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O pulsar do campeonato – 6ª jornada
(“O Templário”, 25.04.2013)
À medida que o campeonato avança, agora em ritmo crescentemente acelerado, começando a aproximar-se do seu termo, começarão inevitavelmente também a definir-se posições, dado ser cada vez mais limitada a margem de manobra disponível para recuperação de atrasos.
Vem isto a propósito, nomeadamente, de mais uma difícil etapa vencida pelo Amiense, no seu prolongado esforço de recolagem aos primeiros, ao bater o Mação, por 2-0. Só que, com o (expectável) triunfo do Riachense sobre o Fazendense (2-0), e mantendo-se os quatro pontos de diferença entre 1.º e 4.º classificado, resta agora menos uma ronda para encurtar distâncias. Por outro lado, o desfecho da partida realizada em Amiais de Baixo provocou também a separação do duo Riachense-Mação, que, ao longo de tantas jornadas, comandou, a par, a competição.
Assim, a turma de Riachos conseguiu, para já, uma – tão escassa como importante – vantagem sobre os mais directos perseguidores: At. Ouriense (que venceu o Benavente por 3-0) e Mação estão agora a três pontos. Nada de definitivo ainda, mas, de qualquer forma, uma posição de algum privilégio, carecendo porém, necessariamente, de confirmação nos próximos jogos – e, como veremos mais adiante, haverá dois para disputar, no curto espaço de apenas três dias.
Passando para a série de disputa de manutenção, o União de Tomar – regressando finalmente a casa, depois de longo período de interdição do Estádio Municipal – cedeu o terceiro empate “caseiro” em quatro encontros, em partidas sempre bastante animadas e repletas de golos (2-2 com U. Abrantina, 3-3 com Pontével e, agora, 2-2 com o Coruchense), que contribuem activamente para fazer da formação unionista a mais goleadora desta segunda fase (11 golos marcados em seis jogos), mas, também, a equipa com mais… golos sofridos (10).
Desta vez, por coincidência ou não com tal regresso a Tomar, a marcha do marcador foi diversa da dos dois anteriores empates (em que a turma nabantina havia desperdiçado vantagens de dois golos): o Coruchense beneficiou, por duas vezes, da posição de vantagem no marcador, e seria já em inferioridade numérica, que, com grande brio e abnegação, o União acabaria por obter o tento que lhe permitiu fixar a igualdade final, garantindo um ponto que muito determinante se poderá vir a revelar nas contas finais (associado, paralelamente, à perda de dois pontos por parte da equipa de Coruche).
Numa ronda marcada pela primeira vitória da U. Abrantina, que traduz, de forma simétrica, a primeira derrota do Pontével (por clara margem, de 3-0), e por um desfecho também de alguma forma imprevisível, com a equipa da Glória do Ribatejo a ir vencer à Moçarria (1-0) – que vinha de um triunfo em Abrantes –, a pauta classificativa ficou bastante mais compacta, com tudo ainda em aberto para as rondas finais.
De facto, os quatro primeiros surgem agora separados, entre cada um, por dois pontos: o Pontével lidera ainda, com 24 pontos, seguido por U. Tomar (22), U. Abrantina (20) e Coruchense (18); mais abaixo, Moçarriense (13 pontos) e Glória do Ribatejo (12) ainda “não atiraram a toalha”.
Até porque vão chegando boas notícias de Alcanena: o Alcanenense voltou a ganhar, e ascendeu ao 2.º lugar na sua série do Nacional da III Divisão, encontrando-se portanto em posição de promoção ao futuro Campeonato Nacional de Seniores. Embora a vantagem sobre o 4.º classificado seja ainda muito escassa (apenas dois pontos – faltando ainda disputar seis jornadas). Num cenário optimista – de que, por prudência, será conveniente manter alguma “desconfiança” – poderão vir a ser apenas duas as equipas a despromover à II Divisão Distrital, o que justifica as esperanças que os dois últimos acalentam ainda (dado estarem a cinco e a seis pontos do conjunto de Coruche).
Conforme referido anteriormente, há duas rondas para disputar no intervalo de três dias (que nos deixarão a apenas outras duas jornadas do termo do campeonato)!…
Primeiro, no feriado de 25 de Abril, um escaldante Mação-At. Ouriense – equipas que mais directamente perseguem o Riachense –, ambas “proibidas” de perder mais pontos (na perspectiva de que a formação de Riachos possa trazer a vitória da deslocação a Benavente), e com o Amiense em mais uma “prova de esforço”, na visita a Fazendas de Almeirim.
Na série de manutenção, o União de Tomar visita a Glória do Ribatejo, onde já foi feliz esta época e em que necessita dar continuidade à série de cinco jogos de invencibilidade, para poder eventualmente aproveitar algo do confronto entre Coruchense e U. Abrantina, em que muito poderá estar em jogo e onde, necessariamente, pelo menos uma (porventura as duas) equipa(s) perderá pontos. No Pontével-Moçarriense, não me atrevo já, nesta fase, a indicar um favorito…
Depois, logo no Domingo, dia 28, Riachense-At. Ouriense, com os actuais dois primeiros classificados da série de apuramento de Campeão a medirem forças, com a tal vantagem da equipa de Riachos, que lhe permitirá até perspectivar como bom resultado um empate. Enquanto o Mação, em deslocação a Fazendas de Almeirim, só poderá pensar em vencer; podendo o Amiense ter algo a lucrar com esta jornada, caso cumpra a sua parte, de ganhar ao Benavente.
O União jogará, de novo, fora de casa, em Abrantes, onde pontuar poderá significar a garantia de cumprir o objectivo traçado; com o Moçarriense (recebendo o Coruchense) e o Glória (em visita a Pontével) a poderem ter aqui a última oportunidade de ter ainda uma palavra a dizer.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 25 de Abril de 2013)