CONVENTO DE CRISTO (II)
19 Junho, 2007 at 8:40 am Deixe um comentário
“O Convento de Cristo tem a particularidade de se organizar a partir de uma planta octogonal e de ter sido construído em várias fases, ao longo de seis séculos – a fundação do século XII, que coube a D. Gualdim Pais (1160), pode ser testemunhada em parte do castelo, onde viveram as primeiras gentes de Tomar, e na charola românica. Seguiram-se dois claustros góticos no século XV; e depois de 1500 surgiram o portal principal da igreja e a famosa janela da Sala do Capítulo (Diogo de Arruda – 1510) e, mais tarde, o Claustro de D. João III.
Património mundial pela UNESCO desde 1984, o convento deve o seu nome à Ordem de Cristo, criada durante o reinado de D. Dinis e após acesas negociações entre o monarca e a Santa Sé que se arrastaram por quatro anos. A sua criação veio substituir a extinta Ordem do Templo, em 1312, e acolheu muitas das pessoas que lhe pertenciam.
Mas a grande importância da Ordem do Cristo foi vivida apenas no século XV, já que foi uma das fortes impulsionadoras da empresa das descobertas marítimas, com o Infante D. Henrique como seu mestre desde 1420 até à sua morte, em 1460, e o seu emblema, a Cruz da Ordem de Cristo, a adornar as caravelas que exploravam os mares. Foi durante esta época que a povoação de Tomar beneficiou de um grande desenvolvimento que atraiu nomes como Domingos Vieira Serrão, João de Castilho, Olivier de Gand, Fernando Muñoz, Diogo de Arruda, Gregório Lopes, João de Ruão ou Diogo de Torralva, que faziam de Tomar um importante centro artístico.”
“Público”, suplemento “Fugas” (série “Lugares Mágicos de Portugal”), 30 de Dezembro de 2006 – texto de Carla B. Ribeiro
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