"O Sétimo Selo" (III)
8 Novembro, 2007 at 1:53 pm Deixe um comentário
Ficamos então a saber que o petróleo corresponde a restos de matéria viva, derivando da gordura de animais mortos há milhões de anos – a qual compreende hidrogéneo, que aliado ao carbono (elemento mais comum nos seres vivos), origina os hidrocarbonetos, num processo complexo que requer condições ideais de temperatura (entre os 100 e os 135 graus Celsius) e profundidade, durante determinado período de tempo. E ainda que, dos 600 sistemas existentes no planeta com condições para a produção de petróleo, 400 estão a ser ou já foram explorados, encontrando-se os restantes em zonas de águas profundas ou no Árctico.
São-nos mencionados os primórdios da exploração petrolífera, com as grandes companhias europeias e americanas a instalarem-se no Irão, Iraque e Arábia Saudita, tal como a nacionalização decidida pelo Irão em 1951, e a criação da OPEP em 1961. Ao mesmo tempo que é apontado que o pico de produção dos EUA e Canadá foi já atingido na década de 70 do século passado, estimando-se que esse pico seja atingido até 2015 no que respeita ao petróleo com origem fora dos países membros da OPEP. É ainda destacado o consumo anual superior a 24 mil milhões de barris.
A extrema dependência do actual modelo de desenvolvimento provocou já convulsões significativas em fases de ruptura temporária da produção, em 1974, 1979 e 1991, questionando-se os efeitos de uma ruptura permanente, cuja ocorrência será apenas uma questão de tempo, dependendo das reais (e actualmente ignoradas) reservas dos membros da OPEP.
A etapa seguinte do périplo conduz Tomás de Noronha à Rússia, a Moscovo, onde conhece o seu o novo e efémero par, Nadezhda (ou, simplesmente, Nadia, uma estudante universitária de Climatologia), no ponto de partida para uma longa viagem de Transiberiano… até à Sibéria, no trilho do reencontro com um antigo colega de liceu.
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