Archive for Novembro, 2020
Eleições Presidenciais EUA – Resultados provisórios
Não foi por falta de aviso, mas os resultados (provisórios) apurados não deixam, ainda assim, de surpreender, sobretudo pela resistência demonstrada por Trump (a revalidar, em termos substanciais, a sua base de apoio eleitoral de 2016), com Biden a ver significativamente reduzidas as vantagens que as tendências das sondagens pareciam apontar (tendo mesmo já confirmada a derrota na Florida).
Não obstante o desfecho destas eleições esteja ainda pendente da conclusão da contagem em três Estados cruciais (Pennsylvania, Michigan e Wisconsin – vencerá quem ganhar dois destes Estados), o resultado até poderá acabar por vir a ser aquele que aqui tinha projectado: 290-248, a favor de Biden.
Todavia, aproveitando a oportunidade que estes resultados provisórios lhe concedem – dispondo, no início da manhã, de vantagem em todos aqueles Estados – Trump declarou já a abertura de uma disputa jurídica, com recurso ao Supremo Tribunal, reclamando a suspensão da contagem dos votos antecipados, alegando nomeadamente que não deverão ser considerados os votos recebidos após a data da eleição (ao invés do previsto em termos legais, que consiste na aceitação dos votos com carimbo do correio até essa data).
É a seguinte a posição que decorre dos resultados provisórios, Estado a Estado:
Não tendo sido ainda definitivamente atribuída a vitória nos Estados do Maine, Arizona, Nevada, Alaska, Georgia e Carolina do Norte, os três primeiros deverão ser conquistados por Biden, sendo que Trump deverá vencer os restantes três.
Eleições Presidenciais EUA – 2020 (X)
Eis-nos chegados ao “Dia D” das eleições presidenciais nos EUA, com o candidato Joe Biden a perfilar-se como favorito, mas ainda com todas as possibilidades em aberto.
Resumem-se, no mapa abaixo, as tendências apontadas pelas sondagens, Estado a Estado, classificadas em quatro escalões de probabilidade (vitória praticamente segura de um dos candidatos; forte probabilidade de vitória; ligeira vantagem; situação de “empate”):
De forma esquemática, e recuperando os cenários que, semana a semana, aqui fui apresentando, resume-se de seguida a evolução de tais tendências, ao longo das últimas dez semanas:
A evolução dos números relativos a Donald Trump centra-se sobretudo no reforço (4.ª semana) ou retrocesso (3.ª e 5.º semanas) da sua posição no Estado do Ohio (18 “Grandes Eleitores”) – tendo mantido constante (125) o somatório de votos “seguros” e/ou de forte probabilidade de vitória.
Quanto a Joe Biden, começou por reforçar posições na Florida (29) – 2.ª e 6.ª semanas – e Arizona (11), registando-se retrocesso na Florida na 5.ª e 8.ª semanas.
Na 7.ª semana (13 de Outubro) o candidato democrata parecia ter, pela primeira vez, a vitória “assegurada”, ao reforçar posições determinantes em três dos Estados nos quais apresentava ainda vantagens relativamente frágeis: Arizona (11), Wisconsin (10) e Nevada (9). Em paralelo, o candidato republicano cedia no Iowa (6).
Na 8.ª semana – a duas semanas das eleições -, e para além do caso da Florida, Biden parecia ceder também terreno na Pennsylvania (20) e, novamente, no Arizona (11) – apesar de ter reforçado no Colorado (9).
Na semana passada as sondagens apontavam para a recuperação do Estado da Pennsylvania (20) por parte de Biden (reforçando também a posição no New Hampshire), o que voltava a colocar o candidato democrata em posição privilegiada para a vitória final.
Nesta derradeira semana, Biden parece ter ganho, de novo, ténue vantagem na Florida (29), enquanto a Carolina do Norte (15) voltava a situação de empate. Por seu lado, o Iowa (6) parece pender para Trump.
Em síntese, Biden terá a vitória dependente da confirmação da vantagem nos “Grandes Lagos” – fundamentalmente do desfecho na Pennsylvania: ganhando aí (sendo previsível que possa somar, pelo menos, 273 votos no Colégio Eleitoral, portanto, acima da fasquia mínima de 270), poderia até perder no Nevada, podendo dispensar, também, o Arizona e a Florida (Estados em que se perfila com vantagens mais frágeis) -, isto mesmo que Trump consiga vencer nos restantes battleground states (Ohio, Georgia e Carolina do Norte), como será, porventura, mais expectável.
