Dinamarca – Portugal (Europeu 2016 – Qualif.)
14 Outubro, 2014 at 8:40 pm 1 comentário
Dinamarca – Kasper Schmeichel, Lars Jacobsen, Simon Kjær, Daniel Agger, Nicolai Boilesen (58m – Simon Poulsen), Pierre Højbjerg, William Kvist, Christian Eriksen (84m – Thomas Kahlenberg), Michael Krohn-Dehli, Lasse Vibe (45m – Uffe Bech) e Nicklas Bendtner
Portugal – Rui Patrício, Cédric, Pepe, Ricardo Carvalho, Eliseu, William Carvalho, Tiago (84m – Quaresma), Moutinho, Danny (77m – Éder), Ronaldo e Nani (68m – João Mário)
0-1 – Cristiano Ronaldo – 90m
Cartões amarelos – Cristiano Ronaldo (90m)
Árbitro – Felix Brych (Alemanha)
Qualquer análise e percepção que se possa associar a um jogo de futebol é sempre, inevitavelmente, condicionada pelo seu resultado final.
Tal ficou bem patente neste desafio, repleto de particularidades de interesse, desde logo com a estreia, a nível oficial, de um novo seleccionador nacional, Fernando Santos, em substituição de Paulo Bento, traduzindo-se paralelamente na abertura de um novo ciclo, com o regresso à selecção de um conjunto de jogadores que há vários anos andavam dela afastados, casos de Tiago ou Ricardo Carvalho (e, há menos tempo, Danny), mas também, com a novidade do debute ao mais alto nível de Cédric ou João Mário, dando corpo à tão falada renovação da selecção.
Ou, por outra, mais que uma renovação, teremos tido uma golfada de “ar fresco”, bem a propósito para o recomeço que se revelava necessário, depois da “falsa partida” do jogo inaugural nesta fase de qualificação, com a fracassada recepção à Albânia.
Perante este enquadramento, ainda que a “margem de erro” estivesse longe de se esgotar – até em função do novo sistema de apuramento, e do número de países a qualificar para a fase final (23), abrindo a porta a cinco dos 3.º classificados -, era naturalmente de toda a conveniência sair da Dinamarca com um resultado positivo.
E, a verdade é que não seria necessário um grande decurso de tempo, para se aceitar que o empate poderia – no mínimo, claro está… – ser uma forma de resultado positivo. Desde logo porque a equipa portuguesa – receosa, algo desconfiada ainda de si própria, em particular a nível defensivo (depois das falhas evidenciadas no particular com a França de apenas três dias antes – demorou algum tempo a encaixar-se no sistema dinamarquês, que começou por assumir o controlo do jogo e algumas iniciativas de maior pendor ofensivo.
Depois, à medida que o grupo foi conseguindo estabilizar psicologicamente e os índices de confiança começaram a melhorar – uma palavra para a excelente exibição de Ricardo Carvalho, o veterano desta selecção, já com os seus 36 anos, mas com uma actuação praticamente sem falhas, a par da cobertura que William Carvalho e Tiago possibilitaram, no sentido de resguardar de situações de maior risco, a defesa, em particular o flanco esquerdo, a cargo de Eliseu, que com tantas dificuldades se debatera em Paris – Portugal como que “tomou conta” do jogo, passando a assumir a iniciativa, controlando e dominando, e podendo ter chegado, numa ou noutra oportunidade, ao golo.
Que, não surgindo, vinha avolumando – à medida que o desafio se aproximava do seu termo -, a tal percepção de que o empate poderia ser um resultado positivo.
E isto leva-nos de volta ao início… Quando já se pensaria talvez que a prioridade seria a de salvaguardar o nulo, Fernando Santos acabaria por ser feliz nas substituições por que optou – as quais transmitiram sinais para dentro do campo, de que, até ao último segundo, se poderia acreditar ainda em algo de mais positivo: primeiro, a entrada de um avançado, Éder, para o lugar de um Danny ainda em sub-rendimento, à procura de se reencontrar com a selecção; e, já na fase final, Quaresma a render Tiago.
Sobre o resto da história, foi o perfeito “happy ending”: virtualmente no derradeiro momento do encontro – já com 4 minutos e 50 segundos decorridos dos cinco minutos de tempo de compensação determinado pelo árbitro -, Quaresma a fazer um excelente cruzamento, Éder a atrair os defesas contrários, abrindo espaço para a entrada fulgurante de Cristiano Ronaldo, de cabeça, ainda num lance dividido com um outro defesa, a introduzir a bola na baliza da Dinamarca, garantindo a vitória e três importantíssimos pontos, que, praticamente, permitem desde já anular o efeito do malfadado jogo com a Albânia.
Um bom recomeço…
GRUPO I Jg V E D G Pt 1º Albânia 2 1 1 - 2 - 1 4 2º Dinamarca 3 1 1 1 3 - 3 4 3º Portugal 2 1 - 1 1 - 1 3 4º Sérvia 1 - 1 - 1 - 1 1 5º Arménia 2 - 1 1 2 - 3 1
3ª jornada
14.10.14 – Dinamarca – Portugal – 0-1
14.10.14 – Sérvia – Albânia – Jogo interrompido aos 41m (0-0)
2ª jornada
11.10.14 – Arménia – Sérvia – 1-1
11.10.14 – Albânia – Dinamarca – 1-1
1ª jornada
07.09.14 – Dinamarca – Arménia – 2-1
07.09.14 – Portugal – Albânia – 0-1
1 Comentário Add your own
Deixe uma Resposta
Trackback this post | Subscribe to the comments via RSS Feed
1.
Camouflage Oakley Lenses | 24 Outubro, 2014 às 3:38 am
There is definately a great deal to find out about this subject.
I like all the points you made.