Archive for 27 Junho, 2021

EURO 2020 – 1/8 de final – Bélgica – Portugal

BélgicaPortugal1-0

Bélgica Thibaut Courtois, Toby Alderweireld, Jan Vertonghen, Thomas Vermaelen, Thomas Meunier, Youri Tielemans, Axel Witsel, Thorgan Hazard (90m – Leander Dendoncker), Kevin De Bruyne (48m – Dries Mertens), Eden Hazard (87m – Yannick Ferreira-Carrasco) e Romelu Lukaku

Portugal Rui Patrício, Diogo Dalot, Rúben Dias, Pepe, Raphaël Guerreiro, João Moutinho (55m – João Félix), João Palhinha (78m – Danilo Pereira), Renato Sanches (78m – Sérgio Oliveira), Bernardo Silva (55m – Bruno Fernandes), Diogo Jota (70m – André Silva) e Cristiano Ronaldo

1-0 – Thorgan Hazard – 42m

“Melhor em campo” – Thorgan Hazard

Amarelos – Thomas Vermaelen (72m) e Toby Alderweireld (81m); João Palhinha (45m), Diogo Dalot (51m) e Pepe (77m)

Árbitro – Felix Brych (Alemanha)

Estadio de La Cartuja – Sevilha (20h00)

Os Campeões da Europa em título defrontavam o líder do ranking mundial da FIFA. Portugal, que superara a fase de grupos com uma vitória, um empate e uma derrota, encontrava uma selecção que seguia, neste Campeonato da Europa, com uma série de 13 vitórias consecutivas (tendo feito o pleno de dez triunfos na fase de qualificação, assim como venceu todos os três jogos do seu grupo nesta fase final).

Fernando Santos optou por confiar a lateral direita a Diogo Dalot, fazendo alinhar no meio-campo, João Moutinho, Palhinha e Renato Sanches, alterando por completo a estrutura com que abordara este torneio.

À partida esperava-se já que fosse a Bélgica a assumir predomínio a nível da posse de bola. Contudo, de forma algo inesperada, tal sucedeu apenas nos minutos iniciais, com Portugal, bastante personalizado, a conseguir contrariar a organização contrária, e a instalar-se progressivamente no meio-campo adversário, procurando imprimir maior velocidade.

Com o jogo a decorrer, não obstante, em toada relativamente morna, com as duas equipas bastante encaixadas – e, na verdade, algo afastadas das zonas de perigo -, a Bélgica conseguiria, já prestes a findar a primeira parte, tirar um “coelho da cartola”, com um potente remate de Thorgan Hazard, à entrada da área, a surpreender Rui Patrício, que ficou a centímetros de chegar à bola, a entrar na zona central da sua baliza.

No recomeço, a formação belga pareceu sentir em demasia a saída do seu “patrão”, De Bryune, lesionado. No que se antecipava já vir a ser uma corrida contra o tempo, Fernando Santos arriscava então – já sem pensar em grandes tácticas -, fazendo entrar, enfim, João Félix, assim como Bruno Fernandes e, um pouco mais tarde, apostando também em André Silva.

Nessa fase, Portugal poderia ter marcado, por volta da hora de jogo, porém Diogo Jota rematou por alto. Já a menos de dez minutos do final seria Rúben Dias a cabecear, com muito perigo, mas à figura de Courtois; para, logo de seguida, Raphaël Guerreiro fazer a bola esbarrar no poste. Antes do final André Silva embrulhar-se-ia com a bola e com o guardião contrário.

A equipa portuguesa tentava, por todas as formas, mesmo que anarquicamente – Pepe chegou a posicionar-se na frente de ataque -, ameaçar a baliza contrária, mas não conseguiria chegar ao golo. Do outro lado, remetida à sua zona defensiva, a Bélgica procurava bombear bolas para a frente, onde Lukaku fora deixado sozinho, mas seria a inépcia de Yannick Ferreira-Carrasco, entrado a três minutos do termo do desafio, a impedir que, por duas vezes, o marcador pudesse ser ampliado.

No final, fica, claro, um forte amargo de boca pela eliminação, perante estatísticas contundentes: 56/44% em termos de posse de bola, 24-6 em remates, 5 remates à baliza contra um único (o que resultou no golo) dos belgas!

Faltou alguma dose de sorte, de que beneficiámos noutras ocasiões. De alguma forma contrariando o que poderiam ser as expectativas Portugal não foi inferior à poderosa selecção da Bélgica, neste encontro aquém do seu esplendor.

Mas, em paralelo, e num balanço global a esta participação no “EURO 2020”, será necessário assumir também as falhas próprias, com a notória dificuldade de encaixar os vários talentos, alguma falta de coerência estratégica, acabando nos improvisos, numa equipa que poderia ter sido mais trabalhada.