Caso viesse a claudicar na Pennsylvania, as contas poderiam complicar-se: nessa circunstância Biden necessitaria – para além de triunfar no Michigan, Minnesota e Wisconsin, Estados “críticos” para o cômputo final – de ganhar igualmente no Arizona, o que não é, de todo, seguro (ou, ainda menos provável, na Florida).
Para Trump, a possibilidade de vitória nestas eleições passará, necessariamente, por ganhar na Pennsylvania (para além, claro, da Florida, Ohio, Georgia e Carolina do Norte), e, adicionalmente, ainda um outro dos Estados em que parece registar desvantagem com alguma significância (Arizona, Nevada ou Minnesota).
A eventualidade de um cenário de hipotético empate (269-269) subsiste também (por exemplo, se Biden, ganhando na Pennsylvania, viesse a perder no Arizona e no Minnesota; ou, alternativamente, caso Biden perca na Pennsylvania e numa das circunscrições do Nebraska).
Em qualquer caso, não será muito provável que Biden venha a ultrapassar os 300 “Grandes Eleitores”, como decorreria da conjugação de todas as situações em que parece dispor de alguma vantagem nas sondagens. Ao invés, em relação a Trump, será expectável que, para além da sua base de apoio “segura” e dos Estados em que apresenta vantagens menos significativas, venha a atingir, pelo menos, 219 (ou 248) votos no “Colégio Eleitoral”, pelo que a incerteza subsistirá, possivelmente, durante toda a noite eleitoral.
Se tivesse de fazer uma aposta – inevitavelmente falível -, seria nos 290-248, a favor de Joe Biden, com o seguinte detalhe (ordenando os Estados por grau decrescente de probabilidade de vitória de cada um dos candidatos):
O Pulsar do Campeonato – 4ª Jornada

(“O Templário”, 29.10.2020)
Em mais uma jornada incompleta (é já a terceira, em quatro até agora disputadas) – tendo, desta feita, sido adiado o encontro entre as equipas que ocupavam os dois primeiros lugares, Abrantes e Benfica e Alcanenense –, o Coruchense esteve em particular evidência, goleando no terreno do 2.º classificado do último campeonato. O Entroncamento estreou-se a marcar… e a ganhar; e, pela negativa, o Mação somou terceiro desaire sucessivo!
Destaques – O maior realce da 4.ª ronda foi a goleada (4-0) aplicada pelo 3.º classificado da prova anterior (Coruchense) no terreno do então 2.º classificado, à data da interrupção da prova, Fazendense, sendo que, antes desta partida, ocupavam, respectivamente, o 4.º e 5.º posto, separados por um único ponto, não tendo ainda o conjunto das Fazendas de Almeirim perdido. Um desfecho imprevisto, num jogo que se antecipava bastante equilibrado, que – também em função do adiamento do compromisso dos abrantinos –, permitiu à turma do Sorraia ascender à liderança partilhada do campeonato.
Num confronto entre dois emblemas históricos do futebol distrital, que tinham acumulado – entre ambos – quatro derrotas nas duas jornadas anteriores, o Amiense impôs-se por 2-1 frente ao Mação, agravando ainda mais a crise de resultados dos maçaenses, um dos mais fortes candidatos ao título, por ora, com três derrotas consecutivas, num muito modesto 13.º lugar, posição que partilham com o Entroncamento (equipa que tinham goleado, no desafio inaugural, por 8-0)!
Precisamente, o novo clube da cidade ferroviária – com o seu Presidente, em estreia, a acumular as funções de treinador – conseguiu estrear-se a marcar, ganhando por 2-0 na recepção ao Torres Novas, relegando assim os torrejanos (ainda sem vencer, não tendo ido além de dois empates caseiros) para o penúltimo lugar, situação nada condizente com o seu rico historial.
Surpresa – Para além dos já referidos inesperados resultados registados nas Fazendas de Almeirim (sobretudo pelo volume da derrota dos visitados) e no Entroncamento, a outra “surpresa” da jornada foi o triunfo (1-0) do Glória do Ribatejo frente ao Samora Correia (até então um dos 2.º classificados, e que ainda não tinha perdido neste campeonato).
