Archive for Setembro, 2006

U. TOMAR – 1971-72 (IV)

BolotaFernandoCamolas

8 Setembro, 2006 at 6:08 pm Deixe um comentário

5 DIAS, 5 LIVROS (V) – “O ECONOMISTA DISFARÇADO"

O Economista DisfarçadoTim Harford, jovem economista estado-unidense, é um dos mais notáveis representantes da nova tendência conhecida por “economia popular”, sendo “colunista” no Financial Times (“Dear Economist”), em que responde às questões colocadas pelos leitores.

Numa leitura entusiasmante, tendo por objectivo ajudar a “ver o mundo” como um economista, “O Economista Disfarçado” apresenta-nos, numa “linguagem comum”, os princípios fundamentais da economia e a sua importância no nosso dia-a-dia, procurando dar resposta a questões tão diversificadas como: “Quem realmente ganha dinheiro com o comércio justo do café?”; ou “Porque é difícil resolver o problema dos engarrafamentos de trânsito?”.

Capítulos como “Quem paga o seu café?”, “O que os supermercados não querem que você saiba”, “Porque é que os países pobres são pobres” ou “Cerveja, batatas fritas e globalização” são absolutamente “deliciosos”, numa obra cujas primeiras linhas começam assim:

Quero agradecer-lhe por ter comprado este livro, mas se for parecido comigo, nem sequer o comprou. Em vez disso, levou-o para o café da livraria e está, neste preciso momento, confortavelmente a beberricar um capuccino enquanto decide se vale o seu dinheiro.”

E, mais adiante:

O sistema funciona extraordinariamente bem. Quando comprou este livro – por esta altura já comprou este livro, não é? –, provavelmente fê-lo sem dar instruções à loja para lho encomendar. Talvez nem sequer soubesse, quando saiu de casa esta manhã, que o ia comprar. No entanto, como que por magia, inúmeras pessoas tomaram as medidas necessárias para satisfazer os seus desejos imprevisíveis: eu, os meus editores, profissionais de marketing, revisores, tipógrafos, fabricantes de papel, fornecedores de tinta e muitos outros. O economista pode explicar como funciona esse tipo de sistema, como as empresas irão tentar explorá-lo e o que você, enquanto cliente, pode fazer para se defender.”

8 Setembro, 2006 at 8:50 am 3 comentários

U. TOMAR – 1971-72 (III)

CaladoCardosoPavão

7 Setembro, 2006 at 6:04 pm Deixe um comentário

5 DIAS, 5 LIVROS (IV) – “O PEQUENO LIVRO DO GRANDE TERRAMOTO"

Escritor e historiador, Rui Tavares nasceu em Lisboa em 1972, tendo-se formado em História (variante de História da Arte); depois de concluir o Mestrado em Ciências Sociais, é Doutorando em Histoire et Civilisation na École des Hautes Études en Sciences Sociales, de Paris, dedicando-se actualmente à história e crítica da arte e da literatura, bem como das relações entre cultura, política e ciência no Iluminismo; foi também um dos fundadores do blogue Barnabé.

“O Pequeno Livro do Grande Terramoto” – evocando os 250 anos do terramoto de Lisboa de 1755 – ganhou a votação para melhor livro de 2005, na categoria de Ensaio, promovida pelo programa “Livro Aberto”, da RTP-N e da 2: e pelo suplemento “Mil Folhas” do Público.

Nesta obra, o autor começa por abordar a temática dos acontecimentos que provocam pontos de ruptura no desenrolar da História, fazendo mesmo um paralelismo entre os impactos do terramoto de Lisboa e do 11 de Setembro e, também, com o tsunami de 2004 no Sudeste asiático, não só a nível físico e arquitectónico, mas também das suas consequências a nível de mudança de mentalidades e da forma de encarar a religião.

Apresenta-nos de seguida um ensaio de história “contrafactual”, procurando conjecturar como seria a cidade de Lisboa de hoje caso não tivesse existido o terramoto.

A obra compreende ainda uma breve cronologia do ano de 1755 em Portugal, em que a vida parecia correr “pacata” e, mais à frente, narrativas dos acontecimentos do dia 1 de Novembro, contadas na “primeira pessoa”, por testemunhas que viveram a terrífica experiência da tripla catástrofe que destruiu uma parte da cidade de Lisboa: terramoto, tsunami e incêndios.

