Archive for 15 Setembro, 2020
Liga dos Campeões – 3ª Pré-Eliminatória – P.A.O.K. – Benfica
P.A.O.K. – Živko Živković, José Ángel Crespo, Sverrir Ingason, Fernando Varela, Giannis Michailidis, Dimitris Giannoulis, Christos Tzolis (80m – Anderson Esiti), Stefan Schwab, Omar El Kaddouri, Dimitris Pelkas (66m – Andrija Živković) e Chuba Akpom (70m – Karol Świderski)
Benfica – Odysseas Vlachodimos, André Almeida, Rúben Dias, Jan Vertonghen, Álex Grimaldo, Julian Weigl, Everton, Adel Taarabt (76m – Rafa Silva), Pizzi, Pedrinho (65m – Darwin Núñez) e Haris Seferović (72m – Carlos Vinícius)
1-0 – Dimitris Giannoulis / Jan Vertonghen (p.b.) – 63m
2-0 – Andrija Živković – 75m
2-1 – Rafa Silva – 90m
Cartões amarelos – Dimitris Pelkas (1m), Fernando Varela (29m), Giannis Michailidis (45m), Stefan Schwab (79m) e Anderson Esiti (90m); André Almeida (44m)
Árbitro – Felix Brych (Alemanha)
No que constitui um péssimo arranque de temporada, tendo sido eliminado por um dos, porventura, menos credenciados adversários que o suplantaram ao longo de seis dezenas de edições das provas europeias (fazendo recordar outra vexatória eliminação, frente ao clube rival da cidade, o Aris, em 1979), o Benfica falha a presença na Liga dos Campeões pela primeira vez desde 2010, após um ciclo de dez participações consecutivas! Mais, é necessário recuar a 2004 para registar a última vez que o clube fora afastado nas eliminatórias prévias desta competição…
É verdade que se tratou do primeiro jogo “a sério” da época (enquanto o PAOK tivera de derrotar já, na eliminatória anterior, a 25 de Agosto, o Besiktas), mas, ainda assim – e, pese embora, no actual contexto anómalo de pandemia – Jorge Jesus teve mais de um mês de pré-temporada para preparar este desafio, cuja importância crucial era sobejamente conhecida.
Como era (ou deveria ser) bem conhecida a forma de actuar da formação grega, orientada pelo português Abel Ferreira, também ele (e o seu perfil e predicados) muito familiares de todos nós.
Mesmo considerando a particularidade de esta eliminatória ser decidida num único encontro, no terreno do adversário (por curiosidade, o Benfica até tinha vencido, frente a este mesmo opositor, em todas as três anteriores visitas a Salónica), tal não deveria constituir, nas circunstâncias presentes – jogos realizados sem assistência – um “handicap”, antes dependendo a forma de abordagem do desafio de uma atitude mental, que, neste caso, deveria ser a de enfrentar esta partida como ela era – decisiva -, como se de uma “final” em campo neutro se tratasse.
E, nesse contexto, o Benfica, com um potencial incomensuravelmente superior ao seu adversário, deveria ter-se imposto, desde início, marcando o ritmo, garantindo uma vantagem que o deixasse a coberto de qualquer imprevisto.
Na realidade, tendo sido o Benfica a assumir a iniciativa do jogo, com um largo predomínio de posse de bola, tal domínio – estrategicamente consentido pelo oponente – revelar-se-ia estéril, ora mercê do desacerto dos seus avançados (em especial, o desastrado Seferović), ora de algumas boas intervenções de Živković (o guarda-redes). E, à medida que o tempo ia avançando, cada vez com menor intensidade, portanto, de mais fácil anulação, começando a adivinhar-se o que poderia vir a suceder (e que acabaria mesmo por se confirmar).
Ao contrário, o PAOK, tendo sabido “esperar” (mesmo que com alguma felicidade na primeira metade, culminando no remate de Pizzi a embater com estrondo no poste, a par de boas oportunidades de Taarabt e de Pedrinho), revelou-se, esta noite, mais competente, quer a defender (onde chegou a forma duas linhas, com nove elementos – tendo, já na etapa complementar, o guardião negado outra vez o golo, agora a Everton), como, sobretudo, na concretização das escassas oportunidades que criou, com um aproveitamento quase integral das (já recorrentes) falhas adversárias.
Pouco depois da hora de jogo, num lance rápido, enleando a defesa contrária, com um passe atrasado para a zona nevrálgica da área, surgindo Dimitris Giannoulis (que iniciara a arrancada) e o central Jan Vertonghen a “dividir” o desvio fatal para a baliza portuguesa; pouco mais de dez minutos volvidos, numa lesta contra-ofensiva conduzida pelo mesmo Giannoulis, após uma perda de bola no ataque benfiquista (Vinícius), o esférico chegou a um desmarcadíssimo Živković (o avançado, que, ainda há pouco mais de uma semana, integrava o plantel do… Benfica), o qual, flectindo da direita para o centro, tirando o adversário mais próximo (Grimaldo) do caminho, desferiu um remate “seco”, sem hipótese de defesa para Vlachodimos, selando o desfecho desta eliminatória (instantaneamente como que “pedindo desculpa” por tal).
