O pulsar do campeonato – 17ª jornada
20 Janeiro, 2013 at 10:30 am Deixe um comentário
(“O Templário”, 17.01.2013)
Está dado o mote para a parte restante desta primeira fase da Divisão Principal do Campeonato Distrital: até final, as equipas teoricamente menos apetrechadas tenderão a “agigantar-se”, por via de uma aplicação e entrega suplementares, sendo previsível que os favoritos virão a encontrar dificuldades acrescidas para levar de vencida os desafios.
Na ronda 17 da competição, assim se consumou a quebra da série vitoriosa – oito triunfos consecutivos – do At. Ouriense, sofrendo pesado desaire em Fazendas de Almeirim, ante o Fazendense, perdendo por 2-5. Ao mesmo tempo que Pontével, recebendo e vencendo o Benavente (2-0), e Glória do Ribatejo, triunfando frente ao Moçarriense (2-1), colocaram termo a séries negativas, respectivamente de quatro e cinco derrotas consecutivas.
Por seu lado, as vitórias caseiras de Riachense (ante o Mação, por 3-1) e do Amiense (frente à U. Abrantina, pela apertada margem de 3-2) – associadas ao resultado obtido pela equipa de Ourém –, proporcionaram um reagrupamento na frente, com um quarteto a manter intactas as aspirações para a fase decisiva da prova.
Efectivamente, o At. Ouriense, mantendo a liderança isolada, tem agora a perseguição do par formado por Riachense e Mação, ambos a apenas dois pontos, posicionando-se o Amiense a seis pontos (que, conforme sabemos, e aqui tenho vindo a aludir, se reduzirão a metade, na perspectiva da disputa da segunda fase).
A turma do Fazendense caminha, para já, para uma tranquila segunda metade da prova, atenta a significativa diferença que mantém para o líder (não obstante reduzida para 11 pontos nesta jornada), dispondo, por outro lado, de uma já interessante margem de segurança (seis pontos) face ao 7.º classificado, isto quando faltam disputar cinco rondas até ao termo desta primeira fase.
Deixámos para o final o importante triunfo do União de Tomar em Coruche, graças a um tento solitário, que foi o bastante para vincar a diferença – elevando para cinco jogos consecutivos a série de bons resultados da formação unionista; e, curiosamente, também para cinco o número de desaires averbados pelo Coruchense em seis jogos realizados na segunda volta –, numa partida em que o principal adversário foi o forte vento que se fez sentir, com ambas as equipas a experimentarem significativas dificuldades em conseguir sair do seu meio-campo, no período em que jogaram contra tal elemento da natureza.
Para além do quarteto da frente – e do Fazendense, que parece destinado a uma posição intermédia, numa corrida tão tranquila quanto mais ou menos “solitária” –, tendem a formar-se agora dois outros grupos em termos de posicionamento na tabela classificativa:
- Um primeiro, com as equipas classificadas entre o 6.º e o 9.º lugar, na disputa da que poderá ser a última vaga de acesso ao lote dos seis primeiros, com seis pontos a separar agora U. Abrantina e Pontével, mas, sobretudo, com Benavente (não obstante a tendência de queda, somando apenas uma vitória e um empate na segunda volta) e U. Tomar, respectivamente a três e a quatro pontos da turma abrantina, a pretenderem ter ainda uma palavra de relevo na luta pela conquista dessa derradeira oportunidade;
- O outro, formado pelas três equipas que ocupam presentemente os indesejados postos de eventual despromoção, Glória do Ribatejo, Coruchense e Moçarriense, intervalados entre si por apenas um ponto, mas com o 10.º classificado já a 5 pontos do Pontével.
Estando este trio desde já “condenado” a disputar, na segunda fase, a série da manutenção, não deixarão as equipas naturalmente de porfiar por somar o maior número de pontos possível, em ordem a tentar chegar-se ao grupo que o precede na classificação.
E embora o calendário da 18.ª jornada não se lhes perspective favorável, com a formação da Glória do Ribatejo a visitar Benavente, o Coruchense a receber o Fazendense e o Moçarriense a ser anfitrião do candidato Riachense (procurando contestar a pesada goleada sofrida na primeira volta), a surpresa pode estar à espreita em qualquer destes campos, com as equipas pior posicionadas certamente a apelarem a uma postura aguerrida perante os opositores, em teoria mais credenciados.
No jogo grande da próxima ronda, é agora a vez de o líder At. Ouriense se poder ver colocado em causa, deslocando-se ao terreno de um dos directos perseguidores, Mação, que ambicionará destronar o adversário da posição que actualmente ocupa.
Por fim, dois jogos que poderão revelar-se de crucial importância para o futuro do União de Tomar neste campeonato: com a formação da U. Abrantina a receber o Pontével (uma vitória da equipa da casa afastará definitivamente os forasteiros de eventuais aspirações que ainda acalentem de poder chegar ao grupo dos seis primeiros, ao mesmo tempo que complicaria também sobremaneira a tarefa dos tomarenses); enquanto o União se defronta também com a visita, que se antecipa de elevado grau de dificuldade, do grupo de Amiais de Baixo, que não pretenderá ver alargada a diferença para o trio da frente. Aguardemos por uma boa resposta unionista às contrariedades, perante mais um aliciante desafio à continuidade da série positiva que tem em curso e que se deseja possa ser prolongada.
(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 17 de Janeiro de 2013)
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