Archive for Setembro, 2006

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5 Setembro, 2006 at 8:29 am 2 comentários

U. TOMAR – MEMÓRIAS

Passam agora 30 anos, o União de Tomar despedia-se da I Divisão… até um dia (para já, pelo menos até 2010!).

A partir de hoje tenho o grato prazer de aqui apresentar (mais) algumas memórias do U. Tomar, com a recordação de equipas históricas do clube, do início da década de 70 – começando com uma “colecção de cromos” da época de 1971-72 -, com sucessivas presenças na I Divisão (1968-69; 1969-70; 1971-72; 1972-73; 1974-75; 1975-76) e o título de Campeão Nacional da II Divisão (1973-74).

Agradeço a João Lima, visitante do meu “blogue” sobre Tomar, que me disponibilizou estas verdadeiras “preciosidades”, aproveitando ainda para relembrar, também pelas suas palavras, esses tempos “épicos”:

«[…] Faço aqui um parêntesis para lhe dizer que comecei a seguir o União de Tomar com 7 anos, exactamente no ano que subiu pela primeira vez ao escalão máximo.

Aliás o primeiro jogo que vi foi um União-Leça, que ganhámos 2-0. Na 2ª volta, e a necessitarmos de todos os pontos para a subida, estávamos em Leça a perder ao intervalo por 3-0 e ganhámos 3-5, num jogo que o Oscar Telecheia teve que recuperar forças no balneário.

Fui a Torres Novas ao encontro decisivo, que com a nossa vitória por 1-2 nos fez subir e chegar a Tomar numa longa procissão pela cidade, atrás da camioneta dos vitoriosos.

Até 1973 não perdi quase nenhum jogo em casa. Nessa altura saí de Tomar, com 13 anos, mas continuei sempre a ser desse clube que me marcou. É estranho para muita gente que eu não diga que sou do Benfica, Sporting ou Porto, mas sim do União de Tomar, principalmente numa altura que parece pelas notícias que só existe espaço para esses.»

4 Setembro, 2006 at 6:08 pm 3 comentários

5 DIAS, 5 LIVROS (I) – "O AFINADOR DE PIANOS"

O Afinador de PianosDaniel Mason, jovem autor estado-unidense, atingiu o “estatuto” de escritor reputado a nível internacional logo com a sua excelente primeira obra, “O Afinador de Pianos”, publicada em 2000, apenas com 23 anos.

Natural da Califórnia, Daniel Mason começou por estudar Arqueologia, com uma visita às ruínas Maias, nas Honduras; aí surgiria outro interesse, o do estudo das doenças infecciosas, em particular, da malária. Formar-se-ia em Biologia, na Universidade de Harvard.

“O Afinador de Pianos” nasce das suas estadias na Tailândia e na Birmânia (actual Myanmar), para estudar a malária.

Em “O Afinador de Pianos”, cuja acção se desenvolve na Birmânia, no final do século XIX, o Ministério da Guerra britânico requisita os serviços de Edgar Drake, para afinação de um piano Erard, um “capricho” do excêntrico major médico Anthony Carrol, que recorre à música e à medicina como via diplomática e forma de pacificação da região, na então colónia inglesa.

Depois de uma longa viagem, percorrendo quase “meio mundo” e de uma penosa deslocação pelos confins da selva birmanesa, o afinador de pianos, acabando por se envolver com os exóticos encantos naturais da Birmânia, pela atracção pelo carisma do próprio médico e também seduzido pela fascinante e enigmática beleza de Khin Myo, vai-se – num processo de introspecção e de viagem pelo seu próprio eu “interior” – gradualmente desligando do seu país, da sua casa, e da amada esposa, tornando-se cada vez mais difícil o regresso a casa.

Com uma trama excelentemente construída, compreendendo minuciosas e exuberantes descrições da luxuriante paisagem da região, esta obra, recuperando uma tradição de enciclopedismo literário, aliada ao romance “histórico”, leva-nos a reflectir sobre a violência do processo de colonização e sobre o choque de civilizações e culturas.

4 Setembro, 2006 at 8:36 am Deixe um comentário

VANESSA FERNANDES VICE-CAMPEÃ DO MUNDO

Apenas com 20 anos, com todo o futuro pela frente, Vanessa Fernandes continua a sua caminhada para o sucesso; depois do 5º lugar de 2004 e da 4ª posição em 2005, a jovem portuguesa (já tri-campeão europeia) sagrou-se hoje vice-campeã do Mundo de Triatlo, terminando a prova, disputada em Lausanne, na Suíça, a 45 segundos da australiana Emma Snowsill, que renovou o seu título mundial.

Referência ainda para a medalha de bronze de João Silva, na categoria de juniores.

3 Setembro, 2006 at 11:45 pm Deixe um comentário

O INDEPENDENTE – "PONTO FINAL"

Um ponto final que é sinal dos tempos – o “tempo” d’O Independente já há muito tinha expirado…

1 Setembro, 2006 at 7:49 pm Deixe um comentário

O FLAGELO DO DOPING (X)

Em conclusão, não será porventura descabida a ideia de que – pelo menos em determinadas modalidades (em particular, no ciclismo, halterofilismo e atletismo) –, para além da ingestão de “suplementos vitamínicos”, o recurso a outras substâncias sintetizadas será generalizado a nível dos principais praticantes.

