Eleições Presidenciais EUA – 2008 (II)
15 Novembro, 2007 at 10:50 am Deixe um comentário
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O Colégio Eleitoral foi criado por duas razões: o primeiro objectivo era o de estabelecer um filtro à eleição directa do Presidente pela população, procurando evitar a eleição de um Presidente “populista” (que pudesse eventualmente “manipular” o voto popular), atribuindo a decisão a um reduzido núcleo de representantes (“Grandes Eleitores”), visando a escolha de uma pessoa devidamente qualificada para o exercício do cargo; o segundo relaciona-se com a “protecção” dos Estados mais pequenos, num sistema de “equilíbrio” que garante um número mínimo de três representantes, independentemente da população do Estado.
A atribuição da totalidade dos votos de cada Estado no Colégio Eleitoral ao candidato vencedor da eleição estadual – à excepção do Maine e do Nebraska (em que a repartição dos eleitores é apurada com base no vencedor em cada “Distrito”) – não decorre da Constituição, tendo sido adoptada pelos Estados no decurso do século XIX, estando nomeadamente relacionada com a necessidade de os representantes de cada Estado terem de fazer a deslocação até ao local de reunião do Colégio Eleitoral.
A título de curiosidade – conforme aqui anotou o Gabriel Silva –, os “Grandes Eleitores” não são obrigados a votar nos candidatos porque foram escolhidos, podendo livremente escolher outro candidato ou até inverter as candidaturas (escolher para Presidente aquele que se apresentou como candidato a Vice-Presidente!). Este sistema permitiu que, já por 4 vezes, tivesse sido eleito como Presidente um candidato com menos votos populares que o seu concorrente: John Quincy Adams (1824), Rutherford B. Hayes (1876), Benjamin Harrison (1888), e George W. Bush (2000).
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