Archive for 18 Maio, 2014
Taça de Portugal – Palmarés
Vencedor Finalista Épocas (Vencedor / Finalista) Benfica 25 10 1939-40; 1942-43; 1943-44; 1948-49; 1950-51; 1951-52; 1952-53; 1954-55; 1956-57; 1958-59; 1961-62; 1963-64; 1968-69; 1969-70; 1971-72; 1979-80; 1980-81; 1982-83; 1984-85; 1985-86; 1986-87; 1992-93; 1995-96; 2003-04; 2013-14 1938-39; 1957-58; 1964-65; 1970-71; 1973-74; 1974-75; 1988-89; 1996-97; 2004-05; 2012-13 FC Porto 16 12 1955-56; 1957-58; 1967-68; 1976-77; 1983-84; 1987-88; 1990-91; 1993-94; 1997-98; 1999-00; 2000-01; 2002-03; 2005-06; 2008-09; 2009-10; 2010-11 1952-53; 1958-59; 1960-61; 1963-64; 1977-78; 1979-80; 1980-81; 1982-83; 1984-85; 1991-92; 2003-04; 2007-08 Sporting 15 11 1940-41; 1944-45; 1945-46; 1947-48; 1953-54; 1962-63; 1970-71; 1972-73; 1973-74; 1977-78; 1981-82; 1994-95; 2001-02; 2006-07; 2007-08 1951-52; 1954-55; 1959-60; 1969-70; 1971-72; 1978-79; 1986-87; 1993-94; 1995-96; 1999-00; 2011-12 Boavista 5 1 1974-75; 1975-76; 1978-79; 1991-92; 1996-97/ 1992-93 V. Setúbal 3 7 1964-65; 1966-67; 2004-05 1942-43; 1953-54; 1961-62; 1965-66 1967-68; 1972-73; 2005-06 Belenenses 3 5 1941-42; 1959-60; 1988-89/ 1939-40 1940-41; 1947-48; 1985-86; 2006-07 Académica 2 3 1938-39; 2011-12 1950-51; 1966-67; 1968-69 V. Guimarães 1 5 2012-13/ 1941-42; 1962-63; 1975-76; 1987-88; 2010-11 Braga 1 3 1965-66/ 1976-77; 1981-82; 1997-98 Leixões 1 1 1960-61/ 2001-02 Beira-Mar 1 1 1998-99/ 1990-91 E. Amadora 1 - 1989-90 Atlético - 2 1945-46; 1948-49 Marítimo - 2 1994-95; 2000-01 Rio Ave - 2 1983-84; 2013-14 Estoril - 1 1943-44 Olhanense - 1 1944-45 Torreense - 1 1955-56 Covilhã - 1 1956-57 Farense - 1 1989-90 Campomaiorense - 1 1998-99 U. Leiria - 1 2002-03 Paços Ferreira - 1 2008-09 Chaves - 1 2009-10
Finais da Taça de Portugal
Edição Época Vencedor Finalista LXXIV 2013-2014 Benfica Rio Ave 1-0 LXXIII 2012-2013 V. Guimarães Benfica 2-1 LXXII 2011-2012 Académica Sporting 1-0 LXXI 2010-2011 FC Porto V. Guimarães 6-2 LXX 2009-2010 FC Porto Chaves 2-1 LXIX 2008-2009 FC Porto Paços Ferreira 1-0 LXVIII 2007-2008 Sporting FC Porto 2-0 LXVII 2006-2007 Sporting Belenenses 1-0 LXVI 2005-2006 FC Porto Setúbal 1-0 LXV 2004-2005 Setúbal Benfica 2-1 LXIV 2003-2004 Benfica FC Porto 2-1 LXIII 2002-2003 FC Porto U. Leiria 1-0 LXII 2001-2002 Sporting Leixões 1-0 LXI 2000-2001 FC Porto Marítimo 2-0 LX 1999-2000 FC Porto Sporting 1-1 2-0 LIX 1998-1999 Beira-Mar Campomaiorense 1-0 LVIII 1997-1998 FC Porto Sp. Braga 3-1 LVII 1996-1997 Boavista Benfica 3-2 LVI 1995-1996 Benfica Sporting 3-1 LV 1994-1995 Sporting Marítimo 2-0 LIV 1993-1994 FC Porto Sporting 0-0 2-1 LIII 1992-1993 Benfica Boavista 5-2 LII 1991-1992 Boavista FC Porto 2-1 LI 1990-1991 FC Porto Beira-Mar 3-1 L 1989-1990 E. Amadora Farense 1-1 2-0 XLIX 1988-1989 Belenenses Benfica 2-1 XLVIII 1987-1988 FC Porto V. Guimarães 1-0 XLVII 1986-1987 Benfica Sporting 2-1 