Archive for 7 Setembro, 2021
Azerbaijão – Portugal (Mundial 2022 – Qualif.)
Estádio Olímpico de Baku
Azerbaijão – Shakhrudin Magomedaliyev, Elvin Badalov, Hojjat Hahgverdi, Azer Salahlı (76m – Rahim Sadikhov), Abbas Hüseynov, Emin Makhmudov, Gara Garayev (45m – Anatolii Nuriiev), Tamkin Khalilzade (45m – Ali Ghorbani), Namik Alaskarov, Filip Ozobić (62m – Vugar Mustafayev) e Mahir Emreli (62m – Tural Bayramov)
Portugal – Rui Patrício, João Cancelo, Rúben Dias, Pepe, Raphaël Guerreiro (71m – Nuno Mendes), João Moutinho (78m – João Mário), João Palhinha (45m – Rúben Neves), Bruno Fernandes, Bernardo Silva (78m – Otávio), Diogo Jota (78m – Gonçalo Guedes) e André Silva
0-1 – Bernardo Silva – 26m
0-2 – André Silva – 31m
0-3 – Diogo Jota – 75m
Cartões amarelos – Namik Alaskarov (16m), Ali Ghorbani (61m) e Hojjat Hahgverdi (77m); João Palhinha (15m) e Nuno Mendes (90m)
Árbitro – Marco Guida (Itália)
Já muito foi debatido o impacto que Cristiano Ronaldo tem na selecção portuguesa – como, por exemplo, ficou bem patenteado há apenas seis dias, quando conseguiu, “in-extremis”, transformar uma inconcebível derrota com a Irlanda numa vitória (muito sofrida, mas vitória…). Mais do que a questão se Cristiano “deve” ou não jogar, o fulcro está no modelo de jogo idealizado pelo treinador, que se tem revelado incapaz de fazer a “quadratura do círculo”, de compatibilizar no mesmo “onze” Ronaldo, Bernardo Silva, Diogo Jota e Bruno Fernandes.
Mas não terá sido por coincidência que a forçada ausência de Cristiano (sancionado com cartão amarelo pelos festejos do segundo golo frente à Irlanda, ao retirar a camisola) acabou por proporcionar uma das melhores exibições da selecção nacional nos últimos tempos, esta noite, no Azerbaijão.
Dominando por completo de início a fim, Portugal foi excessivamente perdulário, triunfando por magros 3-0, quando poderia ter alcançado uma goleada histórica.
A equipa mostrou-se fluida, com os seus elementos mais tecnicistas a protagonizarem momentos de génio, como foi o caso do primeiro golo, com Bruno Fernandes em especial evidência e João Cancelo qual “furacão”, verdadeiramente demolidor para o sector defensivo contrário. O centro do terreno ficou bem entregue à dupla João Moutinho / João Palhinha, a permitirem libertar os criativos da frente de ataque portuguesa.
Depois de uma entrada forte, o ritmo até decaíra um pouco, quando Portugal chegou ao golo, que fez com que o Azerbaijão de alguma forma se “descompusesse” defensivamente, com a velocidade de Cancelo e a mobilidade de Diogo Jota e André Silva a suscitarem o erro do adversário, que, paradoxalmente, insistia em procurar sair a jogar… assim colocando a nu as suas insuficiências.
O segundo golo, obtido logo de seguida, pouco passava da meia-hora de jogo, foi o da tranquilidade e garantia de que os três pontos não escapariam. André Silva podia ter bisado ainda na primeira parte, mas foi sobretudo na segunda metade que se multiplicaram as ocasiões perdidas.
Digo Jota parecia em “noite não” em termos de finalização, até que conseguiria mesmo quebrar a malapata, fazendo o 3-0 já à entrada do quarto de hora final. A partir daí, com o resultado “feito”, já pouco de relevante haveria a assinalar.
Desta ronda fica também o empate da Sérvia na Irlanda (tendo deixado fugir o triunfo), o que, para já, confere à selecção portuguesa a liderança isolada do grupo de apuramento, mas com tudo ainda por decidir, possivelmente até ao derradeiro dia, do confronto luso-sérvio.
GRUPO A Jg V E D G Pt 1º Portugal 5 4 1 - 11 - 4 13 2º Sérvia 5 3 2 - 12 - 7 11 3º Luxemburgo 4 2 - 2 5 - 8 6 4º Irlanda 5 - 2 3 5 - 8 2 5º Azerbaijão 5 - 1 4 3 - 9 1
6ª jornada
07.09.2021 – Azerbaijão – Portugal – 0-3
07.09.2021 – Irlanda – Sérvia – 1-1
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