Posts filed under ‘Tema livre’
MONARQUIAS EUROPEIAS (VIII)
No século XV, o Duque da Borgonha apoderou-se de diversos pequenos estados feudais no território dos actuais Países Baixos, que assumiriam esse carácter com a reunião, na primeira metade do século XVI, de 17 províncias.
Com a morte de Carlos V, passariam para o domínio espanhol; os espanhóis seriam contudo expulsos das províncias do Norte, que proclamariam então a República, sendo dirigidas principalmente por governadores pertencentes à Casa de Orange.
Em 1806, Napoleão colocaria o seu irmão Luís no trono holandês. Contudo, em 1813, as tropas francesas tinham de abandonar o território, sendo Guilherme I proclamado príncipe soberano.
Em 1815, o reino unia-se à Bélgica, que se tornaria contudo independente em 1830. Em 1884, a lei passa a autorizar que as mulheres herdem o trono.
A Rainha Beatriz nasceu em 1938. Na sequência da invasão das tropas alemãs, teria de exilar-se, em 1940, no Reino Unido e, mais tarde, no Canadá, onde permaneceu até 1945. Estudaria Direito, Economia e Sociologia.
Em 1980, a sua mãe, Juliana (recentemente falecida) abdicou a favor de Beatriz, que casara entretanto (em 1966) com o diplomata alemão Claus von Amsberg.
O herdeiro, Willem-Alexander (Guilherme Alexandre) nasceu em 1967, tornando-se príncipe em 1980, aquando da coroação da sua mãe. Tem a licenciatura em História. Casou em 2002 com a argentina Máxima Zorreguieta, filha de Jorge Zorreguieta, ministro da Agricultura na Argentina, na época da Junta Militar.
[1173]
MONARQUIAS EUROPEIAS (VII)
A Noruega, sob o domínio dos reis da Dinamarca desde o século XIV, seria cedida em 1814 à Suécia, até que a união entre os dois países se extinguiu em 1905.
O príncipe Carl, filho do Rei da Dinamarca e da princesa da Noruega e da Suécia, ascenderia ao trono, na sequência de um referendo, adoptando o nome de Haakon VII.
Após a invasão da Noruega pelas tropas alemãs em 1940, o rei teve de abandonar o país, tendo criado um governo no exílio, em Londres. Apenas regressaria à Noruega com o termo da II Guerra Mundial. Em 1957, suceder-lhe-ia o filho, Olavo V.
Harald V, actual Rei, nasceu em 1937, tendo vivido no exílio em Washington durante a II Guerra Mundial. Após o regresso à Noruega, seguiu uma carreira militar; mais tarde, estudaria ciências políticas, história e economia em Oxford. Sucedeu ao seu pai em 1991.
Casara entretanto com Sonja, então vendedora numa loja de confecções; apenas em 1968, após deliberação no Parlamento, adquiriria o direito ao título de Princesa. Teriam dois filhos: Marta Luísa e o príncipe Haakon Magnus.
Por emenda constitucional de 1990, foi deliberada a permissão de ascensão ao trono por mulheres, mas apenas para os nascidos após essa data.
Desta forma, o herdeiro actual é o príncipe Haakon, que iniciou também uma carreira militar, após o que estudou ciências políticas na Califórnia. Desempenhou entretanto funções no Ministério dos Negócios Estrangeiros. Em 2001, casou com Mette-Marit, uma jovem mãe-solteira.
P. S. Novo agradecimento, ao Microcosmos, mais um bom “blogue” no “Sapo”.
[1171]
MONARQUIAS EUROPEIAS (VI)
Em 1297, Francesco Grimaldi, ao comando de um destacamento travando lutas em Itália, tomou a seu cargo o território do Mónaco, que seria colocado como protectorado genovês, vindo a tornar-se independente apenas em 1512.
