Archive for Abril, 2011
Liga Europa – 1/2 Finais (1ª mão) – Benfica – Braga
Benfica – Roberto, Maxi Pereira, Luisão, Jardel, Fábio Coentrão, Javi García, Carlos Martins (65m – Franco Jara), Pablo Aimar, César Peixoto (65m – Nico Gaitán), Javier Saviola (86m – Airton) e Óscar Cardozo
Braga – Artur Moraes, Miguel Garcia, Rodríguez, Paulão, Sílvio, Alan, Vandinho, Hugo Viana (62m – Mossoró), Leandro Salino, Meyong (55m – Custódio) e Lima (84m – Kaká)
1-0 – Jardel – 50m
1-1 – Vandinho – 53m
2-1 – Óscar Cardozo – 59m
Cartões amarelos – Pablo Aimar (53m); Rodríguez (6m), Vandinho (39m) e Miguel Garcia (43m)
Árbitro – Craig Thomson (Escócia)
Neste inédito confronto entre equipas portuguesas nas provas europeias, o Benfica entrou com boa disposição, parecendo pretender marcar cedo, com o Braga a colaborar logo nos primeiros segundos, numa atrapalhação na sua defesa, com um corte arriscado, para canto, com a bola a passar por cima da trave da baliza.
Aos 11 minutos, Javi Garcia teria uma boa iniciativa, mas o guarda-redes Artur Moraes correspondeu com atenção. Na sequência, Cardozo, numa oportuna recarga, introduziria mesmo a bola na baliza bracarense, mas o lance não foi validado por fora-de-jogo.
Mais 10 minutos decorridos, seria Saviola a tentar a sorte, também sem resultados práticos, dada nova intervenção do guarda-redes do Braga. E, uma vez mais, pouco depois da meia-hora de jogo, foi Cardozo a não conseguir ser eficaz. As tentativas do Benfica prosseguiam, aos 41 minutos, por intermédio de Aimar, novamente detida por Artur Moraes.
Já a atingir o último minuto, a mais flagrante ocasião, desperdiçada por Cardozo, que, depois de se isolar, rematou ao poste; na recarga, o pontapé de Carlos Martins embateu na defesa contrária. E, mesmo já em período de compensação, Fábio Coentrão fez um cruzamento-remate, mas não apareceu ninguém para desviar para a baliza…
Em toda a primeira parte, não obstante ter procurado ensaiar alguns contra-ataques, o Braga apenas por uma vez assustou o Benfica, obrigando Roberto a intervir.
Curiosamente, abriria o segundo tempo com um novo grande susto para o Benfica, com Roberto a não segurar a bola, e no ressalto, a surgir também uma recarga bracarense, igualmente em fora-de-jogo, como acontecera com Cardozo, só que, desta vez, Roberto detera já a bola.
Aos 5 minutos, numa boa iniciativa de Maxi Pereira, novo remate de Cardozo, agora de cabeça, a embater no poste, mas, desta feita, a surgir Jardel no sítio certo, a fazer a recarga para o fundo da baliza, inaugurando o marcador. As coisas pareciam começar finalmente correr de feição para o Benfica…
Só que, apenas 3 minutos decorridos, o Braga surpreenderia, num livre convertido por Hugo Viana, com Vandinho a antecipar-se à defesa benfiquista e a restabelecer a igualdade, assim consumando uma incrível série de 15 jogos consecutivos com o Benfica a sofrer golos!
O empate duraria pouco tempo: aos 59 minutos, também na conversão de um livre, Cardozo, com um potente e colocado remate, introduziria a bola no fundo das redes bracarenses, recolocando o Benfica em vantagem.
Depois deste reinício frenético, o jogo acalmaria, desde logo, começando com as paragens provocadas pelas 4 substituições efectuadas até aos 65 minutos.
Aos 75 minutos, o Braga, por intermédio de Lima, teria mais um remate traiçoeiro, a testar a concentração de Roberto. E, novamente, aos 81 minutos, com um remate de longe, com o guarda-redes benfiquista a defender sem dificuldade. Na jogada imediata, Cardozo, em plena área do Braga, atrapalhou-se com a bola, não tendo a capacidade de dar a melhor finalização ao lance, que pedia um remate de primeira. Logo de seguida, seria também Saviola a não acertar da melhor forma na bola, que saiu por alto e ao lado da baliza.
Já em período de descontos, Jara desceu pelo corredor direito, cruzou, mas Paulão impediu que os avançados do Benfica pudessem fazer o desvio final.
