Archive for Abril, 2011
Liga Europa – 1/4 Final (1ª mão) – Benfica – PSV
Benfica – Roberto, Maxi Pereira, Luisão, Jardel, Fábio Coentrão, Javi García, Eduardo Salvio, Pablo Aimar (78m – César Peixoto), Nico Gaitán (78m – Franco Jara), Javier Saviola e Óscar Cardozo (90m – Felipe Menezes)
PSV Eindhoven – Andreas Isaksson, Stanislav Manolev, Marcelo, Wilfred Bouma, Erik Pieters (72m – Stijn Wuytens), Atiba Hutchinson, Otman Bakkal, Orlando Engelaar, Jeremain Lens, Balázs Dzsudzsák e Marcus Berg (78m – Zakaria Labyad)
1-0 – Pablo Aimar – 37m
2-0 – Eduardo Salvio – 45m
3-0 – Eduardo Salvio – 52m
3-1 – Zakaria Labyad – 80m
4-1 – Javier Saviola – 90m
Cartões amarelos – Orlando Engelaar (54m) e Erik Pieters (68m); Javi García (86m)
Árbitro – Paolo Tagliavento (Itália)
Um remate de belo efeito, de Saviola, ao poste, dava o mote, logo aos 7 minutos, evidenciando uma atitude de conquista por parte do Benfica. Que manteria o controlo do jogo pelo tempo fora, com o PSV a dar o primeiro sério aviso, apenas já com 20 minutos decorridos, numa desconcentração da defesa benfiquista, com Berg a falhar o alvo.
Por volta da meia-hora, o Benfica intensificaria a pressão, e, de forma quase consecutiva, fez perigar por várias vezes o último reduto da equipa holandesa.
Aos 29 minutos, Cardozo, “enchendo o pé”, rematou do “meio da rua”, obrigando Isaksson a mostrar toda a sua atenção, com uma bela estirada. E, no minuto seguinte, um remate de Saviola, a cruzar a pequena área a meia altura, com Gaitán, de cabeça, a não conseguir desviar da melhor forma, numa jogada de grande perigo. E, mais 3 minutos decorridos, Cardozo a introduzir mesmo a bola na baliza, mas em clara posição de “fora-de-jogo”, já na pequena área.
Tanto ameaçou a equipa benfiquista, que o golo acabaria mesmo por chegar, estavam decorridos 37 minutos, com Aimar, muito oportuno, a aproveitar uma bola que Cardozo, em queda, não conseguira dominar.
Culminando um quarto de hora de bom nível, já mesmo a fechar o primeiro tempo, e após mais um lance sem a melhor finalização, por parte de Salvio, seria o próprio a conseguir finalizar uma boa jogada colectiva, ampliando a vantagem para 2-0, estabelecendo uma margem bastante apetecível na eliminatória.
Na abertura da etapa complementar, o Benfica continuaria a mostrar uma boa disposição; aos 6 minutos, criou mais uma boa oportunidade, a que faltou apenas a finalização, para, no minuto imediato, surgir novamente Salvio, com uma excelente execução, tirando dois adversários do caminho, e rematando cruzado, sem hipóteses de defesa para Isaksson, elevando a marca para 3-0.
Ao longo de todo o período até então decorrido, a equipa do PSV parecia ausente do jogo, sem evidenciar capacidade para criar qualquer lance ofensivo; apenas já próximo da hora de jogo voltaria a criar perigo, com Luisão a evitar que Berg pudesse marcar.
Aos 63 minutos, mais uma bela iniciativa de Salvio, com Saviola, do lado esquerdo, a não conseguir cabecear da melhor forma. O jogo animava, e o PSV criaria então, no minuto seguinte, de forma consecutiva, dois lances de muito perigo para a baliza benfiquista.
Para aos 66 minutos, mais um excelente pontapé de Cardozo, e Isaksson, de novo, a corresponder com uma magnífica intervenção. Pouco depois, aos 69, um livre, rematado em força por Cardozo, cruzou toda a área do PSV, entre uma “floresta de pernas”, sem tabelar em ninguém… que a fizesse anichar nas redes.
