Archive for Junho, 2016
EURO 2016 – 1/4 de final – Polónia – Portugal

1-1 (3-5 g.p.)
Łukasz Fabiański, Łukasz Piszczek, Kamil Glik, Michał Pazdan, Artur Jędrzejczyk, Jakub Błaszczykowski, Grzegorz Krychowiak, Krzysztof Mączyński (98m – Tomasz Jodłowiec), Kamil Grosicki (82m – Bartosz Kapustka), Arkadiusz Milik e Robert Lewandowski
Rui Patrício, Cédric Soares, Pepe, José Fonte, Eliseu, João Mário (80m – Ricardo Quaresma), William Carvalho (96m – Danilo Pereira), Renato Sanches, Adrien Silva (73m – João Moutinho), Nani e Cristiano Ronaldo
1-0 – Robert Lewandowski – 2m
1-1 – Renato Sanches – 33m
Desempate da marca de grande penalidade:
0-1 – Cristiano Ronaldo
1-1 – Robert Lewandowski
1-2 – Renato Sanches
2-2 – Arkadiusz Milik
2-3 – João Moutinho
3-3 – Kamil Glik
3-4 – Nani
Jakub Błaszczykowski permitiu a defesa a Rui Patrício
3-5 – Ricardo Quaresma
“Melhor em campo” – Renato Sanches
Amarelos – Artur Jędrzejczyk (42m), Kamil Glik (66m) e Bartosz Kapustka (89m); Adrien Silva (70m) e William Carvalho (90m)
Árbitro – Felix Brych (Alemanha)
Stade Vélodrome – Marseille (20h00)
Era legítima a expectativa que seria desta: Portugal – assumindo a sua condição de favorito – poderia, enfim, vencer um jogo neste Europeu, durante o tempo regulamentar de 90 minutos.
Porém, e pese embora os alertas do seleccionador antes da partida, a selecção nacional entraria praticamente a perder, consentindo um golo logo no segundo minuto: uma desatenção de Cédric, a falhar a intercepção, permitindo a Grosicki ir à linha de fundo cruzar, atrasado, para Lewandovski, livre de oposição, de primeira, marcar sem dificuldade.
Seria difícil pior começo. Nos minutos seguintes, a equipa portuguesa tardou a serenar, procurando algo precipitadamente construir lances ofensivos, mas, paralelamente, colocando em risco a sua zona mais recuada, devido a diversas perdas de bola, com Milik (remate ao lado) e Lewandowski (a testar a concentração de Rui Patrício) a ameaçar, à passagem do quarto de hora de jogo.
Só na viragem do primeiro terço do tempo regulamentar Portugal conseguiria tornar-se mais efectivo, com uma sequência de três lances: primeiro, aos 29 minutos, Ronaldo, em posição frontal, a rematar rasteiro, mas pouco potente (não “pegou” bem na bola), com Fabianski também atento; logo de seguida, apenas dois minutos volvidos, de novo Ronaldo, na área, a ser travado em falta, por carga pelas costas de Pazdan, outra vez sem a correspondente sanção, de grande penalidade, por parte de um árbitro que, até ao momento, dispunha da melhor avaliação global neste Europeu; para, outros dois minutos decorridos, surgir mesmo o tão ansiado golo do empate.
O “rebelde” Renato Sanches, a combinar na perfeição com Nani, a quem passou a bola, com este a devolver de primeira, e o jovem médio português a receber com o pé direito, rematando com o esquerdo, de forma colocada, beneficiando ainda de um desvio em Krychowiak, sem hipóteses para o guardião polaco.
No segundo tempo a toada de jogo não se alteraria, sempre com a selecção portuguesa mais afoita, a assumir a iniciativa do jogo, na sequências de rápidos lances de ataque.
Ainda não estavam decorridos os primeiros quinze minutos da segunda parte quando Ronaldo, isolado, mas descaído sobre a esquerda, acabou por rematar, já de ângulo reduzido, à malha lateral, quando tinha João Mário em posição privilegiada para marcar…
E, à passagem dos 60 minutos, depois de Ronaldo falhar novamente o remate, já em plena área adversária, a bola sobraria para Adrien, o qual, contudo, na recarga, veria o remate interceptado por um defesa polaco. Para, aos 65 minutos, ser Cédric a surgir liberto na meia-direita, ainda fora de área, a rematar cruzado… muito próximo do poste.
Da parte dos polacos, só próximo dos 70 minutos voltariam a importunar a defesa portuguesa, quando Milik surgiu ao primeiro poste, a desviar com perigo, para a defesa de Rui Patrício.
