Liga dos Campeões – 4ª jornada – Olympique Lyonnais – Benfica
5 Novembro, 2019 at 10:54 pm Deixe um comentário
Olympique Lyonnais – Anthony Lopes, Léo Dubois, Jason Denayer, Joachim Andersen, Youssouf Koné, Jeff Reine-Adélaïde (73m – Bertrand Traoré), Thiago Mendes, Lucas Tousart, Houssem Aouar (90m – Marcelo), Moussa Dembélé e Memphis Depay (45m – Maxwel Cornet)
Benfica – Odysseas Vlachodimos, Tomás Tavares, Rúben Dias, Francisco Ferreira “Ferro” (16m – Jardel Vieira), Alejandro “Álex” Grimaldo, Gedson Fernandes (45m – Haris Seferović), Florentino Luís, Gabriel Pires, Francisco “Chiquinho” Machado, Franco Cervi (73m – Luís Fernandes “Pizzi”) e Carlos Vinícius
1-0 – Joachim Andersen – 4m
2-0 – Memphis Depay – 33m
2-1 – Haris Seferović – 78m
3-1 – Bertrand Traoré – 89m
Cartões amarelos – Gabriel Pires (43m) e Florentino Luís (50m)
Árbitro – Björn Kuipers (Holanda)
Bruno Lage tinha “prometido” um Benfica que procuraria estar à altura da sua história europeia, com a ambição de seguir em frente na Liga dos Campeões, o que passava, inevitavelmente, pela obtenção de um resultado positivo em Lyon.
Independentemente dos méritos e razões justificativas das opções técnicas que tem tomado, a nível da composição do “onze” inicial, a verdade é que, tardando os resultados, a contestação a tais escolhas tende, naturalmente, a aumentar.
Em função de uma espécie de “caminho das pedras” que o clube vem percorrendo, a nível dos desfechos (negativos) que tem vindo a acumular, emerge a dúvida sobre se será sustentável – e se poderá vir algum dia a produzir frutos desportivos – a aposta num grupo tão jovem, cuja rentabilização pressuporá necessariamente a sua continuidade e maturação na equipa.
Neste contexto, dificilmente seria pior o início deste jogo, com o Benfica praticamente a entrar em campo a perder – na sequência de um pontapé de canto, com a equipa a denotar alguma passividade -, para, decorridos pouco mais de dez minutos, ver um dos (jovens) esteios da sua defesa ser forçado a sair (após ter passado mesmo por breve período de perda de sentidos, sendo retirado de maca, com colar cervical) na sequência de um contundente embate do seu próprio guardião.
Não obstante, no imediato, a equipa até pareça não ter acusado em demasia o tento sofrido, a verdade é que as circunstâncias do jogo se alteraram, com a formação portuguesa a ter de assumir o risco, deixando espaço ao Lyon – que logo adoptara uma estratégia de curtas trocas de bola, fazendo o adversário correr atrás dela – para rápidas transições, de que, aliás, viria a surgir o segundo golo, com o (ainda inexperiente) lateral direito a não ter velocidade (nem matreirice) para travar tal investida.
Com pouco mais de meia hora jogada, a missão benfiquista tornara-se já quase “impossível”, em contraponto a uma situação muito confortável no jogo por parte da turma francesa, proporcionada pela vantagem averbada e pela forma como cada equipa podia conduzir a respectiva dinâmica dentro de campo, com o Lyon a dominar por completo, perante a incapacidade de construir jogo denotada pelo opositor.
Ao intervalo, Bruno Lage arriscou “tudo”, substituindo Gedson por Seferović, e a tendência do jogo mudou bastante, com o Benfica, em futebol directo, a conseguir enfim ameaçar a defesa contrária, com várias tentativas de remate.
Primeiro, seria Chiquinho, na sequência de um livre, a “assustar”, para, de seguida, o suíço obrigar Anthony Lopes a redimir-se da falha de Lisboa. Também Grimaldo procuraria o golo.
Já com Pizzi em campo, o Benfica chegaria mesmo ao golo, numa sua assistência, bem finalizada por Seferović.
A equipa portuguesa tinha ainda cerca de um quarto de hora para procurar chegar, pelo menos, ao empate e acreditou que tal seria possível. Mas o Lyon, que baixara ainda mais as suas linhas, foi inteligente na preservação da bola, mesmo oferecendo a iniciativa aos portugueses, e cínico na forma como, praticamente em cima dos 90 minutos, sentenciou o desfecho da partida… e as aspirações do Benfica.
No final, a imagem que transpareceu foi a de uma equipa fragilizada, denotando grandes dificuldades para controlar o jogo a nível defensivo e pouco eficaz ofensivamente, incapaz de se afirmar a este nível de exigência máxima, começando a ser recorrentes as frustrantes campanhas que vem registando.
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