Reunião com Johannes Laitenberger (Porta-voz da Comissão Europeia)
17 Abril, 2009 at 11:30 am Deixe um comentário
A encerrar os dois dias de visitas às instituições europeias, o último encontro foi com o alemão Johannes Laitenberger – Porta-voz da Comissão Europeia e do Presidente, Durão Barroso -, falando num português irrepreensível.
Fez a apresentação da estrutura da equipa que coordena, a qual integra cerca de 35 porta-vozes da Comissão Europeia (cada uma das 27 “pastas” dispõe de um porta-voz, para além de outros “transversais” ao colégio de Comissários), tendo referido a realização de briefings diários para a comunicação social – ao qual, aliás, tivemos também possibilidade de assistir.
Paulo Marcelo questionaria se existe alguma estratégia de comunicação específica da Comissão Europeia em relação à blogosfera, ao que Laitenberger respondeu que não existe, ao nível do serviço de imprensa, uma orientação específica relativamente a qualquer tipo de meios de comunicação.
As informações que são disponibilizadas diariamente têm por prioridade ser acessíveis a todos os meios (incluindo o site da Comissão e o banco de dados dos comunicados de imprensa, também acessíveis via Internet – “sala de imprensa virtual”).
Têm presente, não obstante, a preocupação em desenvolver o site, com um novo formato, favorecendo a interactividade.
A última questão, colocada por Rui Castro, ainda a propósito do distanciamento dos cidadãos face às instituições, foi a de se poderia constituir uma hipótese viável um acréscimo de transparência, proporcionando um acesso directo ao funcionamento na prática do processo decisório.
Johannes Laitenberger concluiria afirmando que a Comissão Europeia tem uma preocupação de transparência, sendo que, por seu lado, no Parlamento Europeu há muito pouca coisa que não seja pública; também as reuniões do Conselho são públicas.
A retransmissão em directo pode ter interesse para os jornalistas, mas teria um interesse muito relativo para o cidadão comum, sendo sempre necessária uma mediação / síntese.
A concluir esta súmula da visita que efectuei às instituições da União Europeia, em Bruxelas, aqui quero deixar expresso de forma pública o meu agradecimento pelo simpático convite, em especial ao deputado Carlos Coelho e a Duarte Marques, pela excelente e pertinente iniciativa, assim como pelos inexcedíveis cuidados colocados nesta organização.
Um agradecimento extensível também aos companheiros que me acompanharam nesta “aventura”, pelo contributo que proporcionaram na valorização da iniciativa e pela empatia e dinâmica gerada a nível de todo o grupo: Ana Margarida Craveiro, André Abrantes Amaral, Bárbara Baldaia, Bruno Vieira Amaral, Carla Hilário Quevedo, Gabriel Silva, Isabel Goulão, João Gonçalves, João Távora, João Villalobos, Manuel Pinheiro, Maria João Marques, Nuno Gouveia, Paulo Marcelo, Pedro Lomba, Pedro Morgado e Rui Castro.
P. S. A ler, a crónica de Pedro Lomba, no Diário de Notícias, “Eu, europeu“, assim como diversos artigos entretanto já publicados nos blogues, nomeadamente: Europa (1) e (2) de João Villalobos; Mr. Biswas em Bruxelas, de André Abrantes Amaral; Adorei, adorei, adorei, de Carla Hilário Quevedo; Bruxelas 1, 2, 3, 4, 5 e 6, de Isabel Goulão; Atrasos inexplicáveis, Ainda a construção e A importância da construção europeia, por Ana Margarida Craveiro; Assim não vão lá, de João Gonçalves; Os deuses, afinal, não estão todos loucos e Bruxelas, por volta da uma hora, de Maria João Marques; e Bruxelas – a capital de um novo império? (I) e (II), de Nuno Gouveia; Bruxelas – o outro roteiro, de Rui Castro; O Clube de Bruxelas, por João Távora; Em Bruxelas (I), de Bruno Vieira Amaral; e Mosselen (1) , (2), (3), (4), (5) e (6), por Gabriel Silva.
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