GRANDES VIAS (XIII)
27 Julho, 2005 at 8:32 am 2 comentários

Foi no já longínquo ano de 1953 que o Ministério das Obras Públicas constituiu uma comissão visando o estudo da viabilidade da construção de uma ponte sobre o Rio Tejo em Lisboa.
O concurso público para a sua construção seria aberto em 1959, prevendo a ligação entre Alcântara e Almada, com um tabuleiro superior para circulação rodoviária e, na parte inferior, um outro, para circulação ferroviária.
A obra – com grandes similitudes à Ponte Golden Gate em São Francisco (EUA) – seria adjudicada em Maio de 1962 a um consórcio liderado pela United States Steel International (New York), Inc., tendo os trabalhos tido início a 5 de Novembro do mesmo ano, com base num projecto de um Gabinete de Engenharia americano (Steinman, Boynton, Gronquist & London), com intervenção do Gabinete da Ponte sobre o Tejo e do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
Após 4 anos de trabalhos, chegando a envolver um máximo de 3 000 trabalhadores (num total de mais de 2 milhões de dias de trabalho/homem), a Ponte sobre o Tejo seria inaugurada em 6 de Agosto de 1966, sendo na época a maior da Europa. Baptizada como Ponte Salazar, seria renomeada, menos de 10 anos depois, passando a designar-se por Ponte 25 de Abril.
Apenas em Novembro de 1998 teriam termo os trabalhos de alargamento do tabuleiro rodoviário (para seis vias) – a ponte fora inicialmente construída com 2 vias em cada sentido e um separador central (mais tarde eliminado, passando, em Julho de 1990, a 5 vias) –, sendo feita a instalação do tabuleiro inferior ferroviário, inaugurado em Agosto de 1999.
Com um vão central de 1 013 metros e dois vãos laterais de 483 metros cada (a que se juntam dois vãos extremos na margem Norte e um vão extremo na margem Sul, cada um com cerca de 100 metros), tendo portanto um comprimento total de cerca de 2 280 metros, é uma das maiores pontes suspensas do mundo.
As torres principais elevam-se cerca de 190 metros acima do nível das águas (com o pilar principal sul a uma profundidade de 80 metros abaixo do nível de água, tendo o pilar principal norte uma profundidade de 35 metros), dispondo de uma altura livre de navegação de 70 metros, possibilitando o acesso ao porto de Lisboa de navios de grande porte.
(vidé nomeadamente http://www.lusoponte.pt/p25.htm).
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docerebelde | 27 Julho, 2005 às 9:50 am
Foto maravilhosa….belissíma! Obrigada por a teres partilhado. Bjs
2.
MANIFESTO CONTRA O TGV E O AEROPORTO DA OTA | 27 Julho, 2005 às 2:48 pm
MANIFESTO CONTRA O TGV E O AEROPORTO DA OTA
Portugal vive hoje uma das piores crises económicas dos últimos 30 anos! A economia está a recuar e a taxa de desemprego oficial (7.5%) esconde ainda, muitos mais trabalhadores no desemprego!(550mil) As fábricas, deslocalizam-se impunemente para países onde a mão de obra é mais barata e os trabalhadores portugueses, defronte das opções restantes (fome ou escravidão assalariada), emigram também eles em busca de melhores condições de vida!
Mas aqui há responsabilidades atribuídas! Os sucessivos governos PS, PSD e também CDS/PP tem culpas no cartório! As erradas opções governamentativas que se tomaram ao longo dos anos, contribuíram largamente para a precarização do trabalho e a destruição do sistema produtivo nacional! Em prol e ordem das directivas europeias, cada vez produzimos menos e cada vez mais a riqueza do nosso país decai!
Contrariando todas as expectativas, nas quais declinavam a hipótese deste conselho de ministros ser menos eficiente e produtivo que o anterior. Iniciou o mandato, abriu a desgraça! O governo de Sócrates, avançou desde logo com o aumento do IVA quebrando assim uma promessa eleitoral. Não revogou o código de trabalho (medida ansiosamente esperada) e ainda retirou inúmeros direitos à função pública. Direitos estes, conquistados com muitas lutas e que serviam de referência para futuras metas do sistema privado!
Noutro tom, mas com o mesmo objectivo, Sócrates apresentou a nova “teoria da tanga”, reformulada e em diversos actos. Continuando a obsessiva fixação pelo défice, apelou ao povo português, para uma vez mais “apertar o cinto e compreender a situação”: a grave crise que o país está a atravessar!
E quando todo o discurso estava assente na máxima: “É preciso reduzir a receita e aumentar a produtividade”, eis que é apresentado o plano prioritário de investimentos, onde figuram estes dois projectos megalómanos:
– TGV
– Aeroporto da OTA
Não se trata de um investimento na produção, inovação ou no combate ao desemprego! São dois projectos ligados aos transportes, de milhares de milhões de euros, completamente dispensáveis em qualquer altura, ainda mais em tempo de crise!
Protesta contra esta hipocrisia!
Apela à defesa do sistema produtivo nacional!
Luta por mais direitos sociais!
SUBSCREVE ESTE MANIFESTO!
http://contratgveota.pt.vu