Archive for Fevereiro, 2006
BLOGOSFERA EM 2005 (XIII)
Ainda em Maio, surgem na blogosfera movimentos visando um efectivo papel impulsionador do debate e reflexão sobre o referendo ao Tratado Constitucional Europeu, raramente vistos para além da fronteira dos blogues.
Primeiro, a 18 de Maio, foi Pacheco Pereira a criar um blogue em defesa do “Não”: “Sítio do Não”; seguiram-se nos dias imediatos “O Sítio do Sim” e a “Comunidade de Blogs pelo Sim” e ainda uma página de Marcelo Rebelo de Sousa (“É Sim” – “É sim nasce hoje para permitir colocar ao alcance dos internautas documentação importante sobre a Europa, a sua integração e, em especial, o Tratado da Constituição Europeia”).
Paulo Querido lançaria também o “Sim à Europa“, “Um blogue para agregar todos os que acham que vale a pena adoptar uma Constituição Europeia independentemente dos muitos argumentos a favor e contra. E também os que não acham. A favor do debate”.
… Debate que viria contudo a ser suspenso, na sequência dos votos “Não” nos referendos francês e holandês, que levaram a uma pausa no processo de ratificação do Tratado.
A 20 de Maio, Pedro Mexia escrevia, no “Diário de Notícias”, artigo tendo por mote a passagem do “Publico online” ao regime de acesso pago, sobre o tema “Acesso pago e blogosfera” , concluindo que «Menosprezar o mundo dos blogues é, como se sabe, um erro comum. O acesso pago aos jornais é provavelmente outro».
No dia seguinte, realizava-se em Beja o Encontro “Blogs na Planície“, com exposição de fotografia (“Bit Afectos”, com trabalhos de Nikonman (Praça da República) e Ognid (Catedral) e apresentação do livro “Mil e uma pequenas histórias”, de Luís Ene, com a presença do autor e do editor Paulo Querido.
BLOGOSFERA EM 2005 (XII)
Pouco depois d’”O Acidental”, seriam lançados novos livros com origem em blogues; para além da dinamização de uma plataforma portuguesa de “blogues” (weblog.com.pt), Paulo Querido contribuía também para impulsionar a publicação em livro (e, por essa via, a perenização e tangibilidade da escrita no espaço “virtual”) de alguns dos melhores autores desse espaço, casos de Luís Ene (Ene Coisas), Ana Roque (Modus Vivendi) e João Pedro da Costa (Ruínas Circulares), que viam os seus textos ganhar a forma impressa, em livro (respectivamente: “Mil e Uma Pequenas Histórias”; “Pagar Para Ver”; e “As Ruínas Circulares”). Saíra entretanto também a edição do “Livro da Rititi”.
A 6 de Maio, o Abrupto de Pacheco Pereira comemorava dois anos, aniversário assinalado no Diário de Notícias: “Dois anos de comentários abruptos na blogosfera”.
Entretanto, um outro relato desses 2 vertiginosos anos da blogosfera era apresentado: “25 momentos na história da blogosfera“.
Em meados de Maio, surgia um novo blogue na área política da blogosfera, o Bicho Carpinteiro, juntando Joana Amaral Dias, Medeiros Ferreira, Bettencourt Resendes e Maria João Regala.
BLOGOSFERA EM 2005 (XI)
Na mesma altura, João Paulo Meneses iniciava um novo “blogue”, tendo por temática a rádio, mais especificamente “O Segundo Choque na Rádio“, o qual suportaria a tese de doutoramento do autor. O “segundo choque” é-nos apresentado (na “declaração de princípios”) da seguinte forma:
“Não foram poucos os que previram a morte da rádio com o aparecimento da televisão. Mas a rádio sobreviveu. Mudou, de casa para o carro, da noite para o dia, da válvula para o transístor, mas sobreviveu ao primeiro choque tecnológico.
