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BLOGOSFERA EM 2005 (XXIII)
Luís Santos (Atrium) faria referência aos principais aspectos analisados pelo grupo de trabalho “Weblogs e jornalismo“.
Começaria por referir que os blogues contribuem para ampliar / acrescentar informação à que está já normalmente disponível nos meios de comunicação tradicionais, mesmo que respeitante apenas a “micro-áreas” da sociedade.
Outro papel que os blogues vêm assumindo é o de acompanhar os meios tradicionais, como “watchdog” ou uma espécie de “provedor”.
Notaria a existência de blogues mantidos por jornalistas, sobre a sua actividade profissional, a par de outros blogues, mais orientados para a vertente de formação em jornalismo.
Como principais aspectos de evolução desta área da blogosfera, entre 2003 e 2005, apontou nomeadamente:
– o impacto do RSS, que se acentuará no futuro próximo
– a consolidação de “audiências” (apesar de preferencialmente frequentados por leitores de alguma forma relacionados com o jornalismo ou a aprendizagem do jornalismo)
– os comentários identificados (existindo até uma regra, de apenas responder a comentários não anónimos).
Seguiu-se Mónica André (B2OB), coordenadora do grupo de trabalho “Weblogs no contexto organizacional“, que começaria por notar que os blogues são uma ferramenta, à qual podem ser dadas distintas utilizações.
Destacou a possibilidade que proporcionam de estreitamento das distâncias, promovendo conversas a nível global.
Sobre a situação portuguesa, referiu que parece não ter ainda despertado o interesse pelos blogues no contexto organizacional, sendo a dimensão desta vertente dos blogues ainda muita diminuta em Portugal.
Apontou os blogues como instrumento para dar visibilidade às competências / projectos de cada colaborador de uma entidade ou organização.
Citaria dois casos conhecidos: a plataforma de blogues da Assembleia da República que, até à data, não vingou; e, por outro lado, o caso da TBWA, em que os trabalhos desta agência de publicidade são divulgados via blogue. Referiu, a nível internacional, os casos da IBM e da HP, como exemplos de entidades que adoptaram os blogues no contexto organizacional.
Concluiria afirmando que o tipo de utilização depende da missão de cada entidade ou instituição; que público se visa atingir (interno ou externo), lançando uma questão de relevo: “Quem, dentro da organização, deverá (man)ter blogues?”