Liga dos Campeões – 5ª Jornada – Anderlecht – Benfica
27 Novembro, 2013 at 9:37 pm Deixe um comentário
Anderlecht – Silvio Proto, Anthony Vanden Borre, Chancel Mbemba, Bram Nuytinck (73m – Ronald Vargas), Olivier Deschacht (55m – Frank Acheampong), Cheikhou Kouyaté, Massimo Bruno, Guillaume Gillet, Dennis Praet, Fabrice N’Sakala e Aleksandar Mitrović
Benfica – Artur Moraes, Maxi Pereira, Luisão, Ezequiel Garay, André Almeida, Nemanja Matić, Enzo Peréz (87m – Rodrigo), Lazar Marković (89m – Ivan Cavaleiro), Ljubomir Fejsa, Nico Gaitán (72m – Miralem Sulejmani) e Lima
1-0 – Chancel Mbemba – 18m
1-1 – Nemanja Matić – 34m
1-2 – Chancel Mbemba (p.b.) – 52m
2-2 – Massimo Bruno – 77m
2-3 – Rodrigo – 90m
Cartões amarelos – Massimo Bruno (29m), Bram Nuytinck (49m) e Aleksandar Mitrović (88m); André Almeida (78m) e Artur (90m)
Árbitro – Daniele Orsato (Itália)
Procurando remediar os danos do desaire sofrido em Atenas, o Benfica entrava neste jogo de “2 em 1” (a vitória podia valer a continuidade das aspirações à passagem à fase seguinte da Liga dos Campeões, sendo que, pelo menos o empate, garantia desde logo, no pior cenário, a passagem para a Liga Europa) sabendo que tinha – perante o actual potencial do adversário – a melhor oportunidade de sempre para vencer em Bruxelas.
Porém, denotando falta de clarividência no seu jogo, não só não conseguiria impor-se logo desde início, vindo, inclusivamente, num lance infeliz, na sequência de uma “carambola” entre o central do Anderlecht, Mbemba, e Luisão, a sofrer o primeiro golo. O Benfica reagiu então de forma positiva a este revés, não se descontrolando, mantendo a toada de jogo, necessariamente agora mais claramente estimulado pela necessidade de marcar.
E o golo do empate surgiria pouco depois, como corolário de uma melhor fase da equipa benfiquista. Já no segundo tempo, aproveitando a fragilidade do opositor, o Benfica chegaria, com alguma naturalidade, à vantagem. Durante um bom período, de cerca de vinte minutos, a equipa portuguesa deu a sensação de controlar o jogo, e de o triunfo não lhe escaparia.
Porém, quando se esperava que fosse o Benfica a explorar alguma situação de contra-ataque, aproveitando o adiantamento dos belgas, o Anderlecht restabeleceria o empate. A situação complicava-se bastante: já na fase derradeira do encontro – e tendo em consideração que o Olympiakos ia empatando também em Paris, a um golo -, até ao minuto noventa, o Benfica estava virtualmente afastado da Liga dos Campeões. E tinha de manter-se atento para que a própria eventual passagem para a Liga Europa não viesse a ficar também comprometida.
Depois de uma aparentemente estranha substituição, com a saída de Gaitán, Jorge Jesus, apostaria então na entrada em campo, já mesmo em cima do final do tempo de jogo, de Rodrigo e Ivan Cavaleiro, alterações que pareciam ser feitas já em “desespero de causa”, e, sobretudo, demasiado tarde. Mas chegava então o momento de o Benfica ser feliz: aproveitando a velocidade de Rodrigo, muito bem desmarcado, a equipa portuguesa chegava, já no minuto noventa, ao terceiro golo, que lhe proporcionava enfim – sem que, contudo, tivesse feito uma exibição memorável – a primeira vitória no terreno do outrora bem poderoso Anderlecht (a Final da Taça UEFA de há trinta anos ainda perdura na memória…), uma equipa abnegada, lutadora, mas bem abaixo da qualidade que patenteou na Europa nas décadas de 70 e 80 do século passado.
Em paralelo, ligeiramente depois do golo benfiquista, o Paris St.-Germain marcava o segundo golo, que resultava na derrota do Olympiakos. No espaço de um minuto, um golo em Bruxelas e outro em Paris provocava uma reviravolta (parcial) na tendência pontual do Grupo: o Benfica passava de uma situação de eliminação, para uma posição de poder continuar ainda a agarrar-se ao “sonho” de prosseguir na Liga dos Campeões (embora bastante condicionado, uma vez que implica a necessidade de, na derradeira ronda, fazer melhor resultado ante o Paris St.-Germain do que o que o Olympiakos averbar frente ao Anderlecht…).
A continuidade na Europa ficou, não obstante, já garantida, quanto mais não seja via Liga Europa. Dada a impossibilidade de jogar em dois campos ao mesmo tempo (Lisboa e Atenas), ao Benfica só resta uma opção: a de tentar ganhar na última ronda, na recepção aos parisienses…
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