O tento de Rafa, ao 95.º minuto (último do período de compensação) – já depois de o outro Živković ter, “miraculosamente”, salvado um remate subtil de Grimaldo, que levada “selo de golo” -, chegaria tarde demais…
De forma triste, falhando rotundamente este fulcral (em termos desportivos e, principalmente, financeiros) compromisso, o Benfica vê-se – logo de entrada, após um único jogo na prova – despromovido à Liga Europa, com um estranhamente conformado Jesus a ter de mostrar muito “mais serviço”, e rapidamente.
Eleições Presidenciais EUA – 2020 (III)
Faltam agora sete semanas para as eleições presidenciais nos EUA, sendo ocasião para nova actualização das tendências apontadas pelas sondagens, tal como resumido no mapa seguinte:
A posição que é possível antecipar neste momento resume-se da seguinte forma:
- Joe Biden – Claro favoritismo em 16 Estados, num total correspondente a 203 “Grandes eleitores”: California (55); New York (29); Illinois (20); New Jersey (14); Virginia (13); Washington (12); Massachussetts (11); Maryland (10); Connecticut (7); Oregon (7); New Mexico (5); Hawaii (4); Rhode Island (4); Delaware (3); Maine (3, do total de 4); e Vermont (3); para além do District of Columbia (3).
- Donald Trump – Claro favoritismo em 16 Estados, num total correspondente a 100 “Grandes eleitores”: Indiana (11); Tennessee (11); Alabama (9); Kentucky (8); Lousiana (8); Oklahoma (7); Arkansas (6); Kansas (6); Mississippi (6); Utah (6); West Virginia (5); Idaho (4); Nebraska (4, do total de 5); Dakota do Norte (3); Dakota do Sul (3); e Wyoming (3).
Considerando outros Estados, em que parece forte a probabilidade das respectivas vitórias, Biden somaria mais 45 “Grandes eleitores” (Michigan – 16; Minnesota – 10; Wisconsin – 10; e Colorado – 9); enquanto Trump alcançaria outros 25 “Grandes eleitores” (Missouri – 10; Carolina do Sul – 9; Alaska – 3; e Montana – 3).
As eleições poderão, assim, decidir-se nos restantes 10 Estados, ainda de tendência algo indefinida, aos quais corresponde um total de 165 “Grandes eleitores”:
- Actualmente com ligeira tendência a favor do candidato democrata – 5 Estados, num total correspondente a 70 “Grandes eleitores”:
- Florida (29)
- Pennsylvania (20)
- Arizona (11)
- Nevada (6)
- New Hampshire (4)
- Actualmente com ligeira tendência a favor do candidato republicano – 2 Estados, num total correspondente a 44 “Grandes eleitores”:
- Texas (38)
- Iowa (6)
- Actualmente em situação de “empate” – 3 Estados, num total correspondente a 49 “Grandes eleitores” (a que acrescem 2 “Grandes Eleitores” nos Estados de Maine e Nebraska – 1 de cada):
- Ohio (18)
- Georgia (16)
- Carolina do Norte (15)
Em relação à semana passada, volta a registar-se um reforço da posição de Joe Biden, agora favorito em 20 Estados, somando 248 “Grandes Eleitores”, a que acrescem outros 5 Estados (total de 70 “Grandes Eleitores”) em que a tendência lhe é, para já, favorável.
As alterações constatadas foram as seguintes:
- Claro favoritismo vs. Forte probabilidade – Biden consolida posições no Maine e na Virginia, em que se perfila com claro favoritismo;
- Forte probabilidade vs. Ligeira tendência favorável – Biden sobe de “escalão” no Colorado, Michigan, Minnesota e Wisconsin, onde parece ter agora maior probabilidade de ganhar, tendo, portanto, reforçado a sua condição na determinante região dos “Grandes Lagos”;
- Ligeira tendência favorável vs. “Empate” – Trump desce de nível no Ohio, Estado que passou a apresentar tendência indefinida.
Com o primeiro de três debates “Presidenciais” agendado para 29 de Setembro, as projecções actuais deixam ainda em aberto uma curiosa possibilidade – a qual, a concretizar-se, não deixaria de gerar um grande imbróglio -, de um eventual empate (269 “Grandes eleitores” para cada candidato): tal sucederia se, por exemplo, dos actuais 318 “Grandes Eleitores” relativamente aos quais parece ter vantagem, Joe Biden viesse a perder os 49 dos Estados da Florida e da Pennsylvania – o que, em paralelo, significaria que Donald Trump teria, para além de confirmar os 169 “Grandes Eleitores” agora projectados, e de sair igualmente vitorioso nos três Estados actualmente “empatados” (Ohio, Carolina do Norte e Georgia), recuperar, ainda, a desvantagem que terá presentemente na Florida e Pennsylvania.