Com um extraordinário festival de golos no segundo tempo no Estádio do Dragão, invertendo o resultado de 0-1 para 5-1 (com quatro golos de Falcão!), o FC Porto terá dado um passo definitivo para garantir uma final lusa em Dublin, no próximo dia 18 de Maio. Parece restar apenas saber quem terá por adversário…
Estádio da Luz coberto de granizo, no dia seguinte (29.04.2011 – via DN)
Liga Europa – 1/2 Finais (1ª mão)
Benfica – Braga – 2-1
FC Porto – Villarreal – 5-1
Com uma excepcional avalancha de golos (5 em apenas 45 minutos), numa categórica exibição, o FC Porto, repetindo o resultado que alcançara já nos 1/4 Final, no Estádio do Dragão, frente ao Spartak de Moscovo, goleando o Villarreal por 5-1, parece praticamente consumada a final lusa em Dublin, no próximo dia 18 de Maio.
Na outra eliminatória, num inédito confronto luso ao fim de 55 anos de provas europeias, o Benfica parte para a 2ª mão com a vantagem mínima, face ao Braga (com um potencialmente comprometedor golo sofrido em casa), num jogo em que, depois de um frenético início de segunda parte, com três golos em menos de 10 minutos, o calculismo imperou, com ambas as equipas mais preocupadas em não sofrer do que marcar mais golos.
Liga dos Campeões – 1/2 Finais (1ª mão)
26.04.2011 – Schalke 04 – Manchester United – 0-2
27.04.2011 – Real Madrid – Barcelona – 0-2
Com preciosas vantagens de 2 golos, alcançadas nos terrenos dos adversários, Manchester United e Barcelona partem para a 2ª mão numa posição privilegiada para garantir a presença na Final da Liga dos Campeões, a disputar no Estádio de Wembley.
Duas partidas com algumas similitudes, sem golos durante mais de 60 minutos, e, depois, com 2 golos a sucederem-se em curto espaço de tempo.
Na Alemanha, o herói foi Manuel Neuer, o guarda-redes do Schalke 04, que, com um punhado de excelentes intervenções, foi adiando o inevitável: o(s) golo(s) do Manchester United, com Ryan Giggs a tornar-se, aos 38 anos, o marcador com mais idade na Liga dos Campeões; o outro golo seria para o inevitável Wayne Rooney.
Em Madrid, falou-se sobretudo de José Mourinho e na sua táctica de procurar anular o jogo, com a equipa num posicionamento muito recuado, com Cristiano Ronaldo isolado lá na frente, parecendo visar o 0-0 como resultado final; e, outro tanto, do árbitro, o alemão Wolfgang Stark, que, num lance muito polémico, expulsou Pepe, de alguma forma desmontando o sistema adoptado por Mourinho, e facilitando o avanço do Barcelona até à baliza de Casillas.
Mas de quem se deverá falar, com toda a propriedade, é do grande artista que é Leonel Messi: dois golos, o primeiro pleno de sentido de oportunidade, antecipando-se a Sergio Ramos, desviando para o fundo da baliza; o segundo, numa soberba execução, digna do génio que é Messi, com a bola colada ao pé, qual magneto, tirando do caminho Marcelo e Sergio Ramos, antes de rematar cruzado para o poste mais distante, sem hipóteses para o guarda-redes do Real Madrid.
Real Madrid-Barcelona, numa peña de aficionados do Real, em Madrid…
Resgate de Portugal na imprensa internacional (II)
- Euro vs. Invasion of the Zombie Banks (The New York Times)
- The likes of Portugal should default on their debt (The Guardian)
- An Undemocratic Bailout (The New York Times)
- Le FMI va accentuer le fossé social au Portugal (Libération)
- Portugal seeks help (The Economist)
- Portugal recebe ajuda que não pode recusar (Presseurop / The Guardian)
- Portugal’s Unnecessary Bailout (The New York Times)
- Portugal bailout: three scenarios for Europe’s economic future (The Guardian)
- Portugal gets a little friendly advice (The Wall Street Journal)
- Complacent Europe must realise Spain will be next (Financial Times)
- Portugal’s Bailout to Require Deep Cuts (The Wall Street Journal)
- A Divided Portugal Is Unwilling to Commit to Bailout Terms (The New York Times)
- Rubalcaba niega que exista la más mínima similitud entre los casos de Portugal y España (Público.es)
Liga Europa – 1/4 Final (2ª mão) – PSV – Benfica
PSV Eindhoven – Andreas Isaksson, Stanislav Manolev (85m – Stefan Nijland), Marcelo (72m – Marcus Berg), Francisco Rodríguez, Abel Tamata (73m – Jagos Vukovic), Otman Bakkal, Atiba Hutchinson, Stijn Wuytens, Zakaria Labyad, Balázs Dzsudzsák e Jeremain Lens
Benfica – Roberto, Maxi Pereira, Luisão, Jardel, Fábio Coentrão, Javi García, César Peixoto, Eduardo Salvio (19m – Carlos Martins), Nico Gaitán (79m – Airton), Javier Saviola (67m – Pablo Aimar) e Óscar Cardozo
1-0 – Balázs Dzsudzsák – 17m
2-0 – Jeremain Lens – 25m
2-1 – Luisão – 45m
2-2 – Óscar Cardozo (pen.) – 63m
Cartões amarelos – Abel Tamata (8m), Balázs Dzsudzsák (27m) e Marcelo (35m)
Árbitro – Wolfgang Stark (Alemanha)
Duas oportunas defesas de Isaksson, a remates de Gaitán (5 minutos) e Saviola (10 minutos), impossibilitando que o Benfica desde logo inaugurasse o marcador, denotavam não obstante ilusórias facilidades para este jogo, e, sobretudo, para a eliminatória, que ia ganha de Lisboa.