Descreve-nos também os vários planos de reconstrução da cidade, elaborados por Manuel da Maia, abordando o “nascimento” do “Pombalismo”, questionando-se ainda sobre se teria existido um “Marquês de Pombal” tão influente sem a ocorrência do terramoto.

Por fim, é ainda referido o impacto que o terramoto teve fora de fronteiras, na Europa, nomeadamente a nível social e cultural.

Rui Tavares criou também um blogue que serviu de apoio ao livro: http://ruitavares.weblog.com.pt.

7 Setembro, 2006 at 8:58 am Deixe um comentário

"EURO 2008" (QUALIF.) – FINLÂNDIA – PORTUGAL – 1-1

FinlândiaPortugal1-1

No regresso à competição, após o Mundial, numa partida pobre, sem ambição, Portugal – com uma equipa em deficiente condição física e em inferioridade numérica durante quase toda a segunda parte (expulsão de Ricardo Costa aos 8 minutos) – conseguiu assegurar os “serviços mínimos”, por via do golo de Nuno Gomes que permitiu alcançar o empate.

Finlândia – Jääskeläinen, Kallio, Hyypiä, Tihinen, Pasanen, Kolkka (81m – Eremenko), Tainio, Väyrynen, Litmanen, Heikkinen e Johansson (63m – Kuqi)

Portugal – Ricardo, Marco Caneira, Ricardo Costa, Ricardo Carvalho, Nuno Valente, Costinha, Petit, Deco (85m – Tiago), Nani (56m – Ricardo Rocha), Cristiano Ronaldo e Nuno Gomes (75m – João Moutinho)

Árbitro – Konrad Plautz (Áustria)

1-0 – Johansson – 22m
1-1 – Nuno Gomes – 42m

Na jornada de hoje da Fase de Qualificação para o “EURO 2008″, destaque para a estrondosa goleada que a Alemanha inflingiu em S. Marino (13-0 – a maior goleada de sempre em encontros oficiais entre selecções europeias), com Podolsky a igualar o record de Marco Van Basten, com 5 golos; no jogo mais atractivo da noite, a França “desforrou-se” da Final do Mundial, vencendo a Itália, selecção Campeã do Mundo, por 3-1.


No Grupo de Portugal, os resultados das partidas já disputadas são os seguintes:

1ª jornada
16.08.06 – Bélgica – Cazaquistão – 0-0
02.09.06 – Sérvia – Azerbaijão – 1-0
02.09.06 – Polónia – Finlândia – 1-3

2ª jornada
06.09.06 – Azerbaijão – Cazaquistão – 1-1
06.09.06 – Finlândia – Portugal – 1-1
06.09.06 – Polónia – Sérvia – 1-1
06.09.06 – Arménia – Bélgica – 0-1


GRUPO A              Jg   V   E   D    G   Pt 
1º Finlândia Finlândia 2 1 1 - 4-2 4
2º Sérvia Sérvia 2 1 1 - 2-1 4
3º Bélgica Bélgica 2 1 1 - 1-0 4
4º Cazaquistão  Cazaquistão 2 - 2 - 1-1 2
5º Portugal Portugal 1 - 1 - 1-1 1
6º Azerbaijão Azerbaijão 2 - 1 1 1-2 1
7º Polónia Polónia 2 - 1 1 2-4 1
8º Arménia Arménia 1 - - 1 0-1 -

6 Setembro, 2006 at 11:06 pm Deixe um comentário

U. TOMAR – 1971-72 (II)

João CarlosBarnabéManuel José

6 Setembro, 2006 at 6:10 pm Deixe um comentário

5 DIAS, 5 LIVROS (III) – “MEIA-NOITE OU O PRINCÍPIO DO MUNDO"

Meia-Noite ou o Princípio do MundoRichard Zimler nasceu nos arredores de New York, em 1956, formando-se em Religião Comparada, tendo ainda, subsequentemente, concluído o Mestrado em Jornalismo.

Depois de ter sido correspondente da United Press em Paris, vive em Portugal (Porto) desde 1990, tendo-se naturalizado português em 2002, sendo actualmente professor de jornalismo na Universidade do Porto. Escreve também sobre literatura para o San Francisco Chronicle e para o Los Angeles Times.

Em Portugal, editou as seguintes obras: O Último Cabalista de Lisboa (1996), Meia-Noite ou o Princípio do Mundo (2003), Goa ou o Guardião da Aurora (2005) – uma espécie de “trilogia” sefardita (tendo por objecto central uma família de judeus originários de Portugal) –, Trevas de Luz (1998) e À Procura de Sana (2006).

