EURO 2016 – 1/4 de final – Polónia – Portugal

30 Junho, 2016 at 9:44 pm 1 comentário

PolóniaPortugal1-1 (3-5 g.p.)

Polónia Łukasz Fabiański, Łukasz Piszczek, Kamil Glik, Michał Pazdan, Artur Jędrzejczyk, Jakub Błaszczykowski, Grzegorz Krychowiak, Krzysztof Mączyński (98m – Tomasz Jodłowiec), Kamil Grosicki (82m – Bartosz Kapustka), Arkadiusz Milik e Robert Lewandowski

Portugal Rui Patrício, Cédric Soares, Pepe, José Fonte, Eliseu, João Mário (80m – Ricardo Quaresma), William Carvalho (96m – Danilo Pereira), Renato Sanches, Adrien Silva (73m – João Moutinho), Nani e Cristiano Ronaldo

1-0 – Robert Lewandowski – 2m
1-1 – Renato Sanches – 33m

Desempate da marca de grande penalidade:

0-1 – Cristiano Ronaldo
1-1 – Robert Lewandowski
1-2 – Renato Sanches
2-2 – Arkadiusz Milik
2-3 – João Moutinho
3-3 – Kamil Glik
3-4 – Nani
Jakub Błaszczykowski permitiu a defesa a Rui Patrício
3-5 – Ricardo Quaresma

“Melhor em campo” – Renato Sanches

Amarelos – Artur Jędrzejczyk (42m), Kamil Glik (66m) e Bartosz Kapustka (89m); Adrien Silva (70m) e William Carvalho (90m)

Árbitro – Felix Brych (Alemanha)

Stade Vélodrome – Marseille (20h00)

Era legítima a expectativa que seria desta: Portugal – assumindo a sua condição de favorito – poderia, enfim, vencer um jogo neste Europeu, durante o tempo regulamentar de 90 minutos.

Porém, e pese embora os alertas do seleccionador antes da partida, a selecção nacional entraria praticamente a perder, consentindo um golo logo no segundo minuto: uma desatenção de Cédric, a falhar a intercepção, permitindo a Grosicki ir à linha de fundo cruzar, atrasado, para Lewandovski, livre de oposição, de primeira, marcar sem dificuldade.

Seria difícil pior começo. Nos minutos seguintes, a equipa portuguesa tardou a serenar, procurando algo precipitadamente construir lances ofensivos, mas, paralelamente, colocando em risco a sua zona mais recuada, devido a diversas perdas de bola, com Milik (remate ao lado) e Lewandowski (a testar a concentração de Rui Patrício) a ameaçar, à passagem do quarto de hora de jogo.

Só na viragem do primeiro terço do tempo regulamentar Portugal conseguiria tornar-se mais efectivo, com uma sequência de três lances: primeiro, aos 29 minutos, Ronaldo, em posição frontal, a rematar rasteiro, mas pouco potente (não “pegou” bem na bola), com Fabianski também atento; logo de seguida, apenas dois minutos volvidos, de novo Ronaldo, na área, a ser travado em falta, por carga pelas costas de Pazdan, outra vez sem a correspondente sanção, de grande penalidade, por parte de um árbitro que, até ao momento, dispunha da melhor avaliação global neste Europeu; para, outros dois minutos decorridos, surgir mesmo o tão ansiado golo do empate.

O “rebelde” Renato Sanches, a combinar na perfeição com Nani, a quem passou a bola, com este a devolver de primeira, e o jovem médio português a receber com o pé direito, rematando com o esquerdo, de forma colocada, beneficiando ainda de um desvio em Krychowiak, sem hipóteses para o guardião polaco.

No segundo tempo a toada de jogo não se alteraria, sempre com a selecção portuguesa mais afoita, a assumir a iniciativa do jogo, na sequências de rápidos lances de ataque.