Aos 73 minutos, ocorreria um lance com alguma similitude, mas agora na defesa benfiquista, com a bola a percorrer de forma transversal, toda a área, sem que ninguém aparecesse a desviar.
O Benfica não teria então a capacidade para acalmar o ritmo de jogo, refreando o impulso de atacar, que, em contraponto, começava a proporcionar a PSV a possibilidade de rápidos contra-ataques… que acabariam por frutificar, aos 80 minutos, com mais uma intervenção deficiente de Roberto, a não segurar uma bola centrada do lado esquerdo, deixando-a à mercê do desvio fatal de Labyad, já na zona da pequena área.
Mas o melhor estava guardado para o fim: uma fantástica execução de Javier Saviola, dando a melhor sequência a mais uma assistência de Fábio Coentrão (que também oferecera já um golo a Salvio) a fixar o resultado final em 4-1, assim conferindo ao marcador uma expressão mais ajustada ao efectivo desenrolar desta partida.
Liga Europa – 1/4 Final (1ª mão)
FC Porto – Spartak Moskva – 5-1
Benfica – PSV Eindhoven – 4-1
Villarreal – Twente – 5-1
D. Kyiv – Braga – 1-1
Numa jornada extraordinariamente produtiva em termos de golos (19 hoje, a somar aos 18 da Liga dos Campeões, com uma média global de 4,63 golos por jogo!), mais um excelente desempenho das equipas portuguesas, numa eloquente prova de afirmação na Europa – ocupando o 3º lugar no ranking da presente época, a seguir à Inglaterra e próximo da Espanha -, com goleadas do FC Porto e Benfica e um bom resultado do Braga em Kiev, a caminho das 1/2 Finais, sendo que uma delas se encontra já praticamente definida: a que oporá FC Porto e Villarreal. Na outra, está mais próxima a possibilidade de um inédito confronto entre duas equipas portuguesas – Benfica-Braga -, que aspiramos seja confirmada nos jogos da 2ª mão.
Mapas Antigos de Portugal – Colecção Nabais Conde da Biblioteca Geral
«Depois da aquisição pela Universidade de Coimbra, em finais de 2010, desta notável colecção particular de Mapas Antigos de Portugal, será a primeira vez que são mostradas algumas das suas peças mais significativas.
Durante dois meses, no espaço dos pisos intermédio e da prisão do edifício da Biblioteca Joanina, estarão disponíveis 18 peças que cobrem a representação cartográfica do país entre 1482 e cerca de 1750: Começa na concepção ptolomaica do mundo e da Península, passa pela progressiva construção da imagem do contorno de Portugal que nos é mais familiar e termina numa curiosa carta parcial e manuscrita do “teatro de guerra” nas Beiras, apreendida a um oficial durante a guerra peninsular.»
Resgate de Portugal na imprensa internacional
- Portugal pide el rescate a la Unión Europea (El País)
- Crise de la dette : le Portugal demande une aide financière de l’UE (Le Monde)
- Portugal seeks EU bailout due to debt crisis (The Guardian)
- Debt-Ridden Portugal Asks for Financial Bailout (The New York Times)
- Sócrates calls for Portuguese bail-out (Financial Times)
- Portugal Asks for EU Bailout Amid Crunch (The Wall Street Journal)
Pedido de Portugal para activação dos mecanismos de apoio financeiro
«O Primeiro-Ministro português, José Sócrates, comunicou hoje ao Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, a intenção de Portugal pedir a activação dos mecanismos de auxílio financeiro.
O Presidente da Comissão Europeia garantiu que esse pedido será tratado da forma mais expedita possível, de acordo com as regras pertinentes.
O Presidente da Comissão Europeia reitera nesta ocasião a sua confiança na capacidade de Portugal superar as dificuldades actuais, com a solidariedade dos seus parceiros.»