Após um mau arranque (goleado em casa pelo Alcanenense), o grupo da Glória empreendeu notável reacção, tendo vencido já o Coruchense e empatado em Torres Novas. Com a vitória do passado Domingo, soma sete pontos, repartindo agora o 3.º posto, curiosamente com Alcanenense e Samora Correia (dois dos adversários que defrontou já).
Confirmações – Começando pelo desafio em que interveio o U. Tomar, confirmaram-se as dificuldades esperadas, na deslocação a Rio Maior, onde não conseguiu melhor que o empate a uma bola. Os unionistas – que vêm denotando uma espécie de bloqueio na obtenção de vitórias em terreno alheio – assumiram a iniciativa do jogo, mas, depois de terem sido surpreendidos com o tento adversário, voltaram a passar por um período de menor serenidade, podendo mesmo ter sofrido novo golo.
Depois de chegarem ao empate, e apesar de terem procurado ainda alcançar a vitória, os tomarenses terão sido então penalizados por alguma falta de ritmo, em função de 15 dias de paragem competitiva, nesta fase ainda inicial da temporada. Com acerto de calendário previsto para meio desta semana, seria importante que o União conseguisse atingir os dez pontos no próximo Domingo…
No Cartaxo, confirmando o seu favoritismo, os locais chegaram com alguma “facilidade” a 3-0, na recepção ao Riachense, tendo vindo, porém, a consentir dois golos – o último mesmo a findar o desafio – acabando por ganhar por tangencial 3-2.
Por fim, na Moçarria, e por maioria de razão, o Moçarriense – sem competir há três semanas, depois do jogo de estreia –, e não obstante até tenha marcado primeiro, não teve ritmo para suster o maior embalo do Ferreira do Zêzere, com os ferreirenses – após duas goleadas sofridas no seu reduto – a somar o segundo triunfo em outros tantos jogos fora de casa, ganhando por 2-1.
II Divisão Distrital – Espinheirense e Forense são os únicos clubes a contar por vitórias os três desafios até agora disputados, liderando, pois, isolados, as respectivas séries.
Na 3.ª jornada, destacam-se os triunfos do Espinheirense (4-2 em Fátima) e do At. Ouriense (3-1 no Tramagal), assim como a recuperação do Caxarias (de 0-3 para 3-3) no terreno do Vasco da Gama. Mais a Sul, para além da vitória (1-0) do Forense ante o Benavente, assinala-se a igualdade (2-2) registada no Benfica do Ribatejo-Salvaterrense.
Campeonato de Portugal – Numa competição que começa, também, a ser jogada aos “soluços”, apenas se realizaram três dos seis jogos previstos para a 4.ª jornada, no passado fim-de-semana., tendo sido adiados, nomeadamente, os compromissos de Fátima SAD (com o Alverca) e do U. Santarém (frente ao 1.º Dezembro).
Pelo que, dos clubes do Distrito, só o U. Almeirim esteve em acção – com transmissão televisiva (“Canal 11”), no Sábado –, perdendo, em casa, com o Caldas, por 1-3. Mantendo os 3 pontos na tabela, os almeirinenses continuam, para já, no 7.º lugar; enquanto U. Santarém (0 pontos) e Fátima SAD (3 pontos negativos) são os dois últimos classificados (11.º e 12.º, respectivamente).
Antevisão – A 5.ª ronda da divisão principal, agendada para o próximo fim-de-semana, tem como principais pontos de interesse, desde logo, dois “pratos fortes”: o embate entre os actuais líderes, com o Coruchense a receber o Abrantes e Benfica; e, também, o Mação-Cartaxo – duas partidas em que estarão envolvidos quatro dos principais candidatos.
Por seu lado, o U. Tomar, outro desses candidatos ao título, recebe o vizinho Ferreira do Zêzere, para um sempre aliciante quase “derby”.
No segundo escalão, destacam-se o Espinheirense-Tramagal e o Caxarias-U. Atalaiense, a Norte, e, a Sul, o Marinhais-Forense.
No Campeonato de Portugal, o Fátima SAD volta a adiar mais um jogo, sendo que U. Almeirim e U. Santarém irão de viagem, até Torres Vedras e Pêro Pinheiro, para defrontar, respectivamente, os actuais 3.º e 2.º classificados, em encontros que se antecipam, portanto, de dificuldade.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 29 de Outubro de 2020)


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