O “sistema” de jogo que nos proporcionou o triunfo há cinco anos revela-se ultrapassado, e importa não teimar nessa insistência, quando as características dos jogadores são distintas, assim como as exigências de competitividade impostas pelos adversários, também pela própria evolução do futebol “moderno”. Pouco adiantará “antever” a possibilidade de aspirar à conquista de títulos mundiais (!) sem um pensamento estratégico coerente.

27 Junho, 2021 at 9:55 pm Deixe um comentário

EURO 2020 – 1/8 de final – Países Baixos – R. Checa

Países BaixosR. Checa0-2

Países Baixos Maarten Stekelenburg, Denzel Dumfries, Stefan de Vrij, Matthijs de Ligt, Daley Blind (81m – Jurriën Timber), Patrick van Aanholt (81m – Steven Berghuis), Marten de Roon (73m – Wout Weghorst), Georginio Wijnaldum, Frenkie de Jong, Memphis Depay e Donyell Malen (57m – Quincy Promes)

R. Checa Tomáš Vaclík, Vladimír Coufal, Ondřej Čelůstka, Tomáš Kalas, Pavel Kadeřábek, Tomáš Holeš (85m – Alex Král), Tomáš Souček, Lukáš Masopust (79m – Jakub Jankto), Antonín Barák (90m – Michal Sadílek), Petr Ševčík (85m – Adam Hložek) e Patrik Schick (90m – Michael Krmenčík)

0-1 – Tomáš Holeš – 68m
0-2 – Patrik Schick – 80m

“Melhor em campo” – Tomáš Holeš

Amarelos – Denzel Dumfries (46m) e Frenkie de Jong (84m); Vladimír Coufal (56m)

Vermelho – Matthijs de Ligt (52m)

Árbitro – Sergei Karasev (Rússia)

Puskás Aréna – Budapeste (17h00)

27 Junho, 2021 at 6:55 pm Deixe um comentário

O Pulsar do Campeonato – Taça do Ribatejo – 1/2 finais

(“O Templário”, 24.06.2021)

Rio Maior SC e Glória do Ribatejo garantiram – ambos no desempate da marca de grande penalidade, após as igualdades verificadas no termo dos noventa minutos – a presença numa inédita Final da Taça do Ribatejo, a disputar no Cartaxo, no próximo Domingo, pelas onze horas da manhã, com transmissão televisiva em directo no “Canal 11”.

Destaques – O Rio Maior SC, clube de formação ainda recente (completará cinco anos da sua fundação no início do próximo mês de Julho), 10.º classificado no campeonato, estreia-se na Final da “prova rainha” – sendo que, até agora, não conseguira ainda chegar além dos 1/8 de final, fase em que se quedara nos anos de 2019 e 2020.

Esta época – depois de ter começado por afastar o Amiense (4.º classificado do campeonato), ganhando em casa por 2-1, para, de seguida, golear o Alcanenense por 5-0, antes de, nos 1/4 de final, ir ganhar a Salvaterra de Magos, por 3-2, frente ao “tomba-gigantes” Salvaterrense (o qual eliminara o Cartaxo) – os riomaiorenses acabariam por ser mais eficazes no desempate, nas meias-finais, ante o U. Tomar, vencendo por 4-2, após o nulo registado no tempo regulamentar.

Tendo noção da valia do adversário, que surgiu reforçado no recomeço das competições, e mesmo actuando em terreno alheio, a formação tomarense assumiu, logo de início – como costuma fazer regra geral –, a iniciativa do jogo, instalando-se no meio campo contrário, registando predomínio em termos de posse de bola e lances de ataque, contudo, sem conseguir criar efectivas situações de perigo. A maior oportunidade de golo decorreria, aliás, de um alívio defeituoso de um defesa da casa, com a bola a embater no poste da baliza do Rio Maior.

Na segunda metade, os nabantinos apenas teriam outra ocasião para criar perigo, num contra-ataque, após Hélio Ocante ter recuperado a bola, mas a defensiva contrária conseguiria anular o lance. Já numa fase de menor controlo, com o jogo mais “partido”, a turma da casa teve também uma oportunidade soberana para marcar, porém o avançado local remataria ao lado.

A quinze minutos do final do desafio, os visitados ficaram reduzidos a dez unidades, mas os unionistas não conseguiriam tirar partido de tal superioridade, dadas as sucessivas interrupções de jogo e quebra de ritmo. O União não foi capaz de evitar a “armadilha dos penalties”, para a qual estaria já de sobreaviso, no que pareceu ser, quase sempre, o objectivo do Rio Maior.

