U. Tomar – Centenário (XV)
12 Janeiro, 2014 at 12:00 pm 2 comentários
(“O Templário”, 09.01.2014)
A título de singela homenagem a Eusébio, desaparecido no passado Domingo, damos um pequeno “salto no tempo”, para recordar a sua passagem por Tomar, em representação do União de Tomar, na temporada de 1977-78. Começando por ouvir Eusébio, “na primeira pessoa”:
«– Satisfeito por vir representar o União de Tomar?
– Muito satisfeito.
– Mas trata-se duma equipa da 2.ª Divisão…
– Isso que importa? Para mim, é pormenor sem qualquer importância. Aliás, tive convites de equipas da 1.ª Divisão e, contudo, preferi vir para Tomar. Aliás, tenho muita honra e orgulho em envergar a camisola do União de Tomar, e uma vez integrado na equipa considero-me um jogador como qualquer outro. Nem mais, nem menos. […]
De qualquer das formas, uma coisa será certa: conforme já salientei, ao envergar a camisola unionista, irei dar o meu melhor esforço no sentido de ajudar a colocar a equipa numa posição mais de harmonia com o seu valor e pergaminhos. Bem o merecem os seus associados, os seus dirigentes e a própria cidade.»(1)
E, também, recuperando algumas memórias das suas actuações no União de Tomar, relativas, respectivamente, ao seu jogo de estreia em Tomar, frente ao Beira-Mar (a 18 de Dezembro de 1977), e a partida frente ao Cartaxo, em que Eusébio marcou os seus dois últimos golos a nível oficial em Portugal (a 12 de Fevereiro de 1978):
«No segundo tempo, actuando com invulgar determinação e fogosidade, o União de Tomar superiorizou-se ao seu antagonista, batendo-o sem apelo nem agravo, com a marcação de mais dois tentos.
Finalmente, Eusébio fez a sua estreia oficial na cidade de Tomar e tal presença terá constituído um dos grandes e aliciantes atractivos do encontro, que, por isso mesmo, foi aguardado com grande interesse. O antigo «internacional», alvo de especial vigilância (Eusébio será sempre o Eusébio), e «apertado» por dois adversários, lesionou-se fortemente, passando a não render aquilo que certamente ainda estará ao seu alcance e tendo até que ser substituído, nitidamente incapacitado.»(2)
«Na realidade, o União de Tomar, não podendo contar com Simões a cem por cento, já que se tinha deitado às seis da manhã, por via dos seus trabalhos na Assembleia da República, ressentiu-se da falta de comando e foi preciso que Eusébio, em dois lances de livre, e da maneira que só ele sabe fazer, tivesse dado a vitória aos tomarenses.»(3)
O “Rei”, Eusébio, disputou um total de doze encontros com as cores unionistas, dez dos quais oficiais, no campeonato da II Divisão, tendo marcado três golos (um ao Peniche e dois ao Cartaxo), assim encerrando – a 6 de Maio de 1978 – a sua carreira como jogador em Portugal.
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1.
Ana Cristina Arsenio | 11 Fevereiro, 2014 às 6:55 pm
Obrigada pelas várias iniciativas que tenho visto a falarem do meu querido pai Carlos Arsénio, lembro-me de em pequena ir com ele várias vezes ao vosso campo!Obrigada!
2.
Leonel Vicente | 11 Fevereiro, 2014 às 7:15 pm
É um prazer! Obrigado eu.