Archive for 11 Maio, 2014
Classificação Final – Campeonato Nacional Futebol 2013-14
Equipa J V E D GM GS P 1 Benfica 30 23 5 2 58 - 18 74 2 Sporting 30 20 7 3 54 - 20 67 3 FC Porto 30 19 4 7 57 - 25 61 4 Estoril 30 15 9 6 42 - 26 54 5 Nacional 30 11 12 7 43 - 33 45 6 Marítimo 30 11 8 11 40 - 44 41 7 V. Setúbal 30 10 9 11 41 - 41 39 8 Académica 30 9 10 11 25 - 35 37 9 Sp. Braga 30 10 7 13 39 - 37 37 10 V. Guimarães 30 10 5 15 30 - 35 35 11 Rio Ave 30 8 8 14 21 - 35 32 12 Arouca 30 8 7 15 28 - 42 31 13 Gil Vicente 30 8 7 15 23 - 37 31 14 Belenenses 30 6 10 14 19 - 33 28 15 Paços Ferreira 30 6 6 18 28 - 59 24 16 Olhanense 30 6 6 18 21 - 49 24
Campeão – Benfica – Entrada directa na Fase Grupos da Liga dos Campeões
2º classificado – Sporting – Entrada directa na Fase Grupos da Liga dos Campeões
3º classificado – FC Porto – “Play-off” de acesso à Fase Grupos Liga dos Campeões
4º classificado – Estoril – Entrada directa na Fase Grupos da Liga Europa
5º classificado – Nacional – “Play-off” de acesso à Fase Grupos da Liga Europa
Finalista Taça – Rio Ave – 3ª eliminatória de acesso à Fase Grupos da Liga Europa
Vencedor Taça – Benfica
Despromovido – Olhanense
Promovidos – Moreirense, Penafiel e Boavista (reintegração na 1.ª Liga)
Paços de Ferreira – Manutenção via play-off
Melhores marcadores:
1. Jackson Martinez – FC Porto – 20
2. Derley – Marítimo – 16
3. Rafael Martins – V. Setúbal – 16
Palmarés – Campeões:
Benfica (33) – 1935-36; 1936-37; 1937-38; 1941-42; 1942-43; 1944-45; 1949-50; 1954-55; 1956-57; 1959-60; 1960-61; 1962-63; 1963-64; 1964-65; 1966-67; 1967-68; 1968-69; 1970-71; 1971-72; 1972-73; 1974-75; 1975-76; 1976-77; 1980-81; 1982-83; 1983-84; 1986-87; 1988-89; 1990-91; 1993-94; 2004-05; 2009-10; 2013-14
FC Porto (27) – 1934-35; 1938-39; 1939-40; 1955-56; 1958-59; 1977-78; 1978-79; 1984-85; 1985-86; 1987-88; 1989-90; 1991-92; 1992-93; 1994-95; 1995-96; 1996-97; 1997-98; 1998-99; 2002-03; 2003-04; 2005-06; 2006-07; 2007-08; 2008-09; 2010-11; 2011-12; 2012-13
Sporting (18) – 1940-41; 1943-44; 1946-47; 1947-48; 1948-49; 1950-51; 1951-52; 1952-53; 1953-54; 1957-58; 1961-62; 1965-66; 1969-70; 1973-74; 1979-80; 1981-82; 1999-00; 2001-02
Belenenses (1) – 1945-46
Boavista (1) – 2000-01
U. Tomar – Centenário (XXXII)
(“O Templário”, 08.05.2014)
No final da época de 1974-75, em que o União de Tomar registara a sua quinta participação na I Divisão Nacional, garantindo a permanência por mais uma temporada, a formação unionista atingia, também pela quinta vez na sua história, os 1/4 Final da Taça de Portugal. Ditara o sorteio que a turma “rubro-negra” recebesse no seu terreno, a 25 de Maio de 1975, a visita do Sporting.
E, de alguma forma, aconteceria surpresa: não obstante não terem faltado oportunidades de golo, para ambos os contendores, o nulo no marcador não se alteraria, mesmo após a disputa de um prolongamento de trinta minutos.
