2016 – Grupo F – 2ª jornada – Islândia – Hungria

1-1
Hannes Halldórsson, Birkir Sævarsson, Ragnar Sigurdsson, Kári Árnason, Ari Skúlason, Johann Gudmundsson, Gylfi Sigurdsson, Aron Gunnarsson (65m – Emil Hallfredsson), Birkir Bjarnason, Kolbeinn Sigthórsson (84m – Eidur Gudjohnsen) e Jón Dadi Bödvarsson (69m – Alfred Finnbogason)
Gábor Király, Ádám Lang, Richárd Guzmics, Roland Juhász (84m – Ádám Szalai), Tamás Kádár, Zoltán Stieber (66m – Nemanja Nikolić), László Kleinheisler, Zoltán Gera, Ádám Nagy, Balázs Dzsudzsák e Tamás Priskin (66m – Dániel Böde)
1-0 – Gylfi Sigurdsson (pen.) – 40m
1-1 – Birkir Sævarsson (p.b.) – 88m
“Melhor em campo” – Kolbeinn Sigthórsson
Amarelos – Johann Gudmundsson (42m), Alfred Finnbogason (75m) e Birkir Sævarsson (77m); Tamás Kádár (81m), László Kleinheisler (83m) e Ádám Nagy (90m)
Árbitro – Sergei Karasev (Rússia)
Stade Vélodrome – Marseille (17h00)
Faltaram apenas dois minutos para que a Islândia originasse mais uma surpresa e se isolasse na liderança do Grupo, não fora o auto-golo sofrido. Com este golo é a Hungria – o melhor dos 3.º classificados na fase de qualificação – a posicionar-se em posição privilegiada, dado que os 4 pontos somados são praticamente garantia de apuramento para os 1/8 de final (independentemente de poder ainda classificar-se em 1.º, 2.º ou 3.º lugar do Grupo).



