O mérito do Governo
24 Janeiro, 2013 at 6:18 pm Deixe um comentário
A República Portuguesa conseguiu ontem regressar aos mercados com a emissão de obrigações a 5 anos, tendo colocado 2,5 mil milhões de dívida pública a uma taxa de 4,891%, emissão subscrita em 93% por investidores estrangeiros.
Para além do mais, nesta operação, o Governo teve sobretudo o mérito de aproveitar o timing mais apropriado e de ter conseguido preparar esta emissão de forma a garantir que a mesma tivesse êxito, nomeadamente por via do apoio de um sindicato bancário, constituído por instituições internacionais de nomeada, como o Barclays Bank, Deutsche Bank e o Morgan Stanley, para além do Banco Espírito Santo.
Atendendo à lógica de funcionamento dos mercados, integrando uma forte componente de racionalidade, mas, também, necessariamente, uma importante componente menos racional, esta foi uma operação muito positiva, a qual se poderá traduzir num passo crucial no caminho para o restabelecimento da confiança por parte “dos mercados”.
Mas não nos iludamos: sem o atenuar da instabilidade conjuntural a nível da “Zona Euro”, e as garantias decorrentes do suporte do Banco Central Europeu, em defesa da moeda da União – e independentemente dos esforços que todos vimos fazendo -, tal não teria sido de todo possível.
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