Liga dos Campeões – Play-off – PSV Eindhoven – Benfica

24 Agosto, 2021 at 10:05 pm Deixe um comentário

PSV EindhovenPSV Eindhoven – Joël Drommel, Phillipp Mwene (89m – Ryan Thomas), André Ramalho Silva, Olivier Boscagli (70m – Armando Obispo), Philipp Max (89m – Jordan Teze), Ibrahim Sangaré, Mario Götze, Wulfert “Marco” van Ginkel (70m – Armindo Bangna “Bruma”), Chukwunonso “Noni” Madueke (70m – Yorbe Vertessen), Cody Gakpo e Eran Zahavi

BenficaBenfica – Odysseas Vlachodimos, Gilberto Moraes (61m – André Almeida), Nicolás Otamendi, Lucas Veríssimo (32m – exp.), Felipe Silva “Morato”, João Mário (74m – Everton Soares), Julian Weigl, Alejandro “Álex” Grimaldo, Adel Taarabt (54m – Jan Vertonghen), Rafael “Rafa” Silva (74m – Soualiho Meïté) e Roman Yaremchuk (61m – Gonçalo Ramos)

Cartões amarelos – Olivier Boscagli (64m), André Ramalho Silva (85m) e Ryan Thomas (90m); Lucas Veríssimo (8m), João Mário (66m), Gonçalo Ramos (82m) e Odysseas Vlachodimos (90m)

Cartão vermelho – Lucas Veríssimo (32m)

Árbitro – Slavko Vinčić (Eslovénia)

O objectivo essencial – apuramento para a fase de Grupos da Liga dos Campeões – foi conseguido, a muito custo, por uma equipa que, em momento de grande dificuldade, se mostrou bastante solidária.

Mas foi um resultado obtido num limiar muito ténue entre o sucesso e o fracasso. No conjunto das duas mãos, o factor “sorte” revelou-se de excessiva preponderância, demasiada para que se possa rejubilar com o êxito obtido.

Em Eindhoven, neste jogo da 2.ª mão em particular – e depois de o Benfica se ter visto em inferioridade numérica, decisivamente condicionado na sua actuação -, foram quatro os factores que conduziram ao desfecho pretendido: sorte; outra noite inspirada de Vlachodimos; a forma como Jesus soube reagir à contrariedade; conjugado com um estilo de jogo estereotipado do PSV, incapaz de tornear uma barreira defensiva que, no último quarto de hora, chegou a ser constituída por uma linha de seis elementos agrupados na faixa central do terreno, com outros dois apenas poucos metros mais à frente, e só Gonçalo Ramos mais próximo da linha de meio-campo!

Desde início, a equipa da casa desde logo procurou impor alta intensidade, com pressão muito forte, empurrando o Benfica para o seu sector mais recuado, mas – para além do primeiro amarelo a Lucas Veríssimo, logo ao oitavo minuto – não extrairia qualquer efeito prático, com o lance de maior “perigo” a ser um remate à malha lateral da baliza.

Numa das raras ocasiões em que conseguiu ensaiar o contra-ataque o Benfica até tinha criado a melhor oportunidade, com Rafa a rematar com perigo, mas a bola a embater num opositor, acabando por sair por cima. Até que surgiu – demasiado cedo, condenando a equipa a jogar mais de uma hora em situação desvantajosa – o segundo cartão para o central benfiquista, imprudente na abordagem a um lance na zona intermediária, saltando e atingindo o adversário com o cotovelo.

Jesus começou por resistir à tentação de alterar de imediato a equipa em campo, recompondo a defesa com a baixa de Weigl. Só já à passagem dos 10 minutos do segundo tempo, assumiria definitivamente a opção pela defesa porfiada da sua baliza, trocando Taarabt – cuja entrada em campo, de início, de alguma forma surpreendera e “confundira” o PSV – por Vertonghen, ainda algo condicionado pela recente lesão.

Até final, estiveram em grande evidência, Weigl, o elemento mais lúcido e com maior inteligência emocional da equipa, Otamendi, a comandar a defesa, e, sobretudo, Vlachodimos, obviamente determinante, com pelo menos três intervenções a evitar o golo que se adivinhava, a defender in-extremis, por instinto, com os pés, a remates quase à “queima-roupa”.

E voltamos à sorte do jogo – para além da dose necessária de felicidade que um guarda-redes sempre necessita quando “faz a mancha” -, quando, com 63 minutos, Zahavi, com a baliza completamente à sua mercê, a curta distância, acertou na trave… quase um “milagre”.

A partir desse lance, e, principalmente, dos 70 minutos, sentiu-se como que um ascendente psicológico do Benfica, com o tempo a começar, então, a correr a seu favor, mesmo de que forma “demasiado lenta”.

À medida que os minutos avançavam e que o PSV não conseguia desbloquear o jogo, começou a ficar patente a sua falta de soluções, perante uma extremamente bem afinada linha defensiva de seis, com a equipa de Eindhoven a não saber aproveitar o espaço concedido pelo Benfica nas faixas laterais, incapaz de furar aquela muralha.

A formação dos Países Baixos evidenciou ser muito forte fisicamente, assumindo o controlo e a iniciativa do jogo (nas duas mãos), tem bons executantes tecnicamente… mas faltou-lhe qualquer coisa extra.

Foi uma vitória (empate, neste jogo) do tipo “sangue, suor e lágrimas”. O Benfica atinge, pela 11.ª vez nos últimos 12 anos (14.ª nos últimos 17 – apenas tendo falhado em 2008-09, 2009-10 e 2020-21), a fase de Grupos da Liga dos Campeões. Mas vai ter de elevar o seu nível competitivo para enfrentar os desafios que se antecipam, dada a sua posição no “3.º pote” do sorteio…

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Liga dos Campeões – Play-off – Benfica – PSV Eindhoven Liga dos Campeões – 2021-22 – Sorteio da Fase de Grupos

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