Todas as equipas de ciclismo de topo dispõem de equipas médicas que prescrevem aos seus atletas dietas, regimes alimentares e suplementos cientificamente estudados; a imagem que parece transparecer é que os ciclistas de alta competição “testam” diariamente os seus limites, não só os físicos ou fisiológicos, mas também os da validade (em termos de quantidade) da ingestão de substâncias cujo consumo excessivo é considerado ilegal; parece uma espécie de jogo do “gato e do rato”, em que se procura maximizar a utilização dessas substâncias, visando melhorar as capacidades físicas, até à fronteira determinada pelos índices estabelecidos pela legislação desportiva.

Já na década de 80, esta prática massiva fora “cientificamente” aplicada em particular às atletas e nadadoras da ex-RDA; a velocista Marita Koch, que estabelecera, ao longo da sua carreira, entre 1977 e 1987, diversos recordes mundiais e obtivera diversos títulos e medalhas olímpicas, admitiu ter sido dopada, numa prática sistemática nos atletas do seu país; outras atletas (de estafetas) requereram mesmo que o seu nome fosse retirado da lista de recordistas mundiais).

Com a queda do muro de Berlim, e consequentes alterações políticas a leste, nomeadamente com a absorção da RDA na Alemanha, assistiu-se, na década de 90, a uma transferência dessas práticas dopantes para atletas chinesas.

Num contexto de agressiva competitividade – inserido numa sociedade em que a meritocracia individual parece ser um valor cada vez mais relevante e em que as grandes proezas atléticas são pagas a “peso de ouro”, a par dos ainda maiores proventos decorrentes de contratos publicitários – o desporto mundial encontra-se portanto numa encruzilhada, em que a suspeita se generaliza de forma acelerada, tal a abrangência de casos entre os maiores atletas a nível mundial.

Como combater este flagelo, que desvirtua a verdade desportiva, quase obrigando a que o doping seja prática de adopção comum para que os principais competidores se defrontem em condições equitativas?

Qual o caminho a seguir quando tantos dos grandes campeões – quais “heróis” populares -, parecem denotar ser afinal ídolos de “pés de barro”?

1 Setembro, 2006 at 6:12 pm Deixe um comentário

O FLAGELO DO DOPING (IX)

Também em Portugal se verificaram alguns casos mediáticos de doping.

O mais antigo remonta a 1969, quando Joaquim Agostinho foi desclassificado da Volta a Portugal em bicicleta, cuja vitória seria alcançada por Joaquim Andrade. Agostinho reincidiria no início da década de 70, já depois de ter conquistado três vitórias consecutivas na prova, entre 1970 e 1972.

Esse record de vitórias apenas seria batido por Marco Chagas, tetra-vencedor da prova, em 1982, 1983, 1985 e 1986… mas também Marco Chagas seria abalado pelo doping: em 1979, depois de ter alcançado o 1º lugar, seria desclassificado a favor de Joaquim Sousa Santos, já a prova tinha terminado; voltaria a ser penalizado em 1984 (vitória de Venceslau Fernandes) e em 1987 (vitória de Manuel Cunha) – ver, em “entrada estendida”, uma entrevista recente de Marco Chagas, a propósito destes casos.

No futebol, os casos mais mediáticos foram os de Veloso (impedido de participar no Mundial de 1986 – alegadamente vítima lapso na recolha da amostra num jogo do Benfica), Kennedy (impedido de participar no Mundial de 2002) e, mais recentemente, de Abel Xavier.

(Em continuação, uma entrevista recente de Marco Chagas).
(mais…)

1 Setembro, 2006 at 12:35 pm Deixe um comentário

O FLAGELO DO DOPING (VIII)

O primeiro controlo de dopagem em Portugal foi realizado em 1968, no decurso da Volta a Portugal em bicicleta; até à década de 70, os controlos incidiram preponderantemente sobre o ciclismo, segundo os regulamentos da União Ciclista Internacional – nas análises realizadas entre 1969 e 1984, cerca de 11 % dos resultados revelaram-se positivos, o que, não obstante traduzir uma percentagem relevante, era inferior ao verificado noutros países.

A primeira legislação nacional relativa ao Controlo Anti-Doping data de Setembro de 1979 (Decreto-Lei nº 374/79). A partir de 1982, passaram a ser controladas outras modalidades para além do ciclismo, com base na referida legislação; gradualmente, foram sujeitas a controlo: 10 modalidades em 1988; 20 em 1992, 30 em 1998; 40 em 2000; atingindo-se um total de 50 modalidades em 2004.

A legislação portuguesa seria actualizada, de acordo com orientações europeias, em 1990 (Decreto-Lei nº 105/90), tendo sido então criado o Conselho Nacional Antidopagem (CNAD), assumindo a definição da política de luta contra a dopagem em Portugal. Os controlos “preventivos”, fora de competição, apenas se iniciaram em 1994.

De acordo com dados do CNAD, a utilização de doping diminuiu nas 52 modalidades inscritas no plano nacional de antidopagem, no decurso de 2005, com 49 casos positivos (em mais de 3 300 amostras – de urina e sangue – recolhidas para controlo), face a 62 no ano de 2004. Os casos registados no futebol passaram de 11 para 12 (dos quais 3 na Primeira Liga).

1 Setembro, 2006 at 8:41 am Deixe um comentário

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