Porém, passado o primeiro quarto de hora em que a defesa do PSV se mostrou muito oscilante, o golo surgiria… mas para os holandeses. A lesão de Salvio, ainda nesta fase inicial do jogo, terá feito a equipa desconcentrar-se. E, poucos minutos depois, uma boa intervenção de Roberto não seria suficiente para evitar, na recarga, o segundo golo da equipa de Eindhoven.
Ao mesmo tempo que o PSV adquiria confiança, acreditando que, afinal, “era possível”, o Benfica passaria então por um período de cerca de um quarto de hora, de grande desnorte, não acertando com as marcações, não conseguindo “pegar no jogo”. A equipa só conseguiria, de alguma forma, acalmar, já próximo do final do primeiro tempo.
E, quando tudo parecia indicar que sairia para o intervalo no “fio da navalha”, surpreendente e inesperadamente com a eliminatória suspensa por um fio… no último lance da primeira parte, um excelente trabalho de Carlos Martins, superiormente finalizada por Luisão, a conseguir um golo de belo efeito, que se revelaria absolutamente determinante, conferindo ao Benfica o imenso estímulo da necessária tranquilidade para encarar, sem maiores sobressaltos, a etapa complementar.
No recomeço, logo de início, seria novamente o Benfica a criar mais perigo junto da baliza do PSV, por duas ocasiões, mas inconsequentes. A partida entraria então numa toada que era a que mais convinha à equipa portuguesa: jogo algo mastigado, na zona do meio-campo, com o tempo a começar a correr a favor dos benfiquistas.
E Luisão teria mesmo, à passagem da hora de jogo, oportunidade para bisar, na sequência de um pontapé de canto, mas a cabeçada não saiu com a melhor direcção. Praticamente na jogada seguinte, numa excelente arrancada de César Peixoto, pela esquerda, foi ceifado dentro da área, já quase na linha de fundo.
Na conversão da grande penalidade, Cardozo empatava o jogo e confirmava a vitória na eliminatória e consequente apuramento do Benfica para as 1/2 Finais, 17 anos depois da última presença nessa fase de uma competição europeia (então na Taça dos Vencedores de Taças).
Pela primeira vez na história das provas europeias – ao fim de 55 anos – um inédito triplo apuramento de clubes lusos para as 1/2 Finais, também com uma estreia absoluta de confronto entre duas equipas nacionais: Benfica e Braga disputarão entre si a presença na Final de Dublin. FC Porto, frente ao Villarreal, poderá proporcionar um epílogo extraordinário, o de uma Final portuguesa!
Liga Europa – 1/4 Final (2ª mão)
2ª mão 1ª mão Total Spartak Moskva - FC Porto 2-5 1-5 3-10 PSV Eindhoven - Benfica 2-2 1-4 3-6 Twente - Villarreal 1-3 1-5 2-8 Braga - D. Kyiv 0-0 1-1 1-1
As equipas portuguesas conseguiram o pleno: um fantástico e inédito apuramento de três clubes para as 1/2 Finais de uma prova europeia, com destaque para a forma como o FC Porto esmagou o Spartak de Moscovo, mas sem esquecer a fantástica proeza do Braga (jogando hoje, desde os 30 minutos, apenas com 10), nem a desforra conseguida pelo Benfica face ao PSV.
As 1/2 Finais, a disputar a 28 de Abril e a 5 de Maio – com a garantia, desde já, de, pelo menos, um finalista português, dada também a estreia absoluta de um confronto entre clubes lusos nas competições europeias (ao fim de 55 anos) – têm o seguinte alinhamento:
Benfica – Braga
FC Porto – Villarreal
Liga dos Campeões – 1/4 Final (2ª mão)
2ª mão 1ª mão Total 13.04.2011 - Tottenham – Real Madrid 0-1 0-4 0-5 12.04.2011 - Manchester United – Chelsea 2-1 1-0 3-1 12.04.2011 - Shakhtar Donestsk – Barcelona 0-1 1-5 1-6 13.04.2011 - Schalke 04 – Inter 2-1 5-2 7-3
Depois dos 18 golos da 1ª mão, mais 8 tentos nesta ronda proporcionaram uma inédita conjugação de 8 vitórias (100 %), com um score global de 21-5 (!), das quatro equipas apuradas para as 1/2 Finais, eliminatória derradeira que – confirmando a previsão decorrente dos jogos da pretérita semana -, terá o seguinte alinhamento:
Schalke 04 – Manchester United
Real Madrid – Barcelona