«Quis-nos parecer que o Sporting está num mau momento ou «procurou-o», por causas diversas, logo neste encontro de Tomar. E podia, por isso mesmo, já estar afastado da competição […]. O «leão» precisava de um banho no Nabão. Para despertar da letargia. […]
Como dissemos, várias circunstâncias podiam ter contribuído para a pouca inspiração colectiva dos sportinguistas. Duas delas: a lesão de Fraguito, e a figura de corpo presente que Yazalde fez durante uma grande mão cheia de minutos. Atenuantes? Até certo ponto. Atenuantes em relação à pouca dinamização da linha média e à falta de poder de concretização da dianteira, mas, no resto, parece-nos que será pôr demasiados condicionalismos à excelente resistência dos tomarenses, focando as desgraças sem lhes contar os méritos.
Durante a época, a defesa de Tomar tem sido muito mal tratada pela crítica. Ontem, antes do jogo, era também a grande incógnita e pareceu-nos que da sua actuação dependia o êxito da equipa ou o seu rápido aniquilamento. […]
Assim, sobre cinco homens [Silva Morais, Kiki, Calado, Zeca e Fernandes] estava suspensa uma acusação. Afinal, o gato não conseguiu comer as filhós, a defesa do União, umas vezes com uma certa tranquilidade, de outras perfeitamente desaustinada, pontapeando para fora, afastando a bola de qualquer jeito da sua área, não se portou nada mal. A começar no guarda-redes [Silva Morais], que fez duas ou três defesas de grande categoria e jogou muito bem, durante toda a partida, e a terminar no homem do lado esquerdo [Fernandes]. […]
Foi uma forma inteligente de actuação, foi, também, sentido das realidades. Da forma como jogou, batendo-se bem na defesa e tentando chegar à baliza de Damas através de lances rápidos de contra-ataque, os homens de Tomar disputaram o jogo e podiam ter perfeitamente eliminado o Sporting.»(1)
Este fora o momento em que o União terá estado mais próximo das ½ Finais da competição, fase que, porém, nunca conseguiria franquear. Tendo forçado o grupo “leonino” a um jogo de desempate, o qual seria disputado apenas dois dias depois, agora em Lisboa, no Estádio de Alvalade, e no termo de mais uma época desgastante em termos anímicos e físicos, sem um adequado período de recuperação, o conjunto nabantino acabaria por soçobrar, perante uma exibição de grande nível do adversário, sendo goleado por pesados 0-5.
Cumprido que fora o objectivo fundamental, de manutenção entre os grandes do futebol português, complementado com uma boa e digna campanha também na Taça de Portugal (tendo eliminado Famalicão e Montijo, ambos por 5-3), era tempo de pensar na temporada seguinte…
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O pulsar do campeonato – 25ª jornada
(“O Templário”, 08.05.2014)
Numa jornada – penúltima do Campeonato Distrital da I Divisão – completamente atípica, em que nenhum dos quatro primeiros classificados venceu (aliás, o trio de clubes que se posicionava no topo da tabela acabaria mesmo por sofrer três derrotas!), tudo ficou já decidido na frente da classificação, com o At. Ouriense a sagrar-se, pela primeira vez no seu historial, Campeão Distrital, garantindo assim a promoção ao Campeonato Nacional de Seniores.
Efectivamente, depois de, no feriado de 1 de Maio, ter perdido a Final da Taça do Ribatejo, disputada no Entroncamento, a favor do Fazendense (graças a um golo solitário do grupo de Fazendas de Almeirim), a turma de Ourém averbaria novo desaire, na sempre difícil deslocação a Amiais de Baixo, onde perdeu por 1-2. Não obstante, mercê da inesperada derrota do Coruchense em Benavente (0-1), mantendo-se os quatro pontos de diferença entre os dois primeiros, faltando realizar apenas a derradeira ronda, ficou já selada a conquista do título.
Também o Fazendense, depois de ter conquistado, pela terceira vez, a Taça do Ribatejo (que vencera também há dois anos), foi surpreendentemente desfeiteado no seu terreno, pelo Mação, também por 0-1. O que, por seu lado, possibilitou ao Torres Novas, e apesar de um também imprevisto empate caseiro (1-1) ante o Cartaxo, igualar a equipa do sul do Distrito, com vantagem dos torrejanos na diferença global de golos, o que lhes permitiu recuperar o 3.º lugar.