Ainda não estavam decorridos os primeiros quinze minutos da segunda parte quando Ronaldo, isolado, mas descaído sobre a esquerda, acabou por rematar, já de ângulo reduzido, à malha lateral, quando tinha João Mário em posição privilegiada para marcar…

E, à passagem dos 60 minutos, depois de Ronaldo falhar novamente o remate, já em plena área adversária, a bola sobraria para Adrien, o qual, contudo, na recarga, veria o remate interceptado por um defesa polaco. Para, aos 65 minutos, ser Cédric a surgir liberto na meia-direita, ainda fora de área, a rematar cruzado… muito próximo do poste.

Da parte dos polacos, só próximo dos 70 minutos voltariam a importunar a defesa portuguesa, quando Milik surgiu ao primeiro poste, a desviar com perigo, para a defesa de Rui Patrício.

Até final dos 90 minutos o ritmo e intensidade de jogo começariam gradualmente a cair, mas Portugal teria ainda mais algumas oportunidades para materializar o seu melhor futebol: aos 79 minutos, José Fonte, a cabecear à figura de Fabiański; apenas dois minutos depois, numa investida de Pepe pelo centro, a tentar desmarcar Ronaldo, um defesa polaco antecipou-se, cortando o lance, mas de forma perigosa, na direcção da sua baliza, quase fazendo auto-golo; para, finalmente, a menos de cinco minutos do final da partida, na sequência de excelente passe de João Moutinho, aparecer Ronaldo, isolado na área, a dispor da “vitória nos pés”, mas a falhar o remate, dando um pontapé… na atmosfera!

Desperdiçada que fora a supremacia manifestada pelos portugueses, contudo – uma vez mais – sem tradução no marcador, chegava-se assim ao que constituía o segundo prolongamento para ambas as equipas, em dois jogos da fase a eliminar. Mais, para Portugal, era o quinto empate consecutivo em outros tantos jogos (nos 90 minutos) nesta edição da competição (sexta igualdade sucessiva, contando com as 1/2 finais do “EURO” 2012)!

Esperava-se, de novo, que fosse a selecção nacional a ir em busca do golo, procurando beneficiar da condição física dos jogadores contrários, que acusavam já notórios sinais de fadiga. Contudo, e não obstante a rotação que Fernando Santos tem imprimido no “onze” português, rapidamente se veria que Portugal não conseguiria impedir o que a Polónia, desde cedo – jogando na expectativa do erro adversário – passou a ter como objectivo prioritário: manter a igualdade, e levar o desempate para a marca de grande penalidade (fórmula que lhes proporcionara o triunfo ante a Suíça).

Efectivamente, em todo o período de trinta minutos do prolongamento, há apenas a salientar uma ocasião soberana de golo, logo após a passagem do primeiro minuto, outra vez com Ronaldo, livre de marcação, a não acertar bem na bola, não conseguindo completar o desvio para as malhas… A registar ainda o esforço do sacrificado Nani, a cabecear ao lado (aos 98 minutos), e, aos 103 minutos, a rematar novamente à figura do guarda-redes polaco.

Não querendo – ou não tendo frescura física – para arriscar ganhar o jogo no prolongamento, tempo que assim acabaria por “desperdiçar”, Portugal arriscava a decisão da marca de grande penalidade, de alguma forma favorecendo as pretensões polacas, que, deste modo, passavam a dispor de 50% de probabilidades de êxito, bem mais do que o que denotavam em termos de jogo jogado, de que, neste caso, as estatísticas nem dão a mais apropriada tradução: 21-14 em remates (embora apenas 6-5 em remates à baliza); 7-2 em cantos; e uns curiosos 46-54% em termos de posse de bola.

Mas, então, necessariamente sempre com alguma dose de felicidade, os portugueses deram mostra de grande eficácia – e inteligência na opção pela sequência dos marcadores, com Ronaldo a apontar o primeiro, e ficando reservados Nani e Quaresma (outra vez a marcar o tento da vitória, tal como no desafio ante a Croácia) para os remates decisivos -, conseguindo converter todas as suas cinco tentativas, já depois de, no quarto remate polaco, Rui Patrício se ter oposto de forma notável, detendo a bola, garantindo assim a preciosa vantagem que coloca Portugal na sua quinta meia-final de Campeonatos da Europa (nas sete vezes em que marcou presença na fase final) – quarta nas últimas cinco edições da competição (2000, 2004, 2012 e 2016)!

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