O segundo choque está aí à porta e a rádio ainda não percebeu os sinais. É o choque provocado pela banalização dos sistemas digitais de reprodução de música («ipods» e muitos outros), que ameaçam tirar a música da rádio; são os GPS, ligados a câmaras de vídeo, que dão a informação de trânsito em tempo real, especificamente para a minha rota; é a personalização das informações, em função dos meus interesses, enviada pelos telemóveis da terceira geração (trânsito, bolsa, meteorologia, etc.); é a possibilidade de ver, via UMTS, as transmissões dos jogos de futebol, onde não há um ecrã de televisão, em vez de ouvir o relato; é…
Como será a rádio sem a música, sem o trânsito, sem a bolsa, sem…?
O que fica para a rádio?”
BLOGOSFERA EM 2005 (X)
Em meados de Abril, era lançado mais um livro com origem na blogosfera, “O Acidental”, aqui recuperando as palavras de Paulo Pinto Mascarenhas:
“Quando abri a página na internet do blogue O Acidental, a 8 de Abril de 2004, estava longe de adivinhar a repercussão e o impacto que poderia ter. Jornalista durante quase 14 anos, era leitor deste meio de comunicação recém-chegado a Portugal, mas apenas como espectador interessado e distante. O Acidental começou assim como uma espécie de compensação para o abandono do jornalismo, um modo expedito de continuar a escrever e de continuar a ser lido depois de ter decidido entrar para a política, a convite de Paulo Portas.</em
Conhecia obviamente a pré-história da blogosfera nacional e, como editor de Sociedade do semanário O Independente, julgo ter sido um dos primeiros, senão o primeiro, a consagrar um espaço exclusivo para citações do meio na imprensa escrita do nosso país. Diversas vezes referi também na minha página de opinião alguns dos blogues que preferia, com a Coluna Infame à cabeça. Num país culturalmente dominado pela esquerda, desde logo na comunicação social, a blogosfera parecia estar a fazer surgir uma nova geração de intelectuais e académicos da direita liberal e conservadora. Uma direita que não é saudosista, porque geneticamente democrática, mas que também – ou precisamente por isso – não tem complexos de esquerda.
Quando O Acidental apareceu, porém, a Coluna Infame já era. A blogosfera política encontrava-se nas mãos da esquerda e da extrema-esquerda, acompanhada de longe por um centrismo de avisada moderação. Com honrosas excepções, os blogues mais lidos e, sobretudo, os mais citados, dividiam-se entre as diversões fracturantes do Bloco de Esquerda e as afirmações facturantes do Bloco Central – em suma, o novo meio tinha já sido quase totalmente absorvido pela agenda do mainstream mediático.
O Acidental veio perturbar e baralhar o jogo, combatendo directamente os blogues de esquerda e extrema-esquerda, mas criticando de igual modo a moderação utilitária e pragmática de algumas vacas sagradas do comentário politicamente correcto. Numa altura em que o mais fácil era atacar a anterior maioria de centrodireita e os respectivos governos, aqueles de nós que assim o entenderam nunca deixaram de defender tudo aquilo que podia e devia ser defendido, aceitando pontos de vista contrários e abrindo espaço à livre discussão no blogue.
Por defendermos políticas e políticos dos dois anteriores governos, fomos e continuamos a ser tão ferozmente atacados. Quando iniciei o blogue fiz questão de pôr as cartas na mesa, não escondendo a minha militância política no CDS e a minha condição acidental de adjunto de Paulo Portas enquando ministro de Estado e da Defesa Nacional. Para quem não conheça a blogosfera, explico que seria muito mais cómodo manter um prudente silêncio sobre o assunto, existindo blogues muito conhecidos escritos por anónimos de várias cores políticas – e que, por isso mesmo, se escondem atrás dos chamados nicknames.
Eu não vejo razões para ter vergonha de ser militante ou dirigente de um partido, nem de participar num governo, por mais impopular que seja – e fico sobretudo espantado que trinta anos depois da revolução ainda haja quem não entenda – ou quem pareça esquecer – que sem partidos não há democracia e sem políticos de qualidade não existe democracia representativa que resista.
A intenção de criar um blogue foi muito para além dos meus interesses partidários. Há muito que acredito e defendo na medida das minhas possibilidades que a Direita – que ultrapassa seguramente o quadro dos partidos existentes – não pode vencer e não conseguirá construir uma alternativa válida e estável para governar Portugal se não assumir um combate cultural que deve assentar em primeiro lugar num respeito absoluto pela liberdade de expressão, incluindo a abertura à diversidade de opiniões e de correntes ideológicas no seu interior.