Pelo que, para os interesses do União de Tomar, aspirando ainda a poder atingir o 5.º lugar, foi determinante o facto de a equipa que ocupa essa posição ter sido precisamente a única, de entre os cinco primeiros, a vencer… Em dia de comemoração de Centenário, deslocando-se a Assentiz, onde defrontava uma equipa ameaçada pela descida de Divisão – apenas a vitória poderia servir os objectivos de qualquer das equipas – os tomarenses começaram por ser distinguidos com o bonito gesto do grupo da casa, que afixou, num dos topos do terreno, uma mensagem dando os Parabéns ao União pelos 100 anos, seguindo-se a retribuição por parte do Presidente unionista, que fez oferta ao seu congénere do livro com a história do clube.
Porém, entrando mal no jogo – pese embora até ter começado por assumir a iniciativa –, a turma “rubro-negra” seria surpreendida por um contra-ataque, vendo-se em posição de desvantagem logo a partir dos oito minutos. Numa partida de nervos à “flor da pele”, dado o que estava em jogo, em particular para o Assentis, as coisas complicar-se-iam bastante, na sequência da expulsão de dois jogadores da equipa da casa, período em que o conjunto de Tomar, com dois tentos de Fábio Vieira, conseguiria enfim operar a reviravolta, acabando por vencer por 2-1, apesar de ter finalizado também o encontro, igualmente reduzido a nove unidades em campo.
Uma vitória (terceiro triunfo sucessivo dos unionistas) que, dadas as notícias que chegavam de Amiais de Baixo, acabaria por se revelar inconsequente, uma vez que os nabantinos mantêm a 6.ª posição na tabela, que será a sua classificação final, independentemente dos resultados da derradeira jornada. Ao invés, para o Assentis, significou também, desde logo, o consumar da despromoção à II Divisão Distrital, acompanhando a U. Abrantina.
A formação de Abrantes, que será o último adversário dos tomarenses, em partida a disputar no próximo sábado, empatou em casa com o U. Chamusca (1-1), colocando assim termo a uma longa série de dez desaires consecutivos. Por fim, o Pontével, surpreendido no seu terreno, pelos Empregados do Comércio (perdendo por 2-4) pode ter complicado bastante as suas contas.
De facto, à entrada para o último dia da competição, resta definir quem será o antepenúltimo classificado, que poderá correr o risco de vir a ser despromovido, dependendo do comportamento do Riachense no Campeonato Nacional de Seniores. Nesta altura, o Benavente (que se desloca a Santarém, para defrontar os Empregados do Comércio), não obstante ter vencido nesta jornada, subsiste em posição mais delicada, a dois pontos do U. Chamusca (equipa que receberá o Torres Novas) e a três do Pontével (que visita o vizinho Cartaxo).
Em caso de empate pontual na classificação final entre Benavente e Pontével, o desempate será também pela diferença global de golos que, nesta altura, é favorável à formação do município do Cartaxo em quatro golos); no desempate entre U. Chamusca e Benavente, tem vantagem a turma chamusquense; na eventualidade de uma igualdade pontual entre os três clubes, seria também o Benavente o pior colocado. Quem ficou livre de preocupações foram as equipas dos Empregados do Comércio e do Cartaxo, tendo garantido já, matematicamente, a manutenção.
Na II Divisão Distrital, o Rio Maior (goleada de 5-0 sobre o Pego), abeira-se da promoção, assim como o Barrosense (que ganhou ao Ferreira do Zêzere por 3-1). Estas duas equipas têm agora, respectivamente, sete e seis pontos de vantagem sobre o 4.º classificado, Pego – faltando realizar três jornadas –, com o U. Santarém a retomar o último lugar de acesso à subida, ao vencer o Atalaiense por 5-3, agora com dois pontos de vantagem sobre o Pego.
Por fim, no Campeonato Nacional de Seniores, uma jornada totalmente vitoriosa para as equipas do Distrito, com destaque para a goleada (6-2) imposta pelo Riachense ao Carregado (seu rival na disputa de um lugar no “play-off” de manutenção); por seu lado, o Fátima venceu o Torreense por 1-0, mesmo resultado obtido pelo Alcanenense na recepção ao Portomosense. A duas rondas do final, o Riachense tem agora três pontos de vantagem sobre o Carregado, registando um atraso de quatro pontos em relação ao Lourinhanense (manutenção directa).
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 8 de Maio de 2014)