A (não) descentralização do futebol português
17 Junho, 2009 at 2:14 pm Deixe um comentário
A história conta-se em poucas palavras: tudo começou no passado dia 3 de Junho quando o Riachense (Campeão Distrital da Associação de Futebol de Santarém) declarou (nomeadamente por razões financeiras) renunciar ao direito a ser promovido à III Divisão Nacional; com naturalidade, a A. F. Santarém contactou o clube vice-campeão distrital (União de Tomar) para inquirir sobre a sua disponibilidade para uma eventual promoção, em substituição do Riachense, a que os responsáveis da equipa de Tomar – depois de avaliarem os riscos inerentes a tal opção, nomeadamente de índole económico-financeira – se mostraram receptivos.
A partir desse momento a decisão deste caso estava “nas mãos” da Federação Portuguesa de Futebol. Quanto me foi possível apurar, tratar-se-á de uma situação não especificamente regulamentada, pelo que se recorrerá ao critério geral de preenchimento de vagas: em lugar do Campeão distrital de Santarém será promovido o 2º classificado do campeonato da associação com mais clubes inscritos (sendo as principais a de Braga, Porto e Lisboa…).
Uma lógica que não deixa de ter subjacente algo de contraditório com o desenvolvimento do país em geral, na medida em que privilegia as associações mais poderosas.
Subsiste uma questão, que por esta via endereço aos responsáveis da Federação Portuguesa de Futebol e da Associação de Futebol de Santarém: O que acontecerá no final da época 2009-10 caso o Riachense (ou outro qualquer clube) se sagre Campeão Distrital e renuncie (novamente…) à promoção à III Divisão Nacional?




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