Archive for Junho, 2009
Pentateuco – Primeiro livro impresso em Portugal tem 522 anos
O “Pentateuco”, considerado o primeiro livro impresso em Portugal – cujo único exemplar original conhecido se encontra na Biblioteca Bodleiana, na Universidade de Oxford -, foi concluído em 30 de Junho de 1487, na oficina do editor judeu Samuel Gacon (primeira oficina tipográfica em Portugal, localizada em Faro), faz hoje precisamente 522 anos.
Trata-se do primeiro livro da Bíblia, uma narrativa desde a criação do Mundo, até à fixação do povo hebreu no Egipto, tendo sido, nesta primeira versão em Portugal, impressa em 110 fólios, com composição de 30 – 32 linhas.
Agradecimento
Pelos parabéns a propósito do 6º aniversário do Memória Virtual, a:
- Alfredo Caiano Silvestre (Notas)
- Luís Santos (Atrium)
- Jorge Ferreira (Tomar Partido)
- Nabantia
Obrigado pelas vossas palavras de incentivo!
Memória Virtual – 6 anos
6 anos / 6 rostos / 5 endereços web / 3 plataformas de publicação / cerca de 5 200 entradas / cerca de 990 000 visitantes / mais de 1 400 000 visualizações de página.
Obrigado!
INA – Institut National de l’Audiovisuel
O INA – Institut National de l’Audiovisuel estreou uma nova versão do seu sítio, dedicada ao visionamento e escuta, disponibilizando mais de 25 000 horas de emissão de televisão (mais de 100 000 programas!) e rádio francesas, sendo cerca de 80 % dos arquivos de consulta gratuita. Está também disponível uma loja online.
(via Le Monde)
Museu da Cidade
Encontra-se já disponível o sítio na Internet do Museu da Cidade (localizado em Lisboa, no Campo Grande), um museu de História, criado com o objectivo de documentar e divulgar a história de Lisboa nas diferentes etapas da sua evolução urbanística, económica, política, social e das mentalidades.
Do seu espólio destaca-se a colecção de artefactos mais antigos da ocupação humana do local, datados de 300 000 a.C. a 100 000 a.C.; as primeiras representações da cidade de Lisboa; os projectos para a inovadora obra de construção do Aqueduto das Águas Livres; os da edificação da baixa pombalina, surgida na sequência do Terramoto de 1755; terminando com O Fado, da autoria de José Malhoa, obra incontornável da pintura do século XX. O Museu da Cidade conserva também uma maqueta representando Lisboa antes do terramoto.
Neste sítio podem ver-se reconstituições virtuais de edifícios anteriores ao terramoto de 1755.
(via De Rerum Natura)
História do Twitter
(via Manolith)
Mais aqui:
British Library faculta arquivos de jornais desde o Século XIX
A British Library faculta a consulta online de arquivos de jornais desde o século XIX, abrangendo mais de dois milhões de páginas, de cerca de meia centena de periódicos ingleses de índole nacional e regional. A pesquisa é gratuita; contudo, para aceder aos artigos é necessário fazer pagamentos a partir de cerca de 7 libras/dia (possibilitando a consulta de 100 artigos).
A (não) descentralização do futebol português-2
Num ano em que o Distrito de Santarém perdera já um representante nos Campeonatos Nacionais de futebol (com a desistência do Abrantes do Campeonato da II Divisão), e em que Cartaxo e Torres Novas foram despromovidos da III Divisão para os Distritais, a aplicação de uma regra geral a uma situação específica, especial e de cariz algo excepcional como a da renúncia do Riachense à promoção aos Nacionais, faz com que a região passe a dispor de um único representante no Campeonato Nacional da III Divisão, o Rio Maior…
Sim, esse mesmo clube que viu todos os seus jogadores seniores rescindir o contrato por atrasos salariais de vários meses, e que – recorrendo aos juniores para as três últimas jornadas da prova, de forma a evitar a desclassificação – se viu mimoseado com desfechos de 16-1 (em casa, frente ao Sintrense) e 17-0 (com o Portosantense)!
Ou seja, a Associação de Futebol de Santarém – é verdade que, essencialmente, por responsabilidades imputáveis a clubes (os dirigentes do Rio Maior, em ultimato que fizeram aos jogadores imediatamente antes das rescisões fizera saber que, se as mesmas se concretizassem, o clube abandonaria a prática do futebol senior) – corre o risco de na próxima época, de 2009-10, não ter qualquer representação no Campeonato Nacional da III Divisão… situação curiosa para uma prova que se denomina “Nacional”!
A aplicação de uma regra como a que está em causa, que privilegia as associações distritais mais poderosas, mais não faz que contribuir para o acentuar e mesmo perpetuar as já vincadas assimetrias entre litoral e interior do país. Estou convicto de que será de entendimento generalizado que tal não será o caminho mais adequado para o desenvolvimento harmonioso das regiões, nas suas várias componentes, económica, sócio-cultural, e, no caso concreto, desportiva.
Não sendo especialista em Direito, sei, não obstante, que as leis devem ter um carácter genérico e abstracto. Mas quando a interpretação da lei é cega a tal ponto que se proporciona a aplicações indevidas e injustas, não será altura de questionar tal aplicação?
A (não) descentralização do futebol português
A história conta-se em poucas palavras: tudo começou no passado dia 3 de Junho quando o Riachense (Campeão Distrital da Associação de Futebol de Santarém) declarou (nomeadamente por razões financeiras) renunciar ao direito a ser promovido à III Divisão Nacional; com naturalidade, a A. F. Santarém contactou o clube vice-campeão distrital (União de Tomar) para inquirir sobre a sua disponibilidade para uma eventual promoção, em substituição do Riachense, a que os responsáveis da equipa de Tomar – depois de avaliarem os riscos inerentes a tal opção, nomeadamente de índole económico-financeira – se mostraram receptivos.
A partir desse momento a decisão deste caso estava “nas mãos” da Federação Portuguesa de Futebol. Quanto me foi possível apurar, tratar-se-á de uma situação não especificamente regulamentada, pelo que se recorrerá ao critério geral de preenchimento de vagas: em lugar do Campeão distrital de Santarém será promovido o 2º classificado do campeonato da associação com mais clubes inscritos (sendo as principais a de Braga, Porto e Lisboa…).
Uma lógica que não deixa de ter subjacente algo de contraditório com o desenvolvimento do país em geral, na medida em que privilegia as associações mais poderosas.
Subsiste uma questão, que por esta via endereço aos responsáveis da Federação Portuguesa de Futebol e da Associação de Futebol de Santarém: O que acontecerá no final da época 2009-10 caso o Riachense (ou outro qualquer clube) se sagre Campeão Distrital e renuncie (novamente…) à promoção à III Divisão Nacional?