Até final dos 90 minutos o ritmo e intensidade de jogo começariam gradualmente a cair, mas Portugal teria ainda mais algumas oportunidades para materializar o seu melhor futebol: aos 79 minutos, José Fonte, a cabecear à figura de Fabiański; apenas dois minutos depois, numa investida de Pepe pelo centro, a tentar desmarcar Ronaldo, um defesa polaco antecipou-se, cortando o lance, mas de forma perigosa, na direcção da sua baliza, quase fazendo auto-golo; para, finalmente, a menos de cinco minutos do final da partida, na sequência de excelente passe de João Moutinho, aparecer Ronaldo, isolado na área, a dispor da “vitória nos pés”, mas a falhar o remate, dando um pontapé… na atmosfera!
Desperdiçada que fora a supremacia manifestada pelos portugueses, contudo – uma vez mais – sem tradução no marcador, chegava-se assim ao que constituía o segundo prolongamento para ambas as equipas, em dois jogos da fase a eliminar. Mais, para Portugal, era o quinto empate consecutivo em outros tantos jogos (nos 90 minutos) nesta edição da competição (sexta igualdade sucessiva, contando com as 1/2 finais do “EURO” 2012)!
Esperava-se, de novo, que fosse a selecção nacional a ir em busca do golo, procurando beneficiar da condição física dos jogadores contrários, que acusavam já notórios sinais de fadiga. Contudo, e não obstante a rotação que Fernando Santos tem imprimido no “onze” português, rapidamente se veria que Portugal não conseguiria impedir o que a Polónia, desde cedo – jogando na expectativa do erro adversário – passou a ter como objectivo prioritário: manter a igualdade, e levar o desempate para a marca de grande penalidade (fórmula que lhes proporcionara o triunfo ante a Suíça).
Efectivamente, em todo o período de trinta minutos do prolongamento, há apenas a salientar uma ocasião soberana de golo, logo após a passagem do primeiro minuto, outra vez com Ronaldo, livre de marcação, a não acertar bem na bola, não conseguindo completar o desvio para as malhas… A registar ainda o esforço do sacrificado Nani, a cabecear ao lado (aos 98 minutos), e, aos 103 minutos, a rematar novamente à figura do guarda-redes polaco.
Não querendo – ou não tendo frescura física – para arriscar ganhar o jogo no prolongamento, tempo que assim acabaria por “desperdiçar”, Portugal arriscava a decisão da marca de grande penalidade, de alguma forma favorecendo as pretensões polacas, que, deste modo, passavam a dispor de 50% de probabilidades de êxito, bem mais do que o que denotavam em termos de jogo jogado, de que, neste caso, as estatísticas nem dão a mais apropriada tradução: 21-14 em remates (embora apenas 6-5 em remates à baliza); 7-2 em cantos; e uns curiosos 46-54% em termos de posse de bola.
Mas, então, necessariamente sempre com alguma dose de felicidade, os portugueses deram mostra de grande eficácia – e inteligência na opção pela sequência dos marcadores, com Ronaldo a apontar o primeiro, e ficando reservados Nani e Quaresma (outra vez a marcar o tento da vitória, tal como no desafio ante a Croácia) para os remates decisivos -, conseguindo converter todas as suas cinco tentativas, já depois de, no quarto remate polaco, Rui Patrício se ter oposto de forma notável, detendo a bola, garantindo assim a preciosa vantagem que coloca Portugal na sua quinta meia-final de Campeonatos da Europa (nas sete vezes em que marcou presença na fase final) – quarta nas últimas cinco edições da competição (2000, 2004, 2012 e 2016)!
Memória Virtual
Obrigado ao Luís Novaes Tito (um “compagnon de route” desde os primeiros dias), pela recordação desta efeméride!
