Liga dos Campeões – 6ª Jornada – Barcelona – Benfica
5 Dezembro, 2012 at 9:35 pm Deixe um comentário
Barcelona – José Manuel Pinto, Martín Montoya, Carles Puyol, Adriano (67m – Gerard Piqué), Carles Planas, Alex Song, Thiago Alcântara, Sergi Roberto, Cristian Tello (78m – Gerard Deulofeu), Rafinha (58m – Lionel Messi) e David Villa
Benfica – Artur Moraes, Maxi Pereira, Luisão, Ezequiel Garay, Melgarejo, Nemanja Matić, André Gomes, Ola John, Rodrigo (75m – André Almeida), Nolito (63m – Bruno César) e Lima (74m – Óscar Cardozo)
Cartões amarelos – Rafinha (49m) e Adriano (60m); Nolito (43m), Ezequiel Garay (56m), Luisão (59m) e Nemanja Matić (78m)
Árbitro – Svein Oddvar Moen (Noruega)
Entrando em Camp Nou para defrontar uma equipa reservista do Barcelona (na qual, dos habituais titulares, apenas Puyol e David Villa alinharam de início), o Benfica denotou, desde cedo, uma atitude assertiva, assumindo o controlo do jogo e espreitando amiúde o ataque, fosse em jogadas organizadas ou em lances rápidos, a desmarcar os seus avançados.
Aos 11 minutos, disporia de uma primeira soberana ocasião de golo, com Rodrigo, a surgir isolado, acompanhado por Nolito, mas, em vez de fazer o passe para o companheiro, que seria decerto fatal, de forma individualista tentou o remate à baliza, com a bola a sair ligeiramente ao lado.
Para, à passagem dos 20 minutos, nova boa oportunidade para a equipa portuguesa, com Nolito, algo desenquadrado com a baliza, não obstante dela muito próximo, a não conseguir dar a melhor direcção no remate de cabeça.
Entretanto, aos 21 minutos, o Celtic marcava o primeiro golo desta noite europeia e passava a estar em posição de vantagem face ao Benfica, na disputa da qualificação para os 1/8 Final da Liga dos Campeões.
O Barcelona só aos 23 minutos daria o primeiro aviso, conseguindo ultrapassar a defesa benfiquista, mas a bola perder-se-ia pela linha de fundo. Para, no minuto seguinte, Garay ter de cortar, em cima da linha de golo, um perigoso remate de cabeça da equipa catalã.
Tendo chegado a uma incrível marca de 7-0 em cantos a favor do Benfica, na primeira meia hora de jogo, aos 32 minutos, culminando excelente iniciativa, Lima surgiu novamente isolado frente a Pinto, rematando ao poste mais distante, mas o guardião do Barcelona conseguiu, com uma difícil e atenta estirada, desviar a bola… para o poste.
Ainda uma outra oportunidade, aos 35 minutos, com Ola John, descaído do lado direito, também a isolar-se, a rematar para nova defesa apertada de Pinto, para canto… o oitavo a favor Benfica!
Inesperadamente, o Barcelona via-se obrigado a jogar “de aflitos”, na sua zona defensiva, de que era exemplo o lance de Puyol a despachar de qualquer forma, aliviando a bola pelo ar, para fora da área.
Aos 40 minutos, o Spartak de Moscovo empatava em Glasgow, recolocando o Benfica em posição de apuramento…
Ao intervalo, com um absolutamente fantástico registo de 8-0 em cantos, e três a quatro soberanas ocasiões de golo desaproveitadas, pressentia-se que o Benfica podia estar a desperdiçar uma oportunidade única para ganhar em Barcelona…
Logo a abrir o segundo tempo, a equipa portuguesa perderia ainda outro lance de perigo, perante uma defesa catalã que não conseguia acertar as marcações aos rápidos dianteiros benfiquistas.
Contudo, a partir dos 50 minutos, a tendência do jogo parecia começar a inverter-se, com o Barcelona a soltar-se, e a chegar com mais frequência às imediações da área do Benfica, principalmente na sequência de iniciativas de Tello, numa delas a obrigar a apertada intervenção de Artur Moraes. Urgia fazer alterações na equipa… Mas, quem começaria por a fazer, seria Tito Vilanova, fazendo entrar Messi em campo, estavam decorridos 58 minutos.
À passagem da hora de jogo, o Benfica tentava parar a ofensiva catalã, agora com lances de ataque mais esporádicos, num deles, com Luisão a cabecear, fraco, para uma defesa fácil de Pinto. Aos 64 minutos, a equipa portuguesa ampliava a contagem de cantos para 9-0 (finalizaria o encontro com uma marca de 10-2)!
À entrada para os derradeiros 20 minutos, a formação benfiquista começava a perder, por completo, o controlo do jogo, apenas com dificuldade conseguindo sair do seu meio-campo; as investidas do Barcelona sucediam-se, cada vez mais ameaçadoras. Era necessário apelar à capacidade de união e sofrimento.
Os treinadores mexiam nas equipas: Vilanova retirava os elementos já com cartão amarelo; Jorge Jesus tentava refrescar a equipa, fazendo sair os jogadores mais desgastados.
Só que, a 8 minutos do final, chegavam más notícias de Glasgow: o Celtic voltava a colocar-se em vantagem no jogo e na classificação, face ao Benfica.
Haveria ainda tempo para uma extraordinária dupla intervenção de Artur Moraes, primeiro, arrojando-se aos pés de Messi, a roubar-lhe a bola, e, de imediato, na recarga, já em esforço, de parte a parte, com Messi a tentar o chapéu, mas o guarda-redes benfiquista conseguiria ir ainda resgatar a bola. Estavam decorridos 87 minutos, e, na sequência do lance (no choque com Artur), Messi sofreria uma lesão, tendo de sair de campo, ficando a equipa catalã reduzida a 10 unidades.
Jesus arriscava tudo: dava instruções a Luisão para subir no terreno. Mas, mesmo com cinco minutos de tempo de compensação, era tarde, e os jogadores não tinham já reservas físicas, nem disponibilidade mental para fazer a bola chegar lá à frente, de forma pensada. No último lance da partida, Cardozo não teve a serenidade para rematar à baliza, a bola sobrou ainda para Maxi Pereira, que remataria muito por alto. O Benfica caía de pé… por culpa própria.
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