Com empresários e capitalistas que invariavelmente preferem entregar o seu dinheiro a projectos dominados pela esquerda ou pelo Bloco Central, a forma mais simples de lançar esse combate de liberdade pode passar por meios como a blogosfera, onde aliás já se encontram alguns dos maiores talentos criativos da comunicação social do nosso país.
Não sei se estou errado, mas penso que O Acidental é único ou pelo menos foi o primeiro do género no nosso país: existem blogues individuais e existem blogues colectivos, mas nenhum é individual e colectivo em simultâneo. Ou seja, O Acidental é o meu blogue e foi minha a responsabilidade na constituição de um equipa heterogénea de ilustres convidados – mas é deles todos, porque é inteiramente deles a qualidade e a criatividade que o faz ser hoje um dos blogues políticos mais polémicos, mais lidos e mais citados de Portugal. Doa a quem doer.”
BLOGOSFERA EM 2005 (IX)
A 14 de Abril a revista “Visão” publicava artigo sobe os “Políticos ‘high tech'”:
“As iniciativas eleitorais alargaram-se ao ciberespaço. Os sites dos partidos andaram particularmente animados, mas a luta política não se ficou por aqui. Arrastou-se para a blogosfera – um espaço de reflexão e debate concorrido também por alguns políticos individualmente ou em grupos –, com os líderes partidários a alimentarem blogues efémeros. Aliás, até a luta do Verão passado pela liderança do PS levou Manuel Alegre a criar um blogue, editado por Helena Roseta e José Magalhães.
Apesar da euforia, o que se verifica é que a blogosfera parlamentar anda murcha. O BLOGAR, sistema de Blogues na Assembleia da República (http://blogs.parlamento.pt), está às moscas. Num universo de 230 deputados, a sua actividade nunca foi muita – sete blogues e um projecto (…).
José Magalhães foi para o Governo e deixou, logicamente, o República Digital que manteve com grande regularidade até ao dia das eleições (20 de Fevereiro). António Pinheiro Torres, um independente que se sentava na bancada “laranja” saiu do Parlamento e mudou o seu Por Causa Dele (e sua militância antiaborto) para http://porcausadele.blogspot.com. A despedida de José Leitão (PS) pôs fim ao Inclusão e Cidadania. O Correcto de Carlos Rodrigues, morreu em Dezembro.
Por seu turno, José Lello (PS) mantém o seu Bloglello em coma vegetativo desde Outubro passado, enquanto a socialista Teresa Venda vai alimentando a Casa da Partilha com alguma irregularidade. Sobra, teimosamente, o Casa dos Comuns de Guilherme d’Oliveira Martins, que se manifesta preocupado com a situação do BLOGAR. Fora do Parlamento estão a andar diversos projectos, mas vários políticos contactados pela VISÃO mostram desinteresse pelos blogues. Assusta-os a obrigatoriedade de produzir regularmente. E um blogue é como um tamagoshi. Se não é alimentado, definha.”
PROF. AGOSTINHO DA SILVA – 100 ANOS
“São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim; porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem”.
Completam-se hoje 100 anos do nascimento do Professor Agostinho da Silva, um cativante pensador que nos deixou fisicamente há 12 anos, mas cuja obra e pensamento perdurarão.
BLOGOSFERA EM 2005 (VIII)
No início de Abril Miguel Tomar Nogueira apresentava os “Bloscares 2005” (prémios atribuídos a blogues e “bloggers”), já na sua 3ª edição:
– Melhor Blogue – Voz do Deserto
– Prémio do Júri – A Causa Foi Modificada
– Melhor Blogger, Elas – Carla Hilário Quevedo
– Prémio Carreira – Pedro Mexia
– Melhor Blogger, Eles – Maradona
– Prémio do Público – Blogotinha
– Prémio Revelação – Desassossegada
BLOGOSFERA EM 2005 (VII)
No final de Março (a 29), o “Diário de Notícias”, prosseguindo a abordagem do fenómeno dos blogues, apontava a criação diária de mais de 70 blogues e a existência de mais de 37 000 diários activos.
