Archive for Outubro, 2007
Taça da Liga – 1/4 Final (1ª mão)
21.10.07 – Sporting – Fátima – 1-2
21.10.07 – Benfica – Setúbal – 1-1
21.10.07 – Penafiel – U. Leiria – 3-1
21.10.07 – Portimonense – Beira-Mar – 1-0
África do Sul Campeã do Mundo de Râguebi
A favorita África do Sul e a Inglaterra, na defesa do seu título de Campeã Mundial (conquistado na Austrália em 2003), encontraram-se hoje em Paris para disputa da Final da VI edição do Campeonato do Mundo de Râguebi.
A equipa da África do Sul abriria a contagem à passagem dos 7 minutos, por intermédio de Montgomery, convertendo um pontapé de penalidade; 5 minutos decorridos, seria o inglês Jonny Wilkinson (o qual passou – na sua segunda presença em Fases Finais de Mundiais – a ser o melhor marcador de sempre nesta competição) a igualar o marcador… para, aos 15 minutos, os sul-africanos retomarem a liderança, por 6-3. E, não obstante o tempo remanescente da primeira parte ter sido animado, apenas no seu termo o resultado se alteraria de novo, com a África do Sul a ampliar a vantagem para 9-3.
Logo a abrir o segundo tempo, na sequência de uma jogada duvidosa, em que os ingleses reclamavam ensaio, o árbitro (depois do recurso ao auxiliar, com a visão das imagens da jogada) decidiu-se por uma penalidade, que Wilkinson aproveitaria para reduzir a desvantagem para 6-9 (com 44 minutos de jogo). Só que, aos 50 minutos, Montgomery conseguia o 4º pontapé bem sucedido, ampliando a diferença para 12-6.
Numa segunda parte mais monótona – com a Inglaterra impotente para contrariar a bem organizada defesa da equipa sul-africana e com esta gerindo a vantagem, jogando na expectativa do erro do adversário -, quando Steyn, aos 62 minutos, colocou o marcador em 15-6, estava traçado o destino desta Final, uma partida menos entusiasmante que esperado, sem qualquer ensaio… A África do Sul, confirmando a sua superioridade, sagrava-se Campeã do Mundo pela segunda vez, depois do título conquistado em “casa” em 1995, igualando assim a proeza da Austrália.
Finais do Campeonato do Mundo de Râguebi
VI – 2007 (França) – Inglaterra – África do Sul – 6-15
V – 2003 (Austrália) – Austrália – Inglaterra – 17-20
IV – 1999 (P. Gales) – Austrália – França – 35-12
III – 1995 (África do Sul) – África do Sul – N. Zelândia – 15-12
II – 1991 (Inglaterra) – Inglaterra – Austrália – 6-12
I – 1987 (N. Zelândia) – N. Zelândia – França – 29-9
Mundial de Râguebi – 3º / 4º lugar
Uma impotente equipa da França foi esta noite de novo batida, e de forma categórica (10-34, depois de 12-17 no jogo de abertura do Mundial) – em pleno Stade de France – pela poderosa e eficaz selecção da Argentina, que, demonstrando a sua superioridade face aos vencedores do Torneio das 6 Nações, garantiu desta forma o 3º lugar na classificação final do Campeonato do Mundo, relegando a equipa anfitriã para a 4ª posição.
Amanhã conclui-se esta “maratona”, com uma prometedora Final entre a África do Sul e a Inglaterra, que deverá ser bastante mais equilibrada que o jogo da Fase Grupos, em que os sul-africanos impuseram uma estrondosa derrota aos Campeões do Mundo em título, por 36-0.
Jottit
Há cerca de um mês aqui escrevi sobre as potencialidades do Jottit, o meio mais simples e fácil para criar uma página na Internet, com uma filosofia básica: tão somente uma caixa de texto, na qual podemos escrever o que pretendermos…
Mas com múltiplas funcionalidades: é possível adicionar páginas ao subdomínio que criarmos; pode ter acesso privado ou livre (para que vários utilizadores a possam editar em paralelo); naturalmente, reconhece o código html, pelo que que é possível dar-lhe alguma personalização.