Em 1793, o principado seria ligado a França, sob o nome de Fort Hercule. Em 1815, passaria a protectorado da Sardenha. Seria novamente cedido à França em 1860. A sua independência seria reconhecida em 1861, sob condição: caso a dinastia Grimaldi se extinguisse, o Mónaco passaria a ser um território autónomo sob protectorado francês.
O príncipe Rainier III nasceu em 1923, tendo estudado no Reino Unido, Suíça e França e militado no exército francês durante a II Guerra Mundial. Sucedeu, em 1949, ao seu avô Luís II.
Em 1955, casou com a estrela de cinema americana Grace Kelly, de quem teria três filhos, tornando-se na família real mais mediática (rivalizando com a inglesa): o príncipe Alberto e as princesas Carolina e Stéphanie.
Sob o domínio de Rainier, o Mónaco aumentou o seu território, por aquisição de terras e reordenando a região costeira.
O príncipe herdeiro é actualmente, Alberto, nascido em 1958; contudo, de acordo com a lei monegasca, se não tiver descendência, o trono reverteria para a sua irmã mais velha, Carolina. Alberto participou nos Jogos Olímpicos de Inverno de Calgary, Albertville e Lillehammer. Desde 1982, dirige a Cruz Vermelha do Mónaco.
[1166]
MONARQUIAS EUROPEIAS (V)
O Grão-Ducado do Luxemburgo nasceu em 1815, após as guerras napoleónicas, tendo sido atribuído no Congresso de Viena ao Rei dos Países Baixos, Guilherme I.
Em 1830, juntamente com a Bélgica, o Luxemburgo rebela-se contra o domínio holandês. A Bélgica anexaria então a parte francófona, permanecendo a restante nos Países Baixos.
Apenas em 1867, pelo Acordo de Londres, seria reconhecida a independência do Luxemburgo.
A actual família reinante encontra-se no trono desde 1890.
Contudo, durante a I Guerra Mundial, o território seria ocupado pelas tropas alemãs, levando à abdicação da Grã-Duquesa Maria Adelaide em 1919 (acusada de simpatias pró-alemãs), sendo substituída pela irmã Carlota que, por sua vez, teria também, durante a II Guerra Mundial, de se exilar em Londres, onde formou um governo.
Retornaria ao país em 1945, reinando até à abdicação em 1964, a favor do filho Jean.
O actual Grão-Duque, Henrique, nasceu em 1955, tendo assumido o trono em 2000, na sequência da abdicação do seu pai. Tem exercido actividade em prol da preservação do ecossistema das Galápagos. Faz também parte do Comité Olímpico Internacional. Casara em 1981 com Maria Teresa Mestre, de origem cubana, embaixadora junto da UNESCO.
O herdeiro, Guilherme, nasceu em 1981. Passou, tal como o pai, pela academia militar britânica, estudando actualmente história e ciências políticas, também no Reino Unido.
P. S. Mais um agradecimento, a O Cafajeste.
[1156]
MONARQUIAS EUROPEIAS (IV)
O fundador do principado do Liechtenstein foi Anton Florian, que reuniu, em 1719, o senhorio de Schellenberg e o condado de Vaduz.
Depois de ocupado, no final do século XVIII, pelas tropas francesas, alcançaria a independência em 1806; mas, logo, em 1815, entraria na Confederação Germânica.
Em 1921, o principado tornou-se numa monarquia constitucional hereditária.
O Príncipe reinante Hans-Hadam II nasceu em 1945 em Zurique, tendo assumido o trono em 1989. Casara entretanto com a condessa Marie Kinsky, nascida na Checoslováquia. São detentores de uma colecção de obras de arte avaliada em cerca de 500 milhões de dólares.
O herdeiro do trono é, constitucionalmente o filho (varão) mais velho: Alois nasceu em 1968, tendo frequentado a academia militar no Reino Unido, e estudado direito na Áustria. Casou em 1993 com a princesa Sofia da Baviera.