EURO 2016 – 1/8 Final
1/8 FINAL 1/4 FINAL 1/2 FINAIS FINAL
1-1
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0-1
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1-0
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0-4
3-0
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2-0
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2-1
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1-2
Melhores marcadores:
3 golos – Antoine Griezmann (França), Álvaro Morata (Espanha) e Gareth Bale (País de Gales)
2 golos – Mario Gomez (Alemanha), Graziano Pellè (Itália), Bogdan Stancu (Roménia), Dimitri Payet (França), Romelu Lukaku (Bélgica), Jakub Błaszczykowski (Polónia), Robbie Brady (Irlanda), Balázs Dzsudzsák (Hungria), Nani (Portugal), Ivan Perišić (Croácia) e Cristiano Ronaldo (Portugal)
É o seguinte o alinhamento dos 1/4 de final:
30.06.2016 – Polónia – Portugal (Marseille – 20h00)
01.07.2016 – País de Gales – Bélgica (Lille – 20h00)
02.07.2016 – Alemanha – Itália (Bordeaux – 20h00)
03.07.2016 – França – Islândia (Paris – 20h00)
EURO 2016 – 1/8 de final – Inglaterra – Islândia

1-2
Joe Hart, Kyle Walker, Gary Cahill, Chris Smalling, Danny Rose, Dele Alli, Eric Dier (45m – Jack Wilshere), Wayne Rooney (87m – Marcus Rashford), Daniel Sturridge, Harry Kane e Raheem Sterling (60m – Jamie Vardy)
Hannes Halldórsson, Birkir Sævarsson, Kári Árnason, Ragnar Sigurdsson, Ari Skúlason, Johann Gudmundsson, Gylfi Sigurdsson, Aron Gunnarsson, Birkir Bjarnason, Kolbeinn Sigthórsson (76m – Elmar Bjarnason) e Jón Dadi Bödvarsson (89m – Arnor Ingvi Traustason)
1-0 – Wayne Rooney (pen.) – 4m
1-1 – Ragnar Sigurdsson – 6m
1-2 – Kolbeinn Sigthórsson – 18m
“Melhor em campo” – Ragnar Sigurdsson
Amarelos – Daniel Sturridge (47m); Gylfi Sigurdsson (38m) e Aron Gunnarsson (65m)
Árbitro – Damir Skomina (Eslovénia)
Stade de Nice – Nice (20h00)
Está consumada a maior surpresa deste Europeu (até ao momento), com o sensacional apuramento da Islândia, em detrimento da Inglaterra, que assim falha o “encontro” com a França.
No final dos 90 minutos, a surpresa apenas subsistirá para quem não viu o jogo, no qual os ingleses se revelaram sempre impotentes para ultrapassar a bem organizada e poderosa defensiva islandesa, num conjunto que, não obstante, nunca abdica de procurar o golo, em rápidos lances de contra-ataque. A França que se cuide…
EURO 2016 – 1/8 de final – Itália – Espanha

2-0
Gianluigi Buffon, Andrea Barzagli, Leonardo Bonucci, Giorgio Chiellini, Alessandro Florenzi (84m – Matteo Darmian), Marco Parolo, Daniele De Rossi (54m – Thiago Motta), Emanuele Giaccherini, Mattia De Sciglio, Éder (82m – Lorenzo Insigne) e Graziano Pellè
David de Gea, Juanfran, Gerard Piqué, Sergio Ramos, Jordi Alba, Cesc Fàbregas, Sergio Busquets, Andrés Iniesta, David Silva, Nolito (45m – Aritz Aduriz) (81m – Pedro Rodríguez) e Álvaro Morata (70m – Lucas Vázquez)
1-0 – Giorgio Chiellini – 33m
2-0 – Graziano Pellè – 90m
“Melhor em campo” – Leonardo Bonucci
Amarelos – Mattia De Sciglio (24m), Graziano Pellè (54m) e Thiago Motta (89m); Nolito (41m), Sergio Busquets (89m), Jordi Alba (89m) e David Silva (90m)
Árbitro – Cüneyt Çakır (Turquia)
Stade de France – Paris (17h00)
E o bi-campeão “foi para casa”, logo nos 1/8 de final, com a Itália a ser uma justíssima vencedora, em especial em função da intensidade de jogo e do domínio que exerceu no primeiro tempo.