XLVI 1985-1986 Benfica Belenenses 2-0 XLV 1984-1985 Benfica FC Porto 3-1 XLIV 1983-1984 FC Porto Rio Ave 4-1 XLIII 1982-1983 Benfica FC Porto 1-0 XLII 1981-1982 Sporting Sp. Braga 4-0 XLI 1980-1981 Benfica FC Porto 3-1 XL 1979-1980 Benfica FC Porto 1-0 XXXIX 1978-1979 Boavista Sporting 1-1 1-0 XXXVIII 1977-1978 Sporting FC Porto 1-1 2-1 XXXVII 1976-1977 FC Porto Sp. Braga 1-0 XXXVI 1975-1976 Boavista V. Guimarães 2-1 XXXV 1974-1975 Boavista Benfica 2-1 XXXIV 1973-1974 Sporting Benfica 2-1 XXXIII 1972-1973 Sporting V. Setúbal 3-2 XXXII 1971-1972 Benfica Sporting 3-2 XXXI 1970-1971 Sporting Benfica 4-1 XXX 1969-1970 Benfica Sporting 3-1 XXIX 1968-1969 Benfica Académica 2-1 XXVIII 1967-1968 FC Porto V. Setúbal 2-1 XXVII 1966-1967 V. Setúbal Académica 3-2 XXVI 1965-1966 Sp. Braga V. Setúbal 1-0 XXV 1964-1965 V. Setúbal Benfica 3-1 XXIV 1963-1964 Benfica FC Porto 6-2 XXIII 1962-1963 Sporting V. Guimarães 4-0 XXII 1961-1962 Benfica V. Setúbal 3-0 XXI 1960-1961 Leixões FC Porto 2-0 XX 1959-1960 Belenenses Sporting 2-1 XIX 1958-1959 Benfica FC Porto 1-0 XVIII 1957-1958 FC Porto Benfica 1-0 XVII 1956-1957 Benfica Sp. Covilhã 3-1 XVI 1955-1956 FC Porto Torreense 2-0 XV 1954-1955 Benfica Sporting 2-1 XIV 1953-1954 Sporting V. Setúbal 3-2 XIII 1952-1953 Benfica FC Porto 5-0 XII 1951-1952 Benfica Sporting 5-4 XI 1950-1951 Benfica Académica 5-1 X 1948-1949 Benfica Atlético 2-1 IX 1947-1948 Sporting Belenenses 3-1 VIII 1945-1946 Sporting Atlético 4-2 VII 1944-1945 Sporting Olhanense 1-0 VI 1943-1944 Benfica Estoril 8-0 V 1942-1943 Benfica V. Setúbal 5-1 IV 1941-1942 Belenenses V. Guimarães 2-0 III 1940-1941 Sporting Belenenses 4-1 II 1939-1940 Benfica Belenenses 3-1 I 1938-1939 Académica Benfica 4-3
U. Tomar – Centenário (XXXIII)
(“O Templário”, 15.05.2014)
Chegava-se então à temporada de 1975-76, que assinalaria a derradeira participação do União de Tomar na I Divisão. Atravessando uma época difícil, a sete jornadas do termo da competição, a formação tomarense ocupava a indesejada posição de “lanterna vermelha”, a três pontos dos lugares da “salvação”. Até que aconteceria uma das maiores surpresas do campeonato…
Um magnífico Boavista cedera entretanto a liderança (que ocupara durante a primeira fase da prova) ao Benfica, mas continuava a ocupar um estupendo 2.º lugar, e, sobretudo, não abdicara ainda da luta pelo título. Na 24.ª ronda, a 13 de Março de 1976, o União visitava o Estádio do Bessa e ninguém apostaria “um tostão” numa eventual possibilidade de triunfo unionista.
Bastaria porém um golo de Camolas, ao findar da primeira parte, para desmentir toda e qualquer lógica do futebol: os “rubro-negros” obtinham uma tão sensacional como absolutamente surpreendente vitória sobre o Boavista, em terreno alheio, que terá sido determinante para afastar o “Boavistão” de Pedroto da possibilidade de se vir a sagrar Campeão Nacional!