P. S. Obrigado ao Carlos Manuel Castro (Tugir) pela simpática referência.
[1148]
MONARQUIAS EUROPEIAS (III)
Carlos II, último rei Habsburgo espanhol, não dispondo de herdeiros, designou como sucessor o neto da sua irmã Maria Teresa de Áustria e do Rei de França Luís XIV, que viria, em 1700, a ser o primeiro Bourbon de Espanha, reinando sob o nome de Filipe V.
Ao longo de três séculos de reinado, várias vezes os Bourbon tiveram de ceder o comando do país: em 1808, Napoleão impôs o seu irmão José; em 1868, a revolta popular obrigaria a Rainha Isabel II a fugir para França; seria substituída por Amédée de Sabóia, que renunciaria também em 1873, altura em que o Parlamento proclamou a República; logo no ano seguinte, retomariam o trono, com Afonso XII; por fim, em 1931, com a proclamação da II República, seriam necessários mais 44 anos, até ao regresso à monarquia, com Juan Carlos, designado por Franco em 1969, na sequência de um acordo estabelecido com o seu pai, D. Juan (Conde de Barcelona).
Juan Carlos nasceu no exílio, em Roma, em 1938, tendo vivido na sua juventude em Portugal, no Estoril. Apenas seria permitida a sua entrada em Espanha em 1948.
Seria proclamado Rei em 1975, dois dias depois da morte de Franco. Como marca particular do seu reinado, fica a posição firme que manteve contra a tentativa de golpe de Estado de 23 de Fevereiro de 1981, que procurava reinstalar a doutrina fascista.
Juan Carlos casou em 1962 com a princesa Sofia da Grécia, filha do Rei Paulo I, a qual viveu também no exílio, durante a II Guerra Mundial, no Egipto e na África do Sul, tendo ainda estudado na Alemanha. Tiveram três filhos: as Infantas Helena e Cristina e o príncipe Filipe.
A monarquia espanhola é uma monarquia parlamentar. Nos termos constitucionais, a prioridade é dada ao filho (varão) mais velho.
Filipe, nascido a 1968, é portanto o herdeiro da coroa; recebeu uma formação militar, tendo estudado também direito e relações internacionais. Tem casamento marcado para 22 de Maio, com a antiga jornalista de televisão Letizia Ortiz.
[1143]
MONARQUIAS EUROPEIAS (II)
Fundada no século X, por Gorm, .O Velho., a casa real da Dinamarca é a mais antiga da Europa. O seu filho Harald I converteria o país ao cristianismo. Um século mais tarde, em 1016, Knud tornava-se Rei. Em 1397, a Dinamarca unia-se à Noruega e à Suécia na União de Kalmar, a qual culminaria com a separação dos três Estados, em 1523.
Monarquia electiva até 1661, passaria, com o Rei Frederico III, a ser hereditária. A partir de 1849, tornou-se também uma monarquia constitucional.
A Rainha Margarida II nasceu em 1940, apenas se tendo tornado oficialmente herdeira em 1953, na sequência de uma emenda à Constituição Dinamarquesa, que permitiu o acesso das mulheres ao trono, o que aconteceria em 1972 (antes, em 1353, Margarida I exercera a regência em nome do seu filho Olavo).
Casou em 1967 com o diplomata francês Henri André (Príncipe Henrique). É uma talentosa pintora, tendo ilustrado nomeadamente a edição dinamarquesa do .Senhor dos Anéis..
O príncipe herdeiro Frederico nasceu em 1968, tendo já trabalhado na embaixada da Dinamarca em França (em 1998-99), após o que foi admitido na Força Aérea.
P. S. Hoje, no Tomar, conheça o “Fatias de Cá“!
P. S. 2 – Novo agradecimento, ao Grão de Areia.
[1139]
MONARQUIAS EUROPEIAS (I)
Há 100 anos atrás, a monarquia (considerando nomeadamente os impérios coloniais) reinava em quase todo o mundo: à excepção de algumas regiões da África do Norte e Ocidental, da América Latina e dos EUA, o mapa-mundo era dominado por .cabeças coroadas..