EURO 2016 – 1/8 de final – Hungria – Bélgica

0-4
Gábor Király, Ádám Lang, Richárd Guzmics, Roland Juhász (79m – Dániel Böde), Tamás Kádár, Gergő Lovrencsics, Ádám Nagy, Zoltán Gera (45m – Ákos Elek), Balázs Dzsudzsák, Ádám Pintér (75m – Nemanja Nikolić) e Ádám Szalai
Thibaut Courtois, Thomas Meunier, Toby Alderweireld, Thomas Vermaelen, Jan Vertonghen, Radja Nainggolan, Axel Witsel, Kevin De Bruyne, Dries Mertens (70m – Yannick Ferreira Carrasco), Eden Hazard (81m – Marouane Fellaini) e Romelu Lukaku (76m – Michy Batshuayi)
0-1 – Toby Alderweireld – 10m
0-2 – Michy Batshuayi – 78m
0-3 – Eden Hazard – 80m
0-4 – Yannick Ferreira Carrasco – 90m
“Melhor em campo” – Eden Hazard
Amarelos – Tamás Kádár (34m), Ádám Lang (47m), Ákos Elek (61m) e Ádám Szalai (90m); Thomas Vermaelen (67m), Michy Batshuayi (89m) e Marouane Fellaini (90m)
Árbitro – Milorad Mažić (Sérvia)
Stadium de Toulouse, Toulouse (20h00)
EURO 2016 – 1/8 de final – Alemanha – Eslováquia

3-0
Manuel Neuer, Joshua Kimmich, Jérôme Boateng (72m – Benedikt Höwedes), Mats Hummels, Jonas Hector, Toni Kroos, Mesut Özil, Sami Kedhira (76m – Bastian Schweinsteiger), Julian Draxler (72m – Lukas Podolski), Thomas Müller e Mario Gomez
Matúš Kozáčik, Peter Pekarík, Martin Škrtel, Ján Ďurica, Norbert Gyömber (84m – Kornel Saláta), Juraj Kucka, Patrik Hrošovský, Milan Škriniar, Marek Hamšík, Vladimír Weiss (45m – Ján Greguš) e Michal Ďuriš (64m – Stanislav Šesták)
1-0 – Jérôme Boateng – 8m
2-0 – Mario Gomez – 43m
3-0 – Julian Draxler – 63m
“Melhor em campo” – Julian Draxler
Amarelos – Joshua Kimmich (46m) e Mats Hummels (67m); Martin Škrtel (13m) e Juraj Kucka (90m)
Árbitro – Szymon Marciniak (Polónia)
Stade Pierre Mauroy – Lille (17h00)
EURO 2016 – 1/8 de final – França – Irlanda

2-1
Hugo Lloris, Bacary Sagna, Adil Rami, Laurent Koscielny, Patrice Evra, Paul Pogba, N’Golo Kanté (45m – Kingsley Coman) (90m – Moussa Sissoko), Blaise Matuidi, Antoine Griezmann, Dimitri Payet e Olivier Giroud (73m – André-Pierre Gignac)
Darren Randolph, Seamus Coleman, Richard Keogh, Shane Duffy, Stephen Ward, Robbie Brady, James McCarthy (71m – Wes Hoolahan), Jeff Hendrick, James McClean (68m – John O’Shea), Shane Long e Daryl Murphy (65m – Jon Walters)
0-1 – Robbie Brady (pen.) – 2m
1-1 – Antoine Griezmann – 58m
2-1 – Antoine Griezmann – 61m
“Melhor em campo” – Antoine Griezmann
Amarelos – N’Golo Kanté (27m) e Adil Rami (44m); Seamus Coleman (25m), Jeff Hendrick (41m) e Shane Long (72m)
Vermelho – Shane Duffy (66m)
Árbitro – Nicola Rizzoli (Itália)
Stade de Lyon – Lyon (14h00)
EURO 2016 – 1/8 de final – Croácia – Portugal

0-1 (a.p.)
Danijel Subašić, Darijo Srna, Vedran Ćorluka (120m – Andrej Kramarić), Domagoj Vida, Ivan Strinić, Marcelo Brozović, Luka Modrić, Milan Badelj, Ivan Perišić, Ivan Rakitić (110m – Marko Pjaca) e Mario Mandžukić (88m – Nikola Kalinić)
Rui Patrício, Cédric Soares, Pepe, José Fonte, Raphaël Guerreiro, João Mário (87m – Ricardo Quaresma), Adrien Silva (108m – Danilo Pereira), William Carvalho, André Gomes (50m – Renato Sanches), Nani e Cristiano Ronaldo
0-1 – Ricardo Quaresma – 117m
“Melhor em campo” – Renato Sanches
Amarelo – William Carvalho (78m)
Árbitro – Carlos Velasco Carballo (Espanha)
Stade Bollaert-Delelis – Lens (20h00)
Hoje, enfim, uma bela dose de sorte. Mas a sorte dá muito trabalho…
Hoje, as estatísticas foram “ao contrário”: 5-17 em remates (dos quais, 2-9 no prolongamento!); 2-0 em remates à baliza (os dois, aliás num único lance, que acabaria por resultar no golo de Portugal, já na parte final da segunda parte do prolongamento, depois de mais de 115 minutos sem um único remate à baliza, de qualquer das equipas!); 2-6 em cantos; 41-59% em termos de posse de bola.
Numa partida entre duas selecções bastante niveladas, a Croácia mostrou ser ligeiramente superior, superioridade que a selecção portuguesa aceitou – o que, aliás, acabaria por frutificar em seu favor -, mas a verdade é que as equipas “encaixaram uma na outra” por completo, praticamente anulando-se, jogando sempre de forma bastante contida, numa toada de “risco mínimo”.