«Parecia fácil, por tudo isso e ainda porque os visitados, segundos da classificação, defrontavam o último da tabela. Realmente parecia fácil. Mas foi difícil. Parecia simples. E foi tremendamente complicado. Parecia de ganhar. E foi de perder. Sem um apelo, sem um reparo para o árbitro, sem outras atenuantes que fossem afinal, as ausências de Celso e de Alves. Celso que é dono do meio-campo, que aí segura o jogo, que aí mina o adversário, que o impede, aí, de se mostrar, de se organizar, de partir para o contra-ataque. Alves que é o estratega, o homem que constrói, que corre o campo, que mete a bola, quando não marca o golo, que disciplina os movimentos, o «empreiteiro» que faz os «alicerces» da actuação, que vê o lance, que faz jogar, que arrasta consigo a equipa, que lhe dá o balanço certo que é a «inteligência do «onze», o cérebro que o comanda, lá dentro, mesmo quando marcado, quando vigiado, quando policiado, quando perseguido em todos os terrenos, que tem sido o grande impulsionador do mesmo assim sensacional «Boavistão» de 1975-76, no sábado apenas «Boavistinha», confundido, desnorteado, descompassado, sem ritmo de início, depois nervoso, despistado, sempre ao ataque, um ataque porfiado, prolongado, constante, persistente, que deparou com todo um «União dos Defesas Unidos» que de Tomar foi até ao Bessa jogar uma cartada que se antevia difícil, quase impossível, mas que redundou num triunfo naturalmente surpreendente mas justificado, para não dizermos justo, sopesados bem os acontecimentos daqueles noventa minutos de nervos em franja para toda a gente, as duas equipas e todos os espectadores, sobretudo os interessados, os que sofreram mais com a derrota, por a ela não estarem habituados.
Não foi um jogo espectacular. Mas foi um espectáculo todo o jogo. Emotivo, emocionante, que prendeu toda a gente até ao derradeiro segundo do último minuto. […].
O União de Tomar acabou por vencer bem – por culpa alheia, também. E o Boavista perdeu mal – mas apenas porque jogou realmente mal. […]
Claro que o União, como já vimos, teve a sua tarefa de algum modo facilitada. Mas soube deitar a mão ao ensejo, soube aproveitar a oportunidade, soube construir, com abnegação e lucidez, o caminho que a conduziu ao êxito. Com certa dose de sorte, convenhamos. Mas o importante é que soube procurar essa sorte, soube agarrá-la, soube conquistá-la e, depois, soube guardá-la com determinação, soube segurá-la com unhas e dentes.»(1)
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O pulsar do campeonato – 26ª jornada
(“O Templário”, 15.05.2014)
Decidida que fora já – na jornada anterior – a atribuição do título de Campeão Distrital da I Divisão, conquistado com mérito pelo At. Ouriense, equipa mais regular ao longo de toda a competição, a derradeira ronda da prova tinha como aliciante principal a disputa da manutenção, ainda com três equipas envolvidas (Pontével, U. Chamusca e Benavente), procurando escapar ao indesejável 13.º lugar, posição que se traduz no ficar em suspenso do desempenho final do Riachense no Campeonato Nacional de Seniores.
Afinal, acabou por não haver surpresas, tendo as três equipas ainda em risco perdido os respectivos jogos: o Pontével, derrotado pelo vizinho Cartaxo por 0-3 (culminando um sofrido final de época, com cinco desaires nas cinco jornadas finais); o U. Chamusca, perdendo em casa com o Torres Novas (1-2); e o Benavente, goleado em Santarém, pelos Empregados do Comércio (1-5). Deste modo, mantiveram-se portanto as posições relativas dos três clubes, pelo que é o Benavente que se mantém em suspenso, tendo o seu futuro “nas mãos” do Riachense.
Nas outras quatro partidas, o novo Campeão, At. Ouriense, recebeu e bateu o Fazendense (4.º classificado), por 1-0, enquanto o vice-campeão, Coruchense, goleou o Amiense (5.º lugar) por 4-1. O Mação ganhou por 2-1 ao Assentis, na nona derrota consecutiva do grupo do município de Torres Novas. Por fim, despedindo-se “em beleza” da edição correspondente ao ano do Centenário, o União de Tomar completou uma série de quatro vitórias sucessivas – o melhor ciclo que registou em toda a prova –, vencendo, na recepção à U. Abrantina, por 2-0.