“Mais de 70 blogues criados todos os dias em Portugal
Há mais de 37 mil diários activos com a grande maioria a visar a actualidade.
Os efeitos da blogosfera também se fazem sentir em Portugal, onde o fenómeno ganha cada vez mais adeptos, depois de ter sido lançado, com servidores nacionais, no ano de 2003, cerca de seis anos depois da invenção do conceito de blogue, em 1997.
O universo dos blogues do Sapo, um serviço lançado há menos de um ano e meio, soma já perto de 37 mil blogues activos, sendo que não são contabilizados os ‘adormecidos’, aqueles que não são actualizados há mais de três meses. Em média, o servidor da PT recebe 76 novos blogues por dia, geridos na sua maioria por mais de um autor. Os temas de fundo e os tipo de registo são diversos mas a grande maioria centra-se na actualidade, segundo fonte relacionada com aquele serviço.
Também em Portugal se verifica uma aproximação entre blogues e os media tradicionais. João Paulo Menezes, jornalista da TSF e autor do blogue Blogouve-se, entende que os diários “não são uma concorrência à comunicação social, quanto muito serão um complemento”, explicou ao DN. Em causa está o facto do blogue ser “um meio muito ágil” e “um fenómeno importante de estudar, devido à simplicidade de vários factores cósmicos”, refere.
João Paulo Menezes sublinha ainda que a actual blogosfera “é uma revolução” na comunicação e que pode conter “algumas raízes da comunicação social do futuro, sendo o meio ideal para pequenas estruturas”. Quanto ao alargamento dos media convencionais à blogosfera, o jornalista refere que tal se deve apenas a acções de marketing. “Não é uma necessidade estrutural à sua essência”.
Sobre a entrada de jornalistas neste meio, Menezes sublinha a necessidade de ser definido “um limite, que será a esfera da sua profissão”, apesar de ser “tudo ainda muito novo. Isto é ainda um bebé”.
Além do servidor do Sapo, os bloguistas portugueses registam os seus diários no Weblog.com.pt, apesar de muitos autores escolherem ainda os servidores internacionais, como o Blogger ou o Weblog. Apesar de haver diversidade na escolha, “não há concorrência entre estes serviços”. Tudo porque a comunidade de bloguistas “criou um espírito de colectividade”, como explica a fonte ligada ao serviço Sapo. Este espírito está assente nas hiperligações entre os blogues. Qualquer cibernauta pode assim navegar neste universo, saltando entre blogues de vários servidores.
EXEMPLO. A provar o sucesso da blogosfera a nível nacional está o exemplo da campanha eleitoral para as legislativas de 20 de Fevereiro. A convite do portal Sapo, os partidos com assento parlamentar, à excepção do Bloco de Esquerda, aceitaram o desafio de manter um blogue activo de 24 de Janeiro a 20 de Fevereiro. Os resultados foram surpreendentes. A mesma fonte adianta que 275 mil pessoas visitaram pelo menos um dos blogues dos candidatos, além de que estes figuraram sempre, em dias de semana, entre os cinco blogues mais visitados deste servidor.
Este sistema de comunicação aberto apresenta mais uma forma de aproximar o leitor do emissor ao permitir a comunicação um-para-um e um-para-muitos e a respectiva interactividade, conseguida através dos comentários.”
BLOGOSFERA EM 2005 (VI)
A 14 de Fevereiro de 2005, José Mário Silva publicava no “Diário de Notícias” o artigo “Blogue de encontro, uma experiência cibernética”, aflorando a temática dos conhecimentos amorosos via blogosfera, com referência também ao surto de “babyblogs”.
Em meados de Fevereiro, uma verdadeira “constelação de bloggers” reunia-se n’A Mão Invisível, com a participação (entre muitos outros) de Carla Hilário Almeida (“Bomba Inteligente), João Caetano Dias (“Jaquinzinhos”), João Carvalho Fernandes (“Fumaças”), Luciano Amaral (“O Acidental), Nuno Amaral Jerónimo (“Blogue dos Marretas”), Nuno Mota Pinto (“Mar Salgado”), Pedro Lomba e Pedro Mexia (“Fora do Mundo”).