Convido-o agora a ver algo do que é possível fazer (o output da página que criei a título experimental…) com esta ferramenta que, não obstante a sua simplicidade, apresenta, ainda assim, algumas características versáteis:
Tratado Reformador da União Europeia
Os responsáveis dos 27 países da União Europeia, reunidos em Lisboa, chegaram esta madrugada a acordo sobre o texto do novo “Tratado Reformador da União Europeia”.
Não obstante o trabalho prévio feito pela Presidência alemã (durante o primeiro semestre do ano), não deixa de constituir um sucesso da diplomacia portuguesa o facto de ter revelado a capacidade para concluir o processo, mantendo a pressão, dinamizando as negociações, dirimindo os diversos factores que surgiam como entraves – desde os mais “prosaicos” (como a inclusão do alfabeto cirílico nas futuras notas de Euro da Bulgária) aos mais complexos (como a questão da paridade de deputados no Parlamento Europeu, requerida pela Itália em relação à França e ao Reino Unido; ou as cláusulas de salvaguarda defendidas pela Polónia).
O novo Tratado deverá ser assinado em Lisboa no próximo dia 13 de Dezembro, devendo subsequentemente ser ratificado (pelos Parlamentos de cada país ou por Referendo), prevendo-se a sua entrada em vigor a 1 de Janeiro de 2009.
Sobre a questão do Referendo, repito-me: nesta matéria, é muito elevado o risco de o mesmo não ser vinculativo (parece-me ser praticamente inviável alcançar uma taxa de 50 % de participação) – sendo que o risco de “instrumentalização partidária” surge minimizado dada a convergência de opiniões no “Bloco Central”.
Fazer um referendo “só por fazer” pouco acrescentará de novo a uma eventual mera ratificação desse Tratado pelo Parlamento nacional.
Para que o referendo tenha relevância, seria necessário um intenso trabalho prévio de esclarecimento e debate; seria fundamental que os portugueses adquirissem um conhecimento mínimo do que está em causa; de quais as implicações deste Tratado, ou seja, a forma como isso afectará a governação em Portugal e, mais concretamente, a “nossa vida”.
O grande desafio seria o de conseguir que o referendo “valesse a pena”. Se tal não for conseguido – o esclarecimento das questões-chave – impossibilitando as pessoas de avaliar o que está em causa, não podendo, “em consciência”, formar uma opinião e optar por uma resposta (o que, naturalmente, as desmobilizaria), pouco teríamos a ganhar com a sua realização.
Note about reports of Gore "not running"
«Oct. 17 — A host of stories reporting on an interview Al Gore gave to a Norwegian broadcaster today claim incorrectly that Gore has removed himself from the presidential race. These headlines are misleading.
What Al Gore told the reporter in Norway is exactly, word by word, what he has been saying in every interview over the last year and a half: that he has “no plans” to run. There is no change of position. This is a non-story that got picked up and blown out of proportion.
The door to a candidacy is as open today as it was yesterday or a year ago.
Besides, it’s preposterous to suggest that Gore would have casually made such an important announcement in an interview in Europe without saying a word to the American press. This is bogus.»
(via http://www.draftgore.com/)
Sublinhado meu. Muito possivelmente, Al Gore poderá decidir não concorrer às eleições norte-americanas (o “escoar da areia da ampulheta” para uma eventual (re)entrada na corrida começa inexoravelmente a aproximar-se do seu termo); porém, a urgência (e repetição) destas “não-notícias” não deixa de ter um significado: que a sua candidatura representaria uma “ameaça” para muitos (não tanto como um “sinal de esperança” para muitos mais…).
Cazaquistão – Portugal (Euro-2008 – Qualif.)