Com duas defesas do guarda-redes da casa, nas duas primeiras tentativas, e pese embora Nuno Ribeiro ter também defendido um dos remates, a formação riomaiorense alcançava o “passaporte” para a ansiada Final, no que constitui uma grande desilusão para os tomarenses – eliminados sem ter perdido qualquer jogo, não tendo conseguido marcar na fase decisiva, após um “score” global de 15-1 –, no dia das anunciadas despedidas, precisamente do guardião Nuno Ribeiro e do capitão Nuno Rodrigues, após terem envergado a camisola rubro-negra durante várias temporadas, e que bem justificavam ter concluído a carreira em cenário mais festivo.

Na Glória do Ribatejo, o grupo local continua a fazer história: depois do 7.º lugar no campeonato, atinge agora uma formidável presença na Final da Taça, prova em que tem já tradição, com cinco presenças nos 1/4 de final e três nas meias-finais, nos últimos oito anos.

Esta temporada, depois de terem deixado pelo caminho o Benfica do Ribatejo (4-1), o Entroncamento AC (2-1) e, de forma sensacional, o Abrantes e Benfica (3-2), jogando sempre em terreno adverso, os homens da Glória registaram, em casa, uma igualdade a dois golos ante o Samora Correia, numa partida repleta de cambiantes no marcador, acabando por superiorizar-se no desempate da marca de grande penalidade, também por 4-2, como na outra meia-final.

II Divisão Distrital – Na série Norte o Espinheirense foi apenas a segunda equipa (após o Caxarias) a conseguir travar a marcha triunfal do vencedor da série, At. Ouriense – posição que garantira já, a meio da semana, em jogo de acerto de calendário, ao ganhar ao Fátima por 1-0, assegurando, pois, a consequente promoção à I Divisão Distrital –, empatando 3-3.

A Sul os dois primeiros golearam: o Benavente, em Alpiarça, ante o Águias, por 4-1, enquanto o Salvaterrense bateu o Marinhais, no “derby” do município, por categórico 4-0. O Forense, actual 3.º classificado, impôs-se no terreno do Benfica do Ribatejo, ganhando por 3-1.

Em função dos resultados desta penúltima ronda – assim como do registado na quarta-feira anterior, com a equipa benaventense a vencer a de Salvaterra de Magos por tangencial 3-2 –, o Benavente garantiu também já (seja como 1.º ou 2.º classificado) a subida ao escalão principal.

Por seu lado, o Salvaterrense necessitará ainda um ponto, nos dois jogos que tem a disputar, nos campos do Águias de Alpiarça (em atraso da 14.ª jornada) e do Forense (sendo que este clube terá ainda hipóteses matemáticas de poder eventualmente chegar ao 2.º lugar), para confirmar também a promoção – dado registarem ambos (Benavente e Salvaterrense) melhor média pontual que o Fátima, 2.º classificado da série Norte.

Antevisão – Na festa do futebol distrital, este ano a realizar no Cartaxo, com a Final da Taça do Ribatejo, a disputar entre Rio Maior SC e Glória do Ribatejo, parece difícil apontar um favorito, perspectivando-se um jogo bastante repartido, possivelmente a decidir nos pormenores.

O Rio Maior poderá eventualmente dispor, nesta fase, de superiores argumentos individuais, mas a turma da Glória já demonstrou, ao longo desta temporada, e por mais de uma ocasião, formar uma verdadeira equipa, capaz de surpreender até os mais poderosos – recorde-se que foi o único clube a derrotar o vencedor do campeonato, Coruchense, tendo, adicionalmente, eliminado o 2.º classificado, Abrantes e Benfica, nos 1/4 de final da Taça, em Abrantes!

Entretanto, não tendo a equipa de seniores do U. Tomar conseguido o apuramento para aquela final, fica a nota de realce para a equipa de “sub-21” do União, que, tendo vencido os seus grupos de qualificação nas duas fases deste Torneio distrital, se apurou para a respectiva Final, a disputar em Tomar, no Sábado, frente ao Salvaterrense ou à Ac. Santarém.

Na II Divisão Distrital, disputa-se (no Sábado) a 18.ª e derradeira jornada da prova: a Norte, apenas com um jogo agendado, já sem consequências de relevo a nível da pauta classificativa, caberá ao Vasco da Gama receber o Espinheirense.

A Sul (quase) tudo poderá ter ficado já decidido, na quarta-feira, caso o Salvaterrense tenha pontuado em Alpiarça; caso contrário, teríamos um aliciante embate Forense-Salvaterrense, que, nessa hipótese, seria decisivo para a definição do clube a promover. Por seu lado, o Benavente, que se desloca às Fazendas de Almeirim, terá em mira a possibilidade de confirmação do 1.º lugar final (dependente de o conjunto de Salvaterra não vencer os seus dois encontros).

(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 24 de Junho de 2021)

27 Junho, 2021 at 11:00 am Deixe um comentário


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