Recordemos os (bem pouco numerosos) principais momentos do jogo:
- aos 25 minutos, na sequência de um livre, Pepe a cabecear por cima da trave;
- aos 30 minutos, Perišić a tentar um remate cruzado, com perigo, ao lado do poste;
- aos 52 minutos, na sequência de um canto, Brozović a desperdiçar uma grande oportunidade, rematando ligeiramente por cima da barra;
- aos 64 minutos, Nani é atingido nas costas por um adversário, já em plena grande área croata, lance que, contudo, não seria sancionado com a correspondente grande penalidade;
- aos 113 minutos, após outro canto, Vida a cabecear também por alto;
- aos 116 minutos, Perišić, de cabeça, a rematar à base do poste, com Rui Patrício ainda a “safar” o ressalto;
- aos 117 minutos, Ricardo Quaresma, que tinha começado por recuperar a bola na zona defensiva, na posição do defesa direito, junto à linha lateral, a ir concluir a jogada, cabeceando para a baliza deserta, culminando no golo de Portugal, depois da muito apertada defesa de Subašić a um primeiro remate, de Cristiano Ronaldo;
- aos 122 minutos, já com o guardião Subašić na área portuguesa, Vida a desperdiçar uma flagrante ocasião de golo, rematando dentro da pequena área, mas a bola, com uma trajectória caprichosa, a sair ligeiramente ao lado.
O acumular de momentos de jogo nos derradeiros dez minutos ilustra bem as dificuldades físicas que ambos os conjuntos – em especial o português – experimentavam já, nessa fase.
No final, a Croácia acabaria por ser penalizada – para além da falta de eficácia, sem conseguir enquadrar um único remate à baliza em todo o jogo! – pela falta de ousadia para arriscar mais em busca do golo, logo no tempo regulamentar.
Quando, por fim o fez, nos últimos dez minutos do prolongamento, procurando explorar o esgotamento da formação portuguesa (em especial, Adrien Silva, que acabara de sair de campo, Nani e Cristiano Ronaldo – hoje em missão de sacrifício, isolado na frente do ataque português – estavam já nos seus limites), acabou por ser traída pelo excessivo balanceamento ofensivo.
Viria a ser apanhada em contra-pé, no tal lance, em que Quaresma – ainda relativamente “fresco”, apenas com 30 minutos de jogo nas pernas – veio ajudar a defesa, recuperando a bola, que, passando brevemente por Cristiano Ronaldo (igualmente na mesma zona do terreno), logo chegou aos pés de Renato Sanches (também com 50 minutos de desgaste a menos que os restantes), o qual galgou dezenas de metros com a bola, aproveitando o terreno livre à sua frente, tendo sido acompanhado por Nani (à esquerda) e Ronaldo (à direita).
Perante as duas opções que lhe eram proporcionadas, Renato ainda hesitou, antes de passar a bola a Nani; este ensaiou o remate, que saiu algo enrolado, indo a bola ter com Ronaldo, do lado oposto, que rematou para a espectacular defesa de Subašić, mas que, contudo, não conseguiria detê-la, o que proporcionaria que Quaresma – depois de correr quase toda a extensão do campo, e em diagonal, da direita para a esquerda – surgisse perfeitamente à vontade, para, a menos de um metro da linha de golo, empurrar a bola para o fundo da baliza.
Portugal, feliz, via premiado o esforço, rigor e concentração que pusera dentro de campo, ao longo de 120 minutos de jogo muito táctico, mas bastante intenso.
Uma vitória fundamental, permitindo à selecção portuguesa superar um dos principais obstáculos da metade superior do quadro da fase eliminatória.
EURO 2016 – 1/8 de final – P. Gales – I. Norte

1-0
Wayne Hennessey, James Chester, Ashley Williams, Ben Davies, Chris Gunter, Joe Allen, Joe Ledley (63m – Jonathan Williams), Aaron Ramsey, Neil Taylor, Sam Vokes (55m – Hal Robson-Kanu) e Gareth Bale
Michael McGovern, Aaron Hughes, Gareth McAuley (84m – Josh Magennis), Craig Cathcart, Jonny Evans, Jamie Ward (69m – Conor Washington), Steven Davis, Corry Evans, Oliver Norwood (79m – Niall McGinn), Stuart Dallas e Kyle Lafferty
1-0 – Gareth McAuley (p.b.) – 75m
“Melhor em campo” – Gareth Bale
Amarelos – Neil Taylor (58m) e Aaron Ramsey (90m); Stuart Dallas (44m) e Steven Davis (67m)
Árbitro – Martin Atkinson (Inglaterra)
Parc des Princes – Paris (17h00)