Hoje, a monarquia reina apenas em 29 países: (i) 7 do Médio Oriente (Arábia Saudita, Bahrein, Emiratos Árabes Unidos, Jordânia, Kuwait, Oman e Qatar), (ii) outros 7 na Ásia (Butão, Brunei, Cambodja, Japão, Malásia, Nepal e Tailândia, (iii) 3 em África (Lesotho, Marrocos e Suazilândia), (iv) dois no Pacífico (Samoa e Tonga) e (v) 10 na Europa (Bélgica, Dinamarca, Espanha, Liechtenstein, Luxemburgo, Mónaco, Noruega, Países Baixos, Reino Unido e Suécia) . dos quais 7 da União Europeia.
Ao longo desta e da próxima semana (como “Tema Livre”), proponho um .breve retrato. das monarquias europeias, baseado nomeadamente em publicação do .Courrier International.. Começando hoje com a Bélgica.
A Bélgica tornou-se independente em 1830 (após ter sofrido o domínio dos Francos, dos Habsburgo de Espanha e da Áustria, de Napoleão e dos Países Baixos), tendo como primeiro Rei, Leopoldo I (originário de uma família alemã).
Em 1909, subiu ao trono o Conde Alberto I, tragicamente morto em 1934, a que sucederia Leopoldo III, cujo reinado atravessaria grande controvérsia, devido nomeadamente à capitulação sem condições perante a Alemanha, em Maio de 1940, e que o levaria à abdicação, em 1951, a favor do Rei Balduíno.
Após a morte de Balduíno, em 1993, sem deixar herdeiro, sucedeu-lhe o irmão Alberto II, casado em 1959 com a italiana Paola Di Calabria.
O herdeiro, príncipe Filipe, nasceu em 1960, tendo casado em 1999 com Mathilde.
O país vive em monarquia constitucional, sofrendo periodicamente as convulsões decorrentes de um território dividido em duas comunidades sócio-linguísticas, a dos Valões (de expressão francesa) e a dos Flamengos.
[1136]
JULES VERNE (V)
Alguns prisioneiros escapam-se numa fuga colectiva, até que a .roda da sorte começa a desandar. e uma tempestade os conduz a uma ilha, na qual iniciam uma grande aventura pela sobrevivência.
Pouco a pouco, vão descobrindo que .A Ilha Misteriosa. esconde algo.
De .Dois Anos de Férias. (uma aventura ao género de .Robinson Crusoé) recordo também a série televisiva.
O fumo que sai da chaminé de um castelo abandonado começa a espalhar o pânico entre os habitantes de uma povoação na Transilvânia.
Até alguém começar a suspeitar que nem todos os fantasmas de .O Castelo dos Cárpatos. são sobrenaturais.
P. S. Hoje, pode conhecer um pouco da história de Tomar.
P. S. 2 – Excelente a iniciativa do “Público”, na comemoração do seu 14º aniversário, com um livro publicando 300 das suas 1ª páginas.
[1059]
JULES VERNE (IV)
Nas .Vinte Mil Léguas Submarinas., vários navios desaparecem misteriosamente, supondo-se que um monstro marinho seja responsável de tal situação.
Com o desenvolvimento da história, vamos descobrindo a verdade, embarcando o protagonista numa extraordinária aventura pelas profundezas do oceano, onde conhecerá o excêntrico Capitão Nemo.
Phileas Fogg, um conservador burguês inglês, lança-se numa aposta, que o leva, com o seu assistente Passepartout a uma extraordinária aventura, com .A Volta ao Mundo em 80 Dias. (tarefa considerada absolutamente impossível na época), em que se cruzam com as mais diversas situações e personagens.
Frio e calculista, com uma rigorosa e milimétrica planificação dos horários e percursos, a viagem vai decorrendo, não obstante os percalços. Quando tudo parece perdido, eis que há uma reviravolta.
P. S. Obrigado à Giesta, do Flores do Campo.
[1057]



