Archive for 15 Fevereiro, 2007
TAÇA UEFA – 1/16 FINAL – BRAGA – PARMA
Jogos disputados hoje, a contar para os 1/16 Final da Taça UEFA:
Zulte Waregem – Newcastle – 1-3
Braga – Parma – 1-0
Lens – Panathinaikos – 3-1
Spartak Moscovo – Celta de Vigo – 1-1
Steaua -Sevilla – 0-2
Frente a uma atípica equipa do Parma (19º e penúltimo classificado do campeonato italiano, com o segundo pior ataque e a pior defesa da prova), orientada pelo recém-chegado Claudio Ranieiri (que “revolucionou” por completo a equipa, apenas mantendo 3 dos 11 jogadores que tinham iniciado o último jogo do “Calcio”, frente à Roma – o guarda-redes e os dois centrais), o Braga pareceu entrar receoso, adoptando uma estratégia de risco mínimo, dando algum espaço à equipa adversária, que, logo nos primeiros 10 minutos, criaria perigo.
Na segunda parte, o Braga surgiu mais afoito; com o decorrer do tempo de jogo, o Parma começou a apostar na manutenção do empate.
E, tal como sucedera ontem com o Benfica, quando se pensava já que o nulo não seria desfeito, aos 80 minutos, Zé Carlos, numa excelente execução técnica, desviando os adversários do caminho, rematou colocado, sem hipótese de defesa para o guarda-redes da equipa italiana.
Braga (cujo próximo adversário, em caso de garantir o apuramento, será o Tottenham) e Benfica partem para a segunda mão, a disputar na próxima semana, com a vantagem mínima, mas com o factor que poderá vir a revelar-se decisivo, de não terem sofrido golos em casa. Para já, para as contas europeias, duas importantes vitórias para Portugal.
A CAIXA QUE MUDOU O MUNDO – 50 ANOS EM PORTUGAL (X)
A partir desse dia (25 de Abril de 1974) opera-se uma alteração radical na História de Portugal, estabelecendo um marco divisório do tempo.
Três dias depois, a 28 de Abril, Luís Filipe Costa e Maria Margarida transmitiam um “TV7” especial, com imagens da libertação dos presos políticos de Caxias.
Passando por outra “data histórica”, o 1º de Maio de 1974, com a televisão a assegurar uma vasta cobertura das manifestações em todo o país.
Esse ano regista o surgimento de programas como “Escrever é Lutar” (com Fernando Assis Pacheco e José Carlos Vasconcelos) ou “A Política é de Todos”, a par do “Teledomingo”, um sucesso conduzido por Joaquim Letria.
Nessa época, Vasco Granja iniciava a apresentação do clássico “Cinema de Animação” (cerca de 1 000 emissões, ao longo de 16 anos), em que combinava desenhos animados de origem americana (com grande incidência no Canadá, em particular, filmes de Norman McLaren) e de países ocidentais, com os provenientes do bloco do leste da Europa (nomeadamente da Checoslováquia e da Bulgária), de sistema político de ideologia comunista.
Mas, a nível da televisão, nem tudo correria da melhor forma, com algumas “convulsões” de natureza política: a 25 de Maio de 1974, no âmbito do “Processo Revolucionário Em Curso”, a RTP via a sua concessão suspensa, passando o serviço de Radiotelevisão a ser gerido pelo Governo, por via de Administradores designados pelo Estado; alguns dos melhores profissionais seriam compelidos a afastar-se.
Por outro lado, o famoso “lápis azul” da censura – que, de forma tão vincada, condicionara a liberdade de expressão – teria ainda alguns resquícios no “pós-25 de Abril”, por exemplo, com a suspensão da transmissão das cerimónias do 10 de Junho de 1974, quando o grupo de teatro “A Comuna” caricaturava as principais figuras do antigo regime. Anos mais tarde (em 1987), seria Herman José a sentir na pele a acção censória, com o seu programa “Humor de Perdição” a ser suspenso devido a polémicas “entrevistas históricas”.