Cronologia: como Portugal chegou ao pedido de resgate
«09 Mar – O Presidente da República, Cavaco Silva, toma posse para um segundo mandato e afirma que “há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos”.
11 Mar – Governo apresenta um novo pacote de medidas de austeridade para este ano, 2012 e 2013, entre as quais congelamentos e cortes nas pensões e a revisão e limitação dos benefícios e deduções fiscais, em sede de IRS e IRC.
11 Mar – Governo afirma que o PSD é “imprescindível” para a concretização das novas medidas do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).
12 Mar – O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, anuncia que as novas medidas não contarão com o voto dos sociais-democratas.
13 Mar – O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, advertiu que se o Governo não apresentar um projecto de resolução no Parlamento sobre o novo PEC, o seu partido toMará a iniciativa.
14 Mar – O primeiro-ministro anuncia que o Governo apresentará uma resolução sobre o PEC, advertindo que a oposição é “livre” para provocar uma crise política. Sócrates diz também que está disponível para negociar as novas medidas.
15 Mar – José Sócrates adverte que se o Parlamento aprovar uma moção contra as novas medidas de austeridade, isso significa a abertura de uma crise política com consequências “terríveis” para Portugal. Anuncia também que se recandidatará ao cargo caso haja eleições antecipadas.
16 Mar – Teixeira dos Santos diz que a inviabilização das medidas de austeridade anunciadas é “empurrar o país para a ajuda externa”.
17 Mar – O primeiro-ministro considera que a crise política é evitável e reitera estar disponível para negociar todas as medidas. No mesmo dia, o PS decide não apresentar uma resolução de apoio às medidas.
19 Mar – O primeiro-ministro revela que não está disponível para governar com a ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e reafirma que Portugal não precisa de ajuda externa.
20 Mar – PSD reitera que votará contra o novo PEC “em quaisquer circunstâncias”.
21 Mar – O ministro dos Assuntos Parlamentares afirma que “não pode ser afastado” o cenário da demissão do Governo na sequência de um chumbo do PEC IV na Assembleia da República.
23 Mar – O Parlamento aprova cinco resoluções de rejeição do PEC incluídas em projetos do PSD, CDS-PP, PCP, BE e Verdes.
23 Mar – A Presidência da República anuncia que o primeiro-ministro apresentou o pedido de demissão ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
23 Mar – Numa comunicação ao país, José Sócrates afirma que a crise política só pode ser resolvida pela decisão soberana dos portugueses e lamenta que tenha sido “o único” a apelar ao sentido de responsabilidade para que se evitasse uma crise.
24 Mar – O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, considera “apropriado” um resgate a Portugal no valor de 75 mil milhões de euros.
24 Mar – O ministro da Presidência afirma que, apesar da crise política, o Governo continua a considerar evitável o recurso de Portugal à ajuda externa.
25 Mar – O primeiro-ministro assegura em Bruxelas que Portugal não precisa de ajuda externa para financiar a dívida pública.
25 Mar – Jerónimo de Sousa recusa dar “aval” a um pedido de ajuda externa, considerando que se trata de “uma ameaça” que condicionaria a “soberania”, a “economia” e os “direitos sociais”.
27 Mar – Sócrates acusa o PSD de já se ter rendido ao FMI e de pretender de forma “disfarçada” impor a sua agenda “liberal” através da intervenção daquela instituição.
31 Mar – O Presidente da República anuncia a Marcação de eleições legislativas antecipadas para 5 de Junho, depois de ouvir o Conselho de Estado.
31 Mar – O ministro da Presidência afirma que um eventual pedido de ajuda externa por parte do Estado envolveria uma negociação de condições, que ultrapassaria as competências de um Governo de gestão. O PSD contesta a ideia de que o Governo não tem condições de pedir ajuda financeira externa.
31 Mar – O PSD subscreve a posição do Presidente da República de que o Governo, apesar de limitado a funções de gestão, tem condições para pedir ajuda financeira externa, se for necessário fazê-lo, e terá apoio para isso.