A 23 de Fevereiro, um artigo de Miguel Poiares Maduro no Diário de Notícias falava sobre “A Fronteira”:
“[…] Comunicar. Mas talvez o maior impacto da Internet nas formas de comunicação e socialização esteja na (con)fusão entre o espaço privado e o espaço público que promove. Os blogues e o seu impacto são um bom exemplo. Misto de diários pessoais publicados e colunas de opinião, diluem a fronteira entre o público e o privado e alteram radicalmente a natureza do discurso público. A atracção da escrita dos blogues está na sua espontaneidade e liberdade. São reacções genuínas e algo “epidérmicas”, daquelas que temos numa conversa entre amigos. Mas a sua publicação dá-lhes a importância de uma mensagem pública. Ficamos prisioneiros de uma opinião que, frequentemente, não é totalmente reflectida. Uma coisa é uma reacção instantânea, outra é uma opinião de fundo. Nos blogues, os dois confundem-se. É aí que está o seu risco, mas também parte do seu interesse.[…]”
Reflectindo a propósito do sexo, Júlio Machado Vaz iniciava, a 28 de Fevereiro de 2005, o Murcon.
EGIPTO CAMPEÃO DE ÁFRICA
O Egipto sagrou-se hoje pentacampeão de África em Futebol, ao vencer a 25ª edição da “Coupe d’Afrique des Nations”, batendo na Final da prova a Costa do Marfim, por 4-2, na transformação de pontapés da marca de grande penalidade, depois de 0-0 no final do tempo regulamentar e do prolongamento.
No jogo de atribuição do 3º e 4º lugares, a Nigéria venceu o Senegal por 1-0.
Campeão – EGIPTO
Vice-Campeão – Costa do Marfim
3º Nigéria
4º Senegal
Palmarés
1957 (Sudão) – Egipto – Etiópia – 4-0
1959 (Egipto) – Egipto – Sudão – 2-1
1962 (Etiópia) – Etiópia – Egipto – 4-2 (a.p.)
1963 (Ghana) – Ghana – Sudão – 3-0
1965 (Tunísia) – Ghana – Tunísia – 3-2 (a.p.)
1968 (Etiópia) – Congo – Ghana – 1-0
1970 (Sudão) – Sudão – Ghana – 1-0
1972 (Camarões) – Congo – Mali – 3-2
1974 (Egipto) – Zaire – Zâmbia – 2-2 (a.p.) / 2-0
1976 (Etiópia) – Marrocos – Guiné-Conacry – 1-0
1978 (Ghana) – Ghana – Uganda – 2-0
1980 (Nigéria) – Nigéria – Argélia – 3-0
1982 (Líbia) – Ghana – Líbia – 1-1 (7-6 g.p.)
1984 (C. Marfim) – Camarões – Nigéria – 3-1
1986 (Egipto) – Egipto – Camarões – 0-0 (5-4 g.p.)
1988 (Marrocos) – Camarões – Nigéria – 1-0
1990 (Argélia) – Argélia – Nigéria – 1-0
1992 (Senegal) – C. Marfim – Ghana – 0-0 (11-10 g.p.)
1994 (Tunísia) – Nigéria – Zâmbia – 2-1
1996 (África Sul) – África Sul – Tunísia – 2-0
1998 (Burkina Faso) – Egipto – África Sul – 2-0
2000 (Nigéria / Ghana) – Camarões – Nigéria – 2-2 (4-3 g.p.)
2002 (Mali) – Camarões – Senegal – 0-0 (4-3 g.p.)
2004 (Tunísia) – Tunísia – Marrocos – 2-1
2006 (Egipto) – Egipto – C. Marfim – 0-0 (4-2 g.p.)
Egipto (5 títulos); Ghana (4 títulos); Camarões (4 títulos); Congo e NIgéria (2 títulos); Etiópia, Sudão, Zaire, Marrocos, Argélia, C. Marfim, África Sul e Tunísia (1 título).