Um golo “salvador” de Makukula, a cerca de 5 minutos do termo da partida (complementado por um outro de Cristiano Ronaldo, já em período de descontos), abriu o caminho para uma sofrida vitória de Portugal no Cazaquistão – que reduziria ainda o marcador para 1-2… aos 95 minutos! -, mantendo assim intactas as possibilidades de apuramento para a Fase Final do EURO 2008, para o que necessitará de 1 vitória e 1 empate nos jogos a realizar em Novembro (ambos em casa), com a Arménia e a Finlândia.
Nos restantes jogos de hoje, destaque para alguns resultados surpreendentes: a vitória da Rússia frente à Inglaterra (2-1); a vitória da Geórgia perante a Escócia (retirando-lhe a vantagem de que beneficiava num Grupo em que compete com a Itália e a França, respectivamente Campeão e Vice-Campeão do Mundo); a goleada (3-0) conseguida pelo Liechtenstein contra a Islândia (porventura o melhor resultado da história da equipa do principado); o empate (conseguido ao “caír do pano”) da Irlanda com o Chipre; a goleada (0-3) infligida pela R. Checa na Alemanha (que garantira já o apuramento na ronda precedente); o empate imposto pela I. Norte na Suécia; o empate entre a Albânia e a Bulgária (marcando também próximo do termo da partida).
Por fim, menção para a vitória da Grécia no terreno do seu “eterno rival” Turquia (assim garantindo a presença na Fase Final do EURO 2008, na defesa do seu título de Campeã Europeia); para o difícil triunfo da França perante a Lituânia, com Thierry Henry (2 golos em 2 minutos) a ultrapassar Michel Platini como melhor marcador francês de sempre, agora com um total de 43 golos… e para a goleada da Sérvia no Azerbaijão (6-1!).
A duas jornadas do termo desta Fase de Qualificação, estão já apurados: Áustria e Suíça (países organizadores), Alemanha, R. Checa, Grécia e Roménia. Para as 10 vagas restantes, os principais candidatos são:
– Grupo A – Polónia (24 p.) e Portugal (23), com a Sérvia e Finlândia (20) a terem ainda possibilidades de serem 1 dos 2 apurados
– Grupo B – França (25), Escócia (24) e Itália (23 pontos, mas menos um jogo) disputam os 2 lugares de apuramento
– Grupo C – Noruega (20) ou Turquia (18) acompanharão a Grécia
– Grupo D – Já definido, com o apuramento já garantido pela R. Checa e Alemanha
– Grupo E – Croácia (26), quase apurada, com o outro lugar a ser disputado entre Inglaterra (23) e Rússia (21), esta com um jogo a menos
– Grupo F – Suécia e Espanha praticamente apuradas; Dinamarca e I. Norte apenas mantêm esperanças “matemáticas”
– Grupo G – Holanda (23) ou Bulgária (19) acompanharão a Roménia.