02 Abr – Pedro Passos Coelho garante que, se for eleito primeiro-ministro, caso o país precise de ajuda externa não hesitará “um segundo”, considerando que “não se deixa um país a correr riscos que são desnecessários”.
04 Abr – José Sócrates lamenta ter sido “o único dirigente político” a alertar para as consequências do chumbo do PEC e afirma que fará “tudo” para evitar um pedido de ajuda externa. Por outro lado, nega que tenha sido discutido na reunião do Conselho de Estado o recurso a um empréstimo intercalar.
05 Abr – Bagão Félix acusa o primeiro-ministro de mentir, sendo apoiado pelo também conselheiro de Estado António Capucho. Almeida Santos e Carlos César contrapuseram que Sócrates falou a verdade.
05 Abr – Bloco de Esquerda afirma que ajuda externa significa o “agravamento de todas as medidas” que levaram ao actual contexto económico.
05 Abr – O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, reitera que a União Europeia está pronta para responder a um eventual pedido de ajuda de Portugal, mas disse desconhecer a possibilidade de uma “ajuda intercalar”.
06 Abr – O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) considera “urgente” que Portugal peça ajuda externa financeira à Europa, já que os bancos nacionais não têm mais dinheiro para emprestar.
06 Abr – A agência de notação financeira Fitch baixa o ‘rating’ das obrigações hipotecárias de seis bancos portugueses, na sequência do corte da notação de Portugal em três níveis, estando a um nível de ser considerado ‘lixo’ (‘junk’).
06 Abr – Os juros exigidos pelos investidores para deter títulos de dívida soberana portuguesa a cinco anos negociaram de manhã acima dos 10%, enquanto os de 10 anos eram negociados com uma taxa de 8,767.
06 Abr – O Estado colocou no mercado 1.005 milhões de euros em dívida com maturidade em Outubro deste ano e Março de 2012, pagando nesta última um juro 5,902%, mais 1,571 pontos percentuais que na última emissão semelhante.
06 Abr – José Sócrates anuncia que endereçou à Comissão Europeia um pedido de assistência financeira.»
(Público)
Liga dos Campeões – 1/4 Final (1ª mão)
05.04.2011 – Real Madrid – Tottenham – 4-0
06.04.2011 – Chelsea – Manchester United – 0-1
06.04.2011 – Barcelona – Shakhtar Donestsk – 5-1
05.04.2011 – Inter – Schalke 04 – 2-5
Numa ronda em que predominaram as goleadas, Real Madrid e Barcelona têm encontro “pré-agendado” para as 1/2 Finais, enquanto o surpreendente Schalke 04, depois de infligir uma categórica derrota aos Campeões Europeus em título, em pleno Estádio Giuseppe Meazza, aguarda pelo próximo adversário, com o Manchester United a adquirir importante (mas ainda não definitiva…) vantagem.
Quinta do Bill – 7

É lançado hoje o sétimo álbum de originais dos Quinta do Bill, precisamente intitulado “7”, numa alegoria a um novo fôlego, uma “nova vida” da banda de Tomar, e coincidindo também com o número de autores das letras: João Afonso, João Portela, José Luís Peixoto, Miguel Castro, Moz Carrapa, Pedro Malaquias e Sebastião Antunes.
FC Porto Campeão Nacional Futebol 2010-11
23 vitórias e 2 empates à 25ª jornada são números suficientemente elucidativos – de tal forma “falam por si” – sobre o merecimento da conquista do 25º título de Campeão Nacional pelo FC Porto, vencendo hoje o Benfica, no Estádio da Luz, por 2-1.
Como benfiquista, não só não me posso reconhecer, como, acima de tudo, tenho vergonha da atitude absolutamente indigna e deplorável da Direcção do Benfica, de desligar as luzes do Estádio no momento em que se iniciaram as comemorações portistas. O meu lamento.