Num balanço final deste campeonato, destaque para o At. Ouriense, que, depois de um mau início (apenas obteve a primeira vitória à quarta jornada, somando apenas dois pontos nas três rondas inaugurais), engrenou para um excelente desempenho (melhor ataque, de forma destacada, apenas tendo sido superado, a nível de defesa menos batida, pelo Coruchense), com uma magnífica 2.ª volta, em que, em 13 jornadas, obteve doze triunfos, apenas perdendo no jogo “menos conveniente” para os interesses do União de Tomar, em Amiais de Baixo (o que impossibilitaria aos unionistas consumar a sua recuperação do 5.º lugar).
O Coruchense e o Torres Novas, embora claudicando em “momentos-chave” (a equipa de Coruche, tendo começado o campeonato com três empates, perdeu mais sete pontos nos seis primeiros jogos da 2.ª volta; os torrejanos, acumulando três desaires em quatro encontros, entre a 20.ª e a 23.ª jornadas) mantiveram, não obstante, alguma regularidade (28+29 pontos para o Coruchense; 27+25 pontos para o Torres Novas, nas duas metades da prova), que lhes permitiram alcançar os restantes lugares no pódio.
O Fazendense chegou a liderar a competição, prometendo bastante, mas, cinco derrotas na 2.ª volta, fizeram com que baixasse até ao 4.º posto. Os grupos do Amiense e do União de Tomar, respectivamente 5.º e 6.º classificados, ambos com épocas absolutamente tranquilas, tiveram desempenhos muito similares (19+25 pontos para a turma de Amiais de Baixo; 19+24 pontos para os unionistas). No caso específico do União de Tomar, o mau arranque (três derrotas nas quatro primeiras jornadas) acabaria por ser bastante penalizador, resultando em apenas 13 pontos obtidos no ano de 2013, face aos 30 conquistados no ano do Centenário…
Na prova dos tomarenses, destaque particular para um ciclo de oito jogos sem derrota, entre a 11.ª e a 18.ª jornadas (com um total de três meses sem perder, entre 15 de Dezembro e 16 de Março), assim como para a série final de quatro triunfos, para além da fantástica goleada obtida em Santarém (8-0), a maior de todo o seu centenário historial em jogos fora de casa. Adicionalmente, merece ainda registo que o União empatou no terreno do Campeão, At. Ouriense (onde, aliás, poderia ter ganho, com a tal grande penalidade em período de descontos!…); ganhou ao vice-campeão, Coruchense; venceu, frente ao 3.º classificado, em Torres Novas; empatou as duas partidas com o Fazendense (4.º); e ganhou também ao Amiense (5.º); não tendo perdido nenhum dos jogos com o Mação e Empregados do Comércio; e tendo ganho os dois desafios frente a Benavente, Assentis e U. Abrantina, demonstrando portanto, de forma cabal, a sua capacidade para se bater com qualquer adversário, em qualquer terreno.
O Mação (7.º) e o Cartaxo (9.º) registaram um comportamento aquém das expectativas, tendo os cartaxenses conseguido ainda empreender uma boa recuperação, com quatro vitórias nas cinco rondas finais. Os Empregados do Comércio, tendo superado alguns momentos negativos (goleadas sofridas ante o União, por 0-8, e Torres Novas, por 1-7, ambas em casa) obteve uma boa classificação (8.º lugar), superando o irregular Pontével, também abaixo do desempenho do ano anterior. O U. Chamusca, embora em esforço, conseguiria relegar o Benavente, com um mau campeonato, para a zona de risco da pauta classificativa. Por fim, Assentis (com uma muito má 2.ª volta, em que apenas somou 4 pontos), e U. Abrantina, com um péssimo rendimento (apenas uma vitória), acabaram por ser, com naturalidade, as duas equipas despromovidas.
No Distrital da II Divisão, Rio Maior e Barrosense (que empataram a um golo) garantiram já, ainda a duas jornadas do final, a promoção à I Divisão Distrital. Por seu lado, o também regressado à competição U. Santarém (tal como o grupo de Rio Maior), tendo ganho em Ferreira do Zêzere (1-0) abeira-se igualmente da subida, necessitando apenas de obter mais um ponto para confirmar tal posição, tendo beneficiado do desaire do Pego na Atalaia (0-1).
No Campeonato Nacional de Seniores, Alcanenense (empate 2-2 na Lourinhã) e Fátima (derrotado em casa, por 1-3, pelo Carregado) estavam já descansados. O Riachense, culminando uma excepcional recuperação (acumulando dez jogos de invencibilidade), com uma boa vitória em Porto de Mós (2-0) garantiu, pelo menos, o “play-off”, podendo mesmo confirmar a manutenção de forma directa, caso ganhe, na derradeira ronda, ao Lourinhanense.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 15 de Maio de 2014)