Portugal – Ricardo; Miguel, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Paulo Ferreira; Maniche (59m – Nani), Cristiano Ronaldo, Deco, Miguel Veloso e Quaresma (85m – João Moutinho); Hugo Almeida (63m – Makukula)
Cazaquistão – David Loria, Samat Smakov, Maksim Zhalmagambetov, Farkhadbek Irismetov, Aleksandr Kuchma, Sergey Larin (37m – Dmitri Lyapkin), Sergey Skorykh, Andrei Karpovitch (89m – Nurlaudetov), Nurbol Zhumaskaliyev, Sergey Ostapenko, Dmitriy Byakov
0-1 – Makukula – 84m
0-2 – Cristiano Ronaldo – 90m (+1)
1-2 – Byakov – 90m (+5)
Cartões amarelos – Karpovitch (6m), Irismetov (37m) e Smakov (40m); Maniche (33m)
Árbitro – Jan Wegereef – Holanda
GRUPO A Jg V E D G Pt
1º Polónia12 7 3 2 20-10 24 2º Portugal
12 6 5 1 23-10 23 3º Sérvia
12 5 5 2 19-9 20 4º Finlândia
12 5 5 2 11-6 20 5º Bélgica
12 4 3 5 13-14 15 6º Arménia
10 2 3 5 4-11 9 7º Cazaquistão
12 1 4 7 10-20 7 8º Azerbaijão
10 1 2 7 5-25 5
14ª jornada
17.10.07 – Cazaquistão – Portugal – 0-2
17.10.07 – Bélgica – Arménia – 3-0
17.10.07 – Azerbaijão – Sérvia – 1-6
(mais…)
Português – 7º idioma na Internet
De acordo com análise recente da presença de idiomas na Internet, realizada pela Internet World Stats, o inglês surge com um peso preponderante, considerando o número de utilizadores da Internet que usam o inglês como língua de navegação, estimado em mais de 366 milhões, correspondendo a 31,2 % do total:
1. Inglês – 31,2 % (366 milhões)
2. Chinês – 15,7 % (184 milhões)
3. Espanhol – 8,7 % (102 milhões)
4. Japonês – 7,4 % (86 milhões)
5. Francês – 5,0 % (59 milhões)
6. Alemão – 5,0 % (59 milhões)
7. Português – 4,0 % (47 milhões)
8. Coreano – 2,9 % (34 milhões)
9. Italiano – 2,7 % (31 milhões)
10. Árabe – 2,5 % (29 milhões)
O português surge posicionado em 7º lugar, com 4,0 %, correspondendo a cerca de 47 milhões de utilizadores, apresentando uma taxa de penetração de Internet estimada em cerca de 20 % (sobre uma base de 234 milhões de falantes da língua, em todo o mundo), com um crescimento de 525 % desde 2000 (apenas superado – entre os 10 primeiros – pelo crescimento do idioma árabe).
Por seu lado, Portugal surge creditado com uma taxa de penetração de Internet de cerca de 73,8 %, correspondendo a cerca de 7,4 milhões de portugueses com acesso à Internet (dados reportados a 30 de Junho de 2007), traduzindo um crescimento de 211 % desde o ano 2000.
(via Le Carnet Techno, de Bruno Guglielminetti)
"Guerra"
O documentário de Joaquim Furtado sobre a “Guerra do Ultramar” / “Guerra de Libertação” / “Guerra colonial”, em 9 episódios, com estreia agendada para hoje na RTP, pelas 21 horas, constituirá um verdadeiro documento histórico, compreendendo – para além de imagens de arquivo da RTP e das Forças Armadas – cerca de 200 entrevistas realizadas pelo próprio Joaquim Furtado a protagonistas de ambos os lados do conflito, relatando os acontecimentos na primeira pessoa, em alguns casos com o reencontro de contendores 40 anos depois.
Na madrugada de 4 de Fevereiro de 1961, em Luanda, um grupo de angolanos (afectos à UPA e/ou ao MPLA), munidos de paus e catanas e algumas outras armas, atacaram a casa de reclusão e a cadeia de São Paulo para libertarem presos políticos, dando origem à luta pela independência, um conflito que se alargaria a outros territórios (em particular Guiné-Bissau e Moçambique), durante mais de 13 anos, até à última acção militar, já depois do 25 de Abril de 1974.
Uma guerra que abalou as estruturas de Portugal, envolvendo / atingindo a generalidade das famílias portuguesas, com um alcance cuja avaliação – a esta distância temporal, 33 anos decorridos sobre o seu termo – é de muito difícil percepção, em particular para as gerações mais jovens. Só por isso já seria decisiva a importância desta série, de que o reconhecido prestígio do autor contribui ainda para o elevar das expectativas.
Adriano Correia de Oliveira – 25 anos
(“Trova do Vento que Passa” – via Longra.blogspot.com)
(Ver também o blogue “Cantaremos Adriano“)



