Com o reencontro com Filipe (que se especializara entretanto na área da Energia, em particular do Petróleo), Tomás é informado sobre o falhanço do Protocolo de Quioto – em que a maior parte dos países desenvolvidos assumira o compromisso de, até 2012, reduzir as emissões globais de dióxido de carbono para valores inferiores aos de 1990… nunca ratificado pelos EUA.
Tomando também conhecimento das previsões alarmistas de que o cruzar de uma determinada temperatura crítica poderá vir a desencadear fenómenos descontrolados, perdida a capacidade de auto-regulação da Terra.
Sendo ainda alertado para o efeito – que ignorava – do metano (presente por baixo do gelo da tundra da Sibéria) sobre o aquecimento global… chegando ao extremo de se falar mesmo de “extinção em massa”!
Concluindo com a estranha descontracção (apatia ou autismo?!) pública face ao aquecimento global, em contraponto ao pânico manifestado pelos peritos, Filipe colocaria a interrogação:
“Quando os cientistas do painel da ONU vieram a público e confirmaram que, nas próximas décadas, as tempestades vão ficar mais violentas, o deserto irá alastrar para mais de metade do planeta e o nível do mar vai subir uma dezena de metros ou mais, o que seria normal acontecer? Acho que a CNN teria de interromper a emissão com grande espalhafato, milhões de pessoas deveriam ter saído às ruas em terror a exigir mudanças imediatas na política energética, os dirigentes políticos teriam de vir à televisão anunciar medidas de emergência para enfrentar esta catástrofe”.
As aventuras romanescas prosseguiriam, ainda com passagem pela Austrália, desde Sydney ao Uluru… mas – à parte algumas curiosidades adicionais a propósito da exploração do petróleo (e as referências bibliográficas de apoio) – isso já pouco virá acrescentar de realmente útil a este livro.
E será Nadia a colocar Tomás a par das recentes evoluções climatológicas na Sibéria – com um aumento da temperatura média de 5 graus nos últimos 30 anos – com locais em que o gelo da tundra começa a derreter, surgindo a terra a descoberto, um fenómeno que não ocorria há milénios, permitindo especular sobre a possibilidade de deixar de haver gelo permanente no Pólo Norte antes de 2030.
Sublinhando a constatação de que – desde que em 1850 se iniciaram os registos de temperaturas – 11 dos 12 anos mais quentes ocorreram desde 1995!
Um aquecimento entre 1 e 6 graus, previsto para o século XXI (pelo Painel intergovernamental de cientistas criado pela ONU) – desencadeado pelo efeito de estufa provocado pelo dióxido de carbono libertado para a atmosfera, decorrente da queima de combustíveis fósseis -, resultando num Verão permanente por toda a parte, com “secas cada vez mais graves, tempestades crescentemente violentas, incêndios florestais generalizados“… culminando inclusivamente no alastrar de doenças tropicais.
Tendência que conduz inevitavelmente à subida do nível do mar, com consequências igualmente desastrosas; a somar aos 17 centímetros de subida já verificada desde o início do século XX, bastarão mais cerca de 50 centímetros para que toda a Polinésia fique submersa… assim como parte do litoral português. Uma estimativa de subida que pode exceder os 4 metros, atingindo os 7 metros, faria com que muitas ilhas e parte da costa de todos os continentes ficassem também abaixo do nível da água. Mas com o alerta de que essa estimativa poderá vir ainda a ser largamente excedida pela realidade.
Situações agravadas com a crescente industrialização da China e da Índia, com um modelo de desenvolvimento igualmente assente nos combustíveis fósseis.
Um verdadeiro Apocalipse em perspectiva, para o qual urge – de uma vez por todas – tomar consciência!
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