Já apelidado de “Umberto Eco americano”, explorando o romance histórico, Zimler aborda recorrentemente nas suas intrigas temas como a intolerância, a traição, a culpa, o perdão, a solidariedade e a redenção.

A acção de “Meia-Noite ou o Princípio do Mundo” inicia-se em Portugal no dealbar do século XIX, na época das invasões francesas, tendo por base a história narrada por John Zarco Stewart, filho de uma judia portuguesa e de pai escocês, que, desconhecendo as suas ancestrais origens (mantidas “secretas” ao longo de cerca de 3 séculos), acaba por ver abruptamente interrompida essa “inocência”.

A figura central da trama acaba por ser um antigo escravo (“Meia-Noite”), um curandeiro africano a que o seu pai recorre para o salvar, tornando-se no maior amigo do jovem John.

Desde os mercados de aves exóticas do Porto às plantações esclavagistas do sul dos Estados Unidos, passando pela Inglaterra da época vitoriana, Zimler transporta-nos numa épica “viagem” em busca do amigo misteriosamente desaparecido.

A descoberta da realidade revelar-se-ia bem amarga, num libelo contra a opressão a que uma parte da humanidade continua, ainda hoje, a ser vítima.

6 Setembro, 2006 at 8:35 am Deixe um comentário

SÉRGIO PAULINHO VENCE ETAPA DA “VUELTA”

O jovem ciclista português Sérgio Paulinho (vice-campeão olímpico) sagrou-se hoje vencedor da 10ª etapa da “Vuelta” à Espanha em bicicleta, com termo no Museo de Altamira (Santillana del Mar), na sequência de um vitorioso ataque a menos de 1 km da meta, isolando-se do grupo de cerca de 18 fugitivos ao pelotão, relativamente ao qual obteve uma vantagem de cerca de 3 minutos.

Sérgio Paulinho subiu assim do 18º ao 10º lugar da classificação geral, encontrando-se agora a apenas 3.42 m do líder da prova, o espanhol Alejandro Valverde.

5 Setembro, 2006 at 7:45 pm 1 comentário

U. TOMAR – 1971-72 (I)

NascimentoKikiFaustino

5 Setembro, 2006 at 6:10 pm Deixe um comentário

5 DIAS, 5 LIVROS (II) – "O CLUBE DUMAS"

O Clube DumasArturo Pérez Reverte, escritor espanhol nascido em Cartagena em 1951, foi jornalista durante cerca de 20 anos, tendo acompanhado, como repórter de guerra, os conflitos no Chipre, Líbano, Eritreia, Saara, Malvinas, El Salvador, Nicarágua, Angola e Moçambique.

Em Portugal encontram-se publicados os seus romances: O Mestre de Esgrima (Asa), O Cemitério dos Barcos sem Nome (Asa e Círculo de Leitores), O Clube Dumas (Dom Quixote e Círculo de Leitores), A Tábua de Flandres (Dom Quixote), A Pele do Tambor e Território Comanche (Presença).

“O Clube Dumas” (obra na qual se baseou a adaptação cinematográfica de “A Nona Porta”) é um “livro sobre livros”; uma entusiasmante narrativa, com uma mescla de romance de aventura, história policial e de mistério, conduz-nos na descoberta de um enigma por entre um conjunto de estranhos e misteriosos personagens, desde bibliófilos obsessivos, a seguidores do demónio, para além da inevitável “mulher fatal”.

Lucas Corso, um “detective mercenário”, especialista na busca de livros e edições raras, trabalhando por “encomenda” de coleccionadores e antiquários abastados, vagueando desde Madrid a Sintra, passando ainda por Toledo e Paris, vê-se na pista do livro “As Nove Portas do Reino das Sombras” (uma obra do século XVII, alegadamente contendo o segredo para invocar o demónio), tendo ainda a árdua missão de distinguir, de entre duas cópias existentes, qual a autêntica, com base na comparação das respectivas ilustrações.

Nas suas deambulações, repletas de inesperados “volte-face”, à medida que se vê confrontado com o terror de alguns homicídios, acaba por descobrir que é a sua própria vida que se encontra também ameaçada.

Ao longo da narrativa, o autor, potenciando a sua “erudição”, aproveita ainda para nos cativar com um “jogo de sedução” envolvendo as personagens de “Os Três Mosqueteiros”, de Alexandre Dumas.

5 Setembro, 2006 at 8:56 am Deixe um comentário

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